domingo, 8 de janeiro de 2017

Universalismo cristão (I)

Crónica de Frei Bento Domingues no PÚBLICO



Chegaram agora D. Trump, V. Putin e Xi Jin Ping, 
os reis magos do dinheiro, do poder e das armas. 
Não cabem neste presépio.

1. Num grupo de cristãos que se reúnem para estudar as leituras bíblicas da liturgia dominical, assisti a uma divertida discussão. Os textos deste Domingo da Epifania são muito belos, mas o debate recaiu numa pergunta que nem ao menino Jesus podia interessar: os Reis Magos existiram ou não? São personagens da história ou da imaginação? Eram Reis, eram Magos, eram dois, eram três, eram doze? Como poderão ter ido parar à Catedral de Colónia?
A história é contada por S. Mateus[1], um Evangelho para comunidades cristãs de origem judaica. Não fala de Reis, mas de uns Magos que chegaram do Oriente, sem precisar o número. Magos, no sentido actual da palavra, são pessoas que realizam truques de magia. Na Antiguidade, eram os estudiosos de ciências secretas, os sábios e os que investigavam o rumo das estrelas. Cientistas da época!
Olhando, de perto, para esta narrativa nada bate certo com uma história plausível. Nem como fenómeno astronómico, nem como uma convocatória de Herodes aos Sumos Sacerdotes e aos escribas. Por outro lado, como poderia passar despercebida, numa aldeia tão pequena, uma visita de tão célebres personagens, com uma carga de presentes tão impressionante? Como é que o astuto Herodes confia numa história da carochinha?

sábado, 7 de janeiro de 2017

Morreu Mário Soares

 Sem ele, 
tudo seria diferente em Portugal 
depois do 25 de Abril


A notícia que encheu hoje a comunicação social, nacional e um pouco por todo o mundo, informa que morreu Mário Soares, a quem os portugueses muito devem. Político determinado, corajoso e consciente da importância de um socialismo de rosto humano e democrático, faleceu hoje, aos 92 anos, depois de uma vida plena de ideais de justiça social, no respeito absoluto pelos direitos humanos e pela liberdade. Era um homem culto, amante da vida e sempre pronto para a luta em defesa de uma democracia pluralista.
Diz o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa que Mário Soares «conheceu a glória e o revés, os amores e os desamores de cada instante», referindo, ainda, que «há imagens únicas que ninguém esquecerá», como «a presença corajosa ao lado de Humberto Delgado, a resistência a partir do exílio, a chegada a Santa Apolónia, o discurso na Fonte Luminosa, a disponibilidade para servir como primeiro-ministro em duas crises financeiras, a tenacidade na primeira volta das presidenciais de 1986, as presidências abertas e a alegria no diálogo com as gentes da cultura». E eu acrescento: com o povo em quem se revia
Os meus pêsames a todos os democratas que foram e são capazes de reconhecer a importância da sua intervenção social e política, antes e depois do 25 de Abril. Sem ele, tudo seria diferente em Portugal.

A humanidade de Deus

Crónica de Anselmo Borges 
no DN



Francisco enraizou o seu discurso
precisamente na festa do Natal, 
que é "a festa da humildade amante de Deus"


