quinta-feira, 20 de abril de 2006

Refugiados e Deslocados no mundo

Menos refugiados
no mundo
e mais
deslocados
internos
O número de refugiados no mundo é hoje de 9,2 milhões, o mais baixo em 25 anos, mas a instabilidade no regresso é ainda preocupante, alerta o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), António Guterres.
Num relatório divulgado esta quarta feira, em que é analisada a evolução dos fluxos de refugiados nos últimos cinco anos, esta agência das Nações Unidas refere que o regresso de pessoas ao Afeganistão, Angola e Serra Leoa "contribuiu para a diminuição do número de refugiados".
No entanto, de acordo com o documento, a instabilidade em alguns países como a República Democrática do Congo ou o Sudão impedem que o regresso seja durável e que surja "um novo desafio" que são os deslocados internos.
No prefácio do relatório, editado em livro sob o título "Refugiados no Mundo: deslocados no Novo Milénio", o responsável pelo ACNUR, António Guterres, destaca que o facto de haver menos conflitos entre Estados "resulta num menor número de refugiados, mas provoca um aumento de deslocados internos".
O ex-primeiro-ministro português dá como exemplo a República Democrática do Congo e o Sudão, onde havia no conjunto 7,5 milhões de deslocados internos em 2005, de um total de 25 milhões, que, apesar de não estarem contemplados pela Convenção dos Refugiados, de 1951, "precisam urgentemente de ajuda".
Por decisão das Nações Unidas, o ACNUR passa agora a ter responsabilidade pela protecção de deslocados internos e Guterres considera que se trata de um período "crucial" para a organização.
O relatório refere ainda o elevado número de refugiados - 5,7 milhões dos 9,2 milhões - que vivem no exílio há mais de cinco anos "muitas vezes confinados em centros ou em condições difíceis nos centros urbanos dos países em desenvolvimento" e que "a maior parte já caiu no esquecimento".
A este propósito, António Guterres destaca o perigo que representa para os requerentes de asilo e para os refugiados serem confundidos com imigrantes ilegais, defendendo que "dissociar as duas situações necessita de intervenções de protecção no momento adequado para identificar as pessoas cujas necessidades são fundamentadas".
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Fonte: Ecclesia

LISBOA: Massacre de judeus há meio milénio

500 anos para lembrar e pedir perdão
"Sejamos honestos... Há alguém que goste de judeus?" A frase não é de um dos frades dominicanos que terão incitado as gentes lisboetas ao massacre de 4 mil cristãos-novos, em 1506, durante a "semana santa". Não tem cinco séculos, nem sequer um: é de há dias, escrita na Internet como comentário anónimo à iniciativa de Nuno Guerreiro Josué, que no seu blogue ruadajudiaria.blogspot.com propôs o assinalar da data com uma vigília no Rossio.
Mas às sete da tarde, hora para a qual a comunidade israelita de Lisboa marcou a leitura de uma oração aos mortos, as pessoas reunidas no Largo de São Domingos, junto à igreja de mesmo nome onde terá tido início o massacre, não chegam à centena, contando com vários membros da comunidade israelita, identificáveis, no caso dos homens, pelo uso da kippah (solidéu).
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(Para ler o artigo todo, clique Diário de Notícias)

Portugal com maus indicadores económicos

Portugal quase estagnado
num mundo em expansão
Portugal é, entre as economias classificadas como "avançadas" pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), aquela que piores indicadores económicos deverá apresentar durante este ano.
As previsões publicadas ontem no relatório de Primavera pela entidade sedeada em Washington colocam Portugal como o país, entre os 29 mais ricos do mundo, em que a taxa de crescimento económico será menor este ano e, como se não bastasse, o segundo que irá registar maiores desequilíbrios tanto na balança externa como na orçamental. E mesmo ao nível da taxa de desemprego, indicador em que tradicionalmente a comparação internacional era mais favorável, a posição conseguida por Portugal em 2006 é já na metade da tabela com um valor mais elevado.
O FMI corrigiu em baixa a sua previsão de crescimento para Portugal em 2006 para 0,8%. Em Setembro do ano passado antecipava uma variação do PIB de 1,2% . Com a nova estimativa ontem apresentada, o FMI adopta o mesmo valor projectado pelo Banco de Portugal e assume uma expectativa mais pessimista do que o Governo, que continua a apostar num crescimento de 1,1% este ano. Para 2007, o FMI coloca a economia nacional a crescer a uma taxa de 1,5%, um valor que é bastante mais favorável que a projecção do Banco de Portugal (1%), mas que ainda assim não chega aos 1,8% que o Governo inscreveu no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC).
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(Para ler o artigo de Sérgio Aníbal no Diário de Notícias, clique aqui)

