sábado, 10 de setembro de 2005

Um artigo de António Rego

Posted by Picasa António Rego A noite americana
Primeiro foi a fúria dos ventos e das águas vindas de fora, e rodopiadas num bailado louco e devastador. Seguiu-se o grande êxodo no deserto do asfalto, com a pressa da travessia do Mar Vermelho, desta vez acossada pelas fúrias de Neptuno. Os diques da cidade não sustentaram a cidade mais baixa que o mar. (Nada adianta, como fazem alguns extremistas, reduzir o fenómeno à ira de Deus.)
O povo dos Estados fustigados pelo furacão Katrina, sentiu-se náufrago na casa que edificara sobre as águas, possivelmente sem as precauções de Noé na construção da Arca, também ele avisado sobre dilúvio que viria a abater-se sobre a terra.O acontecimento americano deste final de Agosto é trágico de mais para ser objecto de análises primárias ou considerandos políticos oportunistas. Estamos perante uma situação humana, uma comunidade, um povo irmão em gravíssimo estado de sofrimento.
A morte, a dor, a incerteza, a perda de tudo, a impotência humana mesmo com alguns erros de avaliação do fenómeno, foram progressivamente mostrados ao mundo pelos media. Nos primeiros dias prevaleceu a espectacularidade da destruição dos equipamentos urbanos. Aos poucos vieram ao de cima as situações humanas de irrefutável tragédia. A juntar a tudo isto uma espécie de humilhação implacável sobre um povo que é poderoso, o mais poderoso do mundo na economia, na técnica, nas comunicações inter-planetárias. Isso parece de nada ter valido no momento exacto em que era urgente tudo saber e tudo cumprir. Mesmo diante da ineficácia, muitos repórteres teimaram na velha propaganda dos grandes meios e das respostas rápidas. Até que todo o verniz estalou.
Que nem por isso fiquem esquecidos os gestos heróicos, a entrega generosa e solidária, a procura, por todos os meios possíveis, em minimizar as consequências da catástrofe. Alguns países pequenos tiveram pejo de oferecer seus préstimos de solidariedade, não fora o grande senhor, eventualmente, ofender-se de receber a esmola vinda dum pobre.
Que fique a lição. O império mais forte do planeta tem, nalguns momentos, tantas fragilidades como a mais insignificante aldeia dos confins da terra.
Voltamos à contemplação do ser humano, da sua fraqueza face à implacabilidade das leis que armaram o nosso próprio cosmos. Com todo o adquirido pelos milhões de anos, não passamos, dum momento para o outro, de uma insignificante cana agitada pelo vento. Como agora se viu- e se vê - na noite americana.

Incêndios: Campanha do “Diário de Aveiro” a ter em conta

Renascer das Cinzas
A vaga de incêndios que assolou o país, deixou marcas muito significativas no distrito de Aveiro, onde arderam 19.108 hectares de floresta, de acordo com a Direcção-Geral de Recursos Florestais.Vários foram os concelhos afectados, quer a Sul (Águeda, Aveiro, Albergaria-a-Velha ou Sever do Vouga), quer a Norte, tendo fustigado sobretudo os municípios de Arouca e de Vale de Cambra.
O rasto de destruição – como foi amplamente relatado nas páginas do Diário de Aveiro – colocou famílias despojadas de bens pessoais e de meios de subsistência. Arderam matos, terras de cultivo e até habitações.
Esta calamidade justifica, todavia, que as populações afectadas tenham a solidariedade de todos nós. Nesse sentido, o Diário de Aveiro – que tem uma relação de proximidade com os leitores e uma preocupação de índole social – lançou ontem a campanha «Renascer das Cinzas» com o objectivo de minorar os problemas causados pelos incêndios.Aos nossos leitores fazemos um apelo para colaborarem nesta iniciativa, podendo para tal enviar os seus donativos – por mais simples que sejam – para a conta DA – Renascer das Cinzas: BPI 6-3580469-000-001.

