domingo, 29 de junho de 2014

QUE TROUXE DE NOVO O PAPA FRANCISCO? (1)

Crónica dominical de Frei Bento Domingues
no PÚBLICO


«João Paulo II foi o combatente. Veio da Polónia, da ditadura comunista, inimiga da democracia política. A hierarquia da Igreja, por razões de sobrevivência, não podia promover o aggiornamento do Vaticano II na vida interna da Igreja. Contribuiu para abalar o comunismo. Como Papa, percorreu o mundo católico várias vezes, acolhido com entusiasmo, teve um apoio mediático de grande vedeta. O cardeal alemão, J. Ratzinger, Prefeito para a Doutrina da Fé, encarregou-se de extirpar as turbulências teológicas pós-conciliares na Europa e no Terceiro Mundo e, de forma estrondosa, na América Latina. Karl Rahner, um dos teólogos mais importantes, chamou a esse tempo o inverno da Igreja.
Os últimos tempos de João Paulo II foram tristes, não apenas do ponto de vista físico, mas sobretudo pela imagem da Igreja revelada todos os dias nos meios de comunicação: a pedofilia no mundo eclesiástico e os escândalos em torno do Banco do Vaticano. Bento XVI esteve muito tempo na Cúria Romana. Eleito Papa, não podia ignorar o que se tinha passado e continuava. Não podia deixar de condenar tudo isso. Manifestou-se incapaz de enfrentar esse universo, bem mais difícil do que varrer o campo teológico. Demitiu-se.»

sábado, 28 de junho de 2014

ESTÓRIA IGUAL A TANTAS OUTRAS

No meu novo blogue, Memórias Soltas, estou a publicar apenas, e já não é pouco, estórias e contos.Hei de falar de pessoas e vivências várias que guardei na gaveta das boas recordações. Hoje postei O Regresso do Irmão Pródigo, retrato com alguma ficção de uma vida igual, decerto, a tantas outras. 

INFINITO AMOR DE DEUS


"O homem não pode cometer pecado 
capaz de esgotar o infinito amor de Deus"

Fiódor Dostoiévski, 
1821-1881

OS PERIGOS DE UM HOMEM LIVRE

Crónica semanal de Anselmo Borges 

no Diário de Notícias


«O que move Francisco é o bem-estar de todo o ser humano, que deve ocupar o centro. Por isso, "não se pode entender o Evangelho sem a pobreza, mas é necessário distingui-la do pauperismo. Eu creio que Jesus quer que os bispos não sejam os príncipes, mas servidores. Creio que estamos num sistema mundial económico que não é bom. No centro de todo o sistema económico deve estar o homem, o homem e a mulher, e tudo o resto deve estar ao serviço deste homem.»

FELIZ ÉS TU, SIMÃO PEDRO!

Reflexão semanal de Georgino Rocha


«Dois apóstolos admiráveis que a Igreja celebra na mesma festa. A ambos custou muito entender a novidade de Jesus: estavam amarrados a tradições religiosas ancestrais, defendiam o cumprimento literal das leis, esperavam ver desaparecer os inimigos e triunfar o reino por eles idealizado, de acordo com as tradições. Pedro chega a arvorar-se em mestre de Jesus que lhe dá uma reprimenda inigualável. Paulo orgulha-se da sua formação na escola de Gamaliel e de outros títulos de glória, mas, uma vez convertido a Cristo, considera tudo lixo, pois só quer saber de Jesus e de Jesus cruxificado.»

sexta-feira, 27 de junho de 2014

ELOGIO DO PÉ

Um texto de Leonardo Boff


Em tempos de Copa Mundial de Futebol, o pé é o que conta de verdade. Pois é com o pé que ganham ou se perdem partidas de futebol e eventualmente a Copa.
Entretanto, se algum extra-terrestre viesse à Terra e reparasse como os humanos tratam os pés, suspeito que ficariam escandalizados. Parece que os consideram a parte menos nobre do corpo pois os escondem. Pior, tentam sufocá-los com um pedaço de pano, chamado de meias. Depois estrangulam-nos com algo mais duro, de couro, os sapatos. E não contentes, amarram-nos com finas cordas, os cadarços, para se assegurar que não vão se libertar. E por fim, colocam todo o peso do corpo em cima dos pés, obrigando-os a cheirar o pó dos caminhos, a sofrer a dureza das pedras, a sentir o mau cheiro de tanto lixo jogado no chão.

