sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O novo fardo do homem, e cristão


Por José Manuel Fernandes
Público, 2010-12- 31

É um sinal dos tempos a indiferença perante o regresso das perseguições religiosas um pouco por todo o mundo

Bernard-Henri Lévy defendeu esta semana, no El País, que "os cristãos formam hoje, à escala planetária, a comunidade perseguida de forma mais violenta e na maior impunidade". Mais: "enquanto o anti-semitismo é considerado um crime e os preconceitos anti-árabes ou anticiganos são estigmatizados, a violenta fobia anticristã que percorre o mundo não parece ter qualquer resposta".
Curiosas palavras vindas de um não-cristão, interessantes considerações proferidas por quem, em tempos, ajudou a fundar o SOS-Racismo. E singularmente coincidentes com as de Bento XVI, que, na sua mensagem a propósito do próximo Dia Mundial da Paz, também notou que "os cristãos são, actualmente, o grupo religioso que padece o maior número de perseguições devido à própria fé".
São raras as notícias sobre estas perseguições, mas isso não significa que elas não existam - apenas que não lhes é dada a importância que merecem. Parece mesmo existir uma espécie de sentimento de culpa que leva a que, ao mesmo tempo que se destacam os ataques aos crentes de outras religiões, se subvalorizam aqueles de que são vítimas os cristãos - católicos, ortodoxos, evangélicos, baptistas e por aí adiante.

Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz 2011

Bento XVI


Liberdade religiosa, caminho para a paz

«Poder-se-ia dizer que, entre os direitos e as liberdades fundamentais radicados na dignidade da pessoa, a liberdade religiosa goza de um estatuto especial. Quando se reconhece a liberdade religiosa, a dignidade da pessoa humana é respeitada na sua raiz e reforça-se a índole e as instituições dos povos. Pelo contrário, quando a liberdade religiosa é negada, quando se tenta impedir de professar a própria religião ou a própria fé e de viver de acordo com elas, ofende-se a dignidade humana e, simultaneamente, acabam ameaçadas a justiça e a paz, que se apoiam sobre a recta ordem social construída à luz da Suma Verdade e do Sumo Bem.
Neste sentido, a liberdade religiosa é também uma aquisição de civilização política e jurídica. Trata-se de um bem essencial: toda a pessoa deve poder exercer livremente o direito de professar e manifestar, individual ou comunitariamente, a própria religião ou a própria fé, tanto em público como privadamente, no ensino, nos costumes, nas publicações, no culto e na observância dos ritos. Não deveria encontrar obstáculos, se quisesse eventualmente aderir a outra religião ou não professar religião alguma. Neste âmbito, revela-se emblemático e é uma referência essencial para os Estados o ordenamento internacional, enquanto não consente alguma derrogação da liberdade religiosa, salvo a legítima exigência da justa ordem pública.[7] Deste modo, o ordenamento internacional reconhece aos direitos de natureza religiosa o mesmo status do direito à vida e à liberdade pessoal, comprovando a sua pertença ao núcleo essencial dos direitos do homem, àqueles direitos universais e naturais que a lei humana não pode jamais negar.
A liberdade religiosa não é património exclusivo dos crentes, mas da família inteira dos povos da terra. É elemento imprescindível de um Estado de direito; não pode ser negada, sem ao mesmo tempo minar todos os direitos e as liberdades fundamentais, pois é a sua síntese e ápice. É «o papel de tornassol para verificar o respeito de todos os outros direitos humanos».[8] Ao mesmo tempo que favorece o exercício das faculdades humanas mais específicas, cria as premissas necessárias para a realização de um desenvolvimento integral, que diz respeito unitariamente à totalidade da pessoa em cada uma das suas dimensões.»

 Pode ler toda a Mensagem aqui.

