segunda-feira, 19 de março de 2012

António Augusto Afonso com a Gafanha da Nazaré no coração


António Afonso

António Augusto Afonso, 87 anos, viúvo, é um emigrante nos EUA. Alfaiate de profissão, aqui na nossa terra, junto ao estabelecimento comercial conhecido por Zé da Branca, com a sua palmeira, e em terras do Tio Sam, nunca deixa de pensar nos ares, paisagens, pessoas e acontecimentos que lhe povoam a memória. 
Paralelamente à arte que o distinguiu, ainda foi exímio barbeiro, mais aos fins de semana. Numa ou noutra carta que nos escreveu e nas conversas durante as férias que passa na sua e nossa terra, António Afonso deixa transparecer, minuto a minuto, o amor que tem ao torrão natal que lhe está na alma. 
Durante a recente visita que nos fez, recordou figuras e factos doutros tempos com memória fresca e fiel, mas também das suas vivências na América. Referiu que, para vencer a solidão, nascida com a reforma, se dedica a recordar, construindo miniaturas de madeira e de outros materiais, onde aviva e enriquece a sua existência, reproduzindo, de cor, edifícios e objetos que traz na cabeça. Tornando-os presentes, longe daqui, pode, então, ao apreciá-los, voltar a recuar décadas e sentir-se gafanhão de coração. Mas António Afonso não se fica por aí. Como gosta de escrever, passa ao papel, numa caligrafia personalizada, certinha e bem medida, estórias vividas há muito tempo.

ENTREVISTA DE ANSELMO BORGES À NOTÍCIAS MAGAZINE



















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ANA MARIA LOPES MOSTRA TALHERES DO TITANIC

NA RR online





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POESIA PARA ESTE TEMPO

No caderno "ECONOMIA" do "EXPRESSO"





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Defesa da orla costeira na Praia da Barra

Intervenção da Agência Portuguesa do Ambiente 



O recente avanço do processo erosivo provocado pelo mar junto ao Apoio de Praia da Barra, Offshore, com destruição completa das obras de reforço do cordão dunar concretizadas pelo INAG no final do mês de Novembro de 2011, a Câmara Municipal de Ílhavo desenvolveu múltiplas diligências junto das entidades com competência na gestão da Orla Costeira, nomeadamente, junto do Secretário de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território, Pedro Afonso de Paulo, tendo daí resultado a execução de uma empreitada de emergência de reposição do cordão dunar na referida zona, utilizando a técnica de colocação de areia, iniciada hoje 19 de Março de 2012 pela Agência Portuguesa do Ambiente (ex-INAG), com duração prevista de 21 dias. 
Entretanto, a autarquia continua a chamar a atenção de todos os utilizadores desta zona da praia da Barra para a movimentação das máquinas que estão a executar os trabalhos em causa.

Fonte: CMI

DIA DO PAI: 19 de março


Texto de Maria Donzília Almeida

 "Zé da Rosa auscultando o mundo" 

Aqui fica esta singela homenagem, ao meu progenitor! A minha grande alegria é saber que ainda pode receber a “prenda”, lê-la e.........interpretá-la! É o reflexo do grande investimento que fez nesta criatura. Uma lucidez invejável, um raciocínio lógico de quem fez muitas contas à vida, enfim, uma integridade intelectual e moral, apanágio de grandes homens! Augúrios de boa saúde e muito bem-estar!

Já viveu uma longa vida,
Onde foi um lutador.
Segura e destemida
É assim este Senhor!

Defendeu nobres valores!
Enfrentando dissabores.

Alguns ficaram famosos,
Liberdade proclamaram,
Mais futuro alicerçaram.
Em tudo o que edificou
Ideais de fraternidade
De tudo,  que o destacou,
AH! Foi a solidariedade!

19 de Março de 2012

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues


domingo, 18 de março de 2012

António Nobre - o poeta de o SÓ

18 de março de 1900

Texto de Maria Donzília Almeida


Desde que reatei a convivialidade, com o Conde da família, que à janela da minha memória, assomam apenas, criaturas nobres! 

A personagem que a seguir se apresenta, povoa o meu imaginário infantil desde tenra idade. O poema apresentado, com o ritmo cadenciado, ao jeito de uma canção de embalar, ficou gravado na minha memória de menina de bibe! 

