quarta-feira, 18 de maio de 2011

“Santo é o cristão normal”


Palavras omitidas, vidas empobrecidas

António Marcelino

Nos últimos tempos andámos a celebrar canonizações e beatificações de santos que nos dizem respeito mais de perto. Foi São Nuno de Santa Maria, os Pastorinhos de Fátima Bartolomeu dos Mártires, Alexandrina de Balazar, Irmã Rita Amada de Jesus e agora João Paulo II e a Irmã Maria Clara do Menino Jesus, fundadora das Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição. As causas referentes a cristãos portugueses a decorrer neste momento, em Roma, são muitas: Padre Américo, Irmã Luiza Andaluz, Padre Joaquim Brás, Sílvia Cardoso, Irmã Teresa de Saldanha, Irmã Wilson, Irmã Maria da Conceição Rocha, Irmã Lúcia de Jesus, Padre Cruz, além de outras, mais e menos antigas que, agora, não me vêm à memória. Mesmo não as recordando todas, porque de facto há mais, dá para ver que são muitas. Não sei se todas as causas chegarão a bom êxito, dada a complexidade dos processos e a espera de um milagre comprovado, cuja falta pode arrumar algumas delas no baú das boas recordações. 

Dia Internacional dos Museus

Painel de Manuel Correia no museu paroquial

Na Gafanha da Nazaré, também há museus para visitar. O navio-museu Santo André, no Jardim Oudinot, será porventura o mais visitado, tanto pela sua história, ligada à pesca do bacalhau por arrasto, como pela localização. Ainda por ser um pólo especializado do Museu Marítimo de Ílhavo, que projeta o Santo André até muito longe. Há também a Casa Gafanhoa, integrada no mesmo museu municipal, mais voltada para as nossas tradições agrícolas. E será oportuno lembrar, neste dia, que o Museu Paroquial, na igreja matriz da Gafanha da Nazaré, bem merece uma visita, por aquilo que pode oferecer e que está relacionado com a vivência cristã da nossa gente. Penso que este Dia Internacional dos Museus servirá para nos estimular a olhar, com olhos bem atentos,  para  rastos da nossa vida comunitária.

Mulher de Aveiro


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Fonte: Ilustração Portuguesa, 1919, n.º 689

terça-feira, 17 de maio de 2011

Dia Internacional dos Museus, no Museu de Ílhavo



«Assinalando o Dia Internacional dos Museus, o Museu Marítimo de Ílhavo (MMI) oferece uma programação repartida pelos dias 18 e 21 de Maio. No primeiro o MMI promove o Dia Aberto e o Serviço Educativo “Museus e Memória”. No dia 21 de Maio destaque para a Sessão Comemorativa na qual serão entregues os prémios do I Concurso de Modelismo Náutico do MMI lançado pela CMI em 2010, sob o tema: Navios de Pesca do Bacalhau.

Marco incontornável da História e Cultura das gentes de Ílhavo, o Museu Marítimo de Ílhavo (MMI) tem constituído uma aposta central da CMI na promoção e conservação do património do Município que tem “O Mar por Tradição”, afirmando-se com elevado sucesso, muito em especial desde o dia 21 de Outubro de 2001, aquando da inauguração do seu actual edifício. 

Aliando o carácter extraordinário e único da história da “Faina Maior” à beleza da arquitectura do edificado, o MMI é hoje uma referência na museologia portuguesa, diferenciadora do Município, da Região de Aveiro, da Região Centro e de um Portugal intimamente ligado ao Mar. 

O empenho e dedicação a esta causa resultaram na integração do MMI na Rede Portuguesa de Museus em 2010, após candidatura aprovada pelo Instituto dos Museus e da Conservação. 

Com um reconhecido percurso de 74 anos, o MMI viveu nesta última década um novo ciclo de vida, registando mais visitantes do que em toda a sua história anterior, tendo no passado dia 12 de Maio alcançado os 500 000 visitantes.»

Fonte: CMI

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Fábrica da Vista Alegre, na Ilustração Portuguesa, década de 20 do séc. XX

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Prémio de cinema para “La ilusión te queda”



"La illusión te queda" 
vence prémio da Igreja Católica 
no IndieLisboa


Rui Martins



O documentário “La ilusión te queda”, de Francisco Lezama e Márcio Laranjeira, foi distinguido com o prémio Signis-Árvore da Vida, atribuído pela Igreja Católica na edição de 2011 do IndieLisboa, Festival Internacional de Cinema Independente.

«No trabalho destes jovens realizadores o cinema volta a ser uma arte de contar histórias, mas histórias onde as mulheres e os homens se contam a si mesmos, no seu presente e na sua memória, na sua ilusão e na sua incerteza, na grande dor e na grande ternura que vestem qualquer viver», escreve o padre José Tolentino Mendonça sobre o filme produzido em 2011.

«Estamos, assim, colocados perante um cinema imaginado como um segredo que é contado, de cada vez, a um só ouvido», assinala o diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, que com Margarida Ataíde e Inês Gil fez parte do júri de uma distinção que começou a ser atribuída pela Igreja Católica em 2010.


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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Poesia para este tempo




“De morte natural nunca ninguém morreu.
Não foi para morrer que nós nascemos,
não foi só para a morte que dos tempos
chega até nós esse murmúrio cavo,
inconsolado, uivante, estertorado,
desde que anfíbios viemos a uma praia
e quadrumanos nos erguemos. Não.
Não foi para morrermos que falámos,
que descobrimos a ternura e o fogo,
e a pintura, a escrita, a doce música.
Não foi para morrer que nós sonhámos
ser imortais, ter alma, reviver,
ou que sonhámos deuses que por nós
fossem mais imortais que sonharíamos.
Não foi”

Jorge de Sena
“Trinta anos de poesia”

NOTA: Citado por Bento Domingues na crónica de domingo, no PÚBLICO

"Diálogos na Cidade": Isabel Jonet e Tolentino Mendonça

Dia 19, Teatro Aveirense



Depois de um serão em que D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, e José Manuel Fernandes, jornalista, conversaram sobre “Portugal, a Igreja e o mundo”, a Comissão Diocesana da Cultura promove novo encontro no Teatro Aveirense, agora sobre “Todos diferentes, todos iguais?”
Os convidados para este “diálogo na cidade” são Isabel Jonet, diretora do Banco Alimentar Contra a Fome, em Lisboa, e Tolentino Mendonça, padre e poeta, diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura. A sessão está marcada para as 21h30 do dia 19 de maio, no Teatro Aveirense.
Entrada gratuita.

domingo, 15 de maio de 2011

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

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Apoio à Rota do Bacalhau/Obra da Criança



Fotografia e Solidariedade de Mãos Dadas!


No seguimento de duas exposições de fotografia realizadas por Carlos Duarte (fotojornalista na região de Aveiro desde 1979) e das quais a receita reverteu para o Rotary Club de Ílhavo/Obra da Criança, de novo este amigo do clube rotário ilhavense, desde a sua fundação, volta a apoiar a Obra da Criança, com a oferta do seu novo livro de fotografia de nome “Margens da Ria”, que irá ser apresentado no próximo dia 19, às 21 horas, no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, aquando da inauguração da exposição de fotografia dos alunos da US da Fundação Prior Sardo 
Com o custo de 10 Euros por exemplar, o autor oferece 50 livros para serem vendidos durante o almoço da Rota do Bacalhau (dia 29), sendo a receita total entregue à organização da prova.