sábado, 19 de julho de 2008

ATL - Governo e CNIS já se entenderam

Crianças numa ATL (Foto do meu arquivo)
ATLs vão receber reforço de verbas
As instituições de solidariedade chegaram a acordo com o Governo sobre os subsídios atribuídos às actividades de tempos livres (ATL), encerrando um diferendo que se prolongou durante vários meses, anunciou o presidente da confederação do sector, refere a agência Lusa. «Já há acordo. Embora não sejam suficientes, são valores aceitáveis que asseguram a sobrevivência das instituições e que mostram que o Governo quer que se mantenham em funcionamento os ATL, sobretudo na componente de apoio à família», revelou o padre Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS). Segundo o responsável, o acordo ficará estabelecido num protocolo a celebrar «em breve» e que prevê um reforço das verbas atribuídas às instituições que garantem o acolhimento e ocupação das crianças do primeiro ciclo.
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PAPA EM SIDNEY

Bento XVI pede perdão pelos abusos sexuais do clero na Austrália
Bento XVI apresentou hoje um pedido de desculpas a todas as vítimas de abusos sexuais por parte do clero católico na Austrália. “Peço profundas desculpas pela dor e o sofrimento que as vítimas sofreram e asseguro-lhes que, enquanto seu pastor, eu também partilho o seu sofrimento”, disse o Papa, na Catedral de Saint Mary, de Sidney, numa passagem improvisada da sua homilia. O Papa quis "confessar a vergonha que todos sentimos depois dos abusos sexuais sobre menores cometidos por alguns sacerdotes e religiosos desta nação". "Estes agravos, que constituem tão grave traição da confiança, devem ser condenados de modo inequívoco. Causaram grande sofrimento e prejudicaram o testemunho da Igreja", assinalou. Nesse sentido, pediu "a todos que apoieis e assistais os vossos bispos, colaborando com eles no combate contra este mal". "As vítimas devem receber de vós compaixão e tratamento e os responsáveis destes males devem ser levados diante da justiça", precisou Bento XVI, para quem "constitui uma urgente prioridade a promoção dum ambiente mais seguro e sadio, especialmente para os jovens". Leia mais aqui

PREDOMÍNIO DA IMAGEM E POBREZA DO SÍMBOLO

No século VIII, no quadro da ameaça militar e religiosa do islão a Bizâncio, a tradição cristã viu-se confrontada com a pureza radical do monoteísmo islâmico e a sua proibição das imagens. Os imperadores bizantinos mandaram destruir as imagens e os seus defensores foram perseguidos como idólatras. Embora esta luta dos iconoclastas tenha acabado com a vitória dos iconódulos (veneradores das imagens), pois Jesus Cristo é a imagem visível de Deus, nunca deveria esquecer-se que Deus é infinitamente transcendente e, se o Homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, Deus não é à imagem do Homem. Diz-se perante certas imagens: vale mais uma imagem que milhares de palavras. Pense-se, por exemplo, naquelas imagens televisivas das crianças esfomeadas na Etiópia -- pequenos andaimes de ossos a soçobrar, num olhar suplicante e quase morto -, e o soco que nos dão no estômago e na alma. Aqui, porém, do que se trata é da civilização da imagem, daquela civilização que quer a visualização de tudo. Trata-se daquilo para que uma aluna me chamou a atenção. Ela tinha feito um trabalho sobre A Sociedade do Espectáculo, de Guy Debord, um dos breviários da geração de 68, e disse-me: "Viu a transmissão televisiva do funeral do Papa João Paulo II? Aquilo era espectáculo, donde o mistério da morte foi arredado. Logo a seguir, em sequências vertiginosas, lá estavam imagens publicitárias e futebol: tudo o mesmo." Ah! A alienação com o futebol: "pensar com os pés" (Carlos Fiolhais)! Há perigos na civilização da imagem?
Anselmo Borges Para ler todo o artigo, clique aqui

