segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

NOVO BISPO DE AVEIRO

Posted by Picasa
Bento XVI e D. António Francisco
D. ANTÓNIO FRANCISCO
AO LEME DA BARCA DIOCESANA
Embora um pouco tarde, por razões de saúde, não posso deixar de registar a entrada de D. António Francisco em Aveiro, no dia 8 de Dezembro, dia da Imaculada Conceição, Padroeira de Portugal desde o reinado de D. João IV.
D. António Francisco, que vem de Tendais, Cinfães, Diocese de Lamego, já assumiu o leme da barca diocesana, barca esta que navega entre o oceano e a serra, bordejando a ria e o Vouga, estabelecendo laços entre povos de vida e pensar muito diversos, unidos por histórias, sonhos e projectos que cimentaram uma identidade muito própria. Conforme li no “Correio do Vouga”, órgão da Diocese aveirense, D. António Francisco manifestou o desejo de “testemunhar a esperança cristã para que a Igreja de Aveiro seja âncora e farol para todos”. Imagem bonita nos apresenta o novo Bispo de Aveiro, quando fala de âncora e de farol, símbolos tão expressivos da identidade desta gente que respira ares carregados da maresia, da mansidão da laguna, da regularidade das marés, das correntes ora serenas ora agitadas do Vouga e das neblinas que são entre nós sempre certeza de sol radioso. Sucede D. António Francisco a quatro grandes Bispos, que Aveiro tem no seu coração: D. João Evangelista, que empurrou quanto pôde, tantas vezes (ou sempre!) de forma poética, qual barqueiro em dias sem vento, para que a Diocese ressurgisse e crescesse; D. Domingos da Apresentação Fernandes, que calcorreou os caminhos da seara diocesana num afã até à exaustão; D. Manuel de Almeida Trindade, que nos ensinou serenidade, capacidade de ouvir e de dialogar, a par de uma cultura teológica que ainda hoje dá gosto reler e meditar; e D. António Baltasar Marcelino que subiu e fez subir as montanhas das pastorais e da fé, numa ânsia de chegar mais alto e mais longe, com uma paixão entusiasmante que nos encheu a todos do amor a Deus e aos irmãos sem vez e sem voz no mundo diocesano e não só. Com a sua personalidade própria, com a sua fé que o leva a dizer que no meio de nós vai amar a Deus e servir, estou convicto de que D. António Francisco vai enriquecer, num crescendo até ao limite do possível, ou do impossível com a graça de Deus, este povo de Aveiro que o recebeu em júbilo.
Bem-vindo D. António Francisco! Que se sinta muito bem entre nós! Fernando Martins

domingo, 17 de dezembro de 2006

NATAL - 9

DEUS EM PESSOA
Não se trata duma luz enigmática do transcendente nem duma experiência mística, nem duma descoberta metafísica, nem duma pista sobre o relógio mágico do universo, perfeito ou cego nas suas evoluções. Nem sequer dum eureka resultante de aglomerados culturais, camadas de visões ou sequência precipitada de feitiços. Tudo isso seria interessante a recordar aos mortais que algo existe para além do imediato ou que uma lógica sublime esconde inteligências mil - ou uma inteligência infinita - por detrás dos absurdos que tecem tantos andamentos da história dos homens. E, possivelmente, ficaríamos filosoficamente tranquilos, por um ser inacessível nos vigiar, uma inteligência maior confortar a nossa estreiteza e, quem sabe, um confortável sentido último daria tranquilidade aos ventos cruzados que desnorteiam as nossas trémulas bússolas. Os deuses do Olimpo lá tinham os seus entretenimentos, afectos e fúrias para além das nuvens - mas não muito para além. Não obstante alguma proximidade da sua mesquinhez, os crentes sabiam do desamor arrogante que eles alimentavam pela humanidade. Os seus afazeres, ainda que assumidos como mitologia, nada tinham a ver com a realidade humana. Serviam para divertimento de divindades que afinal, em ponto maior, apenas cultivavam fraquezas humanas. Foram inspiradores de poetas, músicos e pintores. Mas sempre se mantiveram suspensos das suas próprias tramas, só se deixando ver nas tempestades furibundas que aterrorizavam os mortais. A revelação de Deus, desde o Sinai, trouxe um envolvimento na história do homem. Como pessoa e como povo. Nada lhe ficou estranho ou alheio. E o homem habituou-se a não dar um passo no tempo sem o relacionar com os passos de Deus. Mas foi a vinda de Jesus que vestiu Deus da nossa carne, assemelhando-o em tudo a nós excepto no mal. Antes, para dele nos livrar. E esse mistério torna-se particularmente visível no Natal. No anúncio feito a Maria, nas dúvidas de José, na intervenção de João Baptista, na aproximação a Belém, no nascimento, no presépio, nos magos. Foi Deus que chegou. Deus em pessoa. Bem diferente dum transcendente abstracto.
António Rego