1 Jesus é "a humanidade de Deus", Deus humanizou-se em Jesus, nele manifestou-se como homem. Por isso, o teólogo José M. Castillo insiste em que a "religiosidade" tem de ser entendida e vivida como Jesus a entendeu e viveu. Dá que pensar: Jesus "manteve uma relação de intimidade constante e familiar com Deus-Pai, mas manteve igualmente uma relação mortalmente conflituosa com o Templo e os Sacerdotes". O Deus da fé cristã é "verdadeiro Deus" e também "verdadeiro homem". O que se passa é que parece mais fácil crer no divino do que crer no humano. Ora, "o cristão não pode crer no divino, se não crê no humano", isto é, "não pode respeitar o divino, se não respeitar igualmente o humano". Quem ofende, humilha, mata, o ser humano, realmente não acredita em Deus. O problema é: "na Igreja há mais religião do que Evangelho." "Jesus deu-se conta de que a religião, tal como funciona, entra em conflito com a felicidade do ser humano, e as religiões proíbem amar certas pessoas, e são exigentes com as coisas mais íntimas das pessoas, mas mostram-se tolerantes com o dinheiro. Não toleram a igualdade: as religiões dão-se mal com a igualdade e têm de estabelecer diferenças: eu posso mais do que tu, e proíbo-te que penses ou digas isso." Por isso, "na Igreja, há tantas coisas que nos indignam e que não podemos aceitar. Porque é que se respeita mais o templo do que a rua? Porque é que se respeita mais certos homens do que certas mulheres? Porque é que o direito canónico concede aos clérigos direitos e privilégios que os leigos não podem ter?" Afinal, "a grande preocupação de Jesus não era se as pessoas pecavam mais ou menos, mas se tinham fome ou se estavam doentes". E Castillo observa, indignado: "Sabem quando é que a Igreja condenou a escravatura? Com Gregório XVI, em meados do século XIX. Porque é que o Vaticano ainda não subscreveu os acordos internacionais para a aplicação dos direitos humanos? Procurem a palavra "mulher" no Código de Direito Canónico. Não a encontrarão." No entanto, sublinha, nos Evangelhos encontramos a profunda humanidade de Jesus, que se manifesta nas suas três grandes preocupações: a saúde, a alimentação e as relações humanas; por isso, aparece a curar doentes, a partilhar as refeições, acolhendo toda a gente, falando com todos, sem excluir ninguém. Aí está: a fé no "divino" e no "humano" não pode valer "só enquanto se refere à "outra vida", pois tem de valer e viver-se também em tudo quanto afecta "esta vida"". E Castillo afirma, com razão, que Francisco coincidirá em muitas coisas com ele, ainda que não em tudo.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Grupo Columbófilo da Gafanha com nova sede


Sede do GCG, antigo jardim de infância de Remelha
Adelino Pina com Presidente da CMI


Neste mês de janeiro de 2017, a rubrica “Associações” é dedicada ao Grupo Columbófilo da Gafanha, uma das Associações mais antigas do Município de Ílhavo que comemora 64 anos de atividade no presente ano. 
Fundado a 08 de Abril de 1953 (aprovados estatutos por despacho do Diretor Geral da Direção Geral da Educação Física, Desportos e Saúde Escolar, diário do governo II Série n.º 87 de 13-04-1953), o Grupo Columbófilo da Gafanha tem como principal objetivo a prática de columbofilia, dirigida em especial a todos os amantes desta modalidade desportiva, cujo número tem vindo a aumentar nos últimos anos. 
O Grupo Columbófilo da Gafanha exerce a sua atividade desde o ano de 1953 de uma forma ininterrupta, tendo a sua sede sido instalada por vários locais da Gafanha da Nazaré ao longo de todos estes anos. 
Em 15 janeiro do presente ano irá inaugurar a sua nova sede, no antigo Jardim-de-infância da Remelha, na Rua Roberto Ivens n.º 1 na Gafanha da Nazaré, no âmbito de um Protocolo de Cedência de Uso/Contrato de Comodato celebrado com a Câmara Municipal de Ílhavo em 13 de janeiro de 2016, que lhe cedeu o referido espaço sendo efetuadas algumas obras para o regular desempenho da atividade columbófila. 
Pelo seu contributo, a Câmara Municipal de Ílhavo concedeu-lhe, em 2002, a Medalha do Concelho em Vermeil, que o Grupo Columbófilo recebeu aquando das Comemorações do Feriado Municipal. 

Principais Atividades 

- Participação em diversos campeonatos de concursos de pombos correio; a nível local e distrital e internacional; 

- Participação em exposições distritais, nacionais e internacionais (olimpíadas).

