terça-feira, 17 de abril de 2012

Quem ressuscita também reencarna?

No CUFC, em Aveiro



Turista visita o Navio-museu Santo André

Texto de Fernando Martins


Vista geral do Santo André

No sábado da Semana Santa, à tarde, o turista foi até ao Jardim Oudinot. Não estava uma tarde primaveril, mas nem por isso o visitante perdeu o gosto pela caminhada descontraída, com a ria e canais da ria a envolverem o ambiente acolhedor que por ali se respira. Pouca gente e alguns pescadores, amadores, atraíam a atenção de quem passava, naquela marginal onde o Navio-museu Santo André está atracado. Era dia de sorte para uns tantos, com robalos a caminho da cozinha. 
O turista, nacional, fixa o velho arrastão e resolve entrar para saborear e ficar a conhecer, quanto possível, a vida da tripulação a bordo dum navio de pesca do “fiel amigo”. Dirige-se à receção, onde foi recebido com simpatia. Pagou o bilhete de entrada de “sénior”, 1,25 euros, e pediu um desdobrável para ficar a conhecer pormenores da vida e da história deste navio bacalhoeiro que fez a sua primeira viagem em 1949. Os desdobráveis, por necessidade da aplicação de novo logotipo, ainda estão na tipografia. Não há visitas guiadas, exceto para grupos organizados, mas a funcionária recomendou ao visitante o melhor caminho a seguir, prestando atenção às legendas afixadas em cada setor do Santo André e aos vídeos em permanente ação, com entrevistas gravadas com antigos tripulantes. E assim foi.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

DIA MUNDIAL DA VOZ

TEXTO DE MARIA DONZÍLIA ALMEIDA



Não fosse o tema parte integrante do meu desempenho profissional e este dia ter-me-ia passado despercebido! Mas, na realidade, é o nosso instrumento de trabalho, como para outros setores da vida social: os cantores líricos e outros, os atores e declamadores e todos aqueles que usam a voz para comunicar com as massas. Reveste-se de tal importância, que os professores são solicitados a fazerem formação na matéria, para não correrem o risco de perder um bem tão precioso. Remexendo no baú da memória, lá encontrei esta velharia!
Ação de Formação “A Voz e a Articulação da fala”

Andámos a frequentar
Uma ação de formação
Que veio mesmo a calhar,
E estávamos a precisar:
“A voz e a articulação...”

Tivemos por formadora
Uma atriz profissional,
Que foi a nossa orientadora
E também é professora
De expressão corporal.

Pôs-nos a representar
E usar a imaginação;
A vociferar e cantar
E também a declamar
Sonetos. Bela exibição!

Houve tanta variedade
Durante as nossas sessões,
Que a nossa criatividade,
Sem haver qualquer vaidade
Fez surgir revelações!

Alguns exercícios vocais
Longo tempo praticámos,
Quando fomos a “Cascaaaaaaaaais”
Para ver os nossos “paaaaaaaaaais”
Que tantas vezes treinámos!

Foi bastante divertido
E ficámos bem dispostas,
Por nos termos exibido
E nos terem aplaudido,
Sem ninguém se rir nas costas!

De tantas formas contado
O “Capuchinho Vermelho”
Foi espetáculo variado
E assim dramatizado,
Não pareceu nada velho!

Sem pretender ser modesta,
E agora só para acabar;
Que mais ações como esta,
Que p’ra nós foi uma festa
Planeiem dinamizar!

Gafanha da Nazaré, 09.10.2001


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Dia Mundial da Voz

A voz da Jacinta


BENTO XVI: 85 ANOS, 85 FOTOS






«Um pouco de paz e sossego, a bênção de Deus e saúde»: segundo Georg Ratzinger, é tudo o que o seu irmão, papa Bento XVI, deseja para o seu 85.º aniversário, que celebra esta segunda-feira.
Joseph Aloisius Ratzinger nasceu no seio de uma família católica a 16 de abril de 1927, em Marktls am Inn, sul da Alemanha, região da Baviera.
Foi ordenado padre a 29 de junho de 1951, tinha então 24 anos. A 28 de maio de 1977 recebeu a ordenação episcopal, tornando-se arcebispo de Munique-Freising. A 27 de junho do mesmo ano foi criado cardeal por Paulo VI.
Em 25 de novembro de 1981 o papa João Paulo II nomeou-o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e presidente da Pontifícia Comissão Bíblica. No dia 27 de novembro de 2002 foi eleito deão do Colégio dos Cardeais.
Esta quinta-feira, 19 de abril, assinala-se o sétimo aniversário da sua eleição para papa.