A CONDUTA


"A conduta é um espelho em que cada um mostra a sua imagem" 

Johann Wolfgang von Goethe 
1749 - 1832

quarta-feira, 25 de junho de 2014

POSTAL ILUSTRADO: GAFANHOA À ESPERA DO MOLIÇO

Gafanhoa à espera do moliço

Esta imagem é por demais conhecida dos gafanhões, sobretudo dos mais antigos, que, a partir dela, poderão, porventura, com alguma nostalgia, recordar tempos de vida dura para muitos, em especial para os que viviam da e para a agricultura. Para esses, não seriam tempos de fome, que a terra sempre daria o indispensável para viver com alguma dignidade, mas nunca seriam tempos de luxos, de dinheiro para comodidades como as que temos hoje à nossa disposição. 
A gafanhoa, mulher de casa, de filhos e de lavoura, lá está com o seu carro de bois à espera do moliço para fertilizar os solos areentos e esbranquiçados onde, afinal, se podia cultivar quase tudo, com «sangue suor e lágrimas», no dizer certeiro e aqui adaptável do multifacetado Winston Churchill, estadista e artista inglês. 
Descalça, lenço na cabeça, com a ria serena e ainda não poluída a seus pés, pronta a carregar o moliço que haveria de dar viço às culturas nos areais dunares das Gafanhas, que são hoje solo ubérrimo.
Em hora de descanso, lá está, solitário, um moliceiro, esperando a maré para avançar rumo a mais uma faina nas águas remansosas da laguna que têm dado vida a tantos povos ribeirinhos.

Fernando Martins

PREGUIÇOSOS


"O caminho dos preguiçosos é cheio de obstáculos, ao passo que o do diligente não tem quaisquer embaraços" 

Benjamin Franklin, 
1706 - 1790

domingo, 22 de junho de 2014

UM PECADO MUITO ORIGINAL

Crónica de Frei Bento Domingues
no PÚBLICO de hoje


«A linguagem religiosa é polifónica. Tem muitas vozes, mas em todas as suas expressões e modalidades, o seu registo é sempre simbólico: aproxima o distante e distancia a falsa proximidade. O próprio Credo não é um registo de informações, mas uma paradoxal confissão de fé em Deus conhecido como infinitamente desconhecido, uma entrega no amor ao Amor que misteriosamente nos amou primeiro, fonte da nossa recriação contínua e que nenhuma verificação científica pode atestar. É de outra ordem.»

sábado, 21 de junho de 2014

AÍ ESTÁ O VERÃO



Hoje, 21 de junho, começa o verão. Ainda não com o calor que dá mais alegria e vida a toda a gente, mas apenas para cumprir o calendário. Não sejamos, porém, pessimistas, que a autêntica época estival há de levar-nos a suplicar um tempinho mais fresco. 
Tenho para mim que somos pessoas sempre descontentes. Porque está calor e gostaríamos de uns ares fresquinhos; porque está frio com vento e chuva e logo protestamos que nunca houve um verão como este. E até garantimos que tudo (quanto ao tempo, claro) está a mudar. O verão, juramos, é como o da nossa meninice. 
Eu também alinho muitas vezes nessas posições extremas de criticar o tempo que faz e que não faz. No fundo, porém, sei, de certeza certa, que ao longo dos meus 75 anos passei por verões os mais variados. Em suma, não devemos ser como aqueles que querem sol na eira e chuva no nabal. O que vier, que venha por bem, sem crises que nos atormentem, sem guerras que nos preocupem e nos desgostam, sem tristezas que, realmente, não pagam dívidas. 
Bom verão para todos.

O CELIBATO NÃO É DOGMA

Crónica de Anselmo Borges

«É contraditório afirmar que o celibato é um carisma e, depois, impô-lo como lei. Como lei, é contra o Evangelho e pode ser contra a natureza humana. O celibato obrigatório não vem de Jesus, é uma lei dos homens, e, como disseram os apóstolos, "importa mais obedecer a Deus do que aos homens". E os bispos e os papas são apenas homens. Não se pode impor como lei o que Jesus entregou à liberdade.»

ACOLHE JESUS, O PÃO DA VIDA

Uma reflexão semanal de Georgino Rocha


«Festa que celebra no presente a ceia pascal de Jesus com os seus amigos e antecipa o banquete da família de Deus quando a eternidade dispensar o tempo caduco. Festa que, em ritos (gestos, sinais, palavras), transforma por acção do Espírito Santo o pão e o vinho da missa em corpo e sangue de Cristo. Festa que expressa e constrói a fraternidade na comunidade cristã e gera dinamismos missionários tendentes a chegar a todas as “periferias” existenciais.»

quinta-feira, 19 de junho de 2014

BOA CAMINHADA



No molhe sul da Praia da Barra há uma indicação importante. O seu comprimento é de 1800 metros, o que significa que um caminhante, se fizer o percurso todo de ida e volta, anda 3600 metros, com a consequente perda de umas boas calorias, que tanto prejudicam a saúde. Então é assim. Se o veraneante fizer dois percursos diários, de ida e volta, tem garantida uma saúde invejável. É claro que não é conveniente enfardar nem abusar de uma saborosas cervejinhas. Boas férias.

terça-feira, 17 de junho de 2014

O BRASIL DA COPA E DA DESIGUALDADE

Entrevista a Francisco José Viegas na RR

"A MAIS PEQUENA FAÍSCA PODE INCENDIAR"
 O BRASIL DA COPA E DA DESIGUALDADE





«Um pobre que passa horas nos transportes públicos para chegar ao emprego choca-se ao ver estádios dotados de ar condicionado, defende Francisco José Viegas. O Brasil é "um país cada vez mais informado".»