Grupo Columbófilo da Gafanha 

Rua Roberto Ivens, n. º1,
3030-655 Gafanha da Nazaré 

Tel. 968918405 

Presidente da Direção 

Adelino Jorge Pinheiro Pina

Fonte Agenda "Viver em..." da CMI

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NOTA: Fico sempre satisfeito quando tomo conhecimento de agradáveis notícias sobre as instituições do nosso município.  Todas elas, de qualquer área, merecem o nosso respeito e admiração, pela entrega a causas de interesse coletivo. No desporto, na cultura, no entretenimento sadio, no social, no educativo, no artístico, no lazer. Graças, em especial, aos seus dirigentes que tudo sacrificam para bem de nós todos. 
O GCG é, sem dúvida, uma das mais antigas instituições da nossa terra. Sei, por conhecimento direto, da paixão que une todos os columbófilos, anos e anos a cuidar dos pombos-correios, a participar em provas, a apurar raças, a estudar estratégias para se alcançarem vitórias. E agora, com uma sede nova, urge estarmos atentos para todos aplaudirmos os sucessos dos columbófilos da nossa terra. Um abraço para todos. 

Festa da Epifania do Senhor

Reflexão de Georgino Rocha


PROCURA JESUS, SEGUE A SUA ESTRELA

Os Magos, segundo o relato de Mateus (2, 1-12) desempenham uma função primordial na manifestação de Jesus a todos os povos da terra. Os traços marcantes da sua procura, o anonimato da sua figura e ocupação, as peripécias da sua viagem seduzem o imaginário popular que lhes dá nome pessoal e os reveste de episódios rocambolescos encantadores. E surgem encenações e cantares, poesias e orações, pinturas e outras obras de arte, doces e manjares, visitas à vizinhança e trocas de prendas. E tantos outros sinais de alegria esfusiante em “honra dos santos Reis”. Mantém uma presença pública notável face a correntes ideológicas que pretendem remeter o religioso para o privado e o subjectivo.

Seduzem e estimulam a reflexão cristã que, ao longo dos tempos, elabora celebrações e “catequeses” ricas de ensinamentos e de fortes interpelações. Celebrações de estilo litúrgico formal e popular. Catequeses familiares e comunitárias. Umas e outras procuram desvendar os segredos do coração humano que não descança enquanto não encontrar o que anseia; coração que é capaz do melhor e do pior, peregrino da verdade de si mesmo e da realidade envolvente, aberto ao absoluto de Deus e fechado nos limites da sua fragilidade; coração sempre necessitado de uma “estrela” que ilumine e respeite a liberdade da busca incessante, ainda que intermitente.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Ano novo, vida velha?

Crónica de Vítor Amorim


Quase sem darmos por isso, eis que o ano de 2017 já passou a fazer parte do nosso dia-a-dia, sem que a esta alteração cronológica corresponda um mundo com mais esperança, paz e amor, enquanto valores universais e fundamentos do bem comum de toda a humanidade.
O aprofundamento, a valorização e a dignificação destes princípios universais não passam pelas folhas dos calendários, mas pelos valores, vontade e consciência dos homens - de todos os homens –, enquanto corresponsáveis pelo bem-estar das sociedades e de toda a criação.
Nestes últimos tempos, não nos têm faltado palavras de “boas festas”, de um ano novo próspero e feliz, com boas saídas e melhores entradas, para além de muito amor, saúde e dinheiro. Se a felicidade de cada um de nós dependesse apenas destes desejos, por mais amáveis e sentidos que eles sejam, teríamos as portas do mundo abertas de par em par para podermos ser mais otimistas e confiantes.
No entanto, todos estes votos de “boas festas” e de bom ano, que ecoaram um pouco por todo o mundo, parece não se traduzirem em mudanças de atitude e de comportamento na vida e no quotidiano de cada um. Quase sempre, o entusiasmo inicial “de novo ano, vida nova” vai dando lugar ao desânimo e à descrença, bem à maneira de uma história trágica, cujo desfecho se afigura predeterminado e frustrante: ganham sempre os mesmos! Voltam, então, as velhas rotinas e os lamentos anestesiantes.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

