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quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Santa Mãe de Deus, Rogai por Nós

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Dia Mundial da Paz




 
Esta invocação à Santa Mãe de Deus abre a segunda parte da Ave Maria, oração decorrente do diálogo do Anjo Gabriel com ela aquando da anunciação. Nasce e flui como resposta do povo cristão perante a contemplação das maravilhas enunciadas na primeira parte: Maria, a cheia de graça, convidada a alegrar-se, que fica surpreendida e preocupada com a mensagem recebida, que é escolhida para ser a Mãe de Jesus, o filho do Altíssimo, que quer saber o como de tudo isso que contrasta com a sua opção de noivado com José, que confia na verdade narrada, que se disponibiliza para ser a obediente serva e assumir tão grandioso projecto. Maria, a reconhecida por Isabel como Mãe do Senhor, a bendita entre as mulheres que gera no seu ventre um fruto precioso, Jesus. 
“Deus, em Jesus, teve uma Mãe. Uma simples e humilde mulher daquela aldeia que era Nazaré quando Jesus veio a este mundo. Maria educou a Jesus como todas as mães educam os seus filhos…Que Mãe tão genial que soube educá-Lo tão «divinamente». J. M. Castillo La religión de Jesús, 46-47. 
“Rogai por nós, Santa Mãe de Deus” reza, na Salve Rainha, a fé do povo cristão em súplica confiante ao sentir as aflições da vida e os males do mundo, ao fazer a experiência da fragilidade humana e das provocações adversas, ao dar largas às aspirações do coração que quer ser fiel à Palavra do Senhor e à Igreja que a proclama, e participar da sua missão na terra e gozar da sua recompensa no Céu. 

domingo, 31 de dezembro de 2017

Georgino Rocha - Em Jesus, Deus tem Mãe


Santa Maria, Mãe de Deus

Maria surge na liturgia do início do Ano com o título de Santa Mãe de Deus. Título que distingue a sua especial vocação e singular missão. Título que enaltece a humanidade que ela representa. Título que nos faz intuir e acolher que, em Jesus, Deus tem Mãe. Que alegria e encanto! Que apelo a rezarmos com grande devoção: Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores! Que conforto para o nosso esforçado peregrinar nos tempos de intempérie, como os actuais!
Lucas, o evangelista narrador (Lc2, 16-21), leva-nos à gruta de Belém e faz-nos ver uma cena maravilhosa: o encontro dos pastores com “Maria, José e o Menino”. A sobriedade da descrição realça a grandeza da mensagem. E a alusão à atitude de cada um dos intervenientes configura um quadro muito expressivo da maravilha/mistério ali visualizado. O Menino está deitado na manjedoura. Os pastores contam o que os anjos lhes haviam anunciado. Maria, em silêncio, ouvia e conservava em coração agradecido. José, recolhido a um canto, nem deixa perceber reacção, que será certamente de grande admiração. E todos se maravilhavam pelo acontecido. Os pastores mensageiros regressam à vida quotidiana, à pastorícia, exultantes por tudo o que tinham ouvido e visto, cantando o alcance da experiência vivenciada.
O Menino tem nome. Não é um ser indiferenciado, letra ou número. Nome indicado pelo anjo Gabriel, o mensageiro das boas notícias. Nome que é inscrito nos registos oficiais do Templo de Jerusalém por José e Maria, sua Mãe. Nome que sempre o acompanha e fica como memória perpétua na inscrição da cruz no Calvário, a mando de Pilatos. Com o nome que simboliza a sua vocação pessoalíssima de Salvador da humanidade, “Jesus é circundado, conhece o gesto que simboliza a sua pertença ao povo da aliança, a sua integração nas relações familiares e sociais”. (Manicardi Comentário à Liturgia Dominical e Festiva, p. 39).
Jesus pertence a Israel, o povo que é de Deus, a Maria e a José de quem recebe o carinho e a educação familiares, aos avós e vizinhos com quem convive e se socializa, ao Templo com a sua vasta rede de leis e ritos, de práticas e tradições. Jesus entra na realidade que envolve a vida e tece a sua moldura cultural, abrindo a “janela” do mundo, horizonte maior da sua missão salvadora. E nós a quem pertencemos? Pergunta crucial que reclama uma resposta pessoal e clara. Sempre!
“É preciso reconhecermos o mistério em que estamos envolvidos e pelo qual somos acolhidos; é preciso reconhecermos o mistério do outro; é preciso tornarmo-nos atentos à presença divina que nos visita através das presenças das criaturas. A pertença a Deus passa através de pertenças horizontais, familiares, comunitárias”. (Manicardi, p. 40). As relações com o outro e com a comunidade constituem um teste qualificado da nossa pertença a Deus e da nossa fé, que sai confirmada ou desmentida. Façamos a prova da autenticidade. Veremos que é desafiante.
O nome de Jesus significa “Deus salva”. A narrativa bíblica descreve os factos mais marcantes da história da salvação, que atinge a plenitude na vida e missão de Jesus de Nazaré, com os capítulos finais: o trágico pela morte que o elimina; e o da feliz ressurreição pela aceitação incondicional que Deus Pai lhe mostra na manhã da Páscoa gloriosa. “Se os pais exprimem o que desejam para os filhos, dando-lhes o nome, também Deus indica o seu desejo para toda a humanidade ao indicar a Maria o nome que havia escolhido para Jesus.
Deus salva entrando na condição de quem necessita de ser salvo e selando com ele uma relação de amizade envolvente. “Sem ti, Deus não te salvará”, afirma Santo Agostinho. De que precisamos de ser salvos? E o contexto em que vivemos, o nosso ambiente familiar e o mundo do entretenimento, de violências e guerras?
A paz emerge com toda a força como a maior necessidade de cada pessoa e de toda a humanidade. Maria, a Mãe de Jesus, o Príncipe da Paz, é invocada também como a Senhora da Paz.
Acompanhemos o Papa Francisco que envia à Igreja uma mensagem muito apelativa dedicada aos “Migrantes e refugiados: homens e mulheres em busca de paz”. Diz o Santo Padre: “Com espírito de misericórdia, abraçamos todos aqueles que fogem da guerra e da fome ou se veem constrangidos a deixar a própria terra por causa de discriminações, perseguições, pobreza e degradação ambiental.
Estamos cientes de que não basta abrir os nossos corações ao sofrimento dos outros. Há muito que fazer antes de os nossos irmãos e irmãs poderem voltar a viver em paz numa casa segura. Acolher o outro requer um compromisso concreto, uma corrente de apoios e beneficência, uma atenção vigilante e abrangente, a gestão responsável de novas situações complexas que às vezes se vêm juntar a outros problemas já existentes em grande número, bem como recursos que são sempre limitados. Praticando a virtude da prudência, os governantes saberão acolher, promover, proteger e integrar, estabelecendo medidas práticas, «nos limites consentidos pelo bem da própria comunidade retamente entendido, [para] lhes favorecer a integração».
O Papa Francisco e no seu seguimento muitos dos nossos Bispos insistem na necessidade de promovermos a cultura do encontro que tem o selo da fraternidade sem fronteiras e faz brilhar a chancela da dignidade inviolável da cada ser humano. E que Maria, a Senhora da Paz, nos dê a sua bênção de Mãe de Deus realizada em Jesus, o Salvador.