- Posted using BlogPress from my iPad

segunda-feira, 16 de junho de 2014

GRANDE PRÉMIO DE ATLETISMO TERRA NOVA

Atletas em prova

Fátima Pinto a grande vencedora 

Fátima Pinho foi a vencedora do Grande Prémio Terra Nova, uma organização da nossa rádio, que teve como palco principal o Jardim Oudinot, no domingo, 15 de junho. Com 51 anos de idade, a atleta confirmou o estatuto de 8.ª melhor da Europa. 
Recordista nacional de 3 mil metros, começou aos 35 anos a prática do atletismo por influência das filhas (Sara e Carina Pinho) que homenagearam a mãe no pódio. Justa e oportuna homenagem, que serviu para estimular muitos desportistas de bancada, incapazes de levar à prática os benefícios do desporto.


domingo, 15 de junho de 2014

PODEREMOS VIVER JUNTOS?

Crónica de Frei Bento Domingues no PÚBLICO


1. Esta interrogação, mansa e assustadora, faz parte do título de um livro de Alain Touraine que, infelizmente, ainda não perdeu actualidade (1). Conheci bem o contexto da sua elaboração. Andava eu, na altura, a trabalhar na América Latina, em vários projectos, no meio e no rescaldo de ditaduras tenebrosas, confrontado com os inevitáveis debates em torno da revolução e da democracia.

Vivia entre entusiastas e adversários das comunidades de base e da teologia da libertação. Estava muito ligado a uma corrente que procurava abrir caminhos mais sensíveis à complexidade dos desafios locais e ao quadro internacional. Nas incertezas do tempo, os questionamentos deste sociólogo ajudavam a não perder de vista o essencial.

sábado, 14 de junho de 2014

A ENTREVISTA DO PAPA FRANCISCO

Papa Francisco abre porta a renúncia 
e sublinha que «pobreza e humildade 
estão no centro do Evangelho»





O papa Francisco concedeu uma entrevista de mais de uma hora ao jornalista português Henrique Cymerman, que vai ser transmitida esta sexta-feira na SIC ("Jornal da Noite"), seguida de debate na SIC Notícias.
A conversa, que decorreu na segunda-feira, no Vaticano, é publicada hoje no jornal "La Vanguardia", de sediado em Barcelona, de que Cymerman é correspondente, bem como em sites italianos.
Apresentamos excertos da entrevista, em que o papa diz ao jornalista português que a ele se deve «boa parte» da realização da oração pela paz que no domingo reuniu no Vaticano o papa Francisco, os presidentes de Israel e da Palestina e o patriarca ecuménico Bartolomeu.
A perseguição aos cristãos, os fundamentalismos, a segurança pessoal, a pobreza e humildade, o dinheiro e a guerra, o judaísmo, a relação com as Igrejas ortodoxas, a relação entre fé, ciência e ateísmo, o pontificado de Pio XII e uma eventual renúncia são alguns dos temas da entrevista.
O trabalho de síntese, extraído do site "Vatican Insider", é assinado pelo jornalista Andrea Tornielli.


Ler mais aqui

- Posted using BlogPress from my iPad

JERUSALÉM E ROMA

Crónica de Anselmo Borges
no DN

1 A política está em tudo mas não é tudo. A oração também pode ser força política. E condição essencial para a paz é a conversão interior, do coração. Por outro lado, a História não está pré-escrita em parte alguma e, por isso, é preciso construí-la e ao mesmo tempo ter a capacidade de se deixar surpreender por ela. Cá está: quem poderia supor há apenas um mês que seria possível o Presidente de Israel, Shimon Peres, e o Presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, encontrarem-se no Vaticano para rezar? Mas o inesperado, o que se diria impossível, aconteceu.