António Guterres garante que não é milagreiro

"É útil dizer que não há milagres 
e tenho a certeza de que não sou milagreiro"


«"Sei que a forma como o processo de eleição decorreu gerou muitas expectativas. Acho que é útil dizer que não há milagres e tenho a certeza de que não sou milagreiro", disse o português.
"A única forma de atingir os nossos objetivos é trabalhar juntos, como equipa, e ganhar o direito de servir os valores globais consagrados na Carta, que são os valores da ONU e os valores que unem a humanidade", acrescentou.
O antigo primeiro-ministro português, que entrou em funções no primeiro dia do ano, falava a várias dezenas de funcionários que o aguardavam no momento em que entrou na sede da ONU em Nova Iorque.
"Não devemos ter ilusões, estamos a enfrentar tempos muito desafiantes", começou por dizer, lembrando o ataque terrorista na noite de passagem de ano em Istambul que vitimou 39 pessoas.»

Ler mais no DN

NOTA: À natural euforia dos portugueses pela eleição de António Guterres para o alto cargo de Secretário Geral da ONU, passámos à realidade. Oficialmente, Guterres entrou hoje em funções e a partir de agora só contarão os resultados concretos de negociações que levarão, ou não, ao fim dos conflitos dolorosos das guerras e terrorismos.
Eu  acredito que António Guterres tentará tudo para que haja paz, justiça social e diálogo entre nações e povos nas mais diversas latitudes. Mal seria que não acreditasse. Mas não deixo de reconhecer que o novo Secretário Geral das Nações Unidas vai encontrar muitos ódios e raivas recalcados, guerras intermináveis, terrorismos ignóbeis, crimes hediondos. E a paz, tão desejada por tantos,  talvez continue uma miragem terrível. Que Deus e homens bons o ajudem nesta hora difícil.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Cortejo dos Reis — Festa de generosidade e alegria

Próximo domingo
8 de janeiro 

No cortejo não podia faltar a sagrada família com o Menino sorridente

Músicos e cantores, apesar da chuva

Nem as  crianças faltaram com tempo agreste


E a juventude também não faltou

No próximo dia 8 de janeiro, os gafanhões vão ter o privilégio de participar, novamente, no mais que centenário Cortejo dos Reis, manifestando a sua alegria pela caminhada que a todos conduz ao Menino Deus. E para essa alegria ser mais expressiva, ninguém recusará um presente, por mais simples que seja, na hora da adoração, que terá lugar na chegada à nossa igreja matriz, por entre cânticos de louvar e de ternura. É assim desde que a comunidade cristã da Gafanha da Nazaré se uniu para, em conjunto, todos os seus membros testemunharem, daquela maneira, a fé herdada dos seus e nossos antepassados.
O cortejo inicia-se no lugar de Remelha, mas a aparição do Anjo, que convida os presentes a porem-se a caminho para adorar o Menino, só acontecerá algum tempo depois, junto à Pastelaria Primavera. E a caminhada, ao som dos cânticos natalícios, recomeça, rumo à nossa igreja matriz.
Os participantes apresentam-se vestidos com trajes representativos de outras épocas e profissões, ora cantando ora pedindo a quem assiste um contributo para o Menino, e a todos anima a vontade de encher as sacas de moedas que a boa vontade dos gafanhões nunca recusará. Alguns, em grupos de quatro jovens ou adolescentes, seguram nas extremidades de uma colcha convidando quem está a olhar a tirar do bolso umas moedas que, multiplicadas por um bom número, dá uma boas notas.
Pelo caminho, há sítios estratégicos onde são representados outros autos de Natal, que culminam no palco principal, junto à igreja, para que todos ouçam o Rei Herodes que esconde as suas artimanhas, no diálogo com os Reis Magos, para mandar matar o Menino Deus, com medo que Ele lhe roube o trono. Os Reis Magos, astutos, trocaram-lhe as voltas e nunca mais apareceram para indicar a Herodes onde estava o anunciado Salvador do povo de Israel.
O momento culminante, desejado por todos os participantes, é a entrada na igreja. Portas fechadas, Reis Magos, pastores, cantoras à frente, tudo a postos, e a um sinal a porta é aberta e todos entram no templo, ao som das mais lindas melodias desta época. Mais um auto com os pastores e Magos a adorarem o Deus Menino e logo depois o nosso prior, Padre César, com o Menino acalentado nas suas mãos, oferece-O a quem quiser beijá-Lo.
Segue-se o leilão no salão Mãe do Redentor.
O rendimento do Cortejo dos Reis reverte para a requalificação que foi operada nos templos da paróquia.

