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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Ir. Nathalie Becquart: "Nunca Imaginei"

A primeira mulher subsecretária
do Sínodo dos Bispos: «Nunca o imaginei»

«Nunca o imaginei; experimentei que o Espírito Santo está cheio de surpresas. Estou muito sensibilizada e ao mesmo tempo recebo esta nomeação como um chamamento da parte da Igreja e do papa Francisco, que se une a um chamamento interior que sinto desde há anos para me colocar ao serviço da sinodalidade.» Foi desta forma que a religiosa francesa Ir. Nathalie Becquart reagiu à sua nomeação, pelo papa Francisco, para subsecretária do Sínodo dos Bispos, tornando-se a primeira mulher a ocupar o cargo.

Ler todo todo o texto aqui 

NOTA: As mudanças na Igreja Católica são, realmente, muito lentas. O Papa Francisco vai abrindo umas frinchas nas portas do Vaticano, mas já não terá idade para as escancarar às mulheres. Que Deus o ajude, são os meus votos.

sábado, 10 de novembro de 2018

Boa vindima e bom vinho

Anselmo Borges

1. Há um texto famoso do Papa Pio X (foi canonizado) que exprime bem o que a Igreja não é nem pode ser. Mas foi esse o modelo que tantos, contra a vontade de Jesus e até contra a consciência democrática, quiseram impor, incluindo Pio X: "A Igreja é, por natureza, uma sociedade desigual. É uma sociedade composta por uma dupla ordem de pessoas: os pastores e o rebanho, os que têm um posto nos diferentes graus da hierarquia e a multidão (plebs) dos fiéis. As categorias são de tal modo diferentes umas das outras que só na hierarquia residem a autoridade e o direito necessário para mover e dirigir os membros para o fim da sociedade, enquanto a multidão não tem outro dever senão o de aceitar ser governada e cumprir com submissão as ordens dos seus pastores." (na Encíclica Vehementer Nos).
Este é o modelo de uma Igreja desigual e hierárquica, desembocando numa hierarcocracia, "o domínio absoluto de uma casta de celibatários - reais ou em muitos casos fictícios - sobre toda a Igreja", como escreveu Victorino Pérez Prieto.
Jesus, ao contrário, tinha dito: "Sabeis como aqueles que são considerados governantes das nações fazem sentir a sua autoridade sobre elas, e como os grandes exercem o seu poder. Não deve ser assim entre vós. Quem quiser ser grande entre vós faça-se vosso servo e quem quiser ser o primeiro entre vós faça-se o servo de todos. Pois também eu não vim para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por todos."

2. Durante o passado mês de Outubro, de 3 a 28, esteve reunido em Roma o Sínodo dos Bispos sobre os jovens e, durante os debates e agora no documento final, mostra-se uma vontade real de mudança. Nesse documento, lê-se expressamente que o Sínodo quer que se avance para uma "Igreja participativa e co-responsável". Participaram 267 padres sinodais de todo o mundo, 49 auditores, 23 peritos e 30 jovens, também de todo o mundo. Estes jovens não votaram, mas puderam exprimir-se e até apoiaram ruidosamente algumas afirmações - um deles até terá perguntado ao Papa se podiam dar uma assobiadela no caso de total discordância, ao que Francisco respondeu: a mim podeis fazê-lo, a eles é melhor não. Escreveram uma carta ao Papa, declarando: "As novas ideias precisam de espaço e tu deste-no-lo."

domingo, 25 de outubro de 2015

Sínodo das Famílias ou dos Bispos? (2)

Crónica de Bento Domingues 


«O amor humano, dos seres humanos, 
precisa de sabedoria e de prudência 
para ser fiel a si mesmo»

1. Perguntaram-me, com razão, na sequência do texto do Domingo passado: O Sínodo das Famílias até pode ser uma boa ideia, mas que se entende, hoje, por Família?
O documento de trabalho para a preparação do Sínodo (2014) apresentou as situações inéditas que teriam estilhaçado, nas últimas décadas, a significação mais óbvia de família ou assim considerada.
O texto de O. Bonnewijn, reprodução de uma sua conferência em Cracóvia, tenta descrever e avaliar as chamadas famílias pós-modernas [1].
Estas seriam o resultado de uma desconstrução crítica e de uma reconstrução livre, com as peças desconjuntadas das concepções tradicionais dos agregados familiares.
Como é que isso foi acontecendo? Procurando, por um lado, reinventar - ao sabor e à medida de projectos individuais e sociais - a constituição e a articulação de laços, papéis, sexos e gerações; por outro, promovendo, ao máximo, os valores de autonomia criativa e optando - no sentido ultraliberal do termo – pelo desenvolvimento pessoal, pela qualidade relacional, pelo desabrochamento afectivo e sexual.