GOTAS DO ARCO-ÍRIS - 43

AZUL, AZUL CELESTE
Caríssimo/a: Chove. Escrevo na véspera da festa de Nossa Senhora da Conceição. Não ficaria de bem comigo mesmo se não fosse até à Igreja apreciar os preparativos da Festa. Claro que chove e o vento aperta, mas os mordomos são de antes quebrar que torcer e quase todos eles, regressados há pouco dos bancos do bacalhau, estão habituados à invernia e vivem com o coração lá bem à frente na esperança dos bons tempos... Anos houve que foi uma desgraça: arcadas no chão, coretos pelo ar, botequins virados, enfim, a procissão acabou por não sair... Mas no ano seguinte as promessas e as graças reanimaram o povo e a festa foi de arromba. Parece que ainda estou a ouvir os foguetes: era cada estoiro que até fazia eco na Junta. Aquilo sim foi fogo! E à noite? Nunca tal se tinha visto, as lágrimas até chiavam. Era um regalo! Sempre a Rainha de Portugal andou pelas ruas da nossa Gafanha, fosse Ela, a Nossa Senhora da Nazaré, no Verão, ou a Nossa Senhora da Conceição, nesta época, logo depois de os bacalhoeiros arribarem... Estou certo que os anjos muito se riam com a nossa inocência. Que sabíamos nós de liturgia ou de ano pastoral ou litúrgico? Nada e à nossa volta não víamos muitas pessoas que estivessem dentro desses segredos (sim, aquela vizinha ia ao terço e nós até espreitávamos a missa por entre as pestanas coladas pelo sono cortado pela mão amiga de nosso Pai que lá nos conduzia...). Contudo, aquela festa com a música, os foguetes e a procissão, claro, com uns bolinhos e umas bolas de serrim, e (nós bem víamos...) uns namoricos novos revividos na fotografia do Laminuta, sim, aquela festa anunciava o Natal, vivido no aconchego do Lar, e antecipava o cortejo dos Reis que iria percorrer as nossas ruas. Era nesta ambiência de festafamíliarua que olhávamos para o Céu, onde estaria Nossa Senhora com o seu manto azul, como aquele que levava na procissão, e lhe rogávamos: - Nossa Senhora da Conceição, venha sol e chuva não! Manuel
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Nota: O Gotas do Arco-Íris nº 44 sairá no meio desta semana, para acertar o passo com o calendário. Tudo isto, por motivos de falta de saúde de minha parte. Apresento as minhas desculpas ao amigo Manuel e aos leitores.
F.M.

PROPÓSITO

ESTOU POR AQUI
HÁ DOIS ANOS
Só hoje me dei conta de que completei, no dia 14 de Dezembro, dois anos de presença no mundo da blogosfera, com um propósito como meta: Pela Positiva. Mantenho-o, porque essa meta repousa no infinito. Disse então, no primeiro post, em jeito de quem dá, timidamente, os primeiros passos:
"O meu propósito, a partir de hoje e neste espaço, situa-se na linha dos que apostam, no dia-a-dia, num mundo muito melhor. Não simplesmente pelo protesto, que será sempre a via mais fácil e menos estimulante, mas fundamentalmente pela defesa do bem, do belo, dos afectos, em suma, dos valores que enformam a nossa civilização. Pela Positiva vai ser o meu lema de todos os dias, quer na análise dos mais diversos acontecimentos, quer pela divulgação do que vou lendo, quer pela defesa do que vou reflectindo, quer, ainda, pela partilha de gestos, porventura ignorados ou marginalizados, que são matriz de uma sociedade mais justa e mais fraterna. De bom grado se aceitam sugestões, desde que venham pela positiva"
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Aqui prometo continuar, ao sabor da maré, dizendo o que penso, divulgando o que me encanta, mostrando o que me rodeia, lembrando o que admiro, pugnando pelo bem, pelo belo, pela verdade, pela justiça, pelos afectos, pelo diálogo entre todos os homens e mulheres de boa vontade, dando relevo ao pensar e ao viver pela positiva.
Para todos os cibernautas, votos de Santo Natal.
Fernando Martins