BENTO XVI: Deus encontra a pessoa ideal para cada momento

Pontificado de serenidade e espontaneidade
O secretário da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Carlos Azevedo, sublinhou ontem “a serenidade” e a “espontaneidade coloquial” do Papa Bento XVI neste primeiro ano de pontificado, que hoje se completa.
Fazendo uma breve análise do primeiro ano de Bento XVI à frente da Igreja Católica, D. Carlos Azevedo disse, em Fátima, que “a sua profundidade teológica” tem sido fundamental para os cristãos e destacou a “solidez doutrinal do Papa”.
No final do Encontro das Presidências das Conferências Episcopais de Espanha e Portugal, o secretário da CEP disse ainda que Bento XVI provou, com a sua encíclica “Deus caritas est”, que “os projectos pastorais necessitam de se centrar no fundamental”, deixando o acessório.
Por seu turno, o Pe. Martinez Camino, porta-voz da Conferência Episcopal Espanhola, disse que, “depois do pontificado tão excepcional e grande de João Paulo II”, é possível ver agora “como o Papa é um dom de Deus e como o espírito de Deus encontra a pessoa ideal para cada momento”.
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Fonte: Ecclesia

Na antiga Capitania, conferência de D. Manuel Clemente

Sentido da vida à luz da arte cristã
Hoje, quinta-feira, pelas 21.30 horas, na sede da Assembleia Municipal de Aveiro, antiga Capitania, D. Manuel Clemente, Bispo Auxiliar de Lisboa, fará uma conferência, subordinada ao tema "O sentido da vida à luz da arte cristã".
Trata-se de uma iniciativa da Comissão Diocesana da Cultura, em parceria com a Câmara Municipal de Aveiro e a associação AveiroArte, integrada na exposição que está patente ao público no mesmo local, até ao dia 23 do corrente.Nesta exposição, 48 artistas assumiram expressar o que pensam, em termos artísticos, sobre "O sentido da vida: que horizontes?"
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Nota: Insisto na notícia, na esperança de sensibilizar os meus leitores para que participem nesta acção cultural. É verdade que muita gente tem um certo horror a estas coisas da cultura, mas também é correcto pensar que nem só de futebol e de espectáculos medíocres podem as pessoas viver.
Alguém me dizia um destes dias que, se trouxéssemos a Aveiro um qualquer ídolo do desporto ou das telenovelas, não faltariam multidões para ouvir banalidades. Assuntos da História Universal, da Igreja, da Arte e da Cultura parece que afugentam a nossa gente.
No entanto, há sempre alguém que gosta de se enriquecer, aproveitando oportunidades como esta. D. Manuel Clemente é um Bispo, mas é também um profundo conhecedor da História, da Igreja e não só, e da Arte, e é ainda um grande comunicador.
De qualquer modo, penso que temos a obrigação de insistir nestas informações, na tentativa de sensibilizar alguns. Se com isto eu conseguir um participante, já não será mau. Então, até logo, às 21.30 horas, na antiga Capitania de Aveiro.
F.M.

