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domingo, 24 de março de 2019

Leonor Xavier: Abusos sexuais e violência doméstica


«Abusos sexuais na Igreja? Pedofilia? Já sabemos. A Comunicação Social anuncia, disserta, desenvolve. A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) já se pronunciou. Alguns bispos evocaram, nos seus documentos quaresmais. O assunto não morreu, o tema ressuscita a cada dia. É mais que universal. Monstruoso. 
Tomando outro enfoque, centro-me na nossa concreta sociedade, em que, sem distinção de classes, a tradição, o costume, a prática de violência doméstica são hoje notícia constante. Os números cortam-me: doze mulheres assassinadas nas primeiras dez semanas do ano. Nas primeiras doze semanas, 131 suspeitos de crimes de violência doméstica por violação, lenocínio, agressão grave. Por dia, duas pessoas, homens e mulheres, detidas por violência doméstica, neste primeiro trimestre do ano. Falam os magistrados em “números negros”, a procuradora-geral da República classifica “este cenário desolador”.»

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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

A Igreja dá pouca atenção ao problema da violência doméstica



«A Igreja Católica tem dado pouca atenção ao problema da violência doméstica, mas deveria considerá-lo como “uma prioridade”. A opinião é expressa por Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa, em declarações ao 7MARGENS, a propósito dos últimos casos de mulheres assassinadas pelos maridos ou companheiros em Portugal.» 

Eugénio Fonseca tem razão quando faz afirmações como as que li no 7MARGENS, cujo texto, na íntegra, merece ser lido e meditado. Têm sido muito frequentes as notícias sobre violência doméstica no nosso país, não só no seio das famílias, mas também entre namorados. O problema é complexo e não se resolve apenas com denúncias ou com condenações dos criminosos que andam à solta por aí. Urge mobilizar toda a gente para a defesa das vítimas, mas isso não será o suficiente. É necessário erradicar estes crimes hediondos. É imperioso que especialistas de várias vertentes definam critérios para a justiça atuar com celeridade, mas também é preciso educar, desde a infância, para a não violência, mas também para o respeito pelo outro.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Violência doméstica




A vida decorria, sem sobressaltos, ali, na Quinta do Briol. O “sultão” AlGalarós dominava, na hierarquia dos sete galináceos, arrastando a asa e controlando as suas (apenas!) seis concubinas.
Era um regalo olhar para o espaço ensolarado e contemplar o macho imponente no seu traje vistoso de penas listradas de cetim branco e cinzento, cacarejar em chamamento das companheiras dispersas pelo pinhal. Estas acorriam, ao apelo cantante do “senhor” que encontrara algum verme e queria partilhá-lo com as fêmeas. Tê-las sempre debaixo de olho e sob controlo apertado, era o grande objetivo do galo apavonado!
Cumpria-se a velha e já ultrapassada (!) filosofia, “Onde há galos, não cantam galinhas” e tudo corria ao som da trombeta, isto é, da voz do chefe.


Dori(n)da
No entanto, a tradição já não é o que era e a velha filosofia começou a ruir, pois Camões sempre disse: “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades!” As galinhas, sempre atentas à evolução dos tempos, referida pelo grande vate, começaram a sublevar-se e oferecer resistência às investidas do “sultão”.
- Abaixo a ditadura! Fora a tirania! Derrubemos a prepotência! Seriam estas as ideias revolucionárias, em embrião, talvez do tamanho dum grão de milho, que começavam a ganhar forma, no cérebro minúsculo da meia dúzia de galinhas.
Estas e outras maquinações iam progredindo, na surdina, sem que a dona se apercebesse dos conflitos existentes ali, ao lado de casa.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

DIA INTERNACIONAL PARA A ELIMINAÇÃO DA VIOLÊNCIA SOBRE A MULHER - 25 de novembro




Aquele que maltrata uma mulher 
desceu à bestialidade dos primatas 
Maria Donzília Almeida
“Na mulher, não se bate 
nem com uma flor...”
De forma simbólica, estão aqui representadas duas formas antagónicas de lidar com a mulher. Se por um lado até o afago duma flor parecerá excessivo à delicadeza e fragilidade da mulher, quando se fala da outra face da moeda, de violência, de grosseria, está a levantar-se o véu dum problema social, que não é só dos nossos dias e tem feito muitas vítimas, ao longo da história - a violência doméstica.
Considero que qualquer criatura que ouse beliscar, nem que seja ao de leve, a integridade duma mulher, deixa de ser considerado Homem! Aquele que maltratou aquela que é a depositária da vida humana, que transporta no seu seio o recetáculo da própria Vida... desceu à bestialidade dos Primatas!