quarta-feira, 13 de outubro de 2010

1910 a duas vozes: Um livro com achegas para pensar


Mendo Henriques: «Com o liberalismo monárquico, fomentou-se a decadência ou o progresso do país em termos económicos, sociais e culturais?
Que factores determinaram a crise das instituições políticas da monarquia constitucional?
Se havia atrasos sociais, económicos e educativos, seriam fundamentalmente imputáveis à instituição real ou a reis concretos?»


Fernando Rosas: «Na realidade, na transição do século XIX para o século XX, um pouco por todo o Ocidente europeu, e em Portugal ao ritmo e com a extensão condicionados pelas especificidades socioeconómicas, políticas e culturais do meio, os sistemas liberais e oligárquicos começaram a ser minados nos seus fundamentos pelas dinâmicas de mudança de um capitalismo em profunda transformação económica e tecnológica.»

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Rão Kyao “O Melhor dos Tempos”

Centro Cultural de Ílhavo │OUTUBRO │SÁB 16 às 22h00

Rão Kyao

Rão Kyao é um guia que nos transporta por diversas paragens – por Portugal, claro, pela vizinha Espanha também, mas igualmente pelo Extremo Oriente onde estudou e aperfeiçoou a sua notável técnica na flauta de bambu.
São esperados momentos de grande introspecção, quando a sua música assume tonalidades mais místicas e nos faz reviver alguns dos momentos da sua carreira.
Um concerto de Rão é uma viagem – e não apenas pelo som de diversas latitudes, mas também por diversas emoções e sentimentos que provoca.

A ECONOMIA AO SERVIÇO INTEGRAL DA PESSOA


PARA QUE SERVE A ECONOMIA?

José Tolentino Mendonça

A Economia deixa de ser apenas um processo administrativo, uma arte de gestão corrente e passa a colocar no centro da sua finalidade o serviço integral à Pessoa



Há uma frase lapidar de Carl Schmitt em relação aos Estados modernos que importa recuperar: «Todos os conceitos decisivos da moderna doutrina do Estado são conceitos teológicos secularizados». Isto é, na origem de paradigmas fundamentais que nos regem, como por exemplo a Economia e o Governo, e que hoje regressaram (Deus sabe com que desespero) ao centro do debate público em Portugal, está a influência determinante da teologia cristã, sobretudo nas suas estações bíblica e patrística.

O Ilhavense Capitão José Paulo Vieira da Silva comanda navio de pesquisa numa expedição ao RMS Titanic

A LENDA CONTINUA


Cap. José Paulo

O SV Jean Charcot, da empresa Escocesa Hays Ships, levando a bordo 17 tripulantes e 30 passageiros (cientistas, arqueologistas e diveros técnicos ) sob o comando do Cap. José Paulo, esteve recentemente a efectuar uma expedição ao Titanic. Este navio encontra-se a 3870 metros de profundidade a 375 milhas SE de St. John’s na Terra Nova. A empresa Americana RMS Titanic Inc., possuidora de todos os direitos sobre os restos do Titanic, organizou esta expedição que se realizou entre os dias 22 de Agosto e 18 de Setembro de 2010.


Flores para os náufragos

O Jean Charcot foi equipado com um ROV (veiculo operado remotamente) REMORA e com dois AUV (veiculo autonomo). Estes equipamentos permitiram fazer um mapeamento do Titanic e da area envolvente bem como obter imagens por scan, para verificar o grau de decomposição do Titanic, e efectuar fotos e filmagens em 3D, com a intenção de reconstruir virtualmente o Titanic, tendo em vista o centenario da sua trágica viagem que se comemora em 2012. Serão então exibidas as imagens e documentários desta expedição, perpetuando a memória de quantos pereceram – 130 passageiros da 1ª classe, 166 da 2ª classe, 536 da 3ª classe e 685 membros da tripulação.
Quando o Jean Charcot chegou à posição sob a qual se encontram os restos do Titanic, toda a tripulação e membros da expedição participaram numa cerimonia evocativa do acidente e de quantos nele pereceram, lançando flores à água.
A expedição correu como previsto tendo sido ultrapassados todos os objectivos. Foram realizadas milhares de fotos e filmagens para posterior análise e estudo. Toda a expedição foi relatada quer por alguns media Americanos quer online através do facebook, e documentada para o canal História exibir em 2012.


Casamento na expedição


domingo, 10 de outubro de 2010

Igreja Católica: a importância dos catequistas

Altar-mor da Gafanha da Nazaré

Hoje, na missa das 10 horas, foi dia de apresentação de grupos de catequese com os respectivos catequistas. Mais do lado feminino que masculino. As catequistas, com o seu sentido maternal e sensibilidade muito própria, lideram o ranking dos educadores da fé na Gafanha da Nazaré.
Os meus olhos deram vida a reflexões sobre a importância dos catequistas (eles e elas, para não haver confusões) na vida da Igreja Católica, das famílias e da sociedade em geral. Eu sei que há leigos nos mais diversos sectores eclesiais, em cargos de muita responsabilidade e simples cooperantes. Todos assumindo, admito, a co-responsabilidade que deve ser norma essencial no viver da fé. Mas os catequistas, os que semana a semana acolhem crianças e lhes abrem a mente para acolher a Palavra de Deus e as verdades da Boa Nova de Jesus Cristo, esses merecem, de nossa parte, um carinho especial pela entrega, paciente e generosa, à causa da instauração do Reino de Deus nos tempos que correm, rumo a uma sociedade mais fraterna.
As religiões servem, fundamentalmente,  para unir as pessoas e indicar-lhes propostas de paz e bem, de justiça e verdade, de liberdade e de amor.