Ano Novo — Vida Nova


É proibido, neste fim de 2010 de triste memória para muitos portugueses, cair em pessimismos, pela simples razão de que tal atitude não nos conduz a parte nenhuma. Vamos pôr de lado as crises que nos assolaram durante 2010 e avançar, com o otimismo possível e necessário, para um novo ano de lutas, no sentido de conquistarmos o tempo perdido. De mangas arregaçadas, de olhar firme em novos horizontes e de coragem para ultrapassar obstáculos, é nosso dever caminhar em frente, na certeza de dias melhores.
Se é certo que as dificuldades aguçam a imaginação e espevitam a criatividade, então vamos apostar na busca de novas oportunidades e no aproveitamento de capacidades pessoais e coletivas porventura adormecidas, tendo em vista a conquista de um futuro melhor para todos.
Jovens e menos jovens, de mãos dadas e espírito aberto, saberemos partilhar saberes e entusiasmos, rumo a um mundo mais fraterno.
Bom ano de 2011 para todos.

Fernando Martins
 
Nota: Com Acordo Ortográfico

E os Velhos?



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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Rua Complexo Desportivo da Gafanha



Homenagem a todos os que contribuíram
para a construção do Complexo Desportivo

 
Em boa hora baptizaram uma rua da nossa terra com o nome de Complexo Desportivo da Gafanha. E digo em boa hora porque esse gesto reflecte a importância de uma estrutura desportiva que, presentemente, acolhe centenas de atletas de todas as idades, em especial ligados ao Grupo Desportivo da Gafanha (GDG). Mas ainda reflecte o esforço que diversas pessoas e entidades empreenderam para que o Complexo Desportivo fosse uma realidade.
Como é bem sabido, julgamos nós, os clubes amadores de futebol, que existiram na Gafanha da Nazaré, desde há muitas décadas, treinavam e jogavam em campos improvisados ou adaptados, minimamente, à prática do desporto-rei. Depois, por iniciativa da JAPA (Junta Autónoma do Porto de Aveiro), foi construído, no Forte da Barra, um campo, que foi posto à disposição do Grupo Desportivo da Gafanha, o mais representativo clube da nossa terra. Era um campo pelado, com balneários construídos para o GDG e que chegou a ter iluminação para treinos, já que os jogadores e treinadores tinham as suas profissões.
Nos finais da década de 60, do século passado, um gafanhão sugeriu os terrenos incultos da Colónia Agrícola como sendo a localização ideal para a instalação do novo campo de futebol do Gafanha, e em 20 de Março de 1976 o Secretário de Estado da Estruturação Agrária assina e autentica o Alvará de Cedência Gratuita à Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, para usufruto do Grupo Desportivo da Gafanha, de uma parcela agrícola com 8,5 hectares.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A mediocridade cresce como a erva daninha

Churchill

Incómodo dos medíocres

António Marcelino

Quando Churchill, ainda jovem, fez a sua primeira intervenção política na Câmara dos Comuns, no fim perguntou a um velho amigo de seu pai, também ele homem da política e que o tinha ouvido, o que pensava desta sua intervenção. E ele respondeu: “Mal, meu rapaz, muito mal. Devias aparecer mais tímido, nervoso, a gaguejar um pouco e meio atrapalhado… Porque foste brilhante, arranjaste, no mínimo, trinta inimigos: os medíocres, os oportunistas, os ambiciosos… Porque só pensam em si mesmos, em defender o seu lugar e em conquistar posições de relevo, sentem-se incomodados com quem tem talento e pode passar-lhes à frente. Eles vão fazer tudo para te derrubar…”
O episódio repete-se todos os dias, na política e fora dela, porque a mediocridade cresce como a erva daninha. Quem tem valor não aguenta e procura outros ares. Fora, há sempre lugar e acolhimento para os que valem. As cliques políticas, e não só elas, viciaram o ambiente, disseminaram a mediocridade e mostram que o vilão é sempre perigoso, quando tem na mão a vara do poder. De qualquer poder.
Para a máquina andar tem de se limpar toda a ferrugem que a entorpece. Haja quem tenha coragem e seja capaz, com êxito, desta difícil operação.

