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quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Teresa Machado dá nome a Pavilhão da Escola Secundária

Maria Eugénia Pinheiro e Carlos Rocha com Teresa Machado

Li na Rádio Terra Nova que o Agrupamento de Escolas da Gafanha da Nazaré e a Junta de Freguesia se juntaram para o 'batismo' do Pavilhão da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, que a partir de hoje se chamará 'Teresa Machado', um nome de uma figura do desporto nacional nascida na Freguesia. Teresa Machado dá, assim, nome ao equipamento e o seu exemplo servirá para muita juventude, de todas as idades, seja contagiada pela sua determinação, coragem, abnegação e amor à causa do desporto. 
Felicito a Teresa Machado com muita estima, na certeza de que, mais tarde ou mais cedo, novos atletas hão de surgir na Gafanha da Nazaré, mas não só.

Foto da RTN

sexta-feira, 19 de julho de 2019

Teresa Machado é uma referência para todos nós

Homenagem a Teresa Machado 
na cerimónia da atribuição da bandeira 'Eco-Freguesia'

Presidente da Junta entrega uma lembrança à Teresa
"O Coração Motivado e a Mente Determinada Fizeram-te Campeã. Obrigado Teresa!"

Teresa Machado,  Rosa Mota e Carlos Rocha

Rosa Mota e Teresa
Teresa com o filho e Rosa Mota 
“Insatisfeita, sempre na busca do melhor que é possível ao ser humano”, a Teresa Machado “foi um marco na nossa infância e continua hoje a ser uma referência para todos nós”, afirmou o presidente da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, Carlos Rocha, na homenagem que lhe foi prestada, no passado sábado, 13 de julho, integrada na cerimónia que assinalou a atribuição da bandeira 'Eco-Freguesia', pela Associação Bandeira Azul Europa à nossa terra. 
O autarca frisou que a reconhecia atleta reúne qualidades que a alcandoraram a níveis altíssimos nas inúmeras competições em que participou, em Portugal e no Estrangeiro, em provas nacionais, europeias e mundiais, marcadas pela simplicidade e humildade. “Nunca quis ser o que não era” e normalmente “soube ouvir o que tinham para lhe dizer”. 
A Teresa, frisa Carlos Rocha, viveu e vive com a consciência das suas capacidades físicas e anímicas: “Onde se mete é para fazer bem e ser”; e “quando os outros desistem, ela teima e vai”, mas “vai a todas”; “sempre na busca do melhor que é possível”, mostrou à saciedade “o espírito de sacrifício e de resiliência”, disse. 
Júlio Cirino, seu treinador praticamente desde os primeiros degraus da escada que Teresa Machado haveria de subir com coragem e determinação, associou-se à homenagem, em missiva que lhe dirigiu dos Açores, onde reside presentemente, traçando, com riqueza de pormenores, o percurso da atleta de que todos os gafanhões, e não só, se orgulham. 
“Nos teus anos de maior fulgor, as adversárias com quem medias forças eram preparadas pelos melhores treinadores da Europa de Leste (que utilizavam nos treinos aparelhagem altamente sofisticada) e eram apoiadas por médicos mundialmente reconhecidos, biomecânicos experientes, exímios fisioterapeutas e psicólogos de renome. E tu? Treinavas na Lota da Gafanha!”, sublinhou o seu treinador, Júlio Cirino, que, queremos frisar, muitos desses treinadores ele próprio superou ao lado da Teresa, dando-lhe dos seus conhecimentos e do apoio anímico de que ela precisava nos momentos da concentração e nas horas decisivas. 
Júlio Cirino evoca os progressos conseguidos em crescendo nos exigentes campeonatos, nacionais, europeus e mundiais, mas ainda em quatro Jogos Olímpicos (Barcelona, Atlanta, Sydney e Atenas), nas áreas do Disco e Peso, em que competiu. Garantido está que foi grande entre os mais conceituados atletas do planeta, depois de treinos e estágios em quadrantes variados. “Quem nos devia ajudar, não o fez. Por isso, quase todos os dias tínhamos de lutar contra alguém ou contra alguma coisa”, salientou. E adiantou: “A tua brilhante carreira, de 24 anos, na qual tive o privilégio de trabalhar todos os dias contigo, à chuva, sob um calor abrasador, ao frio, com as rajadas de vento que na Lota da Gafanha temos com fartura, nunca te desviaram um milímetro que fosse do rumo traçado, treinando de dia e estudando à noite.” 
Presente na cerimónia a também famosa campeã Rosa Mota, convidada de honra, tendo dados ambas os seus testemunhos relacionados com a atribuição da bandeira “Eco-Freguesia” à nossa terra, graças às campanhas e trabalhos desenvolvidos pela Junta de Freguesia nessa área, garantidamente com a envolvência em tantas instituições da Gafanha da Nazaré. 
O testemunho dos nossos ídolos são de enorme importância para a juventude, mas ainda para o povo mais maduro; todos veem neles a capacidade de entrega e a generosidade de se apaixonarem por causas, como foi o caso da Teresa Machado e da Rosa Mota. 