Os blogues permitem histórias comoventes

No Marintimidades, de Ana Maria Lopes, foi publicada uma história comovente, que mostra a força dos blogues, como espaços de partilha e de proximidades, mesmo de pessoas que não se conhecem. Mais interessante, por isso. Vejam aqui.

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues


(Clicar na imagem para ampliar)

Filarmónica Gafanhense celebrou 174 anos de vida musical

Duas novas executantes da "Música Velha"


"MÚSICA VELHA" TEM FUTURO ASSEGURADO

Participei ontem no serão comemorativo dos 174 anos de existência da Filarmónica Gafanhense, sendo, por isso, a mais antiga colectividade do concelho de Ílhavo. Quem está habituado a ouvir que a Gafanha da Nazaré tem apenas um século de vida, não deixará de se questionar sobre este desfasamento entre a idade da instituição e da terra que lhe dá o nome. É que a Filarmónica Gafanhense nasceu, realmente, há 174 anos, não na Gafanha da Nazaré, mas em Ílhavo. Mudou muito depois de nome e de sede, por razões compreensíveis e já bastante conhecidas.
Feita esta necessária explicação, lembro então que ontem, sábado, a “Música Velha”, como é conhecida, esteve em festa. Foi em romagem ao cemitério para honrar os músicos, sócios e dirigentes já falecidos, participou numa missa de acção de graças na igreja matriz e à noite, no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, houve concerto, participado pela banda juvenil e pela filarmónica, associando-se na parte final o grupo coral da colectividade.
Foram momentos muito agradáveis os que se viveram no Centro Cultural, não só pelo espectáculo em si, mas ainda pela cerimónia de entrada de novos executantes na Filarmónica, que receberam os bonés do maestro e do presidente da associação.
Carlos Sarabando Bola, o dinâmico presidente, frisou que a banda juvenil é fruto de muito trabalho e persistência, não só deles mas também de muita gente, em especial dos pais, que se não têm poupado a esforços para levar os seus filhos aos ensaios. «A direcção pouco ou nada pode fazer sem esse apoio», acrescentou. Contudo, adiantou que a associação continuará de portas abertas para acolher todos os que quiserem dar a sua colaboração.
Paulo Costa, vereador da Câmara Municipal de Ílhavo, que representou, deu os parabéns à banda pela sua longevidade, salientando o seu crescimento artístico e a sua disponibilidade para «estar sempre presente», nos momentos festivos do concelho.
Acrescentou que esta agremiação está «no caminho certo», enquanto garante o seu próprio futuro «com muita malta nova». Referiu a inovação que o coro da banda simboliza, «cheio de energia», enaltecendo por fim a importância que a autarquia atribui à formação cultural, «privilegiando neste mês dedicado à música a prata da casa».

FM

À espera de um bom domingo



PEDRAS VALENTES

O mar bravo que se está a preparar para o Inverno, que oficialmente ainda vem longe, fez ontem alguns estragos em terras que o enfrentam na sua bravura. Na Praia da Barra, aqui perto de onde moro, temos pedras valentes que, dia após dia, inverno após inverno, se sacrificam por nós, defendendo-nos. Aqui lhes deixo a minha homenagem, extensiva a quem, há mais de dois séculos, ousou abrir a Barra de Aveiro neste sítio, à custa de muitas canseiras.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 205

PELO QUINTAL ALÉM – 42


O PINHEIRO

A
Júlia Magalhães,
João Sousa

Caríssima/o:

a. As aventuras envolvendo pinheiros, no nosso quintal, dariam para encher algumas páginas, das mais variadas cores, simbolizando da desilusão ao maior gozo por objectivos conseguidos... Imaginem só como é congratulante sabermos que as tábuas de duas pinheiras criadas atrás do nicho das Alminhas sulcam as águas da Ria em moliceiro airoso!

Outros pinheiros fizeram ou fazem vida por estas bandas, mas crescem remoçadas outras duas pinheiras mansas que apontam, cada ano que passa, para um futuro mais verde..., de esperança acrescida!

Falar hoje desta árvore é também fazer memória da vida da casa nos tempos de minha Sogra; é que, como o dia 5 é (e já era) feriado, aproveitou-se, durante muitos anos, para ir à caruma ao Camondo, ou ao Ervideiro, pinhais que estavam mais a jeito, e que ofereciam governo para todo o ano: para acender o lume, fazer lastro para o porco dependurado no chumbaril, ou simplesmente para estender umas sardinhas a escorrer ...

e. Também pelas nossas Gafanhas, durante anos e anos, o pinheiro era presença amiga e benfazeja; não apenas na Mata mas também nos pinhais que abundavam bordejando a floresta. Quem poderia esquecer as viagens que fazíamos às bicas com os filhos do ti Manuel Elviro!

E para além das brincadeiras, desde muito novos, aprendemos a admirar a obra que Mestre Manuel Maria fazia brotar de raízes e troncos de pinheiros torcidos e retorcidos!

Mas ao menos ainda por esta vez deixai-me sonhar com o meu barco de casqueira que o vento impele na vela da folha do meu caderno dos deveres imperfeitos...