UM ARTIGO DE ANSELMO BORGES, NO DN

Qual é o Deus
do Mediterrâneo?
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No passado dia 1, enquanto Bento XVI voava de Istambul para Roma, depois da sua visita à Turquia, estava a realizar-se, em Santa Maria da Feira, o V Simpósio "Sete Sóis Sete Luas", que teve como tema: "Qual é o Deus do Mediterrâneo?" Foram conferencistas Salman Rushdie, Cláudio Torres e eu próprio.
O debate, moderado por Carlos Magno, durou quatro horas, com uma assistência atenta, que esgotou todos os lugares disponíveis do auditório da Biblioteca Municipal. Não admira que Salman Rushdie tivesse inaugurado a sua intervenção observando que um debate assim sobre a religião seria "inimaginável" há 40 anos, quando se pensava que a fé ficaria confinada à "esfera privada".
Qual é o Deus do Mediterrâneo? Antes de mais, porque não: "Qual a Deusa?" Afinal, não estávamos ali também porque contra Salman Rushdie tinha sido lançada em 1989 pelo ayatollah Khomeini uma fatwa por causa do livro Os Versículos Satânicos?
Quais são esses versículos? Dois, que não figuram nas versões ortodoxas do Alcorão. Lê-se, de facto, na sura (capítulo) 53, versículos 19 e 20, da Vulgata: "E que vos parecem al-Lat, al-Uzza e a outra, Manat, a terceira?" A estes versículos, na tradução francesa de Régis Blanchère, acrescentam-se mais dois (20bis e 20ter), os "satânicos": "Elas são as Deusas Sublimes e a sua intercessão é desejada."
Tratava-se de divindades do politeísmo pré-islâmico, representando, portanto, aquilo que Maomé mais fustigou por causa do seu monoteísmo puro. Mas, se a negação do monoteísmo é o único pecado sem perdão, como pôde o Profeta declarar sublimes aquelas deusas?
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Leia mais em DN

STELLA MARIS

NO DIA 22 DE DEZEMBRO
ALMOÇO DE NATAL
PARA 120 PESSOAS
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No dia 22 de Dezembro vai acontecer no Clube Stella Maris um almoço para 120 pessoas com várias formas de carências, a saber: com dificuldades económicas; que sofram de solidão; com deficiência e doentes. À partida, são apoiadas pela Fundação Prior Sardo e pela Obra da Providência, instituições da Gafanha da Nazaré, havendo, no entanto, pessoas de outras paróquias, também ligadas à área diocesana da Obra do Apostolado do Mar.
Para o próximo ano, será feito um esforço para dar cobertura às pessoas com este perfil e residentes nas paróquias localizadas na referida área, isto é, toda a zona da ria e do mar, pertencente à Diocese de Aveiro. Esta iniciativa do Clube Stella Maris é a primeira que visa dar visibilidade à Pastoral Social dirigida à comunidade piscatória e a todos os que, directa ou indirectamente, estão ligados ao mar e à zona lagunar.
Sublinhe-se que este almoço contou com o apoio de algumas instituições e empresas, com géneros ou com dinheiro, apoios estes que a direcção do Stella Maris agradece. Desta forma, será possível celebrar o Natal com os que, de uma maneira ou de outra, mais precisam. Também é de evidenciar o trabalho de muitos voluntários, nomeadamente os escuteiros da Gafanha da Nazaré, que vão servir à mesa.
A direcção do Clube Stella Maris e seus colaboradores desejam a todos um Bom Natal e um Próspero Ano Novo.
A Direcção

sábado, 16 de dezembro de 2006

NATAL - 8

UM POEMA DE DAVID MOURÃO-FERREIRA
NATAL À BEIRA-RIO
É o braço do abeto a bater na vidraça? E o ponteiro pequeno a caminho da meta! Cala-te, vento velho! É o Natal que passa, a trazer-me da água a infância ressurrecta. Da casa onde nasci via-se perto o rio. Tão novos os meus Pais, tão novos no passado! E o Menino nascia a bordo de um navio que ficava no cais, à noite iluminado... Ó noite de Natal, que travo a maresia! Depois fui não sei quem que se perdeu na terra. E quanto mais na terra a terra me envolvia mais da terra fazia o norte de quem erra. Vem tu, Poesia, vem, agora conduzir-me à beira desse cais onde Jesus nascia… Serei dos que afinal, errando em terra firme, precisam de Jesus, de Mar, ou de Poesia?

GOSTEI DE LER

UM TEXTO DE VINÍCIUS DE MORAES
PROCURA-SE UM AMIGO
Procura-se um amigo. Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objectivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoas tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.