Fernando Martins 

NOTA: As fotos são do meu arquivo

domingo, 1 de janeiro de 2017

"A paz depende de nós", diz António Guterres na ONU



«O ano que agora  se inicia deve ser “o ano em que todos – cidadãos, governos, dirigentes – procurem superar as suas diferenças”, através do “diálogo e do respeito independentemente das divergências políticas”, “por via de um cessar-fogo num campo de batalha ou mediante entendimentos conseguidos à mesa de negociações para obter soluções políticas”, defende. E termina: “A dignidade e a esperança, o progresso e a prosperidade – enfim tudo o que valorizamos como família humana – depende da paz. Mas a paz depende de nós.”»

Li no Público

NOTA: Como português e como cidadão, e ainda como admirador de  António Guterres, o político e o homem de intervenção solidária. auguro os melhores êxitos ao novo Secretário Geral da ONU. O mundo tem os olhos postos neste homem conhecido como bom negociador. Ele sabe, melhor do que ninguém, que os caminhos da paz são árduos, tortuosos, com altos e baixos. Mas também sabe que é preciso capacidade e estratégias para levar de vencida os arautos da guerra, do terrorismo, da ganância económica, do lucro fácil e dos mantenedores das escravaturas.  Oxalá encontre quem esteja com ele ao serviço das causas da paz, da harmonia, do progresso, da erradicação da pobreza e das justiças sociais. 

Salvemos as crianças

Por sugestão oportuna de Georgino Rocha



Salvemos as crianças

Se uma criança vive em ambiente de crítica, aprende a criticar;
Se vive em ambiente de hostilidade, aprende a lutar;
Se vive em ambiente de ridículo, aprende a não estar à vontade;
Se vive em ambiente de desconfiança, aprende a sentir-se culpada

Mas se uma criança vive, em ambiente de tolerância, aprende a ser indulgente;
se vive em ambiente de encorajamento, aprende a ser confiante;
se vive em ambiente de reconhecimento, aprende a estimar;
se vive em ambiente de lealdade, aprende a rectidão;
se vive em ambiente de confiança, aprende a ter fé;
se vive em ambiente de aprovação, aprende a estimar-se;
se vive em ambiente de amizade, aprende a encontrar o amor no mundo.

E tu cultiva neste novo ano:

1.      O sorriso que é o cartão de visita das pessoas saudáveis; distribui-o gratuitamente
2.      O diálogo que é a ponte que liga as duas margens, do EU e do TU. Passa por ela com frequência
3.      A bondade que é a flor +atraente do jardim, dum coração bem cultivado. Oferece-a gentilmente
4.      A alegria q é o perfume gratificante, fruto de dever cumprido. O mundo precisa muito deste perfume
5.      A Fé q é a bússola para os corações errantes em busca das praias da eternidade. Utiliza-a sempre
6.      A Esperança q é bom vento, empurrando velas do barco da vida. Chama-a p dentro do teu dia a dia
7.      O Amor q é a melhor música na partitura da tua vida. Aprende e toca os seus acordes perfeitos
8.      A Paz interior que é o melhor travesseiro para o sono da eternidade. Vive em paz com Deus, contigo e com os outros. Serás feliz este ano, todos os anos e toda a eternidade.