PONTES DE ENCONTRO

Proposta indecente!
Creio que muitas poucas pessoas já terão dúvidas, presentemente, que vivemos numa sociedade de sedução e de ilusão, em que se procura passar a ideia de que tudo é fácil de alcançar e satisfazer e onde as responsabilidades e os compromissos pelas opções individuais de cada um não passam de meros circunstancialismos passageiros que, com o passar do tempo, se vão diluindo, até desaparecer, como por magia, sem que tragam quaisquer encargos para quem os assumiu. A publicidade vai-se encarregando de passar esta mensagem de felicidade gratuíta e de criar a envolvente psicológica e social propícia para que os mais desprevenidos e imprudentes acreditem que vivemos num mundo de maravilhas, onde tudo são facilidades e, se não for bem assim, no futuro, alguma coisa se há-de arranjar. Comprar um carro, ir de férias a um qualquer lugar do mundo, ter um crédito imediato, sem perguntas ou justificações, adquirir um electrodoméstico não utilitário, ter a casa dos seus sonhos e muito mais do que se queira e possa imaginar, são algumas das tentações que nos entram, das mais variadas formas, pela casa dentro e que influenciam o íntimo de muitos. Para minha surpresa, também os mais jovens já são seduzidos neste sentido. Ainda há dias, estava com um sobrinho meu, com 16 anos de idade, que, recentemente, passou para o 12º ano, a quem, há coisa de três meses, os pais abriram uma conta bancária, por questões de ordem prática, a nível familiar. Pois, recentemente, este jovem recebe uma carta da instituição bancária, onde a referida conta foi aberta, na qual era tratado por “jovem empreendedor”, com uma proposta de crédito, em seu nome, “até dez mil euros, para utilizar onde, como e quando quiser”! Mas onde é que está a sensatez de tudo isto? Será que não há ninguém, neste país, que ponha um travão neste tipo de loucura alienante, que nem sequer tem em conta estarem a fazerem uma proposta de crédito a um jovem adolescente e de menor idade? Ou será que tudo isto faz parte de uma estratégia mais ampla e malévola que pretende começar a abrir as primeiras brechas e confusão na consciência deste e de outros jovens para que, no futuro, o assalto seja mais fácil à sua pessoa? Isto para não falar nos possíveis conflitos pessoais e incompreensões que podem surgir entre estes jovens de menor idade e os seus familiares. Acabei por ir ao banco e depois de alguma insistência informara-me que tais contactos fazem parte da política geral da empresa e não comprometem ninguém. Até aí também eu sei, mas não basta esta resposta. Estes contactos deviam ser proibidos, no caso de se tratarem de jovens menores e, para este grande pormenor, não houve resposta. Tenho pena que estes bancos não façam uma publicidade pedagógica, também ela capaz de angarias novos Clientes para estes, mesmo que seja (como deveria ser) na base da verdade e não de vendilhões de ilusões, como seja: incentivá-los ao trabalho, a poupar (quando possível), gerir o seu pecúlio e orientá-los nas suas aplicações ou empréstimos. Quer se queira quer não, os bancos não são umas empresas quaisquer e a sua influência no tecido social e económico de um país é enorme, para o bem e para o mal, pelo que só o Estado pode, se quiser e tiver coragem, regulamentar este sector dos seus excessos e abusos, caso este não o queira fazer por sua própria e livre iniciativa. Seja por publicidade enganosa ou parcial, ou pela imprudência e irresponsabilidade de quem assume os empréstimos, sem ter condições para os cumprir (ainda que os bancos devessem ter o dever e a obrigação de verificar das condições dos cumprimentos assumidos), é que eles vão engordando os seus fabulosos lucros, à custa da necessidade de uns e da miséria de outros. Não quero diabolizar as instituições bancárias, até porque muitos portugueses já recorreram aos seus (caros) serviços e conseguiram não só cumprir o acordado com elas como adquiriram bens que, de outro, nunca teriam conseguido para a sua vida. Agora que estas instituições devem ter mais rigor e seriedade no seu funcionamento com os seus Clientes, lá isso devem. É inquestionável, para bem dos cidadãos e do país!
Vítor Amorim

sexta-feira, 18 de julho de 2008

AVEIRO: Feira do Sal

SALICÓRNIA

Junto ao Mercado Manuel Firmino, em Aveiro, está a decorrer a Feira do Sal, que pode ser visitada até domingo, dia 20. Assinalei a presença de Aveiro, Ovar, Figueira da Foz, Rio Maior, Alcácer do Sal, Castro Marim, Setúbal e, ainda, de um representante de Itália. Há ali sal para todos os "gostos". Como curiosidade, apresento uma entrevista com José João Rodrigues, proprietário da Salina Eiras Largas, da Figueira da Foz, que me falou sobre a Salicórnia, uma planta sazonal que cresce nas marinhas de sal. Tem diversas aplicações culinárias.