Ver mais aqui


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BENTO XVI: OS NOVE CASOS QUE ESTÃO A ABALAR UM PAPA QUE PERDEU A MÃO NO VATICANO

TEXTO DE ANTÓNIO MARUJO NO PÚBLICO DE ONTEM




























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AVEIRO: Museu da Cidade apresenta Tapeçaria de Portalegre


O Museu da Cidade recebe, até 1 de julho, 
a exposição Linha d´Água - Tapeçaria de Portalegre e Arte Contemporânea.

domingo, 15 de abril de 2012

BOA CAMPANHA

Li aqui

"Crie filhos em vez de herdeiros."
"Dinheiro só chama dinheiro, 
não chama para um cineminha, nem para tomar um sorvete." 
"Não deixe que o trabalho sobre sua mesa tampe a vista da janela." 
"Não é justo fazer declarações anuais ao Fisco 
e nenhuma para quem você ama." 
"Para cada almoço de negócios, faça um jantar à luz de velas." 
"Por que as semanas demoram tanto e os anos passam tão rapidinho?" 
"Quantas reuniões foram mesmo esta semana? Reúna os amigos." 
"Trabalhe, trabalhe, trabalhe. Mas não se esqueça, vírgulas significam pausas..." 
"...e quem sabe assim você seja promovido a melhor (amigo / pai / mãe / filho / filha / namorada / namorado / marido / esposa / irmão / irmã.. etc.) do mundo!" 

"Você pode dar uma festa sem dinheiro. Mas não sem amigos."

E para terminar:

"Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. 
Assim, ele saberá o valor das coisas e não o seu preço."


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Bombeiros Voluntários de Ílhavo celebram 119 anos de existência





Hoje, na missa das 11.15 horas, na Gafanha da Nazaré, participaram os Bombeiros Voluntários de Ílhavo, com uma representação alargada de dirigentes, comando e “soldados da paz”, numa perspetiva de celebrar os 119 anos de existência ao serviço de quem mais precisa. Não há quem desconheça a ação meritória desta corporação, à semelhança do que acontece com outras, pelo país, tão frequentes são as suas intervenções em horas de aperto para as populações e comunidades. 
Gostei de ver esta proximidade entre população e bombeiros, numa demonstração cabal do respeito mútuo que reina entre todos. E daí, espero que, de futuro, o nosso povo continue a apoiá-los, dando o seu contributo, mais do que justo e necessário, sobretudo nesta época de crise em que todos vivemos. Mas também gostaria de saber que muitos mais ilhavenses e gafanhões se inscrevam como sócios, pagando a quota mínima de 12 euros por ano, ou mais se puderem e quiserem. Afinal, mais do que isso, gastam eles numa deslocação a qualquer ponto do concelho, para acudir a qualquer acidente ou incêndio.

A MÚSICA AJUDA OU ATRAPALHA?

CRÓNICA DE BENTO DOMINGUES NO PÚBLICO DE HOJE



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Da Oração


Em O Profeta, de Khalil Gibran



Não vos posso ensinar a orar por palavras. 
Deus não ouve as vossas palavras a não ser quando Ele próprio as murmura através dos vossos lábios. 
E não vos posso ensinar a oração dos mares e das florestas e das montanhas. 
Mas vós que nascestes nas montanhas e nas florestas e nos mares, encontrareis a oração nos vossos corações, e se escutardes na quietude da noite, ouvi-los-eis dizer em silêncio: 
«Nosso Deus, que sois o nosso eu alado, é a vossa vontade em nós que quer. 
E o vosso desejo em nós que é desejado. 
É a vossa vontade para que tornemos as nossas noites que são vossas, em dias que são igualmente vossos. 
Não vos podemos pedir, pois conheceis os nossos desejos antes de nós próprios nascermos, vós sois o nosso desejo, e em dar-nos mais de vós, dais-vos todo.»

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 286


PITADAS DE SAL – 16 



A FAUNA DAS MARINHAS: 
PEIXES E OUTROS ANIMAIS 

Caríssima/o: 

Quando na conversa vem à baila “as marinhas”, para além do sal, logo se pensa em “enguias”; e tem a sua lógica. Sem muito esforço, todos recordamos cenas reais tal como a que pintou João Pereira de Lemos: 

