terça-feira, 15 de maio de 2007

Universidade Católica em alta



SEGUNDO O FINANCIAL TIMES,
UNIVERSIDADE CATÓLICA
ESTÁ ENTRE AS 50 MELHORES
DO MUNDO

Segundo o Financial Times, a Universidade Católica Portuguesa está entre as 50 melhores Universidades do mundo, ao nível dos cursos para executivos. Mais concretamente, foi-lhe atribuído o 42º lugar, o que honra o Ensino Superior português.
A ordenação das Universidades foi ontem divulgada, tendo sido sublinhado que na Europa ela ocupa o 19º lugar.
O estudo incidiu, concretamente, sobre a Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais da Universidade Católica Portuguesa, mostrando que, afinal, em Portugal, há uma Escola Superior com nível internacional, acreditando eu que outras Universidades, públicas e privadas, também estarão em posições relevantes.
É certo que outras há que brincam com o ensino superior, como foi amplamente divulgado recentemente com o caso da Universidade Independente.
Todos quantos se preocupam com o ensino em Portugal sabem que a Universidade Católica pauta a sua conduta pelo rigor e pela qualidade, sendo uma mais-valia para os que investem em cursos que lhes garantam um futuro mais risonho, sendo garantido que isso nem sempre pode acontecer em todas as Universidades Portuguesas, onde as facilidades não podem gerar bons profissionais para o futuro.
Os meus parabéns à Universidade Católica Portuguesa.

Um artigo de Alexandre Cruz


Maddie, quando uma vida
vale o mundo. Mas…


1. Já lá vão muitos dias desde o alegado rapto da menina inglesa Madeleine no Algarve. De então para cá os esforços da investigação judiciária atingiram níveis nunca antes vistos em Portugal, todos na preocupação de encontrar “rasto” a fim de recuperar a filha do casal McCann. A entreajuda multiplicou-se, populares e comunidades vivem a inteira compaixão e cooperação, tanto no esforço procurador como no conforto caloroso para com quem sente o coração “partido” com uma perda inqualificável. O aberto sentido da fé que alimenta a esperança do casal, numa dimensão partilhada em comunidade, é testemunho vivo de que para não desistir de acreditar é necessário deixar-se refrescar na fonte existencial da esperança. Vivendo horas de incerteza, este lado do mundo aguarda com ansiedade e expectativa, a todo o momento, o encontro familiar com um final feliz. E se o final não for o esperado? Fica a consciência de que todas as forças se moveram, fica a certeza da paz infinita que vem (no possível) acalmar a guerra quê se sente no coração…
2. Desde já, ficará a grande lição de que uma vida, cada vida humana, merece todo o esforço deste mundo para ser resgatada, recuperada, para a dignidade que a habita. Toda esta imensa onda de solidariedade tanto testemunha como exige a inteira coerência no cuidar da segurança e protecção dignificante de cada pessoa humana que vive neste mundo, especialmente na situação mais frágil como a pessoa criança, a pessoa idosa, a pessoa em formação… Se é louvável todo o esforço neste caso que se tornou mediático, o mesmo empenho tem de ser desenvolvido com cada Maddie que é vítima das maiores crueldades humanas; são milhares, são milhões, são redes de tráfico de crianças, de mulheres, de órgãos, de…; é o mesmo escândalo, é o mesmo desespero que aguarda o mesmo empenho. Com tantos satélites de comunicações, após todas as promessas científicas repletas de soluções para as grandes questões da Humanidade, afinal, impressiona como no mundo actual as redes do crime internacional convivem com o dia-a-dia social.
3. Têm sido algumas nestes dias as palavras sobre o papel da instituições em toda esta problemática. Por vezes assistimos a posturas de discursos diplomáticos, pré-formatados, de pessoas com responsabilidades na sociedade que demonstram cabalmente estarem fora do jogo da realidade da vida; até mesmo em relação ao que aconteceu e tragicamente acontece todos os dias; ou andarão tão comodamente fora do mundo que nem de alguns “números perturbadores” de indignidade têm conhecimento? Nessa passividade diplomática cresce todos os dias a distância entre as pessoas concretas nos seus problemas e a dura realidade, avoluma-se (neste contexto) o fosso entre o chamado crime inteligente e os vazios legais da lei institucional e da justiça típica no seu peso, tudo enquanto o mundo passa... No esforço, que se procura realizar, de agilizar procedimentos, com qualidade e personalização (por isso acompanhando o “tempo presente” diário), estará hoje um dos desafios determinantes das instituições sociais, políticas, religiosas; quando não passam a ser insignificantes perdendo a capacidade de acompanhar a vida, sendo vistas como facultativas pois exteriores e descomprometidas com a realidade, daí muita da generalização da indiferença actual.
4. Na mediática Maddie estão todas as crianças desaparecidas, raptadas e abusadas que ficam no silêncio. No sofrimento e na prece de seus pais estão presentes as angústias de muitos milhares de famílias. Como sabemos, o que menos interessa nestas circunstâncias é gerar o pânico da insegurança; mas é incontornável esta ferida dolorosa que se multiplica continuamente e que toca bem fundo na incapacidade humana de viver a liberdade respeitadora. Se nos sentimos satisfeitos porque, apesar de tudo Portugal (à escala do mundo) é um país seguro, a verdade é que o longe hoje mais que nunca está perto. Mundo global, (tanto alegrias como) preocupações globais. Nesta conjuntura, talvez o sinal mais preocupante é imensa “rede de redes” que continuamente interagem e preparam estes novos crimes contra a humanidade. Como responder? Será que, na ausência da verdadeira liberdade humana, teremos de fazer deste mundo um gigantesco big brother, com fiscalizadoras câmaras de filmar por todo o lado? Para ir à raiz do problema teremos que investir mais em compreender as razões que levam pessoas humanas a cometer tais crueldades contra os seus “irmãos”. Tarefa infindável mas essencial. Que todas as Maddies regressem ao seu lar; que todos os pais abracem os seus filhos e dêem VIDA ao tempo em que estão com eles!...