AVEIRO: Cinema no OITA não vai acabar

PARA BEM DA CULTURA
Segundo noticia o “PÚBLICO”, a sala de cinema do OITA vai voltar à vida, mas a uma vida com sentido. Por iniciativa do Cineclube de Aveiro, vai começar a oferecer cinema alternativo a preços módicos, numa tentativa saudável e arrojada de atrair novos públicos para o cinema de qualidade. No próximo dia 15, portanto, vai ser dia de festa para quantos acreditam que é possível ver bom cinema em Aveiro. Os filmes, seleccionados por quem sabe, serão exibidos de quinta a quarta-feira seguinte. Porque se destinam a gente exigente sob o ponto de vista cultural, cada filme será antecedido de uma pequena apresentação.
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Cá estou de novo
Ausente durante uns dias, com passagem esporádica pelo meu Blogue, cá estou de novo para o convívio diário, tanto quanto pssível, com os amigos de há muito ou mais recentes. De todos espero achegas, sugestões, críticas e colaboração. A porta está sempre aberta, mas sempre pela positiva.
Com amizade,
Fernando Martins

quarta-feira, 7 de setembro de 2005

UMA BOA MEDIDA DO GOVERNO

Posted by Picasa Crianças na NET
Ensino do Inglês no 1º Ciclo do Ensino Básico Penso que ninguém protestará contra a decisão do Governo de José Sócrates de avançar, já neste ano lectivo, com a aula de Inglês no 1º Ciclo do Ensino Básico, dirigido aos alunos dos 3º e 4º anos. Pelas notícias vindas a lume, mais de duas mil escolas estão preparadas para iniciar o ensino de mais esta disciplina, fundamental à comunicação global dos nossos dias. Como de costume, não falta quem desdenhe da decisão, quem acuse falta de preparação a vários níveis, quem admita não haver condições de ordem diversa para haver sucesso na iniciativa. No entanto, penso que tudo vai correr bem, que os professores vão aplicar-se e que os alunos terão, no fim do ano, bons resultados, até porque muitos deles já dominam a Net e já brincam com jogos apoiados na Língua Inglesa. Nem tudo sairá perfeito e nem todos os alunos poderão ser beneficiados, mas é justo reconhecer que é muito importante o Governo ter avançado com esta medida, de que muito se tem falado, mas que nada tinha sido feito até agora para a pôr de pé. Neste mundo cada vez mais globalizado, temos de admitir que as novas tecnologias da informação e da comunicação têm como suporte o Inglês, por forte influência dos EUA. A Internet, extraordinária fonte de consulta e de conhecimentos, está dominada, na sua grande parte, pela Língua Inglesa, o que exige dos estudantes e investigadores um conhecimento, tão completo quanto possível, do Inglês. Também a literatura científica é apresentada ao mundo fundamentalmente nessa Língua, o que me leva a compreender e a valorizar a importância desta decisão governamental. Fernando Martins

DESPESAS COM A SAÚDE

Portugal gasta 6,6 por cento
do Produto Interno Bruto na Saúde O Estado português destina 6,6 por cento do seu Produto Interno Bruto (PIB) para a área da saúde, revela o relatório sobre desenvolvimento humano elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). De acordo com o mesmo documento, os Estados Unidos são o país que mais gasta com a saúde, enquanto o Congo se encontra no fim da lista. Nos Estados Unidos a despesa privada com a saúde atinge oito por cento do PIB e a despesa pública chega aos 6,6 por cento. Já a despesa per capita é de 5274 dólares (4233 euros), em valores de 2002.
A Alemanha é o país que regista a maior fatia pública de despesa com a saúde, com 8,6 por cento do Produto Interno Bruto, também em números de 2002. A seguir na lista das despesas públicas com a saúde vêm a Islândia (8,3 por cento) e a Noruega (oito por cento).
O Estado português gasta 6,6 por cento do seu PIB na saúde, enquanto a despesa privada é de 2,7 por cento, capitalizando um gasto de 1702 dólares (1366 euros) per capita.
O país com a menor despesa per capita com a saúde é o Congo, com apenas 15 dólares (12 euros).
(Para ler mais, clique "PÚBLICO")