É TEMPO DE NÃO BAIXAR OS BRAÇOS

Face à crise económica...
Face à crise económica que se instalou entre nós, e tendo em conta as nuvens negras que se avizinham, segundo dizem os economistas e outras analistas sociais, Cavaco Silva alertou os portugueses para a necessidade de não baixarem os braços. “Num momento em que foram reveladas algumas previsões preocupantes quanto ao comportamento da nossa economia, quero dizer aos portugueses que este é um tempo para não baixarem os braços", disse o Presidente da República. Que me lembre, nunca na nossa democracia se viveu sem crise instalada, de forma mais ou menos evidente e sempre sentida pelas classes mais desfavorecidas. Daí, portanto, a recomendação do Presidente da República. Acontece, porém, que não basta recomendar, constantemente aos mesmos, para não baixarem os braços. Eles, os simples trabalhadores, bem andam com eles agitados e bem no ar. Mas no fim do mês, o que ganham, mal dá para comer. Importa, isso sim, criar uma sociedade mais justa e mais solidária, erradicando a possibilidade de uns terem tudo, sem nada deixarem para a maioria. Que cada um tenha o essencial para viver, são os meus votos sinceros!
FM

Bento XVI em Sidney

“Radicado no coração do ser humano, o sentido religioso desperta homens e mulheres para Deus, ensinando-os a descobrir que a realização pessoal não consiste na gratificação egoísta de desejos efémeros, mas está em ir ao encontro das necessidades dos outros e procurar caminhos concretos capazes de contribuir para o bem comum."
Bento XVI, em Sidney

PONTES DE ENCONTRO

Nelson Mandela: de guerrilheiro a pacificador!
Há 90 anos, precisamente no dia 18 de Julho de 1918, nascia, na África do Sul, que até ao ano de 1910, tinha sido uma colónia do Império Britânico, Nelson Mandela, que viria a ser um dos maiores activistas negros na luta contra o apartheid (do afrikaans: “vida separada”), estabelecido, formalmente, pela minoria branca que governava o país, a partir do ano de 1948. Considerado um terrorista e um rebelde, pelo poder branco instituído, era, para a maioria negra (cerca de 75% da população do país era, e é, negra), um herói, um guerrilheiro e um libertador. Preso, pela primeira vez, em 1956, volta a sê-lo em 1962. Em 1964, é condenado a prisão perpétua e é enviado para a prisão da Ilha de Robben, a 12 quilómetros da Cidade do Cabo, onde passa a ter o número 46664 (466.º preso, do ano de 1964). Daqui, continua a incentivar à luta armada. Na sequência da enorme pressão internacional que, entretanto, se foi formando, por todo o mundo, contra o regime do apartheid, Nelson Mandela é libertado, incondicionalmente, no dia 11 de Fevereiro de 1990, após cerca de 28 anos de cativeiro. Em 1994 foi eleito o primeiro presidente negro da República da África do Sul, cargo que ocupou até 1999. Em 1993, divide a atribuição do prémio Nobel da Paz com Frederik de Klerk, exactamente o homem que o tinha mandado libertar. Com mais ou menos controvérsias até ser preso, muito dificilmente alguém deixa de reconhecer que Nelson Mandela foi, a partir daí, o principal artífice, político e moral, da transição do regime branco do apartheid para o regime de maioria negra, fazendo-o sempre na busca da reconciliação, da tolerância interna e no respeito pelos direitos de todos os cidadãos sul-africanos. A fundação da nação estava, finalmente, a realizar-se. A forma sempre afável e conciliadora como o procurou fazer, sobretudo a maneira como se soube impor às correntes mais radicais do seu partido (ANC) e da restante maioria negra, foram-lhe granjeando o reconhecimento e a admiração de toda a comunidade internacional, pela qual, em múltiplas ocasiões, tem sido homenageado por todo o mundo. Após a sua saída da presidência, foi chamado a mediar muitos conflitos internos e externos, devido ao seu estatuto de grande líder. Em 1995, o Papa João Paulo II visita a África do Sul, país que antes se tinha recusado a visitar, devido ao regime do apartheid em vigor, tendo-se encontrado com Nelson Mandela. Três anos mais tarde, é Mandela que visita João Paulo II, no Vaticano. Entre estes dois homens, nasce uma amizade e admiração mútua. Ainda que fragilizado pela idade e a doença, Nelson Mandela continua, hoje, tal como João Paulo II, a irradiar simpatia e a despertar um afecto muito grande nos jovens, havendo historiadores que chegam a comparar as semelhanças que existem entre estas duas personagens fascinantes. Simon Usherwood, da Universidade de Surrey, na Grã-Bretanha, referiu-se a estes dois homens dizendo: "Esta pode ser a última geração de figuras políticas e sociais capazes de ainda ter voz através da sua longevidade. A vida deles estende-se até um tempo em que o mundo era tumultuoso e questões básicas sobre a liberdade, a justiça, a democracia e a ordem social continuavam ainda sem resposta. Cada um deles encontrou a sua própria resposta e partilharam-na. Eles deixaram uma marca". Já o historiador britânico Timothy Garton Ash, afirma: “Como João Paulo II, Mandela comoveu gerações. Um dos homens mais amados da Terra e talvez o único a rivalizar com o Papa na questão da autoridade moral.” Ainda para este historiador, Mandela foi a única pessoa, além de João Paulo II, que poderia almejar ao título de "maior homem do nosso tempo". Num momento conturbado e de desorientação, à escala planetária, faltam líderes que sejam portadores e símbolos de integridade ética e moral, que o mundo tanto precisa para solucionar os seus conflitos. Por tudo isto, é bom e necessário não esquecer o exemplo destes “veteranos”, que não se limitaram só a acreditar. Lutaram, cada um a seu modo, mas num bom combate de vida, por aquilo em que acreditavam, e disso deram e deixaram o exemplo de que é possível, ainda, continuar o seu caminho!
Vítor Amorim