ESTOU DE VOLTA

JÁ ME APETECE SORRIR
Um incómodo de saúde, de natureza cardíaca, obrigou-me a umas “férias” de alguns dias no Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro. Os momentos difíceis que passei penso que estão ultrapassados e até já me apetece sorrir. A vida tem destas coisas. Quando menos esperamos, reconhecemos que temos quarto marcado num qualquer hospital, onde um conjunto enorme de profissionais competentes e dedicados nos ajuda a recuperar a saúde. E com que carinho todos eles o fazem durante 24 horas por dia. Mas disso hei-de falar um pouco um dia destes, por uma questão de justiça, quando recuperar as forças. Durante este internamento, estive mesmo fora do mundo agitado a que pertencemos. Nem jornais, nem rádio, nem TV me chegaram para serem devorados com a avidez de sempre. Apenas os meus familiares e amigos me davam sinais de que a vida continuava, tantas vezes indiferente ao sofrimento de tantos. Palavras de ânimo, sinais de afecto que jamais esquecerei, o amor dos que amo sempre presente, as preocupações de amigos sem conta e a presença constante de Deus a dizer-me que a vida nunca terá fim foram lenitivo para os momentos menos agradáveis por que passei. Neste interim, todos os meus projectos foram interrompidos. Mas como a vida continua, estou certo de que em breve tudo será retomado, com a serenidade que a idade aconselha. Aqui também, com os muitos amigos do ciberespaço. Foram inúmeras as mensagens que recebi, por vários meios. Não sei se poderei responder a todos pessoalmente, como é meu desejo. De qualquer modo, aqui fica, para todos, o testemunho da minha gratidão. Fernando Martins

sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

GENTE GAFANHOA

PADRE LÉ,
O DECANO DOS PÁROCOS
DO ARCIPRESTADO
DE ÍLHAVO
O Padre Manuel Ribau Lopes Lé conta já com uma longa e preenchida história de 84 anos. Nascido a 4 de Agosto de 1922, na Gafanha da Nazaré, Concelho de Ílhavo, seus pais, José Lopes Júnior (ou José Lopes Lé) e Teresa de Jesus Ribau, cedo lhe ensinaram a mestria do trabalho da lavoura. Sendo o seu pai marnoto, dele recebeu os segredos dessa arte (ofício), acompanhando-o até aos 14 anos de idade. Uma vez concluída a instrução primária, na Escola do Sr. Prof. Oliveira, na Gafanha da Nazaré, iniciou em 1936 a frequência de vários seminários, num percurso trilhado durante 11 anos. Integrou o Seminário da Imaculada Conceição de Figueira da Foz (sua abertura), de 1936 a 1937. De 1937 a 1939 encontrou-se no Seminário Maior de Coimbra. De 1939 a 1943, foi o Seminário de Aveiro (abertura pela restauração da Diocese), o seu local de formação. Para terminar este percurso, estudou no Seminário de Cristo Rei dos Olivais, de 1943 a 1947. A sua ordenação sacerdotal aconteceu a 20 de Setembro de 1947, no Bunheiro, pelo Sr. D. João Evangelista de Lima Vidal, na Vigília de S. Mateus, iniciando a sua actividade sacerdotal 8 dias depois, ao celebrar a Missa Nova, na Igreja Matriz da Gafanha da Nazaré, sendo na altura Pároco o conhecido Padre Guerra. Durante 5 anos, o Padre Lé foi coadjutor, no Bunheiro, com o Sr. Padre Domingos da Silva e Pinho e paroquiou as freguesias de Préstimo e Macieira de Alcoba, do arciprestado de Águeda, durante outros 5 anos. No dia 28 Outubro de 1957, no Domingo de Cristo Rei, o Padre Lé regressa às origens, tendo sido nomeado Pároco da Gafanha da Encarnação, onde exerce a sua actividade pastoral, numa relação de proximidade com a Comunidade. O rodar natural e inexorável do tempo não lhe apaga o gosto pelo exercício Sacerdotal, sendo actualmente, no Arciprestado de Ílhavo, o decano dos Padres em exercício de funções.
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In "Viver em", edição da CMI

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Nota: O Padre Lé, que todos os gafanhões conhecem, tem sido, para mim e para muitos, um exemplo de vida ao serviço da Igreja. Conheço-o desde sempre e não posso deixar de recordar quanto tanta gente lhe deve. Pelo seu exemplo de fé e pelo seu dinamismo que lhe dá ânimo para continuar à frente da paróquia que adoptou como parte integrante do seu ministério. Por isso, esta adenda, muito pessoal, ao texto elaborado pelos responsáveis de "Viver em", como homenagem a um homem que sempre procurou servir a comunidade com total entrega ao Povo de Deus que lhe foi confiado. Pessoalmente, permitam que acrescente, ainda, a gratidão que nutro por este sacerdote que há anos muito me acompanhou de perto, quando eu procurava uma felicidade mais completa.

Fernando Martins