Um artigo de António Rego

Os tecidos
do sagrado O fio da história, como a caminhada de cada ser humano, não se percorre em linha recta. Antes, e visto sobretudo da altura de Deus, se constrói em sinuosidades desconcertantes, fazendo dos dias e dos séculos pretextos constantes de evolução. Somos compostos de micro - seres e de átomos e células surpreendentes que se movimentam segundo leis que os grandes investigadores muito pouco conhecem. Estão em recriação contínua nos novos circuitos que cada pessoa, povo ou civilização vai descobrindo e tecendo sob o olhar paciente de séculos e milénios. Há alturas em que tudo parece repetitivo e fatalmente cíclico. Outros tempos há em que os sobressaltos explodem em todas as direcções, lançando pânico ou festa na humanidade que se reencontra com o cosmos a que pertence e sempre o ultrapassa pela força anímica e inteligente que vence as energias que se entrechocam na evolução do universo. Nada, todavia, rola às cegas. O homem é o senhor da criação e Deus o Senhor do homem. Por isso a dimensão do sagrado parece escapar a todos os cálculos e predestinações, dando lugar à surpresa constante de Deus numa história que, aparentemente monótona, sempre se refaz na liberdade do homem. O divino, o sagrado, o transcendente, o invisível, invadem o nosso mundo tanto o chamado desenvolvido, como aquele que ainda não saiu do animismo ou do panteão dos mitos, nem teve acesso ao pensamento elaborado do oriente e do ocidente. A verdade é que, não obstante aquilo a que chamamos a Revelação como Palavra de Deus, crescem as buscas marginais, intimistas, puramente psicológicas, no encalço de energias que toquem a alma e o corpo e sublimem as vidas repassadas de angústias e depressões. Por isso o religioso se converteu muitas vezes em feitiço que exorciza fantasmas e oferece, noutro quadrante de procuras, uma felicidade serenante, imune à chuva dos males que atingem todo o ser. Dir-se-ia que se troca Deus por um objecto a que se chama religioso mas que não passa dum unguento rançoso que alivia sem curar e promete sem cumprir. Neste terreno trabalham muitos curiosos do espírito. A estes feitiços ainda dão crédito muitos baptizados que não entenderam o segredo da salvação derramado no Baptismo. Aí está a originalidade: Cristo é a referência fundamental de salvação. Para os cristãos, o religioso é Ele. Apenas Ele.

quarta-feira, 19 de abril de 2006

Presidências dos Bispos de Portugal e de Espanha reuniram-se em Fátima

Casamento homossexual
é agressão cultural
ao matrimónio
A recente aprovação de casamentos homossexuais, na Espanha, foi tema de reflexão entre os presidentes das Conferências Episcopais de Portugal e Espanha, no Encontro realizado, ontem e hoje, no Santúario de Fátima.
Sobre este facto os bispos referem, em comunicado final, que “a agressão cultural ao conceito matrimónio que acontece em Espanha, apresentada como se fosse um avanço e uma conquista da humanidade, exige um trabalho pastoral de esclarecimento fundamental da perspectiva cristã e uma clara defesa da verdade da natureza humana”. Também em cima da mesa, esteve a aprovação do Decreto-Lei que legisla a Procriação Medicamente Assistida (PMA), em discussão nos dois países, e que é motivo de preocupação comum para os responsáveis das Conferências Episcopais.
Neste Encontro os presidentes das duas Conferências Episcopais partilharam uma preocupação comum e, segundo o mesmo comunicado final, foram partilhados “documentos e argumentos éticos para estabelecer limites e denunciar práticas injustas que as leis facultarão”.
Em conferência de Imprensa, no final do Encontro, o Secretário-geral da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), Pe. Juan António Martinez Camino, sublinhou que a Igreja é desfavorável à reprodução humana artificial porque “vai contra o direito fundamental à vida”, salientando que a Igreja não concorda com a concepção do embrião “como objecto e não como um ser com direitos inalienáveis”.
Estando Portugal e Espanha a aguardar lei relativa a esta matéria, o Porta-voz da CEE considera que as normas propostas, e em análise, “não estão pensadas do ponto das crianças produzidas em laboratório, mas do ponto de vista dos laboratórios”. “Não é um problema de ética sexual, mas um problema de justiça intergeracional, das relações entre pais e filhos e entre irmãos”, frisa o P. Juan António Camino, vincando que o que está em causa é “uma quebra das relações de paternidade, maternidade e fraternidade”, o que a Igreja não aceita.
Os bispos manifestaram ainda preocupação quanto ao ensino de religião e moral católica existente nos dois países, reconhecendo “a importância da Escola Católica para que os pais possam cumprir a missão que lhes é própria”, referem em comunicado.
Inserido no habitual ritmo de reuniões bienais dos dois episcopados, o Encontro das presidências da Conferência Episcopal Espanhola (CEE) e da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) visa o intercâmbio de experiências e de reflexões, a comunhão de inquietações e a partilha de projectos.
Participaram na reunião o Presidente da CEE, Ricardo Blázquez Pérez, Bispo de Bilbao e o Presidente da CEP, Jorge Ferreira da Costa Ortiga, Arcebispo de Braga, o vice-presidente da CEP, António Montes Moreira, Bispo de Bragança-Miranda, o secretário geral da CEP, Carlos Moreira Azevedo, Bispo auxiliar de Lisboa e o Secretário geral da CEE, P. Juan António Martinez Camino.
A última reunião tinha tido lugar em Madrid em Janeiro de 2004.
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Fonte: Ecclesia