FORTE DA BARRA

Projecto de recuperação do Forte será reaberto a concurso
"A APA assegura que os edifícios em ruínas que rodeiam o Forte da Barra, na Gafanha da Nazaré, serão demolidos A área envolvente do Forte da Barra de Aveiro, considerado Imóvel de Interesse Público pelo Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), tem vindo a ser utilizada, nas últimas décadas, como depósito de materiais. Com efeito, foram construídos junto à fortaleza alguns edifícios, que hoje se encontram ao completo abandono e em ruína, o que acaba por desvirtuar e desfear o espaço."
Leia mais no Diário de Aveiro

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Cultura de esquerda! O que é isso?

"A teimosia em querer pôr a direita e a esquerda como único critério e referência de tudo ou de quase tudo o que socialmente se é e se vive, denuncia, a meu ver, uma manifestação de pobreza sem resposta e uma miopia social que se vai tornando, em muitos casos, praticamente incurável. Coisa de velhos, não necessariamente de idade, que já pouco mais sabem raspar no fundo do tacho. Daí não sairão senão restos de um esturro fedorento ou de comida requentada."

Colónia Agrícola da Gafanha da Nazaré

Hoje, ao consultar um livro das minhas estantes, encontrei uma folha com um documento, dactilografado, que entendi por bem publicar, como referência histórica à Colónia Agrícola da Gafanha da Nazaré. Pode lê-lo aqui.

Bento XVI em Sidney

Bento XVI afirmou, em Sidney, que “o nosso mundo está cansado da ambição, da exploração e da divisão, do tédio de falsos ídolos e de respostas parciais, e da mágoa de falsas promessas. O nosso coração e a nossa mente anelam por uma visão da vida onde reine o amor, onde os dons sejam partilhados, onde se construa a unidade, onde a liberdade encontre o seu próprio significado na verdade, e onde a identidade seja encontrada numa comunhão respeitosa”.
Ler mais em Ecclesia

Fátima e a devoção popular

Vezes sem conta testemunhei que no Santuário de Fátima o povo era atraído, especi-almente, pela Capelinha das Aparições. Compreende-se. O povo vai a Fátima por causa de Nossa Senhora. Até parece que tudo o mais não interessa.
Enquanto o espaço circundante da Capelinha está quase sempre cheio, a Capela da Adoração, embora pequena, tem muito pouca gente. E no entanto, é lá que está o Senhor de todos os dons e o único a quem é devida a adoração. Para Nossa Senhora, como é sabido, só pode ir a veneração.
Vem isto a propósito da notícia de que a partir de agora a Capela da Adoração passa a ocupar um outro lugar na Igreja da Santíssima Trindade. Os meus votos vão no sentido de que os visitantes e peregrinos de Fátima passem a ser mais motivados para ali dirigirem, num ambiente acolhedor e de silêncio, as suas preces ao Santíssimo Sacramento.