DIA INTERNACIONAL DA ALFABETIZAÇÃO

Milhões de pessoas lembradas no Dia Internacional da Alfabetização
No dia 8 de Setembro de 2003, celebrava-se o primeiro Dia da Alfabetização da Década das Nações Unidas para a Alfabetização - o quadro internacional para a acção lançado no mês de Fevereiro desse ano, a fim de incentivar o trabalho em prol de melhores taxas de alfabetização, e que se centra no objectivo internacional de elevar os níveis de alfabetização até 2015.
Tempos houve em que a Escola quase se resumia a ensinar a ler, a escrever e a contar. E os analfabetos eram os que não se safavam nesta aprendizagem. Hoje fala-se muito em analfabetismo funcional. Não basta saber ler, é preciso saber utilizar um cartão de crédito, comprar o bilhete do autocarro na máquina. E muito mais exigências vão aparecendo com a Internet e outras novas tecnologias.
Mas, ainda há muito analfabeto à moda antiga, espalhado pelo mundo. Os números oficiais ferem a nossa dignidade. São, de facto, milhões os que nem sequer sabem ler ou escrever porque não têm escola ou, se ela existe, não encontram condições para a frequentar.
Combater a pobreza à escala do mundo é dar um passo gigantesco a favor da alfabetização. Os líderes dos oito países mais industrializados do mundo, reunidos na Escócia, disseram que queriam combater todas as formas de pobreza extrema. E esta é uma delas, a afectar muitos milhões de pessoas por esse mundo fora.Os índices de analfabetismo podem enganar, mas não deixam de mostrar o rosto de um mundo marcado por desigualdades gritantes. Investir na educação torna-se questão de vida e de morte para milhões de pessoas. É urgente apostar no combate ao analfabetismo. A Escola é um grande espaço de Missão.
Sobre os tempos novos nesta era da informática, outros desafios se levantam. O mundo começa a dividir-se entre os que têm acesso às tecnologias da comunicação (os info-ricos) e os que passam ao lado delas (os info-pobres). Há que gerar um mundo mais justo e solidário para que palavras como ‘analfabetismo’, seja ele de que espécie for, não tenham qualquer espaço nem nos dicionários nem na vida quotidiana das pessoas e dos povos.
Pe. Tony Neves, programa Igreja Lusófona (www.fecongd.net).

FOGOS FLORESTAIS

Números que dizem tudo 151 primeiras e segundas habitações totalmente destruídas 882 anexos agrícolas ardidos 4 civis mortos durante a época de Fogos Florestais 11 bombeiros mortos desde o início do ano no combate aos incêndios 50 393 euros que a Cáritas arrecadou na Campanha Renascença-Cáritas Ajuda Portugal, que está a iniciar, com o NIB 003506970060241083071 9000 é a quantia de postes da Portugal Telecom que arderam, além dos mil quilómetros de cabos 300 milhões de euros, é a estimativa de prejuízos agrícolas e florestais feita pelo Ministério da Agricultura 1,2 milhões de euros, é quanto a Liga dos Bombeiros Portugueses estima que se perdeu com a destruição de 16 viaturas de combate a incêndios 240 mil hectares é o último dado oficial referente à área ardida 52 mil hectares é o número aproximado de matos e floresta ardidos que eram geridos pelo Estado Fonte: “PÚBLICO”

De passagem pela NET

Quem viaja, vai encontrando estruturas que facilitam o acesso à NET. Foi o que aconteceu hoje. Assim, para além de inserir no meu Blogue um ou outro texto, também quero deixar uma mensagem aos meus leitores, no sentido de partilharem comigo sentimentos e impressões que contribuam para um mundo melhor, sempre pela positiva.
Fernando Martins

domingo, 4 de setembro de 2005

AUSENTE, MAS SEMPRE PRESENTE

A partir de amanhã, andarei em viagem por uns dias. Contudo, estarei por aqui, sempre que puder e se houver motivos que o justifiquem.
Cumprimentos amigos para todos
Fernando Martins

Fundo de Baú - Um livro de D. Manuel de Almeida Trindade

D. Manuel de Almeida Trindade, Bispo Emérito de Aveiro, acaba de nos brindar com mais um livro, “Fundo de Baú”, que nasce na sequência de “Memórias de Um Bispo”, publicado em 1993. Antes de mais, este trabalho vem ensinar-nos que, se é importante acumular experiências que guardamos religiosamente na memória, também é útil juntar documentos, escritos diversos, objetos e fotografias, para um dia, se possível, os partilharmos. Assim tem feito D. Manuel. 
Com os seus 86 anos de idade, bem vividos, o Bispo Emérito de Aveiro oferece desta feita a quem gosta de reviver pedaços da história da Igreja Aveirense, cheios de sentido e de fé, “Paisagens, factos, fotografias, cartas, escritos publicados e não publicados”, autênticas “preciosidades” recuperadas depois de um “mergulho” no fundo do baú, como se lê na contracapa. 
Depois de algumas horas de leitura, passadas com a avidez de quem deseja redescobrir e reviver acontecimentos e situações, mas também reencontrar amigos e conhecidos, não posso deixar de sublinhar que D. Manuel continua a prestar um excelente serviço à Igreja, pelos ensinamentos que nos oferece e pela sensibilidade com que nos transmite o dom da sua fé, toda ela posta ao serviço dos homens e mulheres do nosso tempo. 
Neste “Fundo de Baú”, leio cartas e entrevistas, homilias e discursos, textos teológicos e pastorais de D. Manuel. Acompanho-o em viagens e recordo, com ele, com que saudades, gente que conheci e admirei. Do seu Diário, destaco a meticulosidade e a serenidade com que regista o que sente no dia-a-dia das suas viagens e peregrinações, a riqueza dos pormenores que experimenta e as referências, cheias de ternura, com que evoca os que o acompanham. 
O autor, que tem sabido, ao longo da vida, preservar tantas vivências, consegue depois, com maestria e simplicidade, em especial quando escreve sobre pessoas da sua intimidade, fazer sobressair o melhor de cada uma. Sinto isso quando D. Manuel recorda amigos como Monsenhor Aníbal Ramos, Padre Conde, Padre António Henriques Vidal, Monsenhor Nunes Pereira, Padre Abel Condesso e Monsenhor Raul Mira, entre outros. 