Gafanha da Nazaré: cidade há cinco anos

Em menos de um século,
passou de modesta
povoação a cidade
Hoje, 19 de Abril, pelas 18.30 horas, em sessão solene que terá lugar na sede da Junta de Freguesia, comemora-se, oficialmente, a elevação da Gafanha da Nazaré a cidade. Em menos de um século, a modesta povoação que era esta terra chegou a cidade há cinco anos. Criada como freguesia em 1910, pouco antes da instauração da República, a Gafanha passa a vila em 1969 e em 2001 recebe os galões de cidade, vendo assim reconhecida a sua importância comercial, industrial, social e cultural. De terra de caseiros e foreiros, que foram transformando os areais estéreis em terra produtiva, os gafanhões, vindos de Vagos e de Mira, sobretudo, souberam, à custa de muito esforço, fazer uma cidade, passo a passo, orgulhando-se hoje da obra que fizeram. De humildes agricultores, passaram a dominar todas as áreas profissionais, nestes últimos cem anos. Envolveram-se no comércio, criaram indústrias, saltaram da terra agrícola para a ria a para o mar, emigraram, marcaram presença nas artes, nas ciências, no desporto, na solidariedade, no turismo, na religião e na cultura. Ainda acolheram quantos, vindos de todos os recantos do País e do estrangeiro, quiseram adoptar esta terra como sua, ajudando, de forma indelével, no seu progresso e na sua afirmação como cidade que o é há cinco anos. As comemorações, que neste dia se iniciam numa sessão solene, registam, logo a seguir, pelas 19.30 horas, a inauguração da III Exposição Colectiva de Jovens Artistas da Gafanha da Nazaré, no Centro Cultural. No sábado, 22 de Abril, há uma feira à moda antiga, a partir das 10 horas, na Escola Secundária, com gente vestida a rigor. No domingo, 23, pelas 15 horas, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré actuará com a arte que o caracteriza. Depois, não faltará teatro e baile, para todos manifestarem a sua alegria. Fernando Martins

ÍLHAVO: Concurso de Fotografia

"OLHOS SOBRE O MAR"
No seguimento do grande sucesso obtido com a realização das duas edições anteriores do Concurso de Fotografia “Olhos sobre o Mar”, a Câmara Municipal de Ílhavo aprovou as Normas de Participação no III Concurso de Fotografia “Olhos sobre o Mar”. Este concurso, e à semelhança dos anos anteriores, conta mais uma vez com o apoio do Centro Português de Fotografia/Ministério da Cultura, da revista FotoDigital e do Diário de Aveiro. O concurso será de âmbito nacional, nas categorias cor e preto/branco, decorrendo até meados de Junho. A entrega dos prémios acontecerá em Agosto, mês em que os 50 melhores trabalhos irão ficar expostos na Sala de Exposições Temporárias (Porão de Salgado) do Navio Museu Santo André.
Para mais informações, contactar a própria Câmara Municipal, através do telefone 234 329 602 ou do e-mail geral@cm-ilhavo.pt.

