Crónica de Anselmo Borges
Precisamente com este título - "A alegria do Evangelho" -, Francisco acaba de publicar o seu primeiro grande texto, na forma de exortação, que foi objecto de referência e análise por parte dos media em todo o mundo e nomeadamente dos principais diários mundiais, como o The New York Times, o Wall Street Journal, The Guardian, Le Monde, El País. Viram nele, e com razão, o programa do pontificado de Francisco, com duas partes: uma que diz respeito à renovação no interior da Igreja, outra referente à missão da Igreja perante a situação económico-financeira e social do mundo. Centro-me hoje na primeira, ficando a segunda para o próximo sábado.
"A alegria do Evangelho" não é uma redundância? De facto, a própria palavra Evangelho (do grego, "eu angélion") significa notícia boa, felicitante. Mas Francisco quer sublinhar isso mesmo e, por outro lado, sabe que, como denunciou Nietzsche, o que, de facto, muitas vezes, a Igreja transmitiu, por palavras e obras, foi um Disangelho, uma notícia má e causadora de infelicidade.