Fernando Martins

UNIVERSIDADE DE AVEIRO: acolhimento aos novos alunos

Posted by Picasa Reitora da UA, Helena Nazaré Mensagem da Reitora
Bem-vindo à UA
Parabéns pelo ingresso neste novo patamar do percurso de formação que iniciou há cerca de 12 anos com a entrada no meio escolar!Bem-vindo(a) à Universidade de Aveiro! É com muito agrado que o (a) recebemos nesta instituição que é, agora também, a sua Universidade. A Universidade de Aveiro é uma escola de referência, com um projecto que aposta na qualidade. Reunimos na Universidade de Aveiro um corpo docente altamente qualificado e óptimas condições de estudo, trabalho, investigação, acolhimento e lazer, aspectos essenciais ao desenvolvimento integral das capacidades dos estudantes. Tem esta instituição mantido o formato de formação em contexto de investigação e em contacto e relação com a sociedade envolvente, num enriquecedor ambiente de intercâmbio entre diferentes realidades. O percurso formativo que aqui irá trilhar proporcionar-lhe-á uma sólida base de conhecimento e uma diversidade de experiências e oportunidades que certamente se revelarão um forte trunfo para a vida futura, tanto em termos profissionais como pessoais. A Universidade está aberta às propostas e desafios dos seus estudantes. Durante o seu percurso académico têm a responsabilidade de ser tão exigentes com a instituição como consigo próprios, na gestão das prioridades, dos objectivos, dos anseios e do próprio tempo. Como mais recente membro de uma “escola de cidadania” não posso deixar de apelar à participação activa no dia a dia da instituição, seja nas comissões de curso, nos vários órgãos com representação dos estudantes ou na Associação Académica e nos seus variadíssimos núcleos. Desafio-o igualmente a intervir nas inúmeras actividades de carácter cultural, científico e desportivo que decorrem ao longo de todo o ano. A todos desejo um ano escolar estimulante, repleto de êxitos académicos e pessoais
A Reitora
Prof. Doutora Maria Helena Nazaré
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(Para ficar a conhecer o programa de acolhimento, clique aqui)

POSTAL ILUSTRADO - 3

Posted by Picasa Inscrição Em 16 de Outubro de 1932, o Presidente da República, General António Oscar de Fragoso Carmona lançou solenemente a primeira pedra para a construção das obras de melhoramente da barra.

POSTAL ILUSTRADO - 2

Posted by Picasa Inscrição Estando as águas da ria represadas durante cerca de um século, por motivo da insuficiência da barra, foi construído de 1802 a 1808 sob a regência do príncipe D. João, o molhe central, que abriu definitivamente a comunicação com o mar, saneou a região e restabeleceu a navegação.

POSTAL ILUSTRADO - 1

Posted by Picasa Inscrição Aos 5 dias do mês de Julho de 1959 durante as comemorações do milenário de Aveiro, o Presidente da República, Américo Deus Rodrigues Thomaz, descerrou este padrão comemorativo da construção das obras exteriores do porto.

PRAIA DA BARRA: OBELISCO JÁ COM DIGNIDADE

Posted by Picasa OBELISCO, agora com o nosso aplauso
Há tempos critiquei neste espaço e na Rádio Terra Nova o estado de abandono a que tinha sido votado, há anos, o OBELISCO da Praia da Barra, junto à meia-laranja e à casa dos Pilotos. Denunciei, então, que não me parecia bem manterem o OBELISCO sem as inscrições originais, que haviam sido vandalizadas e arrancadas, pedindo que as repusessem ou que arranjassem outra solução condigna. Disse, inclusive, que não me parecia nada mal que as primitivas inscrições lá ficassem, até porque poderiam ser um ponto de partida para se contar a história e para formar as pessoas.
Hoje, quando voltei à Barra, lá vi o OBELISCO com a dignidade que merecia. Quem quiser vê-lo e ler as mensagens que encerra, fica a saber mais um pouco da nossa história.
Parabéns e sempre pela positiva.
Fernando Martins