António Nobre nasceu no Porto, em 1867 e viria a falecer na mesma cidade, no dia 18 de Março de 1900, com apenas 33 anos de idade. Matriculou-se em 1888 no curso de Direito, na Universidade de Coimbra, mas como os estudos lhe corressem mal, partiu para Paris onde frequentou a Escola Livre de Ciências Políticas. Aí, licenciou-se em Ciências Jurídicas. De regresso a Portugal, tenta entrar na carreira diplomática, mas é impedido pela tuberculose. Doente, ocupa o resto dos seus dias, em viagens, a procurar remédio para o seu mal, da Suíça à Madeira. Obras poéticas: , publicada em Paris em 1892, Despedidas, 1902 e Primeiros Versos, 1921, ambas publicadas postumamente. 

Trata-se, de facto, em especial no caso de Só, de uma obra emblemática em si mesma e do fim-de-século português, combinando a herança romântica com a estética do Decadentismo e do Simbolismo, que o poeta bem conhecia (como aliás a geração coimbrã a que pertence): a sobreposição desses modelos, o seu universo pessoal e o seu talento de poeta fazem nascer uma voz original, tecendo o sábio trabalho sobre os tipos de verso e de estrofe mais diversos, sobre o ritmo e formas poéticas clássicas como o soneto ou outras, com destaque para o poema longo e de construção dialógica (por exemplo, em “António” ou “Os figos pretos”). Do ponto de vista técnico, trata-se de uma poesia que parece muito próxima da oralidade, mas tal é desmontado quer por referências temáticas de requintada estesia, quer pelo uso de versos como o alexandrino e o decassílabo, a par de outras medidas, combinando com mestria ritmos sofisticados, ao modo simbolista, mas sem criar a opacidade que se pode ler em poetas seus contemporâneos (v.g. Eugénio de Castro), antes mantendo uma cadência cantabile, que qualquer leitor consegue acompanhar - o que não será alheio ao sucesso atestado pelas múltiplas reedições.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 282

PITADAS DE SAL – 12 



AS PLANTAS DA MARINHA 

Caríssima/o: 

Isto de andar “perdido” pelas marinhas tem destas coisas: distraído a olhar para a flora que aí fui encontrando ao longo dos anos e não é que o Cardoso Ferreira se me adiantou? Talvez tenha passado despercebido o seu artigo publicado no Correio do Vouga de 15 de Fevereiro... Se assim foi, é pena, porque este nosso Amigo fala-nos da “salicórnia”. E muitos perguntarão: Mas que r... é isso da salicórnia? E ele responde: 

«Sendo uma planta sazonal, a salicórnia desenvolve-se a partir da primavera (até ao outono), nas margens das marinhas de sal e também em alguns dos canais da ria. É nessa altura que apresenta maiores vantagens culinárias, podendo ser consumida crua em saladas. 
Depois de muitos anos praticamente ignorada, tanto por agricultores e marnotos como por “chefes” de cozinha, a salicórnia está a entrar nas ementas “gourmet”, muito por influência da moderna cozinha francesa, que sempre soube valorizar este produto natural para confecionar saladas de sabor requintado.» 
Diz ele que “era praticamente ignorada”... Pior do que isso: era pontapeada nas nossas diversões à procura de outras comedorias... 

Mas ele acrescenta:

sábado, 17 de março de 2012

Um sonho concretizado ao fim de 43 anos de vida em comum



Rosália Martins Ribeiro Silva Paiva e Celestino Augusto Silva Paiva 
celebraram o seu matrimónio no Dia dos Namorados 



Rosália Martins Paiva e Celestino Paiva concretizaram um sonho ao fim de 43 anos de vida em comum. Sentiram, como nos garantiram, uma alegria indescritível, tanto mais que se declaram de educação e formação católica, tenho desempenhado funções de âmbito eclesial, nomeadamente, no CNE — Escutismo Católico Português, como chefes e dirigentes. 
O drama deste casal começou quando o Celestino estava numa situação que o impossibilitava de contrair matrimónio. A Rosália, livre de qualquer impedimento, sentiu na alma a dor que provocou a sua mãe, mas aceitou unir-se, em união de facto, como agora se diz, ao Celestino, por amor. Isto aconteceu em 1968, altura em que nem o casamento civil puderam celebrar, porque não era permitido o divórcio, mas fizeram-no depois do 25 de Abril de 1974, concretamente, em 1976. E então, até 14 de fevereiro último, foram esperando pacientemente mas com esperança, a hora de se unirem pelo sacramento do matrimónio.

