sábado, 3 de setembro de 2005

Furacão Katrina deixou um rasto de destruição

Posted by Picasa Furacão
A fragilidade do mundo e das grandes nações O furacão Katrina, previsto há muito pelos cientistas, mostrou à saciedade a fragilidade do mundo e dos Estados. A mais poderosa nação do globo, os Estados Unidos da América, mostrou-se impotente para evitar as destruições e mortes que a natureza descontrolada provocou. E assim, o maior império económico e militar da terra não pôde deixar de se render à sua insignificância, obrigando-se mesmo a aceitar a solidariedade de países que vivem no limiar da pobreza. Um Estado que apoia democracias e pactua com ditaduras, que promove a paz e faz a guerra, que ajuda os povos mais fragilizados do mundo e que age em função dos seus interesses comerciais, fazendo e desfazendo alianças a seu bel-prazer, viu a desgraça bater-lhe à porta sem apelo nem agravo, atingindo as suas populações mais débeis.
Os EUA não souberam ouvir as notícias que previram o furacão, não se preocuparam com os prováveis danos da tempestade, não acautelaram a evacuação das populações, não prepararam o realojamento de muitos milhares de pessoas, não estudaram os apoios a prestar aos desalojados e só tardiamente começaram a combater os grupos organizados de assaltantes e a prestar auxílio aos que ficaram apenas com a roupa que traziam vestida. Os prejuízos incalculáveis que o Katrina provocou, na região mais pobre dos EUA, deixando um rasto de destruição raramente visto, obrigaram os governantes americanos a reconhecerem que, afinal, não são, afinal, tão poderosos como supunham. E a gravidade da situação é tão grande, que não há certezas quanto ao tempo que demora a reconstrução da cidade de Nova Orleães, presentemente mergulhada no caos, com gente sem alimentos, sem habitação e sem medicamentos. Pelo mundo vão-se multiplicando os gestos e as acções de apoio humanitário, numa demonstração clara de que o nosso planeta está cheio de gente boa. E até Cuba, curiosamente, se prontificou a enviar mais de mil médicos e a fornecer medicamentos ao país que há décadas a persegue. Ainda bem. Fernando Martins

Gabinete de apoio para imigrantes

ORDEM DOS ADVOGADOS PEDE CRIAÇÃO IMEDIATA DE ESTRUTURAS DE APOIO JURÍDICO PARA IMIGRANTES
A Ordem dos Advogados (OA) defendeu a criação "imediata" em Portugal de estruturas de apoio e consulta jurídica para os imigrantes, por estes cidadãos estarem mal informados acerca dos seus direitos no país. A posição da OA surge num relatório sobre a actividade do Gabinete de Consulta e Apoio ao Cidadão Estrangeiro, uma iniciativa da Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados, que funcionou de forma experimental no mês de Junho, em Lisboa.
No relatório a que a Agência Lusa teve acesso, a OA defende que seja criada "de imediato uma estrutura de consulta onde os imigrantes possam estar a par da sua situação jurídica". Em declarações à Lusa, Rui Elói Ferreira, que participou na criação do Gabinete, afirmou que esta experiência permitiu "constatar que os imigrantes estão muito mal informados acerca dos seus direitos em Portugal".
Daí a necessidade "imediata" de uma estrutura onde os estrangeiros possam apresentar queixas e que actue na defesa dos seus direitos de forma gratuita. "Há uma lacuna no sentido da inexistência de uma organização séria, razoável e independente, que preste apoio de carácter exclusivamente jurídico e gratuito e possa exercer pressão sobre as autoridades com poderes para intervir, de modo a defender os direitos dos cidadãos estrangeiros", indica o relatório.
Segundo a OA, existem muitas estruturas de apoio para os imigrantes, mas todas direccionadas para os problemas sociais e de integração. A Ordem dos Advogados ressalva também que a falta de informação nesta área não é exclusiva dos estrangeiros, tendo o Gabinete sido contactado pelos próprios advogados e instituições para obter esclarecimentos.
(Para ler mais, clique SOLIDARIEDADE)