Regata dos Moliceiros

VIDA E COR NA RIA
Com organização conjunta da Associação dos Amigos da Ria e do Barco Moliceiro, Câmara Municipal de Aveiro e Região de Turismo Rota da Luz, vai realizar-se, no próximo dia 19 de Julho, pelas 15 horas, a Regata dos Moliceiros, desde a Torreira até Aveiro. A perícia dos Moliceiros é fundamental para manobrar este barco - embarcação tradicional de características singulares e apropriadas à navegação na Ria, dado o porte do mesmo e dimensão da sua vela. Marco identitário de uma região de água, o barco Moliceiro possui um valor estético único. A Regata ilustra o modo quase anfíbio como os povos ribeirinhos se relacionam com a Ria e o engenho construtor dos mestres e dos estaleiros navais regionais, cuja arte dá vida e cor aos barcos moliceiros.
Fonte: Rota da Luz

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Nota Pastoral do Bispo de Aveiro sobre o Ano Paulino

APRENDER COM PAULO,
PROPÓSITO DA IGREJA AVEIRENSE
A Igreja Aveirense quer “aprender com Paulo a paixão pelo Ressuscitado, o gosto pela sabedoria do Evangelho, a abertura aos novos caminhos de renovação, as razões firmes da esperança, a determinação para ir ao encontro de todos na imensa vastidão do mundo a evangelizar” – afirmei na homilia da celebração eucarística do Dia da Igreja diocesana no Santuário de Santa Maria de Vagos. Na mesma ocasião e perante numerosa assembleia de fiéis, fiz a abertura do “Ano Paulino” com um gesto cheio de simbolismo: a apresentação pública da imagem de S. Paulo que, significativamente, provinha da paróquia de Belazaima do Chão, no arciprestado de Águeda. Quero, agora, aprofundar este simbolismo e desenvolver algumas dimensões da vida e da obra de S. Paulo que podem ajudar-nos a enriquecer a nossa vida cristã, a das nossas comunidades, a dos vários movimentos e associações e a apreciar as propostas pastorais do próximo Ano Apostólico.
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Boas Férias

O PRAZER DE CONVIVER
Com o corre-corre da vida, nem sempre temos tempo para conviver. Bem nos lembramos disso, mas vamos adiando o encontro sempre agradável com familiares e amigos, para momento mais tranquilo. Esse momento, se pensarmos com calma, pode ser nas férias. Porém, nem nessa altura conseguimos olhar para o lado para descobrir quem precisa da nossa atenção. Façamos, então, o propósito de nas próximas férias dedicarmos algum do nosso tempo aos familiares e amigos, para pormos em dia a conversa eventualmente interrompida há anos. Sem pressas, mais com a preocupação de escutarmos os outros, falemos de coisas agradáveis, recusemos a maledicência e apostemos no positivo. Olhemos para eles como gente que é capaz de partilhar connosco ideias que contribuam para um mundo melhor. Recordemos vivências experimentadas em comum, na certeza de que lembrar o passado pode ser reviver. Procuremos amigos isolados na sua solidão, talvez doentes e acamados, talvez esquecidos, talvez marginalizados e à espera de alguém que os oiça. Se isso acontecer, saibamos escutá-los generosamente para, a partir daí, conseguirmos recriar amizades que nos ajudem a ser mais fraternos e, por isso, mais cristãos. As férias não podem ser somente um espaço de tempo exclusivamente para nós. É fundamental que saibamos dar para um dia também recebermos, decerto em duplicado. E como cristãos, temos de dar um sabor especial ao mundo que nos rodeia com os valores do Evangelho. Saibamos, então, aproveitar todas as oportunidades para conversar, deixando fluir em nós os critérios de Deus, com toda a serenidade, compreensão e disponibilidade, porque é preciso reconquistar o tempo perdido com a vida a correr que temos levado. FM NOTA: Texto escrito há anos. Penso, contudo, que mantém a actualidade. Por isso aqui fica.

