quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O direito dos pais e o caminho da democratização


Por António Marcelino

O direito de ensinar e de aprender e o direito consequente de os pais poderem escolher livremente a escola e o projecto educativo para os seus filhos, sem que com isso seja onerados financeiramente, são direitos constitucionais a respeitar e a promover. O dever do Estado é proporcionar o ensino gratuito a todos os alunos, garantir um serviço público de ensino que tal permita. Não leva necessariamente consigo ao facto de ter apenas escolas estatais e, só por necessidade ocasional, algumas escolas privadas. Um serviço público de ensino qualificado, seja ele ministrado pelas escolas estatais ou pelas escolas privadas, é um postulado democrático. Não fora assim e não se encontraria mais justificação para nos dizermos, neste campo, uma democracia plena. Onde se impede a iniciativa privada caminha-se a passos largos para a estatização. A Constituição só será verdadeiramente democrática quando deixar de predeterminar o rumo do país e der espaço, com regras de bem comum, aos cidadãos e às instituições na sua legítima participação no bem público. A democracia não é um acto de generosidade ou de necessidade do governo. Não existe uma semi-democracia que o governo usa quando lhe agrada ou lhe interessa. Em democracia não é aceitável o dualismo “governo e povo” O governo provém do povo e é inseparável dele, como seu servidor, a sua única razão de ser.

Ginástica Rítmica na Casa do Povo da Gafanha da Nazaré

Ginasta da CPGN


No passado domingo, 28 de Novembro, decorreu no Pavilhão da Escola EB 2/3 de Estarreja uma dupla jornada de Ginástica Rítmica organizada pelo clube local e pela Associação de Ginástica do Distrito de Coimbra à qual os clubes aveirenses pertencem.
A jornada matinal constou de uma Prova de Preparação para a Taça de Portugal, que irá decorrer no dia 11 de Dezembro no Pavilhão de S. Bernardo, em todas as vertentes desta modalidade: Bola, Corda, Arco, Maças e Fita. Esta é uma competição de clubes na qual só participam os que apresentem atletas nos vários aparelhos.

A Caminho do Natal



LITANIA DO NATAL


A noite fora longa, escura, fria.
Ai noites de Natal que dáveis luz,
Que sombra dessa luz nos alumia?
Vim a mim dum mau sono, e disse: «Meu Jesus…»
Sem bem saber, sequer, porque o dizia.


E o Anjo do Senhor: «Ave, Maria!»


Na cama em que jazia,
De joelhos me pus
E as mãos erguia.
Comigo repetia: «Meu Jesus…»
Que então me recordei do santo dia.


E o Anjo do Senhor: «Ave, Maria!»


Ai dias de Natal a transbordar de luz,
Onde a vossa alegria?
Todo o dia eu gemia: «Meu Jesus…»
E a tarde descaiu, lenta e sombria.


E o Anjo do Senhor: «Ave, Maria!»


De novo a noite, longa, escura, fria,
Sobre a terra caiu, como um capuz
Que a engolia.
Deitando-me de novo, eu disse: «Meu Jesus…»


E assim, mais uma vez, Jesus nascia.


José Régio

Uma visita ao Museu de Aveiro

Claustro

Túmulo de Santa Joana

Princesa Joana


Visitei há dias o Museu de Aveiro, mais conhecido como Museu de Santa Joana. Completamente renovado, é um desafio para os amantes da cultura. Anexo tem a galeria municipal, que também visitei. Em boa hora, porque pude apreciar riquezas do nosso património, quer do espólio do Museu de Aveiro, quer de outros museus, nomeadamente, do Museu Nacional de Arte Antiga, privilégio que lhe vem de pertencer, julgo eu, à Rede Nacional de Museus.
Era dia de semana e, talvez por isso, pouquíssima gente por lá andava. De sala em sala, de corredor em corredor, fui registando as modificações, as adaptações às mais recentes leis expositivas. Luz abundante ou quanto baste, controlo de temperatura e humidade. Vigilantes discretos mas atentos, aqui e ali esclareciam o visitante, chamando a atenção para um ou outro quadro ou pormenor.
As marcas da Princesa Joana, beatificada em 1693, saltam à vista de quem entra no Museu. E vale a pena, fixar os olhares em novas iconografias dedicadas à filha de D. Afonso V, que trocou Lisboa pela então humilde vila de Aveiro, em 1472. Morreria em 12 de Maio de 1490, com 38 anos de idade. O seu túmulo é um monumento digno de apreciação mais cuidada, enquanto o espírito da Princesa, padroeira da cidade e diocese de Aveiro, nos deve conduzir a alguns momentos de reflexão.
O Museu de Aveiro precisa agora de ser mais visitado, a começar precisamente pelos aveirenses. Aliás, de alguns ouvi que já lá não vão há anos. Aproveitem então nesta quadra.