A RIQUEZA DA NET



Graças ao desenvolvimento das tecnologias da informação, o cidadão comum tem hoje acesso a um infindável conjunto de elementos que podem, seguramente, contribuir para a sua formação. Também há, obviamente, muita coisa má, que deve merecer, da nossa parte, o repúdio ou a pura indiferença.
Por exemplo, o portal http://www.lancaiasredes.org/ tem todos os arquivos do Fórum Universal do CUFC, bem como a maior parte das conferências, debates e tertúlias com algum registo de índole religiosa, que se vão proferindo por terras de Aveiro.
Trata-se, pois, de mais uma oportunidade para nosso enriquecimento pessoal. Esteja atento, por isso.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

EDUARDO LOURENÇO

Uma entrevista para ler...


RETRATO
DE UM PENSADOR ERRANTE


Como vê a Igreja Católica, enquanto instituição?

Creio que a Igreja só está por intermitência à altura do seu próprio passado. Curiosamente, este papa, que é tido como um papa reaccionário, no sentido de vir reiterar uma espécie de dogmática, sobretudo na ordem ética, que caracteriza a mensagem católica, é, a outros níveis, um papa menos reaccionário do que as pessoas julgam. Ele veio despolitizar o discurso da Igreja e é um grande teólogo. Foi o primeiro papa a fazer uma pastoral, ou talvez uma encíclica, já não sei, sobre o tema do amor, na qual o “Eros” é tratado nas suas diversas conotações, e não apenas nessa conotação negativa e pecaminosa que o conceito tinha arrastado até hoje na visão cristã do mundo. As pessoas não dão atenção a estas coisas, mas são muito mais reveladoras do que as posições, mais fáceis, na ordem ideológico-política. Gostei muito desse texto, que cita Nietzsche sem “problemas de pluma”. Nietzsche!, repare bem, o assassino de Deus, o Anti-Cristo. Nesse capítulo, é um papa muito mais aberto do que o anterior, o célebre atleta de Deus. Em todo o caso, estamos num mundo em que nem a palavra dele, nem a de ninguém, tem qualquer eco. Qualquer vedeta de televisão é muito mais importante do que ele. É pena.