PRATICA A VERDADE, VEM PARA A LUZ

Reflexão de Georgino Rocha


O diálogo de Jesus com Nicodemos traz-nos esta preciosidade que marca a atitude fundamental do homem/mulher que busca o autêntico sentido da vida: quem pratica a verdade, aproxima-se da luz. É dirigida a um mestre em “letras sagradas” que, entusiasmado pelo que ouvia a respeito do grande profeta de Nazaré, vem na penumbra da noite conversar com ele e expor-lhe as suas dúvidas. Tantas notícias circulam que algo de diferente deve estar a acontecer.
Hesitante pelo risco que correria, decide-se pela força da sua paixão de saber, de conhecer a realidade, de ver claro os caminhos da salvação. Escolhe a noite, não só por ser símbolo do seu estado interior, mas por proporcionar um ambiente de maior verdade, um espaço de liberdade isenta de preconceitos e condicionamentos.

VATICANO II: 50 anos depois

Texto de Anselmo Borges,
no DN


Este ano passam 50 anos sobre um dos acontecimentos mais importantes do século XX: o Concílio Vaticano II, que o Papa João XXIII abriu em Outubro de 1962. Sem ele, é impossível imaginar o que seria hoje a Igreja Católica e, por arrastamento, o mundo.
Quem não viveu a situação e quiser aproximar-se do que era então a Igreja vá ler os manuais de teologia dogmática, de teologia moral, de direito canónico, de liturgia, pelos quais estudavam os futuros padres antes do Concílio. Pense-se, por exemplo, que, na década de 50 do século XX, ainda se proibia às freiras a leitura da Bíblia e que estava em vigor o Índex ou catálogo dos livros proibidos aos católicos, onde figuravam não só teólogos e críticos da Igreja, mas também os pais da ciência e da filosofia modernas e grandes nomes da literatura.

sexta-feira, 16 de março de 2012

BACALHAU DE CURA TRADICIONAL NUM QUINTAL DA GAFANHA DA NAZARÉ








As novas técnica de secar o bacalhau não fazem esquecer a cura tradicional, apoiada no sol em dias de vento. Vai daí, na Gafanha da Nazaré, terra onde o fiel amigo ainda é rei, há sempre alguém com saudades do bom bacalhau de cura tradicional, como aqui se mostra. E um simples quintal não servirá para o preparar? Claro que pode.

Estas fotos foram-me enviadas gentilmente pelo Carlos Duarte.




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Nova linguagem, nova maneira de comunicar

Texto de António Marcelino



«Será bom que os jornais de entidades ligadas à Igreja, não excluindo as pequenas folhas que por aí se distribuem aos domingos, vejam se são veículos de comunicação ou maneira de desfear o rosto da Igreja, pelo dizem e pelo modo como o dizem. Não obstante o muito que de bom se faz, há sempre campo para rever e melhorar.»  

VERA CRUZ: Família um sonho no plano de Deus


Texto de Maria Lurdes Menezes 


«Como fazer em relação a famílias ditas irregulares e que estão inseridas nas comunidades e com as quais as comunidades têm alguma dificuldade em lidar? O padre Carlos responde que Deus não nos pede para vivermos vidas impossíveis e insuportáveis; aliás amar e desejar ser feliz é uma ambição de qualquer ser humano e de Deus também. Há que haver da parte da comunidade o acolhimento necessário para que estas famílias não se sintam excluídas. A Igreja como Mãe, tem que ter, à imagem de Jesus, uns braços e um coração muito grandes para acolher, abraçar e oferecer, de volta a esta gente, Jesus, de acordo com as suas características, as suas diferenças, as suas necessidades. Como em tudo tem que haver um discernimento claro das situações. É missão da Igreja dar resposta ao desejo de felicidade que cada um tem e a resposta só pode ser o Amor.»