Novo Seleccionador Nacional de Futebol

Carlos Queiroz é o novo seleccionador nacional de Futebol. Vem substituir o carismático Felipe Scolari. Que seja feliz, para todos os portugueses o acompanharem nessa felicidade. Vem ganhar, segundo diz a comunicação social, um milhão e meio de euros por ano. Durante quatro anos.
Quando se fala de salários elevados, escandalosamente elevados, muitos protestam, clamando que é uma ofensa à pobreza nacional. Quando se trata de treinadores e jogadores de futebol até parece que toda a gente concorda. Eu, claro, discordo.
FM

Do Concurso de Fotografia “Porto de Encontro"

Foto de Guilherme Lima, de Vagos
O Concurso de Fotografia "Porto de Encontro" foi uma oportuna iniciati-va do programa comemorativo do Bicentenário da abertura da Barra de Aveiro, que registou forte adesão da comunidade, com 61 concorrentes e perto de 500 fotografias. Os prémios foram entregues no passado dia 3 de Abril.
Fonte: Porto de Aveiro

AVEIRO: Turismo religioso

Festa de São Gonçalinho
A Turel e a Câmara Municipal de Aveiro assinam hoje, 16 de Julho, um Protocolo que firma a adesão da Autarquia Aveirense à Turel – TCR – Desenvolvimento e Promoção do Turismo Cultural. Segundo foi comunicado, o turismo religioso em Aveiro ganha outro fôlego, pois o concelho será incluído nesta rede de temática religiosa, para além da inclusão em roteiros específicos com informações úteis (contactos, horários de visita a espaços religiosos, entre outras) e a possibilidade de haver guias especializados em turismo religioso para visitas guiadas”.

PRAIA DA BARRA: Mensagens Bíblicas

(Clicar nas fotos para ampliar) :
Na Praia da Barra, zona privilegiada de veraneio na costa aveirense, os banhistas e outros visitantes podem, a par do sol e da maresia, reflectir sobre Jesus Cristo. Há sempre quem se lembre de nos sugerir essa proposta, pese embora muitos grantirem que não há lugar para Deus no mundo materialista e hedonista que nos envolve. Em tempo de férias e do lazer que lhe anda associado, este desafio até pode ter o seu lugar. Não há nada como experimentar.

PONTES DE ENCONTRO

XXIII Jornada Mundial da Juventude – Sydney 2008
Iniciou-se, ontem, dia 15, em Sydney, na Austrália, com a participação de milhares de jovens, vindos das mais variadas partes do globo, a cerimónia inaugural da XXIII Jornada Mundial da Juventude, cujo tema-base é retirado do Livro dos Actos dos Apóstolos, através da passagem: “Ides receber uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós e sereis minhas testemunhas.” (Act 1,8) Apesar de já se encontrar em Sydney, desde o passado Domingo, dia 13, só a partir da próxima quinta-feira, este evento, que decorrerá até ao próximo Domingo, contará com a presença do Papa Bento XVI. As cerimónias de ontem iniciaram-se com a chegada da grande cruz de madeira que os jovens transportaram até Sydney, após ter viajado por toda a Austrália, com cânticos e danças aborígenes, uma saudação do Primeiro-Ministro australiano e a celebração de uma missa pelo Cardeal e Arcebispo de Sydney, George Pell. Na homilia, o Cardeal George Pell enviou uma mensagem aos jovens para que desenvolvam uma missão evangelizadora não apenas na Austrália - país que tem 5 704 000 católicos, o que corresponde a 26,6% dos seus 20 700 000 habitantes -, mas no mundo todo. "O chamado de Cristo é para todos os que sofrem e não apenas para católicos ou pessoas de outras religiões, mas especialmente para aqueles sem religião. Cristo está a chamá-los a todos, para retornarem a casa, para viverem o amor, para a reconciliação e a comunhão" – declarou o Cardeal Pell –, ao mesmo tempo que pediu aos jovens presentes na Eucaristia inaugural da JMJ para não se deixarem dominar pelo conformismo, nem passarem a vida sem tomarem qualquer posição, sobretudo perante as injustiças e os sofrimentos. A I Jornada Mundial da Juventude foi celebrada, pela primeira vez e de forma oficial, no Domingo de Ramos, do ano de 1986, na Cidade de Roma, tendo como seu grande artífice e impulsionador a figura ímpar do Papa João Paulo II e teve como tema: "Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês.” (1Pd 3, 15) Ao longo dos anos em que têm decorrido as JMJ, tem-se feito sentir alguma contestação e reservas e muitos ainda continuam a afirmar que tudo isto não passa de “fogo de vista” e que os jovens nada mais fazem do que turismo. Pessoalmente, não acredito que esta seja a regra, mas antes a excepção que, a existir, confirma a primeira. É usual dizer-se que os jovens são o futuro da Igreja – e, realmente, pela ordem natural da vida, hão-de ser eles os novos portadores da mensagem de Cristo, fazendo desta compromisso de acção, testemunho de vida e anúncio de conversão. Entretanto, para que este futuro aconteça, tem que se estar atento às oportunidades que o presente já oferece e entender que os objectivos necessários para tal só podem ser atingidos em cada comunidade cristã, onde cada jovem cristão está inserido. Li, há dias, numa breve nota sobre as JMJ, que estas são um testemunho público de fé que começa, na maior parte das vezes, numa caminhada pessoal de espiritualidade e oração, acabando por se tornarem (ou não) numa prova real à vitalidade das paróquias e das dioceses, pelo que o avaliar e o corrigir fazem parte deste percurso permanente. Na sua Mensagem, para esta XXIII JMJ, Bento XVI, a dado passo, dirigiu-se ao jovens nestes termos: “Muitos jovens reflectem sobre a sua vida com apreensão e formulam muitas interrogações. Preocupados, eles perguntam-se: como inserir-se num mundo assinalado por numerosas e graves injustiças e sofrimentos? Como reagir ao egoísmo e à violência, que por vezes parecem prevalecer? Como dar pleno sentido à vida?” Que estas e outras interrogações encontrem ecos e respostas no mais íntimo do coração de cada um dos participantes na XXIII JMJ, para que estes possam partilhar as suas experiências de vida e de fé com os que não puderam estar presentes e tornarem, pela acção do Espírito Santo e do seu testemunho, a Igreja, mais santa e santificadora.
Vítor Amorim