O Senhor vos abençoe e vos proteja. Ámen
O Senhor faça brilhar sobre vós a Sua face. Ámen
O Senhor dirija para vós o Seu olhar e vos dê a Paz. Ámen
                   Pe. Joaquim Batalha

Prémio para o historiador Armando Tavares da Silva

“A Presença Portuguesa na Guiné 
— História Política e Militar 
— 1878-1926” 



Os distinguidos com os prémios da Academia, com o Presidente Marcelo e quatro membros da Mesa

Armando Tavares da Silva
na hora do agradecimento


A Academia Portuguesa da História distinguiu Armando Tavares da Silva com o "Prémio Fundação Calouste Gulbenkian, História da Presença de Portugal no Mundo", pelo seu livro “A Presença Portuguesa na Guiné — História Política e Militar — 1878-1926”, fruto de um exaustivo e criterioso trabalho de investigação. A atribuição dos prémios da Academia teve lugar no passado dia 7 de Dezembro, em cerimónia presidida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Congratulo-me com o facto porque Armando Tavares da Silva, professor catedrático aposentado da Universidade de Coimbra, brindou os portugueses com uma obra digna de registo e de apreciação, tanto mais que retrata para o presente e para a posteridade as relações entre os portugueses e os guineenses, durante o período da colonização, abordando questões bastante diversas,  entre 1878 e 1926.
O autor transporta para o presente histórias não contadas, figuras e factos que poderiam cair no esquecimento, personalidades portuguesas e guineenses marcantes e lutas pelo poder pouco claras, permitindo-nos ver hoje, de forma desassombrada, o que realmente se passou naquela colónia portuguesa, depois da separação administrativa do governo-geral em Cabo Verde. Está claro hoje que, com a administração portuguesa mais implantada no território, foi possível um desenvolvimento bastante notório naquele espaço  que viria a chamar-se Guiné-Bissau, após a independência. 
“A Presença Portuguesa na Guiné — História Política e Militar — 1878-1926”, o livro de Armando Tavares da Silva, sobre o qual teci algumas considerações neste meu blogue, mereceu, na minha modesta opinião, o prémio que lhe foi atribuído. E que este trabalho possa servir, então, de incentivo aos nossos historiadores, para que outros estudos e livros surjam, sempre na defesa da verdade e dos valores que enformam a nossa sociedade, que deu “novos mundos ao mundo”.
O autor é Doutor em Filosofia Natural (Engenharia Química) pela Universidade de Cambridge (Reino Unido), Membro da Ordem dos Engenheiros, Fellow da Cambridge Philosophical Society (Reino Unido), Sócio da Sociedade de Geografia de Lisboa, do Instituto Português de Heráldica  e da Sociedade Histórica  da Independência de Portugal. 
Os meus parabéns ao autor, Armando Tavares da Silva, que muito prezo.

Ler mais sobre o livro premiado aqui. 

Fernando Martins

MENSAGEM DO PAPA PARA O DIA MUNDIAL DA PAZ

A não-violência: estilo de uma política para a paz



«Enquanto o século passado foi arrasado por duas guerras mundiais devastadoras, conheceu a ameaça da guerra nuclear e um grande número de outros conflitos, hoje, infelizmente, encontramo-nos a braços com uma terrível guerra mundial aos pedaços. Não é fácil saber se o mundo de hoje seja mais ou menos violento que o de ontem, nem se os meios modernos de comunicação e a mobilidade que carateriza a nossa época nos tornem mais conscientes da violência ou mais rendidos a ela.

Seja como for, esta violência que se exerce «aos pedaços», de maneiras diferentes e a variados níveis, provoca enormes sofrimentos de que estamos bem cientes: guerras em diferentes países e continentes; terrorismo, criminalidade e ataques armados imprevisíveis; os abusos sofridos pelos migrantes e as vítimas de tráfico humano; a devastação ambiental. E para quê? Porventura a violência permite alcançar objetivos de valor duradouro? Tudo aquilo que obtém não é, antes, desencadear represálias e espirais de conflitos letais que beneficiam apenas a poucos «senhores da guerra»?