FM

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Concerto de Natal da Filarmónica Gafanhense

Coral da "Música Velha"


A Filarmónica Gafanhense (Música Velha), dirigida pelo seu maestro Fernando Lages, leva a efeito o seu concerto de Natal 2010, no próximo dia 7 de Dezembro, pelas 21.30 horas, no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré. O concerto conta com a participação do seu Grupo Coral, uma formação dirigida pela professora Eva Cristina Ribau.
A organização é da Filarmónica Gafanhense, tendo o apoio da Câmara Municipal Ílhavo. A entrada é gratuita e os bilhetes, dois por pessoa, podem ser levantados no CCGN, a partir do dia 4 de Dezembro.

Confraria Gastronómica do Bacalhau inaugura Sede Social em Ílhavo

Placa descerrada na nova sede da Confraria

Com a presença dos Confrades, dos responsáveis da banda Música Nova, Agostinho Flor e Fernando Maio, e de António Silva da Junta de Freguesia de S. Salvador, realizou-se, no passado dia 29, a inauguração da sede da Confraria Gastronómica do Bacalhau, que fica situada no Centro Histórico de Ílhavo, (Sete Carris), Viela da Banda Música Nova.
A entrega deste espaço à Confraria resulta dum protocolo recentemente assinado pela Câmara, Música Nova e Confraria, no qual a banda Ilhavense cede à referida Confraria a sua anterior sede, enquanto a autarquia se compromete a manter a Música Nova nas antigas instalações da Escola Preparatória, até à construção da Casa da Música, na antiga Escola Primária n.º1.

Ex-Acólitos da Gafanha da Nazaré vão confraternizar


Encontram-se abertas as inscrições para o III Jantar de Confraternização dos Ex-Acólitos da Gafanha da Nazaré, agendado para o dia 11 de Dezembro, num restaurante daquela cidade.
Esta iniciativa, para além de permitir o reencontro com amigos de vidas encaminhadas de forma diversa, pretende manter vivos os laços de amizade e de profunda camaradagem dos elementos pertencentes ao grupo nas décadas de 70, 80 e 90.
Os interessados devem proceder à sua inscrição por correio electrónico, para o endereço nuvempositiva@gmail.com, até ao dia 9 de Dezembro.

Hélder Ramos



1.º de Dezembro de 1640: restaurada a independência de Portugal


No dia 1 de Dezembro, de 1640 um grupo de conjurados (uns 40)   invadiu o palácio real (Paço da Ribeira), que estava no Terreiro do Paço, prenderam a Duquesa de Mântua, obrigando-a a dar ordens às suas tropas para se renderem e mataram Miguel de Vasconcelos, um traidor ao serviço do rei espanhol.
Hoje é, portanto, feriado. Tenho para mim que já poucos portugueses conhecerão ao certo a razão desta efeméride. Também não sei se todas as escolas recordaram esta passagem da nossa história. Seria uma boa forma de levar os alunos a sentirem a coragem dos nossos antepassados.
Nesse dia, invadiram o palácio real, prenderam a duquesa que exercia as funções de vice-rei de Portugal, em nome do rei de Espanha, Filipe II (I de Portugal), e mataram um traidor.

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Arte de Jardinagem

Por José Tolentino Mendonça

Sophia de Mello Breyner escreveu: «Em todos os jardins hei de florir…». Acho que a podemos compreender bem, pois quem conhece minimamente o seu próprio coração sabe quanto ele se assemelha a um jardim. Por saber isso é que nos tornamos, claro está, nos primeiros interessados na peculiar arte de jardinagem que é o cuidado do nosso mundo interior. Há uma passagem bíblica, de um dos livros sapienciais, que traduz o que, a esse nível, nos cabe fazer. Diz assim: «Regarei as plantas do meu jardim e saciarei de água os meus canteiros» (Eclo 24,30).

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A Caminho do Natal


Até ao Natal de Cristo, por aqui desejo semear sinais da esperança num mundo melhor, rumo à chegada do Deus-Menino: Poemas, textos, mensagens, testemunhos, imagens e recordações mágicas que perduram nos corações de todos nós.
Eu sei que Natal é para todos os dias, que é quando cada um de nós quiser, mas nunca será perda de tempo reavivar a ternura do nascimento do Menino Jesus.
Espero que os meus amigos e leitores se associem a esta maratona de apenas 25 dias. Fico a aguardar, na certeza de que há, em todos nós, sementes indestrutíveis do Natal de Jesus. Porventura à espera da hora certa para desabrocharem.

FM