terça-feira, 15 de julho de 2008

A Nau Portugal

D. João Evangelista de Lima Vidal, Arcebispo-Bispo de Aveiro, descreveu, num belo "poema", o bota-abaixo da Nau Portugal, quando ela, ao entrar na ria, se inclinou para ali dormir um sono de morte aparente. Haveria de ressuscitar. Leiam em Galafanha.

O maior navio de sempre no Porto de Aveiro



Tive ontem à noite o privilégio de testemunhar um acontecimento histórico no Porto de Aveiro, entre algumas pessoas que vibram com as vitórias da maior infra-estrutura portuária da região centro de Portugal. Pela primeira vez na sua já longa vida de 200 anos, tantos quantos leva da abertura da Barra, o Porto de Aveiro acolheu o maior navio de sempre.
O “Beluga Intonation”, com os seus 166 metros de comprimento (170 com o quebra-gelo), demandou a zona portuária com uma carga de aerogeradores e outro material destinados à indústria de energia alternativa. Comandado pelo capitão Johan Marcel Buysse, o "Beluga Intonation" apresentou-se altaneiro, no domingo, na tranquilidade com que passou a barra, rumo a um descanso merecido, enquanto a carga seria, como foi, colocada no cais, graças ao esforço de três potentes gruas do próprio navio.
Na torre de comando, no 6.º andar, de onde se divisavam a área portuária, a ria e terras circunvizinhas, demarcadas pela iluminação de ruas e habitações, Carlos Oliveira, em representação da APA (Administração do Porto de Aveiro), apresentou cumprimentos ao comandante, sublinhando o significado da estadia do seu navio no nosso porto. Oferecendo-lhe como lembrança desta sua presença entre nós o livro “Porto de Aveiro: Entre a Terra e o Mar”, de Inês Amorim, editado no âmbito das comemorações do Bicentenário da Abertura da Barra de Aveiro, expressou a garantia da excelente operacionalidade do nosso porto.
Também o capitão Johan mostrou a sua satisfação pelo acolhimento que lhe foi prestado, bem como pelos bons serviços desenvolvidos pelos diversos operadores portuários. Os aerogeradores chegados a Aveiro vieram da Índia com destino a uma empresa sedeada em Vagos, para ali serem transformados. Posteriormente, uns serão exportados para os EUA e outros destinar-se-ão aos campos eólicos do nosso país.