A violência não é o remédio para o nosso mundo dilacerado. Responder à violência com a violência leva, na melhor das hipóteses, a migrações forçadas e a atrozes sofrimentos, porque grandes quantidades de recursos são destinadas a fins militares e subtraídas às exigências do dia-a-dia dos jovens, das famílias em dificuldade, dos idosos, dos doentes, da grande maioria dos habitantes da terra. No pior dos casos, pode levar à morte física e espiritual de muitos, se não mesmo de todos.»

Ler mensagem aqui 

Iluminações Natalícias: Ílhavo e Gafanha da Nazaré

Colaboração de Vítor Amorim 

Ílhavo - Junto à CMI
Gafanha da Nazaré - Rotunda na Cale da Vila

Ílhavo - Praça da República

Ílhavo - Praça da República  e Rua de Santo António

Ílhavo - Praça da República
Gafanha da Nazaré - Av. José Estêvão

Gafanha da Nazaré - Largo de St. Johns

Gafanha da Nazaré - Rotunda do Centenário

Ano Novo Vida Nova


Parar?, amarrar as barcas aos cais, tempo livre, fechar portas e janelas, trancar tudo a sete chaves, escancarar o coração, respirar outros ares, marcar novos rumos, lavar a cara, deixar correr, olhar o mundo, vestir os blogues com roupa nova, manter a mesma roupa, estamos em hora de poupar, tempo é dinheiro, hábitos criados, é preciso inovar, gosto pela mudança, mudar é necessário, novos desafios, como e onde, a estagnação mete medo, cores leves, tonalidades diferentes, procura de inspiração, a vida é mais suor que outra coisa, parar é morrer, descobrir colaboradores, manter os que estão comigo, respeitar os leitores, continuar!!!
Bom ano para todos.

Fernando Martins

sábado, 31 de dezembro de 2016

O segredo de Francisco: tempo para o ócio silente

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias



Deixo aqui os meus melhores votos para o novo ano, desejando a todos saúde, paz, realizações felicitantes e também o que me parece de suprema urgência: ao longo do ano todo, algum tempo para o ócio silente.

Uma das características da nossa época, que causa estragos sem fim, é a agitação geral e frenética, consumista, que tudo devora. O nosso tempo não tem lugar para o ócio, aquele ócio de que fala a scholê grega. Vivemos, como dizia o grande bispo do Porto D. António Ferreira Gomes, na "agitação paralisante e na paralisia agitante", isto é, não vivemos verdadeiramente. Porque o autenticamente humano está recalcado. Vivemos na dispersão agitada e agitante, sem encontro autêntico connosco e, portanto, também com os outros e com o essencial da vida. A net contribui frequentemente para fazer aumentar esta agitação alienada e alienante, e até estupidificante, pois todos podem agora, escondidos no anonimato cobarde, pronunciar-se sobre tudo, mesmo desconhecendo completamente as temáticas e as suas complexidades, ou, mediante manipulações algorítmicas a favor de interesses, enganar. Na presente agitação e atomização temporal, submersos pelo tsunami informativo e pela competição tóxica, é muito difícil erguer uma identidade pessoal integrada, íntegra e consistente. Também por isso, não vejo as pessoas mais felizes, pelo contrário, aumentam as depressões. Realmente, para se alcançar a felicidade, é essencial o apaziguamento e a serenidade interiores, o estar de bem consigo. Hoje são conhecidos, através da imagiologia cerebral, os efeitos benéficos da meditação no cérebro, concretamente sobre o stress e a ansiedade. Significativamente, o verbo mederi, com o radical "med-", que significa "pensar, medir, julgar, tratar um doente, curar", está na base etimológica de três palavras: meditação, moderação e medicina. O reconhecer-se, a presença de si a si mesmo não significam de modo nenhum narcisismo, pois, quando se pára, se pensa e reflecte, lá no mais profundo, encontramos o mistério da Fonte donde tudo provém e a que estamos religados, em interconexão com todos e com tudo.