Clonagem viola a dignidade do ser humano

Parecer do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida
Clonagem
para fins reprodutivos
viola a dignidade
do ser humano
O Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) publicou um Parecer em que considera que a clonagem humana para fins reprodutivos deve ser proibida, porque viola a dignidade humana.“Independentemente da viabilidade da clonagem com finalidade reprodutiva, esta deve ser proibida porque viola a dignidade humana”, aponta o documento.
O parecer nº 48 do CNECV, sobre a Clonagem Humana, diferencia a “finalidade reprodutiva” e a “investigação biomédica”, afirmando que estas “suscitam problemas éticos específicos”.
Assim, diz-se que “a prática da clonagem para fins de investigação biomédica poderia ser recomendada ao abrigo dos princípios da utilidade e da solidariedade vistos os potenciais benefícios terapêuticos para os seres humanos”. Contudo, escreve o CNECV, “o juízo ético sobre o uso da clonagem depende da natureza que for atribuída ao produto da transferência nuclear somática”.
“Na presente situação de ausência de unanimidade ou ampla convergência científica e filosófica acerca da natureza do produto de transferência nuclear somática, considera-se dever aplicar o princípio ético da precaução”, pode ler-se no parecer.
Como princípios de solução, a CNECV incentiva “a investigação em células estaminais obtidas sem recurso à clonagem por transferência nuclear somática”.
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Fonte: Ecclesia

terça-feira, 18 de abril de 2006

Ei-los que partem

História da emigração
portuguesa precisa
de ser conhecida
Hoje, pelas 23 horas, na RTP estreia-se uma série documental de cinco episódios sobre a história da emigração portuguesa. Os três primeiros programas, realizados por Jacinto Godinho, incidem sobre o ciclo transoceânico e retratam o Brasil e os Estados Unidos como os destinos dominantes dos emigrantes, o carácter definitivo dessa emigração e as experiências pioneiras no Oeste americano e nos cafezais brasileiros. Fernanda Bizarro assina o quarto documentário, que posiciona Portugal no contexto do ciclo europeu (finais dos anos 50 - 1973/74). O último programa da série, realizado por Paulo Costa, tratará dos destinos que se afirmaram na sequência da emigração para a França.
Trata-se de uma série a não perder, para se ficar a conhecer o que foram os sacrifícios de muitos dos nossos familiares e amigos.
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Fonte: "PÚBLICO"

Cabo-verdianos em Portugal

Governo vai estudar
a sua inserção
na comunidade portuguesa
Há muitos anos se fala dos cabo-verdianos que vivem em guetos junto das grandes cidades. Bastantes na miséria e disso dá conta a comunicação social, sem que, até agora, se tenham tomado medidas para minimizar a triste situação dum povo que tanto se identifica com a nossa história e cultura.
Pois foi preciso que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, se deslocasse em viagem oficial a Cabo Verde para prometer, em nome do Governo de Portugal, que se vai estudar o problema dos imigrantes cabo-verdianos entre nós.
Afinal, como de costume, andamos sempre atrasados em relação aos acontecimentos. Neste caso, há muitos anos que se diz e escreve que os cabo-verdianos são uma comunidade imigrante grandemente desfavorecida em Portugal, mas pouco ou quase nada se tem feito para os ajudar.
E também só agora se reconhece que Cabo Verde é um país muito especial, por ser um parceiro estratégico, não só no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, mas também no quadro de uma política atlântica.

SCHOENSTATT: Um artigo de José Melo

SCHOENSTATT:
UM SANTUÁRIO E UM MOVIMENTO
Schoenstatt, fundado pelo Padre José Kentenich, é um Movimento da Igreja Católica para a renovação cristã do mundo, com uma finalidade pedagógica e apostólica: a formação de um homem novo, construtor de uma nova sociedade. A espiritualidade e a pedagogia de Schoenstatt têm a sua fonte na Aliança de Amor com Maria, Mãe Três Vezes Admirável, imagem e educadora desse “homem novo”. O centro vital é um lugar de graças: o Santuário. Actualmente existem cerca de 200 santuários em todo o mundo. Na origem do Santuário não há intervenções extraordinárias de Deus, nem aparições ou milagres. A 18 de Outubro de 1914, em Schoenstatt, Alemanha, o jovem sacerdote José Kentenich propõe a um grupo de jovens converter uma capela abandonada num lugar de peregrinação e de graças, selando com Maria um pacto, uma Aliança de Amor. Eles comprometer-se-iam a uma vida de oração e de esforço pela santidade na sua vida diária, e Ela estabelecer-se-ia no Santuário, para oferecer graças de encontro com Deus, de transformação interior e de dinamismo apostólico. A história posterior confirma a realidade e a imensa fecundidade desta Aliança. O Santuário de Schoenstatt, na diocese de Aveiro, foi abençoado em Outubro de 1979, está dedicado a Maria Mãe da Igreja e foi decretado santuário diocesano em 1983. Do Movimento, também nesta diocese, fazem parte dois Institutos de vida Consagrada, vários grupos de jovens, casais e senhoras; presentemente, o Movimento estende-se a várias paróquias, em especial pela Campanha da Mãe Peregrina. CONTACTOS E INFORMAÇÕES Santuário de Schoenstatt – Centro Tabor Rua do Santuário – Colónia Agrícola Apartado 14 3834-908 Gafanha da Nazaré :
In "Igreja Aveirense"