In CV

Um Presépio Japonês


Catedral de Santa Maria, Tóquio

Foto: guen-k

Um presépio japonês
 Guilherme d'Oliveira Martins

À Memória do João Bénard da Costa



Naquele dia de outono, Quioto estava na plenitude da sua beleza. O Pavilhão de Prata, o Ginkaku-ji, apagava-se diante da natureza pujante. Percebíamos que o importante não era o facto de a prata nunca ter sido colocada para tornar o edifício mais espetacular. Tudo se passava, afinal, como se apenas faltasse um espelho, pois o essencial era o jardim e a ordenação magnífica da natureza. E é a memória do xógum Yoshimasa, no distante século XIV, que está presente, a partir da recordação de seu avô, o qual num gesto de suprema audácia, cobriu de folha de ouro o surpreendente Kinkaku-ji… Ali, porém, naquele momento, mais do que a prata ou o ouro, estava a natureza em toda a sua intensidade. E talvez a ausência da prata pudesse ter sido um desígnio dos deuses, para que as árvores e as plantas pudessem tornar-se mais evidentes na sua magnitude. Era o tempo do momiji, em que a natureza culta, domada pelo ser humano, é dominada pelas folhas escarlate, como se fossem flores. Deambulámos pelos caminhos do jardim, contámos as suas pedras, deslumbrámo-nos com os musgos tratados, com as águas, com os lagos, com os jardins secos, com o saibro riscado ou a terra cuidadosamente penteada a representar ilhas, oceanos e os rios da vida. E caminhámos pela via dos mestres. Foi então que, naquela peregrinação singular, encontrámos em amena conversa, nesse caminho que nos leva a Namzen-ji, um monge budista e um clérigo cristão. Com surpresa, ouvimos o diálogo de quem se assumia ora como mestre ora como discípulo.

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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Eliana Machado: Uma voluntária ao serviço da paróquia da Gafanha da Nazaré

Eliana Machado

O voluntariado é importante nos tempos que correm

Eliana Mouta Machado, casada e com uma filha, reformada por invalidez há oito anos por força de uma artrite reumatóide, não se resignou a ficar em casa. Para além dos seus deveres de esposa e mãe, apostou em servir como voluntária nos tempos livres. Respondendo ao apelo do Prior José Fidalgo, para que substituísse uma funcionária do cartório em gozo de férias, aceitou o desafio e gostou do que fez: atendeu pessoas e executou tarefas próprias de uma paróquia que quer estar em organização permanente.
Eliana descobriu que se sentia bem nessa função e foi ficando. Depois do Prior Fidalgo, vieram os Padres Paulo Cruz e Francisco Melo, o actual Prior, a quem manifestou a vontade de permanecer no Cartório, como voluntária, como desde a primeira hora. E assim se mantém.
Presentemente, está a transpor para o computador, a partir dos livros oficiais, os registos de Baptismo, Casamento e Óbito, desde 2009 até 1960, retrocedendo no tempo. É uma tarefa que exige atenção e muito rigor, para não haver falhas que seriam muito prejudiciais à verdade histórica.

“Bags of Books” é uma editora sedeada na Gafanha da Nazaré

"Meu Amor"

Segundo noticiou o Diário de Aveiro, foi criada na Gafanha da Nazaré uma editora de livros ilustrados, a “Bags of Books”. Trata-se de um projecto do ilustrador e designer Francisco Vaz da Silva, que afirmou àquele jornal que as edições se destinam a crianças e adultos. O primeiro livro, “Meu Amor”, foi feito com ilustrações em tecido pela autora, a italiana Beatrice Alemagna.
Desejamos a Francisco Vaz da Silva os maiores êxitos editoriais, a partir da nossa terra.

Dois mil e Deus



Por Octávio Carmo

Que 2011 chegue em festa, como uma página em branco que Deus nos coloca diante das mãos, para preenchermos com as marcas do melhor que existe em nós


2010 chega ao fim e volta em nós este sentimento de impotência perante a inexorabilidade do tempo, as tantas expectativas que ficaram por cumprir, as surpresas, o sabor amargo de uma crise que, em muitos momentos, apagou do mapa toda e qualquer boa notícia que cada dia pudesse trazer consigo.

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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

“Casa dos Vizinhos” abre no Porto



 
Li e gostei do que li. No Porto, na freguesia da Paranhos (Há anos, o pároco afiançou-me que é a maior freguesia de Portugal) abriu a “Casa dos Vizinhos”, obviamente para envolver as pessoas umas com as outras, rua a rua, combatendo problemas, procurando soluções, derrubando “muros” como a indiferença, o abandono e a solidão.
O mundo em que vivemos é, realmente, um mundo sem alma. Como prova disso, aí temos, na mesma rua ou prédio, pessoas que não se conhecem nem se saúdam quando se cruzam. O espírito de vizinhança dos tempos da minha meninice, em que se emprestava um ovo para a ceia ou um fósforo para acender a lareira, já lá vai. Mas seria bom que os vizinhos se olhassem mais uns aos outros.