:


Nota: O pensador e ensaísta Eduardo Lourenço, que completa 84 anos no próximo dia 23, merece ser mais conhecido pelos portugueses comuns. A biografia autorizada, com texto de Luís Miguel Queirós e fotos de Nelson Garrido, é uma boa oportunidade para os meus amigos ficarem a saber algo mais deste nosso compatriota, radicado em França há décadas, mas sempre com a sua capacidade de intervenção cultural no meio deste nosso País que o viu nascer.
:Leia mais no PÚBLICO

domingo, 13 de maio de 2007

Ares da Primavera


“Quem pode impedir a Primavera
Se as árvores se vão cobrir de flores
E o homem se sentiu sorrir à Vida?

Quem pode impedir a surda guerra
Que vai nos campos deslocando as pedras
– Mudas comparsas no ritmo das estações –
E da terra inerte ergueu milhares de lanças
Que a tremer avançam, cintilantes,
para o limite
Em que a luz aquosa se derrama
Como um mar infinito onde o arado
Abre caminhos misteriosos à seiva
inquieta!

Quem pode impedir a Primavera
Se estamos em Maio e uma ternura
Nos faz abrir a porta aos viandantes
E o amor se abriga em cada um dos
nossos gestos!

Quem?...
Se os sonhos maus do Inverno
dão lugar à Primavera!”

Ruy Cinatti

:
Citado por Laurinda Alves
no seu espaço “Coisas da Vida”,
no “PÚBLICO” de sexta-feira

Festa das Famílias

No Seminário de Aveiro



A ALEGRIA
É PARA SER PARTILHADA

:
No próximo fim-de-semana, 19 e 20 de Maio, vai realizar-se no Seminário de Aveiro a Festa das Famílias. O objectivo desta festa é fazer-nos Reflectir, Festejar, Rezar e Celebrar o Evangelho da Vida e do Amor com todas as famílias da Diocese de Aveiro. Como a Alegria é para ser partilhada, cada família está desafiada a convidar outras famílias para a Festa, até porque o programa é rico e diversificado. Este é mais um momento a não perder pelas famílias que acreditam nos valores que as têm enformado ao longo da civilização cristã. Por isso, convidadas ou não, as famílias podem e devem aparecer, na certeza de que não faltarão tempos muitos agradáveis.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 23


A LENDA DOS GRITOS
DA SENHORA DE VAGOS



Caríssima/o:


«Estão estas terras e populações de Vagos, desde 1385 a 1854 – quase 500 anos – sujeitas ao domínio déspota e autoritário de fidalgos, nobres e senhores que usufruem dos bens e rendas em proveito próprio, administram a seu bel-prazer a justiça em demandas e crimes, e mantêm as famílias trabalhadoras em humilhante subserviência e total obscurantismo, desprovidas de condições mínimas de higiene e apoio sanitário. Esta longa e sofrida história abre em 14/05/1385 com a doação de D. João I a João Gomes da Silva, primeiro senhor de Vagos, para encerrar em 14/03/1854 com a morte de D. Maria José da Apresentação Pedro Regalado Baltazar do Pé da Cruz da Silva Telo de Meneses Corte-Real de Noronha, 18.ª senhora e 4.ª Marquesa da Vila de Vagos.
Estranham com justíssima razão os historiadores que em nossos dias não haja quaisquer resquícios, no âmbito da arquitectura, que atestem a presença e o domínio de tais fidalgos e senhores em terras de Vagos. No entanto, por ironia, diz a lenda – provavelmente a menos conhecida mas a mais tenebrosa – que a imagem de Santa maria solta gritos lancinantes, chorosos, carregados de revolta, que ecoam, terreiro além, pelos casais adentro. Porquê? Cumprindo ordens loucas de ignaro senhor destas terras e gentes, os criados, empunhando escopro e maceta ou serra dentada, mutilam irreparavelmente a escultura com especial incidência na parte posterior ao nível da cintura, serram as pernas do Menino por sob os joelhos, decepam a mão e o antebraço direito da Senhora, devastam a coroa de rainha que lhe ornava a cabeça, com o objectivo condenável de os revestir de roupa interior, cabeleira, vestido e capa.
Esta agressão rude, ignóbil, contra a jóia mais preciosa do património artístico ali conservado, só pode ter acontecido entre os finais do séc. XVI – data do início do revestimento a panos das esculturas na Igreja – e o término do domínio da nobreza entre nós (1854).
Os gritos que ecoam, pungentes e aflitivos, até ao mais fundo do coração dos devotos, exprimem corajosamente a revolta e a condenação do vil atentado contra uma obra de arte que deve ser preservada com carinho e não grotescamente mutilada.»