Hoje, ao fim da tarde, na UA

«Dinâmicas de Participação a propósito de conferências»
O Prof. Carlos Borrego, docente da UA e Presidente da Comissão Justiça e Paz, e o Padre Alexandre Cruz, do Centro Universitário Fé e Cultura, vão falar e discutir ideias sobre «Dinâmicas de Participação a propósito de conferências». É este o tema da 3ª tertúlia – Conversas de Cidadania – promovida pela Civitas de Aveiro. Não falte. É hoje, dia 18 de Abril, às 18 horas, na sede da Civitas (sala 50 do edifício 1 da UA).

Citação

"Não sou partidário de uma Igreja neutra, amorfa, calada, que tudo tolera"
D. José Policarpo,
Cardeal-Patriarca de Lisboa

Gafanha da Nazaré por estes dias

Gafanha da Nazaré com seus recantos e encantos (Para ver melhor clique na foto)

segunda-feira, 17 de abril de 2006

DESAFIO DA PROXIMIDADE

Padre Lino Maia,
Presidente da CNIS,
propõe vivência de proximidade
1. Estar perto, a pouca distância no tempo, no espaço ou nas relações de parentesco, de alguém ou de alguma coisa é estar próximo. E alimentar essa capacidade e vontade de estar próximo é uma douta forma de vivência de proximidade. E, neste mundo globalizado, as pessoas mostram-se particularmente disponíveis para ouvir falar de "proximidade".
Não apenas por uma questão de moda, como também, ou sobretudo, por uma questão de sobrevivência na convivência...
Mas será a lei da proximidade a suprema e universal norma? O povo, que muitas vezes até parece ter razão, costuma dizer que "nem tão perto que se abafe, nem tão longe que não se aviste".
E é uma sabedoria popular com evidente consistência. É que, nem sempre a proximidade no tempo, no espaço ou no afecto será a melhor opção para uma boa e eficaz filosofia de acção ou de reacção.
É que a proximidade no afecto muitas vezes ofusca a razão. Porque, como também diz o pensador, o coração tem razões que a razão desconhece.
E a proximidade no espaço não raramente perturba a noção da real dimensão. Porque quem está demasiadamente próximo tem dificuldade em abraçar o que algum distanciamento permitirá abarcar.
E a proximidade no tempo, muito frequentemente, favorece a agitação e faz diminuir a capacidade de discernimento. Porque a leitura dum acontecimento, em cima dele mesmo, será parcial e muito provavelmente mais apaixonada do que isenta.
Por tudo isso e, provavelmente, algo mais, em algumas situações, aconselhará a boa prudência um circunstancial e estratégico distanciamento.
Para evitar alguma precipitação, eventual asfixia, provável mau juízo ou sinuosidade de percurso...
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(Para ler todo o texto, clique SOLIDARIEDADE)