sexta-feira, 2 de setembro de 2005

ARÁBIA SAUDITA: Cristãos perseguidos

Posted by Picasa Mesquita Perseguições aos cristãos aumentam com o reinado de Abdullah
Se as condições dos Cristãos durante o reinado do Rei Fahd eram difíceis, depois da sua morte e com a chegada do Rei Abdullah, as perseguições a crentes de outras religiões no reino saudita aumentam, e os cristãos estão no topo da lista. Segundo a AsiaNews, a Muttawa, a polícia religiosa, tem forçado a entrada nas habitações de estrangeiros, suspeitos de acolherem grupos que se reuniam em privado para rezar. O medo levou a que muitos grupos de cristãos tenham cessado os seus encontros. Os cristãos indianos são os mais atingidos. Só no último mês, viram 9 compatriotas serem presos por práticas religiosas ilegais. Segundo a Indo-Asia News, a situação tem-se agravado de tal forma, que o embaixador da Índia, em Riade, enviou um comunicado a todos os Indianos residentes no reino saudita alertando para o aumento do número de detenções por práticas religiosas. O embaixador aconselhou ainda o seu governo a alertar todos aqueles com destino à Arábia Saudita a não transportarem Bíblias, livros e imagens religiosas. Este facto vem contrariar a tendência verificada no "Relatório 2004 – Sobre a Liberdade Religiosa no Mundo" que considerava que a situação estava a melhorar em relação a 2003 com "uma maior liberdade de reunião para os xiitas" e algumas declarações que a imprensa saudita atribuiu ao príncipe Sultan afirmando:"Nós dizemos aos cristãos: dentro de vossa casa, vocês e as vossas famílias adoram quem quiserem". Devido à pressão da comunidade internacional, o falecido monarca saudita Rei Fahd tinha permitido o culto privado de outras religiões mas isto não impediu a Muttawa de prender e torturar pelo "crime" de professar outra religião que não o Islamismo. Desde a criação do reino saudita e com a proibição de outra religião que não seja o islamismo fundamentalista wahabita que toda a actividade missionária ou expressão pública de fé contrária, possuir Bíblias, usar um crucifixo, segurar um terço ou até rezar em público, é ilegal. A polícia religiosa é famosa pela violência e torturas com que assegura o cumprimento da proibição religiosa. Apesar deste retrocesso em termos de liberdade religiosa, a Arábia Saudita continua a recrutar mão-de-obra especializada estrangeira e ainda recentemente criou uma isenção de impostos durante 15 anos de forma a atrair capital estrangeiro a investir em infra-estruturas do reino.
Fonte: Texto da "Ajuda à Igreja que Sofre"

Jornadas Mundiais da Juventude, em Colónia

Posted by Picasa Jovens peregrinos
TESTEMUNHO DE UM LEITOR
Bem sei que a minha opinião sobre a XX JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE é apenas mais uma entre muitas. Mas gostaria apenas de testemunhar quão gratificante foi a minha experiência de comunhão com cerca de 800 000 jovens peregrinos, diferentes na sua nacionalidade e cultura, mas unidos de forma alegre numa só fé. Só por uma questão de pomenor, o meu grupo (da Pastoral da UBI http://pastubi.blogspot.com/ integrado na diocese da Guarda) também passou por Taizé, o que nos leva hoje a pensar em voltar lá para o ano, por uma semana. É também verdade que a Jornada não foi só festa e contactos com outras pessoas; existiu também tempo e silêncio para receber Cristo no interior de cada um. Para quem esteja a pensar em ir pela primeira vez a um encontro como este, o meu conselho é este: não penses, decide-te e vai! De uma forma ou de outra, Deus dar-nos-á os meios para em 2008 estarmos em Sydney! Sem pôr em causa o que foi acima dito, há que esclarecer, para ser fiel à verdade, que em Colónia, principalmente no Marienfiel, não existiu uma pequena falta de organização (como os media noticiaram), porque a desorganização foi total. Ninguém verificou o bilhete dos peregrinos, nada foi revistado, qualquer um pôde entrar e ocupar o local que quisesse. De facto, naqueles dias, um milhão de pessoas, incluindo Bento XVI, puderam apenas contar com a Providência para a sua segurança. Mas, de certeza que os australianos farão melhor.
Luís Monteiro
(aluno da UBI e autor do blog http://rascunhosvirtuais.blogspot.com/)

HERA avança com "QUINTA DA CULTURA"

Posted by Picasa Marinha "Troncalhada", em Aveiro ÀS QUINTAS-FEIRAS, VISITAS GUIADAS
A HERA-Associação para a Valorização e Promoção do Património oferece aos amantes da cultura, em especial, e a todos, em particular, um programa de muito interesse, denominado "A QUINTA DA CULTURA".
Todas as quintas-feiras do mês de Setembro será realizada uma visita guiada à descoberta do património ambiental e cultural das cidades de Aveiro e de Ílhavo, com este calendário:
Dia 8 Setembro: Visita guiada às dunas e à povoação da Costa Nova (Ílhavo).
Dia 15 de Setembro: Visita guiada às Salinas (Aveiro).
Dia 22 de Setembro: Visita guiada aos principais monumentos históricos de Aveiro.
Dia 29: Roteiro temático ARQUEOLARIA, com visita guiada à descoberta do património arqueológico e cultural de Aveiro.
O numero de participantes é limitado.
Pré-inscrição obrigatoria.
Para mais informações: 969145152.