Fernando Martins

segunda-feira, 15 de julho de 2019

Teresa Machado foi homenageada pela Junta de Freguesia


A nossa Teresa Machado, a atleta gafanhoa que mais alto chegou, foi homenageada pela Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, no sábado, 13 de julho. Homenagem justa, a que não pude assistir por desconhecer o ato em boa hora levado a cabo pela autarquia. Tive pena, mas voltarei ao assunto depois de recolher elementos sobre o que  realmente se passou. A admiração que tenho pela Teresa e pelo seu treinador, Júlio Cirino, obriga-me a isso. 
De qualquer forma, aqui lembro já o acontecimento, enquanto recordo uma entrevista que ela teve a gentileza de me conceder há uns 10 anos.

F.M. 

sábado, 18 de outubro de 2008

Teresa Machado abandona a alta competição



Os campeões vivem sempre
Resolvi escrever umas linhas a lembrar a Teresa, mulher forte por fora, mas muito grande por dentro. Recuo 25 anos e vejo-a treinar num terreno quase defronte à sua casa, sob a ordens do Professor Júlio Cirino. Ele anda com um trabalhão em mãos, a recolher memórias, para que não se apaguem. Precisamos muito delas. Estas linhas são por isso. Tudo o que é terreno termina, porque assim houvera de ser. Os campeões, esses raros aceitantes de desafios, não desaparecem de todo. Podem mudar o seu futuro, mas nada lhes apaga o passado, com muitos sacrifícios, à chuva, ao frio, ao sol abrasador, e «em tantos climas experimentados», ficam para sempre. O desporto, mesmo o de alta competição, dá sempre grandes virtudes a quem dele faz vida. E não conheço nenhum atleta que deixe de partilhar a sua experiência, quando dele se abeiram todos os que os respeitam, porque dedicados à mesma causa que é o desporto. 
A Teresa Machado é uma pessoa ideal para lançar desafios de partilha das suas experiências adquiridas por esse mundo fora. Os jovens da Gafanha da Nazaré precisam de olhar para os bons exemplos. Ela merece, sem engano algum, uma pista de atletismo melhor que aquela em que ficou a do Complexo Desportivo. A placa com seu nome não é suficiente para a lembrar nas pistas, em qualidades de atleta humilde e sensata que sempre foi. E será, porque o futuro, com maior ou menor peso, lançado desde muito cedo, deve ser devidamente reconhecido nos seus méritos. Os campeões vivem sempre. Ainda lhe envio um poema, inspirado nos livros e na leitura - esse fermento que transforma gente em sabedoria.

Quando leres 
Prefere as folhas em branco 
Prontas a preencher de azul 
As quimeras lindas nos céus 
Redondos que olham para ti 
Em figuradas perfeições que 
As páginas aconselham livres 
Traça as linhas da tua vontade 
Que emerge da pura realidade 
E avalia o sangue a apossar-se 
Dos trechos do fim da história 
Que namora em casta placidez 
A razão que preenche a nudez 
Das folhas que foram brancas 

Hélder Ramos

NOTA: O Hélder Ramos é professor de Língua Portuguesa na Escola Secundária c/ 3º ciclo de Júlio Dinis e autor do livro de poesia «Ao Pé das Palavras». Um abraço para o Hélder, que não vejo há muito. Mas também aqui ficam os meus agradecimentos pela suas oportunas considerações sobre a Teresa Machado. A Gafanha da Nazaré deve-lhe, sem dúvida, uma digna homenagem.

FM