Transcrita esta lenda do livro “Santa Maria de Vagos”, de Manuel António Carvalhais, edição da Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de Vagos, 2000, pg. 55, onde ainda se poderão encontrar mais cinco: A Lenda das Origens da Imagem e da Ermida, A Lenda da Chuva Copiosa, A Lenda da Senhora em Cantanhede, A Lenda da Cura do Leproso, A Lenda da Pontinha.
Aqui deixo a minha homenagem a este e a tantos outros sacerdotes que nos têm ajudado a ler a História das nossas Terras!
E se me permite, secundarizo o seu “grito”, alertando os nossos Amigos para que não rasguem ou queimem nenhum papel ou livro, por mais velho, amachucado ou maltratado, desde que tenha algo da vida dos nossos Antepassados. Se possível, conservem alfaias, ferramentas, utensílios, construções; antes de destruir, fotografem, copiem, peçam opinião... A quem?!... Vá lá, ao Grupo Etnográfico...
Todos ficamos a ganhar!

Manuel

Um artigo de Anselmo Borges, no DN


BENTO XVI
APROVOU O FIM DO LIMBO

Depois de uma conferência, no período das perguntas, uma senhora atirou-me: "Sempre é verdade o que dizem: o senhor nega dogmas da Igreja!" Pedi-lhe para dar exemplos. Ela: que tinha negado o dogma do pecado original.
Aí, perguntei-lhe se tinha filhos. E ela: "Sim, tenho duas filhas." Dei-lhe parabéns sinceros e desafiei-a a dizer-me se acreditava sinceramente que as duas filhas tinham sido geradas em pecado e que ela tinha andado nove meses de cada vez carregando com duas filhas em pecado dentro dela. Ela: "Nem pense nisso! É claro que não."
Fiquei então, mais uma vez, a saber que, frequentemente, há na religião o que se chama dissonância cognitiva: afirma-se uma coisa, mas realmente não se acredita nela, porque se pensa outra coisa. Aquela senhora, confrontada com a questão, viu claramente que não podia acreditar que uma criaturinha inocente, concebida com amor, tivesse sido gerada e tivesse nascido em pecado, um pecado de que não era autora nem culpada. Mas ao mesmo tempo acusava de heresia quem dissesse o contrário do que lhe ensinaram que devia dizer, sem pensar. Ora, a fé não pode entregar-se à cegueira, abandonando a razão.
O pecado original não se encontra na Bíblia. Segundo o exegeta Armindo Vaz, a "transgressão" mítica de Adão e Eva "não implica um juízo de ordem ética ou moral nem permite a sua interpretação como 'pecado', 'falta' ou desobediência moral". Como foi possível essa interpretação moral, se, na lógica dos mitos de origem, a natureza humana ainda estava em processo de criação e as acções do casal primordial são precisamente para "complementar a criação da sua condição humana: 'comer da árvore do conhecimento' (aquisição do conhecimento), cobrir a nudez (aquisição da civilização), sentença divina, decreto de morte e expulsão (aquisição da condição de sofredor, mortal e trabalhador)"?
Já o filósofo Hegel tinha interpretado a saída do "paraíso terreal" como a passagem da animalidade à humanidade. O pecado original foi elaborado essencialmente por Santo Agostinho, com a finalidade de evitar a atribuição do mal a Deus. Para ele, foi com o pecado de Adão e Eva que veio ao mundo todo o mal, incluindo a morte, e, com esse pecado, transmitido de geração em geração, a Humanidade toda tornou-se "massa condenada" ao inferno, do qual só alguns são libertos pela graça imerecida de Deus.
Esta concepção agostiniana teve pesadíssimas consequências no Ocidente e no mundo. Escreveu o filósofo cristão P. Ricoeur: "Nunca se dirá suficientemente o mal que fez à cristandade a interpretação literal, melhor, historicista, do mito adâmico, ao levá-lo à profissão de uma história absurda e às especulações pseudorracionais sobre a transmissão quase biológica de uma culpabilidade quase jurídica da falta cometida por outro homem, castigado na noite dos tempos, algures, numa fase da evolução entre o Pitecantropo e o homem de Neandertal."
Santo Agostinho não hesitou em deixar cair no inferno as crianças que morriam sem baptismo, entrando assim no Ocidente uma concepção bárbara de Deus. Como foi possível conceber um Deus que teria castigado a Humanidade inteira com o calvário todo da História e o inferno por causa de um único pecado de seres humanos ainda no dealbar da consciência? E como poderia aceitar-se a condenação eterna de crianças inocentes, a não ser que recebessem o baptismo?
O limbo apareceu na Idade Média para atenuar esta crueldade. Assim, as crianças sem baptismo ficavam privadas da visão de Deus, mas não eram condenadas ao inferno. Erguia-se, porém, legítima, a pergunta: não se trataria ainda de um castigo?, e como poderia Deus, infinitamente poderoso e bom, estar dependente, em ordem à salvação, de uma concha de água?
Já em 1984, J. Ratzinger afirmara que o limbo era uma mera hipótese teológica. No passado dia 19 de Abril, o agora Papa Bento XVI aprovou um documento de 41 páginas, preparado pela Comissão Teológica Internacional, que acaba com o limbo e abre as portas da salvação às crianças que morrem sem serem baptizadas.