sábado, 3 de setembro de 2005

Furacão Katrina deixou um rasto de destruição

Posted by Picasa Furacão
A fragilidade do mundo e das grandes nações O furacão Katrina, previsto há muito pelos cientistas, mostrou à saciedade a fragilidade do mundo e dos Estados. A mais poderosa nação do globo, os Estados Unidos da América, mostrou-se impotente para evitar as destruições e mortes que a natureza descontrolada provocou. E assim, o maior império económico e militar da terra não pôde deixar de se render à sua insignificância, obrigando-se mesmo a aceitar a solidariedade de países que vivem no limiar da pobreza. Um Estado que apoia democracias e pactua com ditaduras, que promove a paz e faz a guerra, que ajuda os povos mais fragilizados do mundo e que age em função dos seus interesses comerciais, fazendo e desfazendo alianças a seu bel-prazer, viu a desgraça bater-lhe à porta sem apelo nem agravo, atingindo as suas populações mais débeis.
Os EUA não souberam ouvir as notícias que previram o furacão, não se preocuparam com os prováveis danos da tempestade, não acautelaram a evacuação das populações, não prepararam o realojamento de muitos milhares de pessoas, não estudaram os apoios a prestar aos desalojados e só tardiamente começaram a combater os grupos organizados de assaltantes e a prestar auxílio aos que ficaram apenas com a roupa que traziam vestida. Os prejuízos incalculáveis que o Katrina provocou, na região mais pobre dos EUA, deixando um rasto de destruição raramente visto, obrigaram os governantes americanos a reconhecerem que, afinal, não são, afinal, tão poderosos como supunham. E a gravidade da situação é tão grande, que não há certezas quanto ao tempo que demora a reconstrução da cidade de Nova Orleães, presentemente mergulhada no caos, com gente sem alimentos, sem habitação e sem medicamentos. Pelo mundo vão-se multiplicando os gestos e as acções de apoio humanitário, numa demonstração clara de que o nosso planeta está cheio de gente boa. E até Cuba, curiosamente, se prontificou a enviar mais de mil médicos e a fornecer medicamentos ao país que há décadas a persegue. Ainda bem. Fernando Martins

Gabinete de apoio para imigrantes

ORDEM DOS ADVOGADOS PEDE CRIAÇÃO IMEDIATA DE ESTRUTURAS DE APOIO JURÍDICO PARA IMIGRANTES
A Ordem dos Advogados (OA) defendeu a criação "imediata" em Portugal de estruturas de apoio e consulta jurídica para os imigrantes, por estes cidadãos estarem mal informados acerca dos seus direitos no país. A posição da OA surge num relatório sobre a actividade do Gabinete de Consulta e Apoio ao Cidadão Estrangeiro, uma iniciativa da Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados, que funcionou de forma experimental no mês de Junho, em Lisboa.
No relatório a que a Agência Lusa teve acesso, a OA defende que seja criada "de imediato uma estrutura de consulta onde os imigrantes possam estar a par da sua situação jurídica". Em declarações à Lusa, Rui Elói Ferreira, que participou na criação do Gabinete, afirmou que esta experiência permitiu "constatar que os imigrantes estão muito mal informados acerca dos seus direitos em Portugal".
Daí a necessidade "imediata" de uma estrutura onde os estrangeiros possam apresentar queixas e que actue na defesa dos seus direitos de forma gratuita. "Há uma lacuna no sentido da inexistência de uma organização séria, razoável e independente, que preste apoio de carácter exclusivamente jurídico e gratuito e possa exercer pressão sobre as autoridades com poderes para intervir, de modo a defender os direitos dos cidadãos estrangeiros", indica o relatório.
Segundo a OA, existem muitas estruturas de apoio para os imigrantes, mas todas direccionadas para os problemas sociais e de integração. A Ordem dos Advogados ressalva também que a falta de informação nesta área não é exclusiva dos estrangeiros, tendo o Gabinete sido contactado pelos próprios advogados e instituições para obter esclarecimentos.
(Para ler mais, clique SOLIDARIEDADE)