Georgino Rocha

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

ROGAI POR NÓS, SANTA MARIA, MÃE DE DEUS

Reflexão de Georgino Rocha


Dia Mundial da Paz

Esta invocação à Santa Mãe de Deus abre a segunda parte da Avé Maria, oração decorrente do diálogo do Anjo Gabriel com ela aquando da anunciação. Nasce e flui como resposta do povo cristão perante a contemplação das maravilhas enunciadas na primeira parte: Maria, a cheia de graça, convidada a alegrar-se, que fica surpreendida e preocupada com a mensagem recebida, que é escolhida para ser a Mãe de Jesus, o filho do Altíssimo, que quer saber o como de tudo isso que contrasta com a sua opção de noivado com José, que confia na verdade narrada, que se disponibiliza para ser a obediente serva e assumir tão grandioso projecto. Maria, a reconhecida por Isabel como Mãe do Senhor, a bendita entre as mulheres que gera no seu ventre um fruto precioso, Jesus.
“Rogai por nós, Santa Mãe de Deus” reza, na Salve Rainha, a fé do povo cristão em súplica confiante ao sentir as aflições da vida e os males do mundo, ao fazer a experiência da fragilidade humana e das provocações adversas, ao dar largas às aspirações do coração que quer ser fiel à Palavra do Senhor e à Igreja que a proclama, e participar da sua missão na terra e gozar da sua recompensa no Céu.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

JESUS, O FILHO DE MARIA, SALVADOR DO MUNDO



Reflexão de Georgino Rocha


santa Maria Mãe de Deus - Pesquisa Google: «O brilho do rosto 
do Deus revelado em Jesus 
é próximo e familiar»

O nome de Jesus é-lhe dado por seus pais por indicação do anjo Gabriel, aquando da anunciação em Nazaré. Maria e José vão ao templo de Jerusalém cumprir o que estava prescrito. Observam o ritual comum a todos, inscrevem o nome do Menino no registo oficial, inserindo-o na história de Israel e, por ela, na da humanidade. 
Nome anunciado, nome dado, nome registado, nome realizado e em realização. Porque Jesus não indica apenas uma figura histórica, mas uma missão pessoal com abrangência universal. Ele é o Salvador como anunciaram os coros celestes aos pastores de Belém, a Luz oferecida por Deus a todos os povos como intuiu profeticamente o velho Simeão, o Emanuel de todos os peregrinos no tempo como vaticinou Isaías, o filho de Deus como reconhece o centurião romano, o “meu Senhor e meu Deus” como confessa Tomé ao ver as chagas do cruxificado/ressuscitado. E a lista dos títulos que expressam a missão de Jesus pode facilmente alongar-se com tonalidades várias que realçam a riqueza extraordinária da sua realidade admirável.