sábado, 12 de maio de 2007

Festas de Santa Joana e do Município de Aveiro




A MISSÃO DA IGREJA NUNCA FOI DOMINAR
MAS SIM HUMANIZAR E SERVIR
Celebrou-se hoje, 12 de Maio, a festa em honra de Santa Joana, padroeira da diocese e cidade de Aveiro. Na homilia da elebração eucarística, D. António Francisco dos Santos, bispo de Aveiro, sublinhou que o exemplo de Santa Joana "ensina-nos o que o evangelho sempre nos disse: a missão da Igreja nunca foi dominar mas sim humanizar e servir, com particular e fraterno afecto aos mais pobres, esquecidos ou desamparados pela vida e pela sorte". E apelou aos pobres e aos que sofrem que não receiem bater à porta da Igreja de Aveiro neste limiar do século XXI como o faziam à porta do Convento de Jesus no tempo de Santa Joana".
Aos jovens, o prelado pediu para que Santa Joana lhes desperte "a alegria de descobrir a beleza e o encanto da vocação para a vida consagrada".
Durante a tarde de hoje realizou-se a tradicional procissão, em que marcaram presença os muitos membros da secular Irmandade de Santa Joana, outras Irmandades, associações, grupos católicos e cívicos, bem como as forças vivas da cidade e muito povo.
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Aliança das Civilizações

Jorge Sampaio
pede contributo da sociedade civil
para fortalecer Aliança
das Civilizações