sexta-feira, 2 de setembro de 2005

ARÁBIA SAUDITA: Cristãos perseguidos

Posted by Picasa Mesquita Perseguições aos cristãos aumentam com o reinado de Abdullah
Se as condições dos Cristãos durante o reinado do Rei Fahd eram difíceis, depois da sua morte e com a chegada do Rei Abdullah, as perseguições a crentes de outras religiões no reino saudita aumentam, e os cristãos estão no topo da lista. Segundo a AsiaNews, a Muttawa, a polícia religiosa, tem forçado a entrada nas habitações de estrangeiros, suspeitos de acolherem grupos que se reuniam em privado para rezar. O medo levou a que muitos grupos de cristãos tenham cessado os seus encontros. Os cristãos indianos são os mais atingidos. Só no último mês, viram 9 compatriotas serem presos por práticas religiosas ilegais. Segundo a Indo-Asia News, a situação tem-se agravado de tal forma, que o embaixador da Índia, em Riade, enviou um comunicado a todos os Indianos residentes no reino saudita alertando para o aumento do número de detenções por práticas religiosas. O embaixador aconselhou ainda o seu governo a alertar todos aqueles com destino à Arábia Saudita a não transportarem Bíblias, livros e imagens religiosas. Este facto vem contrariar a tendência verificada no "Relatório 2004 – Sobre a Liberdade Religiosa no Mundo" que considerava que a situação estava a melhorar em relação a 2003 com "uma maior liberdade de reunião para os xiitas" e algumas declarações que a imprensa saudita atribuiu ao príncipe Sultan afirmando:"Nós dizemos aos cristãos: dentro de vossa casa, vocês e as vossas famílias adoram quem quiserem". Devido à pressão da comunidade internacional, o falecido monarca saudita Rei Fahd tinha permitido o culto privado de outras religiões mas isto não impediu a Muttawa de prender e torturar pelo "crime" de professar outra religião que não o Islamismo. Desde a criação do reino saudita e com a proibição de outra religião que não seja o islamismo fundamentalista wahabita que toda a actividade missionária ou expressão pública de fé contrária, possuir Bíblias, usar um crucifixo, segurar um terço ou até rezar em público, é ilegal. A polícia religiosa é famosa pela violência e torturas com que assegura o cumprimento da proibição religiosa. Apesar deste retrocesso em termos de liberdade religiosa, a Arábia Saudita continua a recrutar mão-de-obra especializada estrangeira e ainda recentemente criou uma isenção de impostos durante 15 anos de forma a atrair capital estrangeiro a investir em infra-estruturas do reino.
Fonte: Texto da "Ajuda à Igreja que Sofre"

Jornadas Mundiais da Juventude, em Colónia

Posted by Picasa Jovens peregrinos
TESTEMUNHO DE UM LEITOR
Bem sei que a minha opinião sobre a XX JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE é apenas mais uma entre muitas. Mas gostaria apenas de testemunhar quão gratificante foi a minha experiência de comunhão com cerca de 800 000 jovens peregrinos, diferentes na sua nacionalidade e cultura, mas unidos de forma alegre numa só fé. Só por uma questão de pomenor, o meu grupo (da Pastoral da UBI http://pastubi.blogspot.com/ integrado na diocese da Guarda) também passou por Taizé, o que nos leva hoje a pensar em voltar lá para o ano, por uma semana. É também verdade que a Jornada não foi só festa e contactos com outras pessoas; existiu também tempo e silêncio para receber Cristo no interior de cada um. Para quem esteja a pensar em ir pela primeira vez a um encontro como este, o meu conselho é este: não penses, decide-te e vai! De uma forma ou de outra, Deus dar-nos-á os meios para em 2008 estarmos em Sydney! Sem pôr em causa o que foi acima dito, há que esclarecer, para ser fiel à verdade, que em Colónia, principalmente no Marienfiel, não existiu uma pequena falta de organização (como os media noticiaram), porque a desorganização foi total. Ninguém verificou o bilhete dos peregrinos, nada foi revistado, qualquer um pôde entrar e ocupar o local que quisesse. De facto, naqueles dias, um milhão de pessoas, incluindo Bento XVI, puderam apenas contar com a Providência para a sua segurança. Mas, de certeza que os australianos farão melhor.
Luís Monteiro
(aluno da UBI e autor do blog http://rascunhosvirtuais.blogspot.com/)

HERA avança com "QUINTA DA CULTURA"

Posted by Picasa Marinha "Troncalhada", em Aveiro ÀS QUINTAS-FEIRAS, VISITAS GUIADAS
A HERA-Associação para a Valorização e Promoção do Património oferece aos amantes da cultura, em especial, e a todos, em particular, um programa de muito interesse, denominado "A QUINTA DA CULTURA".
Todas as quintas-feiras do mês de Setembro será realizada uma visita guiada à descoberta do património ambiental e cultural das cidades de Aveiro e de Ílhavo, com este calendário:
Dia 8 Setembro: Visita guiada às dunas e à povoação da Costa Nova (Ílhavo).
Dia 15 de Setembro: Visita guiada às Salinas (Aveiro).
Dia 22 de Setembro: Visita guiada aos principais monumentos históricos de Aveiro.
Dia 29: Roteiro temático ARQUEOLARIA, com visita guiada à descoberta do património arqueológico e cultural de Aveiro.
O numero de participantes é limitado.
Pré-inscrição obrigatoria.
Para mais informações: 969145152.