Basílica de São Pedro: 500º aniversário

Bento XVI apela aos fiéis para que sejam as pedras vivas da Igreja Católica O Papa Bento XVI apelou hoje aos fiéis para que sejam "as pedras vivas" da construção da Igreja Católica, por ocasião do 500º aniversário da fundação da Basílica de São Pedro em Roma. Bento XVI, que presidiu às cerimónias a partir de Castel Grandolfo, disse que gostaria de viver com todos a "alegria do aniversário muito significativo da colocação, a 18 de Abril de 1506, da primeira pedra da nova basílica de São Pedro, que todo o mundo admira pela harmonia das suas formas".
"Quero lembrar com gratidão os soberanos pontífices que trabalharam para que esta obra extraordinária se erguesse, por cima do túmulo de Pedro. Quero expressar toda a minha admiração pelos artistas que contribuíram com o seu génio para a edificar e embelezar e por todos os que participaram na conservação desta obra de arte e de fé".
"Neste feliz aniversário, desejo que todos os católicos sejam ‘pedras vivas’ para a construção da Santa Igreja", concluiu.
A basílica actual foi erigida sobre uma outra construída no século IV por Constantino, imperador romano que foi um forte defensor do cristianismo.
Foram precisos 120 anos e uma sucessão de dez arquitectos – entre eles Donato Bramante, responsável pelo projecto inicial, e Miguel Ângelo, que desenhou a cúpula com 120 metros - para a nova basílica ser consagrada, em 1626, pelo Papa Urbano VIII.
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Fonte: "Público on-line"

Presidente da Câmara de Ílhavo fala ao Diário de Aveiro

«Não sou
uma pessoa
de consenso» A primeira frase de Ribau Esteves durante a entrevista do Diário de Aveiro é uma espécie de cartão de visita do autarca social-democrata: «Não sou uma pessoa de consenso». O líder do município de Ílhavo faz o ponto da situação de várias obras que decorrem no concelho, dando conta de outras que quer ver concluídas durante este mandato
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Durante a recente apresentação do Plano Estratégico do Porto de Aveiro, foi praticamente o único a quebrar o consenso em torno da qualidade do documento. Porquê?
Não sou uma pessoa de consenso, mas de ter opinião e de a partilhar com quem de direito. O que fiz foi referenciar a importância do Plano e a sua qualidade. Fui só eu a fazer notas de diferença, porque só eu abordei esse tipo de temática a dois níveis: nós não queremos um porto em si próprio, como zona industrial e logística, mas queremos que seja uma peça muito importante de uma plataforma de actividades logísticas e industriais. Ou seja, que além da área do porto faça um jogo de gestão com as áreas de localização industriais e logísticas pelo menos dos municípios que integram a Grande Área Metropolitana de Aveiro e a Associação de Municípios da Ria. É, no fundo, fazer com que o porto seja uma peça da co-gestão do desenvolvimento regional.
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Nessa altura levantou ainda questões de menor relevância…
Sim, mas que têm uma importância grande para o porto, no seu carácter único, e que o Plano Estratégico nem sequer as referencia. São três: a pesca (único no país com pesca artesanal, costeira e longínqua, e unidades transformadoras do pescado); a Ria de Aveiro (que nunca é referida) e a gestão das áreas não portuárias (Jardim Oudinot, Forte da Barra e a Praia Velha).
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(Para ler toda a entrevista, clique aqui)

domingo, 16 de abril de 2006

Mensagem de Páscoa de Bento XVI

Ressurreição: força de vida, de paz e de liberdade
Queridos irmãos e irmãs! Christus resurrexit! – Cristo ressuscitou! A grande Vigília desta noite fez-nos reviver o acontecimento decisivo e sempre actual da Ressurreição, mistério central da fé cristã. Círios pascais sem conta foram acesos nas igrejas para simbolizar a luz de Cristo que iluminou e ilumina a humanidade, vencendo para sempre as trevas do pecado e do mal. E, no dia de hoje, ressoam fortes as palavras que deixaram estupefactas as mulheres que, na manhã do primeiro dia depois do sábado, tinham ido ao sepulcro, onde o corpo de Cristo, descido às pressas da cruz, fora depositado. Tristes e desoladas pela perda do seu Mestre, tinham encontrado a grande pedra rolada para o lado e, entrando, viram que o seu corpo já não estava lá. Enquanto ali se encontravam incertas e desorientadas, dois homens com vestes resplandecentes surpreenderam-nas dizendo: «Por que motivo procurais entre os mortos Aquele que está vivo? Não está aqui; ressuscitou!» (Lc 24, 5-6). «Non est hic, sed resurrexit» (Lc 24, 6). Desde aquela manhã, tais palavras não cessam de ressoar pelo universo como um anúncio de alegria que atravessa os séculos imutável e simultaneamente cheio de infinitas e sempre novas ressonâncias.
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(Para ler toda a mensagem, clique aqui)