O alto representante das Nações Uni-das para a Aliança das Civilizações, Jorge Sampaio, exortou ontem à noite, em Nova Iorque, à colaboração da sociedade civil, dos líderes religiosos e do sector privado na promoção do entendimento e na cooperação.
O ex-presidente português, que se dirigiu pela primeira vez aos países da ONU, desde que assumiu o cargo, no debate temático informal convocado pela presidente da Assembleia-Geral, Sheika Haya Rashed Al Khalifa, intitulado "Civilizações e os Desafios para a Paz e a Segurança Mundiais", reconheceu que se vive hoje num mundo "polarizado", mas rejeitou "o fatalismo" da expressão "choque de civilizações".
Como enviado especial, Jorge Sampaio assinalou que fará tudo o que estiver ao seu alcance para melhorar as relações interculturais, negando-se a aceitar a premissa da confrontação de civilizações, por considerar que isso equivale a uma rendição e a afirmar que os problemas não se podem resolver.
Sampaio reconheceu que a identidade cultural e as crenças são exploradas com motivações políticas, defendendo, por isso, que é necessário implementar iniciativas que permitam estabelecer pontes para o diálogo.
"A tendência emergente ao extremismo não é problema de sociedades ocidentais e muçulmanas, também afecta outras comunidades", salientou.
O responsável disse que tentará impulsionar iniciativas com os governos destinadas a reforçar a democratização, o respeito pela lei e os direitos humanos.
"Devemos trabalhar juntos para que os compromissos adquiridos na Aliança das Civilizações se convertam em resultados", afirmou.
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Fonte: PÚBLICO on-line

Citação

“Há duas maneiras de reagir a eleições. Uma: sair de casa, votar, es-perar pelos resultados e seguir com a vida no dia seguinte. Outra: sair de casa, votar, esperar pelos resultados e, se eles não nos agradarem, incendiar carros e atirar pedras à polícia. Depois, há duas maneiras de olhar para estes vândalos. Uma: estão a atacar a democracia, se forem da extrema-direita. Outra: estão a exercer o seu legítimo direito à indignação, se forem da extrema-esquerda.” (…) “A extrema-esquerda, como se provou mais uma vez, é tão estúpida e tão perigosa como a extrema-direita.”
In Editorial da “SÁBADO”,
a propósito das recentes eleições
presidenciais em França

Bispos de Aveiro

UM LIVRO DE MONS. JOÃO GASPAR

“OS BISPOS DE AVEIRO
E A PASTORAL DIOCESANA”


Em Fevereiro deste ano saiu mais um livro de Mons. João Gonçalves Gaspar, Vigário-Geral da Diocese de Aveiro e membro da Academia Portuguesa de História. Trata-se de “OS BISPOS DE AVEIRO E A PASTORAL DIOCESANA”, uma obra de 80 páginas, que apresenta, em resumo, a acção desenvolvida pelos Bispos da restaurada Diocese de Aveiro, que estão bem presentes na memória de muitos.
Quem gostar de conhecer o que foi a acção destas quatro prelados, a nível pastoral, sobretudo, tem aqui um trabalho muito útil e interessante, pois sente-se, no que escreveu e revelou o autor, a entrega, carregada de dinamismo, cada um no seu estilo, de D. João Evangelista, D. Domingos Fernandes, D. Manuel de Almeida Trindade e D. António Marcelino.
O Bispo de Aveiro, D. António Francisco dos Santos, que entrou na diocese em 8 de Dezembro de 2006, lembra que Mons. João Gaspar “é desde os primeiros anos após a restauração da Diocese o mais próximo e dedicado colaborador dos Bispos de Aveiro, o mais atento e laborioso conhecedor e investigador da história da Diocese, um abnegado e incansável cireneu dos sacerdotes, diáconos, consagrados e leigos da Igreja diocesana e um ilustre e destacado aveirense”.
Segundo o autor, e conforme se lê em INICIANDO…, este livro apenas pretende significar, embora sucintamente, a sua “homenagem sincera a todos os cabouqueiros e executores da constante restauração diocesana, ao longo de uma história ininterrupta de sessenta e oito anos, sempre sob a protecção da Princesa Santa Joana, nossa celestial padroeira, com o carinho maternal da Virgem Santa Maria e no amor do Senhor”.
“OS BISPOS DE AVEIRO E A PASTORAL DIOCESANA” lê-se depressa, mas a sua maior importância reside no facto de, a traços largos, podermos recordar, em qualquer momento, o que os quatro bispos, nele referenciados, fizerem pela Igreja e pelo povo da Diocese de Aveiro.