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Sem-abrigo a nossa vergonha


A comunicação social ainda fala hoje das refeições quentes que foram oferecidas aos sem-abrigo e outros famintos do nosso país. Um dia destes até houve feijoada servida no Metro. Estou em crer que, daqui a uns dias, com os preparativos para a passagem do ano, que deve movimentar milhões em festas para toda a gente de posses e até remediados, poucos se lembrarão dos dois milhões de pobres que vivem entre nós. E prega-se tanto que o Natal devia ser celebrado todos os dias do ano. Pois é… Por enquanto lá o vamos celebrando uns diazitos dos 365 que o ano tem…

Navio-escola Sagres já regressou

Sagres
O navio-escola Sagres já regressou da viagem de circum-navegação, à qual se associou a Câmara Municipal de Ílhavo, que aproveitou, por esta forma, a excelente oportunidade de promover, além fronteiras, os valores e a cultura do nosso município, que tem “O Mar por Tradição”. Associação dos Industriais do Bacalhau foi parceira da CMI nesta aposta, fornecendo todo o bacalhau que fez as delícias da Tripulação e dos Convidados das recepções oficiais oferecidas pelo navio-escola Sagres.

Gustave Eiffel morreu neste dia, em 1923

Gustave Eiffel


Alexandre Gustave Eiffel (Dijon, 15 de Dezembro de 1832 — Paris, 27 de Dezembro de 1923),  foi um engenheiro francês que participou na construção da Estátua da Liberdade em Nova Iorque e da Torre Eiffel de Paris. Também viveu em Portugal, onde montou ateliê e projectou pontes, nomedamanete, a de D. Maria Pia, Dupla de Viana do Castelo,  Ferroviária de Barcelos e, ainda, o Mercado de Olhão. É óbvio que a sua obra mais célebre será a Torre Eiffel, que  foi construída entre 1887 e 1889, em Paris, para a Exposição Universal de 1889, sendo hoje o símbolo da capital francesa. Actualmente possui 325 metros (adicionada a altura das antenas que possui). Na época de sua construção tinha aproximadamente 7 300 toneladas de ferro e hoje em dia tem aproximadamente 10 000 toneladas.

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Oportunidade histórica

«Os homens crescem mais nas tormentas que na bonança. Por isso vivemos hoje uma ímpar oportunidade histórica: podemos finalmente dar o salto que falta para nos confirmar no ritmo do futuro.» Concordo. Em vez de nos lamuriarmos, há que inventar oportunidades para singrar na vida. Leia aqui.

domingo, 26 de dezembro de 2010

José Estêvão nasceu neste dia, 26 de Dezembro


José Estêvão, grande parlamentar português e um aveirense ilustre, nasceu neste dia. A nossa região, incluindo a Gafanha da Nazaré,  muito ficou a dever a este político, pela sua intervenção em defesa dos nossos interesses. 

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TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 217

PELO QUINTAL ALÉM – 53



A OLIVEIRA

A
todos e cada um de vós
que espreitais este quintal

Caríssima/o:

a. “Verde foi meu nascimento
E de luto me vesti
Para dar a luz ao mundo
Mil tormentos padeci.”

Foi com esta adivinha e com as imagens dos livros de leitura das primeiras classes da escola primária que me familiarizei com a oliveira e a azeitona. Aliás esta era manjar e conduto para refeição “festiva”, mas só nesta altura soube que era à oliveira que se ia apanhar.
Lembrando-nos do empenho da Tia Albina que desejava uma oliveira junto do portão de entrada da casa, como sinal de Paz, houve mais do que uma tentativa da nossa parte mas as oliveiras não gostam da sombra das outras árvores e ficam tristes... A que o senhor Valentim ofereceu tarda em crescer!...

e. É possível que medrasse com dificuldade a oliveira, em algum quintal da Gafanha, e até teimasse mostrar algumas azeitonas (verdes e azedas) que para nós eram balas polidas para os nossos tiroteios, os marotos!