FM

segunda-feira, 14 de julho de 2008

POBREZA EM PORTUGAL

"Trinta e cinco por cento dos pobres são pessoas que trabalham", garantiu Alfredo Bruto da Costa, presidente do Conselho Económico e Social, aos jornalistas, no final de uma audiência com o Presidente da República, Cavaco Silva, no Palácio de Belém. E logo adiantou, ao jeito de quem quer sugerir que se estudem respostas concretas, que "o problema não é aquilo que se faz" para resolver esta questão, mas "o que não se faz”. Bruto da Costa, conceituado especialista em matéria de pobreza, elaborou um estudo – “Um Olhar Sobre a Pobreza - Vulnerabilidade e Exclusão Social no Portugal Contemporâneo" – que já foi entregue ao Presidente da República, esperando-se agora que o Governo procure soluções adequadas. O trabalho de Bruto da Costa contraria a opinião generalizada que aceitava estarem os pobres, fundamentalmente, no grupo dos desempregados. Afinal, os estudos apontam para uma realidade diferente, o que denuncia, a priori, os baixíssimos salários dos nossos trabalhadores, talvez com as mais baixas qualificações. Bruto da Costa dirigiu um apelo à sociedade, para que “tenha mais acentuadamente o sentido dos limites. Os recursos não podem ser ilimitados e as famílias têm de ter noção do limite dos recursos. A isso chama-se solidariedade", frisou. Face a este estudo, recomenda-se a todos os portugueses que estejam atentos às análises que hão-se surgir, numa perspectiva de se encontrar um rumo certo e atento à realidade da pobreza que existe entre nós, sendo importante exercitar a solidariedade e o espírito de entreajuda.

Na Linha Da Utopia

VERÃO OLÍMPICO
1. O tempo de verão não se esgota meramente numa das quatro estações do calendário do ano. Verão, na riqueza cultural dos variados programas festivos e turísticos, quer ser oportunidade de apreciar a beleza natural que nos envolve, da Ria ao mar, da serra aos momentos de partilha festiva. Quebrar as rotinas do exigente e rigoroso trabalho ao longo do ano, fazer uma viagem ou caminhada por locais diferentes, respirar a maresia do relaxamento de quem contempla e aprecia, são “pausas” que também podem dar anos de vida mais saudável. Não será uma questão de ir para longe ou de muitas despesas; este cultivar da paz consigo mesmo, com os outros e a natureza, é realidade gratuita, é como que uma oferta da bondade do criador, esta uma leitura significativa que dá sentido à própria vida também na procura de alimentar com serenidade os relacionamentos humanos. Como Alguém diz, o sol põe-se todos os dias, cumpre-nos apreciá-lo! 2. Este verão para os portugueses parece que vai ser mais ecológico. Saber das dificuldades discernir as soluções também pode significar que, com o aumento desenfreado dos combustíveis e do consequentemente custo de vida, as opções podem-se nortear por apreciar caminhos diferentes daqueles que são as grandes viagens turísticas (ainda que estas, necessárias, também garantam a vida aos seus promotores)... Ir “para fora cá dentro” poderá proporcionar um reconhecer nos patrimónios de Portugal um bem que tantas vezes é por nós próprios desconhecido. O verão, assim, pode ser oportunidade privilegiada para reconhecer nos “caminhos de Portugal” (ainda que muito património por preservar), toda a riqueza que temos, natural como edificada em monumentos seculares, facto que, isso sim, pode contribuir para a nova consciência propiciadora para sermos um país sempre melhor acolhedor daqueles que visitam o nosso sol! 3. No mundo, estamos a breves semanas do início dos Jogos Olímpicos de Pequim. Durante um mês a China quer passar a imagem de simbólica capital do mundo. Os sacrifícios e investimentos foram feitos a pensar no novo “poder” hegemónico, onde, todavia, a problemática crua dos Direitos Humanos aparece como o permanente aguilhão; que o diga a “chama olímpica” na sua atribulada viagem rumo ao Olimpo chinês! Há atletas que dizem que correm de máscara devido à grande poluição; há tarjas e bandeiras já feitas para “libertar” o Tibete; mas há presidentes de nações que, após a ameaça de ausência na cerimónia de abertura, já confirmaram a sua presença. Sabemos como são as coisas: abertos os jogos, certamente recheados de alma e mitologia chinesas, a corrida vai ser pelas medalhas. Já agora e porque as coisas são assim mesmo, puxando a brasa…vamos ver se Portugal consegue fazer ouvir o hino em Pequim! Do mal o menos, sejam estas as notícias e não venham incêndios (o São Pedro tem ajudado!)! 4. A Linha da Utopia vai de férias. Também irá ver o mar e a serra; retomará fresca em inícios de Setembro!