«A caminho das Pirâmides, pelo Canal de Aveiro, deparámos com um espectáculo insólito. Os marnotos, que também são pescadores por arte e ofício, tinham aberto as “bombas” do viveiro para apanharem o peixe, montando uma rede. Robalos, tainhas e solhas, ao serem arrastados pela força da água, ficaram no saco do botirão ou caixilho, mas as enguias foram ficando no fundo até ao último fio de água, enfiando-se na lama. 
Então um homem, munido de uma foice com o gume cegado, e como quem corta a lama em fatias, com golpes certeiros e violentos, arrancava as enguias da lama, projectando-as pelo ar a longa distância, parecendo gravetos contorcendo-se no ar. Aí a uns quinze metros, dois homens segurando cestos de duas asas, redondos como os de ir a erva, esperavam as enguias vindas pelo ar como quem espera uma dádiva do céu, sem contudo deixarem de andar às correrias de um lado para o outro para as apanharem sem tocarem de novo a lama e limos. Junto com as enguias vinham pedaços de lama negra, que se colava ao corpo, deixando-os pintalgados e caricatos! 
É um espectáculo que proporciona gargalhadas a todos os presentes. servindo de gáudio e proveito.» [A Ria de Aveiro – um olhar resvés, p. 102] 

As marinhas sempre foram “viveiros de enguias”...

sábado, 14 de abril de 2012

POESIA PARA ESTE TEMPO

Um poema de José Luís Tavares, por sugestão do caderno Economia do EXPRESSO




«Apesar da ignorância da rota desses navios
que descem o tejo, da mulher que nos subúrbios
os vê passar tão rente à sua mágoa,
da moça tímida espiando o mundo
da janela que em breve o escuro virá selar,

ficam bem os sinos esvoaçando sobre a tarde
de inverno em que buscas a justa palavra
e não vê deus a tua aflição: o que cala,
o que finge, o que mente — agreste destino
que te cabe, tingido pelo clarão da dúvida.

Mas ficam bem, ficam bem as meretrizes
de rápido volteio, as matronas alvoroçando-se
para o chá, o aplicado médio funcionário
calculando o produto interno bruto, o amoroso
pagando diária corveia de soluços, os altos
dignatários recebendo honras e tributos.

Sobretudo fica bem a mulher gorda espremendo-se
num ginásio desfeita em suor e penitência.
Mas também ficam bem o contrafactor vigiado
pela lei, o usurário de sebo nos fundilhos,
o proxeneta de olhar felino e os desabrigados
desta rua (embora sobre eles caia o duro
gume do inverno, deles é o reino dos céus).

Ficam bem os poetas pobres que padecem
todo dia a fome da beleza, os críticos
impotentes ficam muito bem, os pretos desta praça
que são alegres e passam bem, o cívico
que ganha o dia de olho no parquímetro
fica bem apesar dos amáveis impropérios.

Ficam ainda bem os canídeos que defecam
nos passeios e as madames que os trazem
pelas trelas sempre prontas a pregar civilidades
a esses que falam alto e têm modos estrangeiros.
Mas que fiquem bem as raparigas de cabeças ocas
que têm como único tesouro a juventude
para que não seja a lamentação
o tributo dos vindouros dias.

Só eu não fico bem, senhor meu,
que aguardo toda a tarde pelo poema
que não vem, embora navios subam
o tejo aulindo através do nevoeiro.
Mas tudo está bem quando é o deus
quem assim o quer.»



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O RESSUSCITADO ESTÁ NO MEIO DE NÓS!

Reflexão de Georgino Rocha



A experiência que os discípulos vivem no primeiro dia da semana ao cair da tarde transforma radicalmente a sua vida. É única e converte-se em fator decisivo para todos os que estão chamados à fé cristã radicada na Páscoa de Jesus. É envolvente da pessoa toda, dos seus sentimentos mais básicos, das suas convicções mais elevadas. É o embrião da comunidade eclesial que, ao longo dos tempos, se vai organizar e configurar de modos vários.
O medo surge como o pólo aglutinador destes sentimentos. O grupo procura segurança por “medo dos judeus”. Fecha-se em casa e tranca as portas. A conversa certamente versaria os últimos acontecimentos referentes a Jesus Nazareno que haviam seguido como Rabi. E como tudo tinha findado na condenação à morte. Eliminado este, que lhes restaria? Talvez o pior. As buscas acabariam por descobrir onde se encontravam. Havia que acautelar-se. Procuram refúgio e proteção. Vivem da saudade que intensifica o medo. Deixam morrer as réstias de esperança que a memória de alguns ditos do Mestre teimavam, em vão, manter vivas. Também os ecos da visita das mulheres ao sepulcro vazio lhes suscitam estímulos de expectativa. Mas nada superava a ameaça pendente nem a angústia do isolamento.

Google evoca Robert Doisneau


«Robert Doisneau (14 de abril de 1912 - 1º de abril de 1994) foi um famoso fotógrafo nascido na cidade de Gentilly, Val-de-Marne, na França. Era um apaixonado por fotografias de rua, registrando a vida social das pessoas que viviam em Paris e em seus arredores, mas também trabalhou em fotografias para publicações em revistas, assim como a famosa fotografia "O Beijo do Hotel de Ville" (Paris, 1950).»

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