UMA BOA MEDIDA DO GOVERNO

Sócrates quer "um balcão único de serviços públicos em todos os concelhos"
A criação de "um balcão único de serviços públicos em todos os concelhos" será uma das metas da reforma da administração pública, cujo modelo definitivo deverá ser conhecido em Junho do próximo ano, disse hoje o primeiro-ministro, José Sócrates. Este "princípio orientador" foi enunciado por José Sócrates na cerimónia de tomada de posse da comissão que irá proceder às auditorias aos ministérios e sugerir ao Governo as reformas necessárias na administração pública. "Devemos caminhar para um balcão único de serviços públicos em todos os concelhos", disse o chefe do Executivo.
Na ocasião, José Sócrates enunciou outra das "orientações para a mudança": o recurso às "cinco regiões-plano" existentes para enquadrar a "desconcentração dos serviços" do Estado.
"A desconcentração dos serviços da administração no território nacional deve seguir o modelo das cinco regiões-plano, que já provaram ao longo dos anos. É altura de usar esse critério", afirmou o primeiro-ministro.
Perante numerosos membros do Governo, José Sócrates sublinhou que a tarefa da comissão, presida por João Bilhim, presidente do conselho directivo do Instituto Superior de Ciência Sociais e Políticas, "não é elaborar mais um relatório sobre as funções do Estado", mas antes "responder com urgência à desadequação entre a estrutura da administração pública e do Estado" e aquilo que lhe é pedido.
(Para ler mais, clique PÚBLICO)

quinta-feira, 1 de setembro de 2005

Um artigo de D. António Marcelino

Posted by Picasa D. António Marcelino Pequenos segredos que dão sentido à vida Os jornais noticiaram que um casal, ao comemorar oitenta e três anos de matrimónio, ambos tinham já ultrapassado os cem, foi revelando, com um sorriso de ternura e felicidade, que o segredo de tal êxito está em evitar diariamente as discussões… No fundo, está em defender o amor e o seu sentido, todos os dias, e com esforço pessoal. Li esta notícia no café e, ao pagar a bica, comentei-a com a senhora, conhecida de todos os dias, que estava na caixa. Muito séria, ela respondeu: “ É isso mesmo. Eu e o meu marido já acertamos que quando um fala alto o outro cala-se. Problemas todos temos. A ralhar não se resolvem.”
Guardando estes pequenos grandes segredos de casais, que são vivências que dão sentido à vida, chegou-me pelo correio electrónico um texto de Mahatma Gandhi, cheio de sabedoria, e que resumo de modo fiel:
Um mestre indiano perguntava a seus discípulos: “Porque é que as pessoas gritam com as outras quando estão aborrecidas ou zangadas? Por vezes gritam, e a pessoa que está ao seu lado não precisa de gritos para ouvir…”
As respostas dos discípulos foram surgindo: “Porque perdem a calma”, “Porque querem ser ouvidos”, “Porque acham que têm razão…”
O motivo, porém, diz o mestre, é outro. À medida que surge um pequeno problema e se grita, os corações vão-se afastando sempre mais. E, quanto mais se grita, maior é o afastamento, julgando-se, então, que os gritos encurtam a distância de quem se vai separando. Pelo contrário. Quando duas pessoas estão enamoradas, não gritam, por vezes somente sussurram. E se o seu amor é muito grande, nem precisam de sussurrar. Apenas se olham, e basta. Os seus corações se entendem. Quando duas pessoas se amam de verdade, os seus corações estão muito próximos.
E o mestre conclui com palavras sábias: “Quando discutirdes, não deixeis que os vossos corações se afastem, não digais palavras que os distanciem mais, não aconteça que um dia a distância seja tão grande que não mais encontrareis o caminho do regresso.”
A sabedoria tem o jeito de dizer verdades grandes com palavras simples e ao alcance de toda a gente.
É uma dor de alma ver famílias a desmoronarem-se, deixando atrás de si ruínas insanáveis; gente a pensar que a sua razão está na força dos seus gritos; opiniões diferentes a levantar muros de silêncio; pequenos problemas a dar ocasião a ódios de morte; falta de diálogo a secar corações…
Porque anda tanta gente irritada e não suporta uma pequena dificuldade?
Será que, na sociedade actual, há cada vez menos espaço para o amor, esquecendo-nos que quem mata o amor tira o sentido à vida? Será que o perdão que une é menos meritório que o ódio que separa e mata?