TANTO AMOU DEUS O MUNDO

Reflexão semanal de Georgino Rocha


«A razão humana fica no limiar do mistério, pode intuir e analisar, como Nicodemos, os sinais que a deixam vislumbrar, mas não avança mais. Jesus vem em nossa ajuda e faz-nos mergulhar no coração de Deus, na fonte de água viva que sacia todas as sedes, no amor de entrega incondicional pela vida do mundo. O ser humano encontra a matriz da sua vocação originária – a comunhão relacional que origina a família biológica e todas as formas associativas e solidárias. A história desvenda o seu sentido mais profundo – ser história de salvação que, protagonizada pelo homem/mulher, de Deus procede e para Ele se encaminha.»

sexta-feira, 13 de junho de 2014

UM DIA SERENO



Já andava com saudades de um dia sereno como o de hoje. E foi num dia assim que registei na Costa Nova, uma das praias de ouro do nosso país, a imagem que aqui partilho. Sou do tempo em que tirar uma fotografia, como então se dizia, implicava grande trabalheira. Era preciso comprar o rolo adequado, procurar o motivo a registar e depois revelar as fotos. Trabalho, tempo e dinheiro andavam de mãos dadas. Agora, tudo está simplificado. Ainda bem.

- Posted using BlogPress from my iPad

A BELEZA DA RIA DE AVEIRO

«Três biólogos quiseram mostrar a beleza da ria de Aveiro e o resultado são quatro documentários sobre a sua biodiversidade, cada um com cerca de 20 minutos: Viajantes do Ar, Nascer na Ria, A Cegonha-branca e A Ria por Dentro.»




«“A ideia dos documentários é dar a conhecer a um público mais abrangente, que não anda sempre na ria, a sua beleza e levá-lo a ter um sentimento de maior necessidade de preservação destas zonas húmidas. Se não as conhecemos, não temos vontade de as preservar”, diz Ana Maria Rodrigues, do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro. Esta bióloga e os colegas Victor Quintino e Fernando Leão, respectivamente do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro e do Instituto do Ambiente e Desenvolvimento, avançaram para este projecto, financiado pelo programa Media Ciência, que foi lançado pela Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, com o apoio do Compete (Programa Operacional Factores de Competitividade).»

Ler mais no PÚBLICO

SANTO ANTÓNIO POR AGUSTINA BESSA-LUÍS



«Santo António de Lisboa, cuja história, durante séculos, resistiu a ser soterrada pelo panegírico e acabou por ser encarada como exercício de eruditos, aparece-nos, a nós os leigos, ora fleumático, ora diáfano. A sensibilidade popular converteu-o num santo fácil e caseiro; nisto veio a dar aquele que, por índole e por carreira, se entregou ao convívio das causas humanas. Santo António foi sobretudo um asceta, o que não quer dizer uma natureza solitária. O asceta, a par da saudade de morrer, anda constante com a paixão da vida. Amou o mundo por algo que era nostalgia da felicidade. E os homens corresponderam-lhe com gratidão, que é amor por quem se afeiçoa às experiências deles, ainda que sem ilusão e familiaridade. Possui o Santo as sete energias instauradas pela inteligência: possui o intelecto individual que participa da eternidade da inteligência e está muito acima do pensamento; possui a verdade; possui a alegria, pois a alegria brota da plenitude do conhecimento; possui a prova apodítica; e também a vida, porque a vida é inseparável da inteligência, e são como mortos os que a ignoram. Possui a perfeição. E o êxtase perante o mundo supersensível. (...)»

Ler mais aqui

- Posted using BlogPress from my iPad

quinta-feira, 12 de junho de 2014

UM MÊS DE FUTEBOL

Durante um mês, não se falará de outra coisa. O Campeonato do Mundo de Futebol vai encher-nos os dias, de manhã à noite. E se durante o sono acordarmos, a primeira coisa que ouviremos será do género: O melhor jogador do mundo dormiu bem,  que dormir mal não será para um jogador como este. 
É claro que para quem não vai na onde de exageros com fasquias altas, porventura ao jeito de se tentar descobrir alento para as dificuldades do dia a dia, terá de encontrar outros motivos de interesse para sobreviver nesta vaga futebolística que só dá substância, isto é, bom dinheiro, a quem souber dar uns pontapés na bola que há mais de 100 anos alguém previu que iria dar a volta à cabeça de tanta gente. 
Não tenho nada contra o desporto, antes pelo contrário, mas acho que a moderação e a humildade ficariam melhor no mundo em que vivemos. E se olharmos para o Brasil, o país da paixão pelo chamado desporto rei, mas também das favelas e das casas com grades de ferro para evitar os assaltos, com fomes, pobrezas extremas e misérias,  talvez pudéssemos concluir que, afinal, há milhões de reais para estádios e outras infraestruturas, mas não há para matar a fome, para a educação e para a saúde de imensos brasileiros, que não se cansam de protestar nas ruas com sinais de desespero. Tenho para mim que, passada a euforia, haverá estádios que vão ficar às moscas ou subaproveitados, tal como aconteceu em Portugal. Vivemos mesmo num mundo injusto, cego e de vaidades desmedidas.

A HISTÓRIA

"A história é émula do tempo, repositório dos factos, testemunha do passado, exemplo do presente, advertência do futuro"

Miguel de Cervantes (1547-1616), 
escritor espanhol