Fernando Martins





sexta-feira, 11 de maio de 2007

Ares da Primavera

"O que nos faz vibrar na Primavera
não são as cores garridas,
os sons da alegria e o ar quente.
É o espírito silencioso e profético
de infinitas esperanças,
a antevisão de muitos dias felizes"
Novalis
: In Coisas da Vida, de Laurinda Alves, no PÚBLICO de hoje.

Liberdade de imprensa



VÂNDALOS EM ÍLHAVO


Há dias foi surpreendido por uma notícia imprópria de uma sociedade civilizada. Vândalos à solta marcaram com a sua ira a sede do jornal O ILHAVENSE e a residência do seu director, José Sacramento. A gente de bem só pode protestar por estes factos, tanto mais que o director do jornal é um homem bom, honesto e muito considerado em Ílhavo e sua região. Por isso, a nossa solidariedade para com ele e para quantos trabalham no jornal.
Não sei por que razões os vândalos agiram assim, a coberto da noite, numa clara manifestação de covardia. Não é de estranhar, porque gente dessa não pode ter, nem sabe ter, comportamentos dignos. Mas não são pessoas de meter medo a José Sacramento, porque ele não se atemoriza com vândalos, nem com os que não aceitam as regras de uma democracia aberta e participativa.
José Sacramento, pelo que me disse, continuará a pautar a sua conduta jornalística por critérios de verdade e de respeito por todas as opiniões e opções partidárias, no quadro da nossa democracia, pugnando sempre pela liberdade e por caminhos de justiça social, rumo a um mundo melhor. Nem outra coisa era de esperar.
Aqui quero deixar expressa a minha solidariedade e o meu incentivo, para que O ILHAVENSE continue a formar e a informar, livremente, as gentes de Ílhavo.

Fernando Martins

FÁTIMA: 12 e 13 de Maio



PEREGRINAÇÃO ANIVERSÁRIA


Amanhã e domingo, 12 e 13 de Maio, meio milhão de pessoas estarão em Fátima para louvar a Virgem Santíssima, em mais uma peregrinação aniversaria. Esta será, também, a peregrinação que inaugura as celebrações dos 90 anos das aparições de Nossa Senhora, realidade em que 70 por cento dos portugueses acreditam, segundo revela um estudo publicado no SOL da semana passada. O mesmo estudo mostra que 94 por cento dos inquiridos já visitaram o santuário.
A grande maioria acredita nos milagres que Deus faz por intercessão de Nossa Senhora, e a verdade é que aumenta de ano para ano o número de visitantes. Em 2006, revela o SOL, mais de cinco milhões de pessoas de todo o mundo estiveram em Fátima.
Apesar de Fátima não ser dogma de fé, podendo os católicos crer ou não nas aparições e nos milagres que acontecem, certo é que todos nos sentimos bem por lá. Há ali espaços para oração, para meditação, para o encontro connosco próprios e com Deus, através de Nossa Senhora ou com a sua ajuda. Crentes e não crentes sentem o sortilégio de Fátima, como tenho testemunhado em muitas circunstâncias.
O PÚBLICO de hoje anuncia o que era esperado há muito. Está a ser lançada ao público, no santuário, a primeira Enciclopédia de Fátima, onde se procura responder a diversas questões, como lembra o jornalista António Marujo no seu artigo: “O que aconteceu em Fátima há 90 anos foram aparições da Virgem Maria ou uma alucinação? A azinheira onde os videntes viram Nossa Senhora seria uma árvore sagrada? Há arte verdadeira em Fátima e não apenas o kitsch devocional? Política, religião e ciência confrontaram-se ou manipularam-se mutuamente em Fátima?”
Mais: “São 127 entradas, escritas por 58 autores. Alguns exemplos: fenómeno das aparições, arte, azinheira, ciência, comunismo, relação com os regimes políticos, guerra e paz, literatura, cinema, maçonaria, protestantismo, Rússia, urbanismo são temas tratados.” A edição é da “Princípia”. Para os crentes e para os não crentes, para os críticos de Fátima e para os seus fervorosos adeptos, esta será uma obra a não perder.