Universidade de Aveiro: Exposição sobre Einstein

Posted by Picasa Albert Einstein Exposição bibliográfica sobre Albert Einstein
Até 2 de Outubro, na Biblioteca da UA, pode ser apreciada uma exposição bibliográfica sobre Albert Einstein. Esta exposição está aberta todos os dias úteis, das 9.30 às 12.30 horas e das 14 às 17.30 horas. Trata-se de uma iniciativa do Departamento de Física, no âmbito das comemorações do Ano Internacional da Física, tendo sido organizada em conjunto com a Biblioteca da UA. Pretende dar a conhecer parte do espólio da biblioteca sobre o génio Albert Einstein.

RIA DE AVEIRO: ACHADO ARQUEOLÓGICO EM CATÁLOGO

Posted by Picasa Director do Museu e presidente da Câmara de Ílhavo no lançamento do catálogo “Um Mergulho na História
– O navio do século XV Ria de Aveiro A” “Um Mergulho na História – O navio do século XV Ria de Aveiro A” é um catálogo editado pelo Museu Marítimo de Ílhavo/Câmara Municipal de Ílhavo, Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática e Instituto Português de Arqueologia. Da autoria de Francisco Alves e Eric Rieth, esta obra, bilingue, vem dar uma ajuda preciosa à divulgação de um achado arqueológico de um navio que remonta ao século XV e que é, sem dúvida, uma fonte de riquíssimos conhecimentos. Álvaro Garrido, director do Museu Marítimo de Ílhavo, diz na apresentação do catálogo que esta publicação é a “memória” do processo de investigação do “Aveiro A”, bem retratada há um ano numa exposição temporária que esteve patente ao público no museu ilhavense. No catálogo agora editado, o presidente da Câmara de Ílhavo, Ribau Esteves, avançou com a ideia da criação de uma unidade de investigação do CNANS (Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática), situada em “zona próxima ao local do achado arqueológico em causa”, valorizando, deste modo, o património cultural do concelho. Esta publicação oferece ao leitor (que será, à partida, um amante dos legados históricos que o tempo preservou) um conjunto de fotografias alusivas aos trabalhos desenvolvidos na Ria de Aveiro, em espaço ilhavense, no canal de Mira, perto da Ponte da Barra, pela equipa de investigação de arqueologia subaquática, dirigida pelo arqueólogo Francisco Alves. O navio descoberto e em fase de estudos constitui, como se salienta no catálogo, “o mais antigo e bem preservado vestígio de tradição ibero-atlântica conhecido à escala internacional”. Também se presume já que “seria um pequeno navio de carga e de cabotagem, de manifesta feitura local. O que o torna ainda mais importante, visto as suas características estruturais documentarem, com um século e meio de antecipação, algumas das normas que viriam a ser consignadas nas fontes escritas da arquitectura naval portuguesa de tradição erudita, dos finais do século XVI e inícios do XVII”. Fernando Martins

FOGOS FLORESTAIS

Portugal pior do que a Amazónia Explicações são diversas mas têm um denominador comum: nada foi feito e a lição não foi aprendida
A floresta portuguesa está a desaparecer a um ritmo mais devastador do que a floresta amazónica. Os números assim o provam em 10 anos foram queimados 800 mil dos 2,5 milhões de hectares de floresta pura. No total, e se a contagem abranger os últimos 20 anos e todo o território, contabilizam-se 2,8 milhões de hectares consumidos.
"Estamos a perder a guerra mas continuamos a cultivar heróis e a fechar os olhos à dimensão real do problema", afirmou ao DN Pedro Almeida Vieira, um investigador na área dos incêndios florestais. "Ainda temos floresta, mas com este ritmo não vamos ter por muito mais tempo", acrescenta.
O cenário é desolador, e a prevenção um fracasso este ano, 80% da área ardida situa-se nas zonas já assinaladas como de risco alto e muito alto. A cartografia foi traçada em Maio mas pouco se fez para evitar o pior. O Governo recusa críticas à falta de meios e coordenação e diz que o sistema funciona. Mas 240 mil hectares já foram reduzidos a cinzas, perspectivam-se mais dias trágicos e caminhamos a passos largos para os registos de 2003. Para os especialistas ouvidos pelo DN o balanço é simples: "Correu tudo mal. Como nos últimos anos." E alertam: a floresta não suporta mais dois ou três anos assim.
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