quinta-feira, 2 de junho de 2011

Comissão Europeia: É assim que se ensina a poupar?




«Enquanto exige aos países da zona euro mais austeridade para reduzir o défice, a Comissão Europeia (CE) não tem refreado os seus próprios gastos. De acordo com uma investigação jornalística, os comissários europeus gastaram cerca de oito milhões de euros em jactos privados, festas e férias luxuosas.»

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NOTA: Não vejo mal nenhum em aconselhar os Estados a poupar. Em tempo de crise e até de fartura. Poupar, como me ensinaram, tem de ser cultura diária para toda a gente. Mas já viram quanto gasta e em quê a Comissão Europeia? Não seria melhor dar o exemplo de vida sóbria, sem gastos supérfluos? 


ÍLHAVO: Vigilância e Segurança nas Praias

Praia da Barra

O Executivo Municipal  aprovar o Protocolo de Cooperação a estabelecer entre a Câmara Municipal de Ílhavo (CMI), a Administração do Porto de Aveiro (APA), a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo (AHBVI) e a Associação de Concessionários de Praia da Beira Litoral, para a vigilância e segurança balnear no ano de 2011 nas Praias da Barra e da Costa Nova e para a gestão, manutenção e exploração do Bar de apoio ao Núcleo de Educação Ambiental (NEA) da Costa Nova.

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A natureza fez de mim um jardim


Sátira

A natureza se enganou
E fez de mim um jardim,
Pois, "cravos" em mim, plantou
E tão bem os adubou
Que eles crescem ‘inda assim!

Flores nas jarras gosto,
Ou no jardim a crescer
Mas juro e até aposto
Que ninguém tem esse gosto
Tão bizarro a meu ver!

Alguns maus tratos lhes dou
E ácido até lhes ponho
Mas o cravo que vingou,
Como remédio o tomou
E alimentou o seu sonho.

E, as mãos tão veneradas
Numa anterior situação
De novo são solicitadas
E decerto apreciadas
Nesta botânica operação!

Que os cravos decapite
Atenda esta prece minha!
E o Doutor não hesite
Que eu vou tendo o palpite
Que lhos deixo numa jarrinha!

Mª Donzília Almeida
Junho de 2000

Leonard Cohen vence Prémio Príncipe das Astúrias




quarta-feira, 1 de junho de 2011

Ares de Maputo



Maputo, com a Costa do Sol bem à vista


O meu amigo e conterrâneo Jorge Ribau, algures em Moçambique, onde respira outros ares e trabalha no seu ofício, teve a gentileza de me enviar fotos que registou à chegada. Longe da Gafanha da Nazaré, marca, desta forma, a sua presença entre nós. Daqui o saúdo, com votos dos melhores êxitos profissionais.

Regresso ao passado — Senti-me recuada no tempo

Escola primária do centro

Dizem as más-línguas, é bom… ser aluno!

Maria Donzília Almeida

Por contingências da profissão docente, senti-me recuada no tempo, cerca de meio século e colocada na Escola Primária onde aprendi as primeiras letras. As primeiras e as últimas, já que foi desta escola, que preparada pela D.ª Arminda Moreira, na 4ª classe, parti... à descoberta do mundo. Aqui fica o meu agradecimento a esta senhora que tão bem me preparou para o prosseguimento de estudos. Ainda, há pouco, me cruzei com ela e regozijei-me com o seu bom aspeto, que elogiei. Acusou-me de miopia, causa da minha visão desfocada da sua imagem!!! 
— Ah, mas eu já uso óculos desde os meus 17 anos, pelo que o defeito já deve estar corrigido, há muito tempo! — Retruquei, na ânsia de dar consistência ao elogio que fizera. 
Foi num misto de nostalgia e revivalismo, que calcorreei os corredores da escola carcomidos pelo caruncho e pelas marcas do tempo Os pezinhos das crianças a correr e a saltar evocam em nós os tempos em que também fazíamos parte do grande bando de passarinhos à procura de alimento para a alma. 
Se agora todos os alunos chegam à escola calçados, com sapatos ou sapatilhas de marca, rivalizando uns com os outros, eram raros, naquele tempo, aqueles que usavam calçado, sendo os tamancos e as chancas, os precursores do moderno e diversificado calçado da nossa época.