UMA BOA MEDIDA DO GOVERNO

Sócrates quer "um balcão único de serviços públicos em todos os concelhos"
A criação de "um balcão único de serviços públicos em todos os concelhos" será uma das metas da reforma da administração pública, cujo modelo definitivo deverá ser conhecido em Junho do próximo ano, disse hoje o primeiro-ministro, José Sócrates. Este "princípio orientador" foi enunciado por José Sócrates na cerimónia de tomada de posse da comissão que irá proceder às auditorias aos ministérios e sugerir ao Governo as reformas necessárias na administração pública. "Devemos caminhar para um balcão único de serviços públicos em todos os concelhos", disse o chefe do Executivo.
Na ocasião, José Sócrates enunciou outra das "orientações para a mudança": o recurso às "cinco regiões-plano" existentes para enquadrar a "desconcentração dos serviços" do Estado.
"A desconcentração dos serviços da administração no território nacional deve seguir o modelo das cinco regiões-plano, que já provaram ao longo dos anos. É altura de usar esse critério", afirmou o primeiro-ministro.
Perante numerosos membros do Governo, José Sócrates sublinhou que a tarefa da comissão, presida por João Bilhim, presidente do conselho directivo do Instituto Superior de Ciência Sociais e Políticas, "não é elaborar mais um relatório sobre as funções do Estado", mas antes "responder com urgência à desadequação entre a estrutura da administração pública e do Estado" e aquilo que lhe é pedido.
(Para ler mais, clique PÚBLICO)

quinta-feira, 1 de setembro de 2005

Um artigo de D. António Marcelino

Posted by Picasa D. António Marcelino Pequenos segredos que dão sentido à vida Os jornais noticiaram que um casal, ao comemorar oitenta e três anos de matrimónio, ambos tinham já ultrapassado os cem, foi revelando, com um sorriso de ternura e felicidade, que o segredo de tal êxito está em evitar diariamente as discussões… No fundo, está em defender o amor e o seu sentido, todos os dias, e com esforço pessoal. Li esta notícia no café e, ao pagar a bica, comentei-a com a senhora, conhecida de todos os dias, que estava na caixa. Muito séria, ela respondeu: “ É isso mesmo. Eu e o meu marido já acertamos que quando um fala alto o outro cala-se. Problemas todos temos. A ralhar não se resolvem.”
Guardando estes pequenos grandes segredos de casais, que são vivências que dão sentido à vida, chegou-me pelo correio electrónico um texto de Mahatma Gandhi, cheio de sabedoria, e que resumo de modo fiel:
Um mestre indiano perguntava a seus discípulos: “Porque é que as pessoas gritam com as outras quando estão aborrecidas ou zangadas? Por vezes gritam, e a pessoa que está ao seu lado não precisa de gritos para ouvir…”
As respostas dos discípulos foram surgindo: “Porque perdem a calma”, “Porque querem ser ouvidos”, “Porque acham que têm razão…”
O motivo, porém, diz o mestre, é outro. À medida que surge um pequeno problema e se grita, os corações vão-se afastando sempre mais. E, quanto mais se grita, maior é o afastamento, julgando-se, então, que os gritos encurtam a distância de quem se vai separando. Pelo contrário. Quando duas pessoas estão enamoradas, não gritam, por vezes somente sussurram. E se o seu amor é muito grande, nem precisam de sussurrar. Apenas se olham, e basta. Os seus corações se entendem. Quando duas pessoas se amam de verdade, os seus corações estão muito próximos.
E o mestre conclui com palavras sábias: “Quando discutirdes, não deixeis que os vossos corações se afastem, não digais palavras que os distanciem mais, não aconteça que um dia a distância seja tão grande que não mais encontrareis o caminho do regresso.”
A sabedoria tem o jeito de dizer verdades grandes com palavras simples e ao alcance de toda a gente.
É uma dor de alma ver famílias a desmoronarem-se, deixando atrás de si ruínas insanáveis; gente a pensar que a sua razão está na força dos seus gritos; opiniões diferentes a levantar muros de silêncio; pequenos problemas a dar ocasião a ódios de morte; falta de diálogo a secar corações…
Porque anda tanta gente irritada e não suporta uma pequena dificuldade?
Será que, na sociedade actual, há cada vez menos espaço para o amor, esquecendo-nos que quem mata o amor tira o sentido à vida? Será que o perdão que une é menos meritório que o ódio que separa e mata?