i. É uma árvore que raramente ultrapassa os dez metros de altura ... Porém, as raízes poderosas e compridas podem chegar a uma profundidade de seis metros, através do qual têm sempre a possibilidade de obter água para o seu desenvolvimento.

o. O azeite, quem o não sabe?, é óleo indispensável e insubstituível na culinária. Também possui propriedades diuréticas, laxantes e emolientes.
Não é hábito falarmos da arte do albitário mas hoje gostaria de vos dar uma dica que se poderá revelar muito útil nestes tempos de voltar às origens. É assim: quando um galináceo aparecia com gogo, a Tia Maria José sentava-o no colo, abria-lhe o bico e... aí vai disto, despejava uma colherada de azeite pelas goelas abaixo da ave que melhorava e, e mais tarde, (quem sabe se por virtude da qualidade do óleo...) dava uma rica canja.

Revolução na Igreja Católica em Portugal

Por António Marujo


Presidência do episcopado pode ir para bispo do Porto. Patriarca só deverá sair em 2013. Cinco dioceses com mudanças anunciadas. Uma pequena revolução no catolicismo português


Cardeais e Bispos (Foto do PÚBLICO)


Um ano de mudanças profundas no topo da hierarquia católica marcará 2011. Substituições de bispos anunciadas em várias dioceses (com Lisboa e Coimbra à cabeça) acontecerão a par de diversas iniciativas que a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) lançou e que pretendem, até final do ano, redefinir dinâmicas e estruturas da Igreja Católica em Portugal.
No início de Maio, renova-se a presidência da Conferência Episcopal Portuguesa: D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, foi eleito pela primeira vez para o cargo em 2005, chegando em Abril ao fim do segundo mandato, não podendo ser reconduzido.
O bispo do Porto, D. Manuel Clemente, pode vir a ser o próximo presidente da CEP. Assim ele o queira. Há três anos, o próprio recusou ser vice-presidente, depois de inicialmente apontado numa votação indicativa dos seus pares, argumentando com a recente chegada ao Porto e a imensidão da tarefa de adaptação.

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Ler mais em A Igreja sabe o que quer?, comentário de António Marujo

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

A Caminho do Natal

O nosso Menino Jesus

O Pai Natal não teve lugar à nossa mesa

Encontro

Numa antecipação marcada pela vivência natalícia de décadas, felizmente sempre no seio da família, é saboroso perspectivar o NATAL de 2010 com muito de bom que há-de ficar na história pessoal de cada um. O tempo de crise, a vários níveis, acicatou cada um a descobrir formas e estilos de vida mais solidários.
O encontro adivinhado na casa-mãe, com todos os membros da família a partilharem as alegrias próprias da quadra, onde os desejos de uma felicidade abençoada pelo Menino-Deus se pressente nos olhares de todos, é sinal de que tudo se conjuga para se reforçar o laço da ternura que almejamos.
Por momentos, deixámos à porta da noite santa as políticas e as dificuldades próprias, para acolhermos com carinho o que de bom vivemos, quantas vezes experimentando novas emoções, na alegria vivida pelos mais novos ao atingirem metas marcantes no ano prestes a fechar o portão da entrada. Entraram ainda, no alvoroço da hora que se aproxima, as memórias dos que têm lugar cativo nos nossos corações.

Aperitivos

Na hora dos aperitivos lá estão, efusivos, os cumprimentos afectuosos, como se não nos víssemos há muito tempo. Uma ou outra queixita, mais dos menos jovens, gestos carinhosos dos mais sensíveis, palavras amigas de circunstância, uma ou outra recordação de tempos idos, um olhar ternurento para o Presépio que vem dos avós. Ao lado, para as bandas da cozinha, atarefados, lá estão quem assumiu os preparativos finais por que todos esperam. Mesa posta, pratos e talheres de festa, tudo enfeitado como manda a tradição, o Menino-Jesus contempla, enternecido, no seu silêncio que tanto nos diz, a harmonia familiar. Estou em crer que chega mesmo a cirandar à nossa volta, apanhando-nos distraídos, ouvindo sorridente o que cada um diz… e pensa. Tudo se conjuga para que o NATAL de 2010 seja o reflexo do espírito que a Igreja nos tem ensinado a viver, não apenas nesta quadra, mas durante toda a vida.