Os governantes não podem usar óculos que os impeçam de ver ao longe e ao largo



Um artigo infeliz eivado 
de preconceitos

António Marcelino

Vital Moreira, professor de Direito na Universidade de Coimbra, antigo militante do PCP e, até ver, deputado pelo PS no Parlamento Europeu, escreveu, no diário “Público” de 10 de Maio, um artigo titulado “O casamento da ideologia com os interesses”. Um artigo que, a meu ver, no que diz respeito à educação e liberdade de ensino, é infeliz porque ideologicamente redutor e prenhe de um pendor estatizante. No campo educativo escolar, Vital não admite nada que não seja estatal, venha de onde vier, e, pelos seus velhos preconceitos, menos ainda se vier do lado da Igreja Católica.
Em apoio do chefe, de quem se tornou a “voz inteligente” que tenta transformar em teses as intervenções políticas mais incríveis, Vital ataca, logo de início, o programa do maior partido da oposição, que classifica, pelas suas opções como “um manifesto ideológico contra o Estado”. Quando a leitura do que quer que seja é enviesada, o raciocínio não pode ser direito. Não entro nessa discussão. Chamo apenas a atenção para as tendências que, a pretexto de uma interpretação socialista do Estado social, se tornam estatizantes e ditatoriais, porque não respeitam as pessoas e os direitos humanos, os postulados elementares da democracia, o bem dos portugueses, e nem sequer as capacidades de um país que gasta o que não tem e despreza o que tem.

A beleza de Aveiro é um dogma





«É um dogma a beleza de Aveiro.
Não se discute, nem na qualidade,
que é da natureza do cristal,
nem na profundeza,
que é da categoria do mistério.
Nem é de discutir;
aos nossos olhos se ostenta
com uma tal evidência e tão constante
que, só mentindo às instâncias da consciência,
poderíamos negar-lhe o domínio e o afago
que em nossos sentidos e em nossa contemplação
subtilmente se insinua.»

Jaime de Magalhães Lima
Em “O Democrata”, 29-03-1930

Citado por João Gonçalves Gaspar em “Aveiro na História”

Nunca aprendemos as lições da história



Quantos pães tendes?

António Rego

Somos nós e a terra, o pão, a cultura, o espírito, a esperança, convivência, a alegria do presente do futuro. Tudo isto é pão essencial na nossa mesa.

Diz-se, com ironia, que a única lição que aprendemos da história é que nunca aprendemos as lições da história. Muitas vezes olhamos para ela como uma espécie de penumbra, com antepassados mesmo recentes de tipo homúnculo, distantes das luzes que generosamente nos iluminam. Se recapitularmos os dois últimos séculos do nosso país à procura de realidades como crise, falência, bancarrota, notamos que sempre que isso aconteceu isto é, sempre que se chegou a uma situação social limite, sem recuo, logo surgiram soluções drásticas de emergência conhecidas como revoluções, golpes, ditaduras mais ou menos sangrentos. E, aqui e agora, no dia em que os cofres ficarem vazios, os salários, reformas, subsídios, economias reduzidos a zero, as mesas sem pão – poderá chegar um qualquer salvador, verdadeiro ou falso, seja qual for a sua cor, partido ou qualidade que cairá nos braços do povo. Com carta branca para enterrar muitos dos nossos sonhos.

ÍLHAVO: Dia Mundial da Criança — 1 de junho



Celebra-se hoje o Dia Mundial da Criança, quem dera que todo ele voltado para a construção de um futuro risonho para os meninos e meninas dos nossos dias. Que o mesmo é dizer, para um futuro coletivo mais aberto à partilha solidária e à convivência fraterna.
Andam bem as autarquias e demais instituições, nelas incluindo as famílias, se souberem e quiserem nesta data criar alicerces que sejam autênticos suportes de mais felicidade para todos. Sei, por notícias que me chegam, que no concelho de Ílhavo, por iniciativa da autarquia, haverá um programa especialmente dirigido às crianças da rede Pré-Escolar e das IPSS, tendo como tema de fundo  “A Cultura do Mar e das Atividades Náuticas”, que aposta na dinamização de três ateliês repletos de motivos marinhos, jogos, artes e muita animação, não esquecendo também um espaço dedicado aos tão apreciados insufláveis. Esta iniciativa terá lugar no Centro Cultural de Ílhavo e respetiva praça, realizando-se das 9.30 às 12 horas e das 14 às 16.30 horas, envolvendo cerca de 900 crianças.