Universidade de Aveiro: Exposição sobre Einstein

Posted by Picasa Albert Einstein Exposição bibliográfica sobre Albert Einstein
Até 2 de Outubro, na Biblioteca da UA, pode ser apreciada uma exposição bibliográfica sobre Albert Einstein. Esta exposição está aberta todos os dias úteis, das 9.30 às 12.30 horas e das 14 às 17.30 horas. Trata-se de uma iniciativa do Departamento de Física, no âmbito das comemorações do Ano Internacional da Física, tendo sido organizada em conjunto com a Biblioteca da UA. Pretende dar a conhecer parte do espólio da biblioteca sobre o génio Albert Einstein.

RIA DE AVEIRO: ACHADO ARQUEOLÓGICO EM CATÁLOGO

Posted by Picasa Director do Museu e presidente da Câmara de Ílhavo no lançamento do catálogo “Um Mergulho na História
– O navio do século XV Ria de Aveiro A” “Um Mergulho na História – O navio do século XV Ria de Aveiro A” é um catálogo editado pelo Museu Marítimo de Ílhavo/Câmara Municipal de Ílhavo, Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática e Instituto Português de Arqueologia. Da autoria de Francisco Alves e Eric Rieth, esta obra, bilingue, vem dar uma ajuda preciosa à divulgação de um achado arqueológico de um navio que remonta ao século XV e que é, sem dúvida, uma fonte de riquíssimos conhecimentos. Álvaro Garrido, director do Museu Marítimo de Ílhavo, diz na apresentação do catálogo que esta publicação é a “memória” do processo de investigação do “Aveiro A”, bem retratada há um ano numa exposição temporária que esteve patente ao público no museu ilhavense. No catálogo agora editado, o presidente da Câmara de Ílhavo, Ribau Esteves, avançou com a ideia da criação de uma unidade de investigação do CNANS (Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática), situada em “zona próxima ao local do achado arqueológico em causa”, valorizando, deste modo, o património cultural do concelho. Esta publicação oferece ao leitor (que será, à partida, um amante dos legados históricos que o tempo preservou) um conjunto de fotografias alusivas aos trabalhos desenvolvidos na Ria de Aveiro, em espaço ilhavense, no canal de Mira, perto da Ponte da Barra, pela equipa de investigação de arqueologia subaquática, dirigida pelo arqueólogo Francisco Alves. O navio descoberto e em fase de estudos constitui, como se salienta no catálogo, “o mais antigo e bem preservado vestígio de tradição ibero-atlântica conhecido à escala internacional”. Também se presume já que “seria um pequeno navio de carga e de cabotagem, de manifesta feitura local. O que o torna ainda mais importante, visto as suas características estruturais documentarem, com um século e meio de antecipação, algumas das normas que viriam a ser consignadas nas fontes escritas da arquitectura naval portuguesa de tradição erudita, dos finais do século XVI e inícios do XVII”. Fernando Martins

FOGOS FLORESTAIS

Portugal pior do que a Amazónia Explicações são diversas mas têm um denominador comum: nada foi feito e a lição não foi aprendida
A floresta portuguesa está a desaparecer a um ritmo mais devastador do que a floresta amazónica. Os números assim o provam em 10 anos foram queimados 800 mil dos 2,5 milhões de hectares de floresta pura. No total, e se a contagem abranger os últimos 20 anos e todo o território, contabilizam-se 2,8 milhões de hectares consumidos.
"Estamos a perder a guerra mas continuamos a cultivar heróis e a fechar os olhos à dimensão real do problema", afirmou ao DN Pedro Almeida Vieira, um investigador na área dos incêndios florestais. "Ainda temos floresta, mas com este ritmo não vamos ter por muito mais tempo", acrescenta.
O cenário é desolador, e a prevenção um fracasso este ano, 80% da área ardida situa-se nas zonas já assinaladas como de risco alto e muito alto. A cartografia foi traçada em Maio mas pouco se fez para evitar o pior. O Governo recusa críticas à falta de meios e coordenação e diz que o sistema funciona. Mas 240 mil hectares já foram reduzidos a cinzas, perspectivam-se mais dias trágicos e caminhamos a passos largos para os registos de 2003. Para os especialistas ouvidos pelo DN o balanço é simples: "Correu tudo mal. Como nos últimos anos." E alertam: a floresta não suporta mais dois ou três anos assim.
(Para ler todo o texto, clique Diário de Notícias)