sábado, 24 de outubro de 2015

Família na preocupação da Igreja

Papa no encerramento 

Cisma e debandada na Igreja

Crónica de Anselmo Borges 
no DN

"Pode haver mais amor cristão 
numa união canonicamente irregular 
do que num casal casado pela Igreja."

1. O Sínodo sobre a família termina amanhã em Roma, dividido, vindo talvez a propor uma comissão para estudos ulteriores e deixando ao Papa a última palavra. Há quem fale em cisma no sentido estrito da palavra, portanto, a separação de alguns, rompendo a unidade da Igreja. Não é impossível, mas não penso que isso venha a suceder. Porque Francisco é sábio e saberá lidar com as dificuldades, isto é, com o "cisma prático" na Igreja - a expressão é do cardeal Walter Kasper -, na medida em que grande maioria dos católicos vive separada da doutrina oficial, concretamente no domínio da sexualidade. Há, pois, expectativas legítimas neste campo.

domingo, 4 de outubro de 2015

Sínodo sobre a família

Papa pede defesa da união 
«indissolúvel» homem-mulher




Missa inaugural da assembleia de Bispos apresentou «verdade» e «caridade» como chaves para o debate sobre as famílias, sem «apontar o dedo» a quem errou.

Ler mais aqui

domingo, 5 de outubro de 2014

CONVIDADOS PARA JANTAR, PROIBIDOS DE COMER (3)

Crónica de Frei Bento Domingues
no PÚBLICO de hoje


1. Um leitor destas crónicas lamenta a minha perda de tempo com assuntos de moral familiar e, em particular, com a discutida participação dos católicos divorciados recasados na comunhão eucarística. As próprias expectativas de mudança, no próximo Sínodo dos Bispos, são o resultado da preguiça católica em pensar pela própria cabeça. Andar a pedir ordens ao clero é infantilismo cultivado. Cada católico deve ser tutor de si próprio. Eu deveria limitar-me a recordar a célebre resposta de I. Kant (de 1784) à pergunta: o que é o iluminismo?

domingo, 21 de setembro de 2014

CONVIDADOS PARA JANTAR, PROIBIDOS DE COMER (1)

Crónica de Frei Bento Domingues 

1. No contexto da preparação do Sínodo dos Bispos, convocado para o Vaticano pelo Papa Francisco, a realizar de 5 a 9 de Outubro, sobre os desafios pastorais da família no contexto da evangelização, é normal que se tenham intensificado, nos diferentes continentes, os confrontos de tendências pastorais e teológicas sobre os antigos e novos modelos de família.

Na realidade, desde o Vaticano II, não houve pausa nas controvérsias sobre as implicações da celebração católica do casamento. Não serão extintas no próximo Sínodo dos Bispos. O Papa Francisco não pode nem deve fazer tudo sozinho e tem de contar com os pedregulhos que os adversários da sua orientação lhe colocaram e colocam no caminho.


sábado, 23 de novembro de 2013

As perguntas do Papa Francisco. I

Anselmo Borges


É normal, antes de cada Sínodo dos Bispos, auscultar os diferentes episcopados sobre a problemática a debater. Mas, desta vez, foi diferente, de tal modo que os media mundiais deram e dão imenso relevo ao tema. Que se passa?

Por um lado, o Papa Francisco não dirige o seu inquérito apenas aos cardeais, bispos, padres. Ele quer que todos sejam ouvidos, que o inquérito chegue às bases, pois, como constantemente acentua, a Igreja somos nós todos. Ele tem uma visão da Igreja enquanto um Nós, Povo de Deus. Por isso, não mantém uma concepção vertical de governo da Igreja, mas sinodal (a palavra é rica, quando se atende ao étimo grego: reunião, caminhar juntos, fazer juntos o caminho). No fim, será ele, em última instância, a decidir, mas sinodalmente, não separado dos outros bispos nem dos fiéis.

Por outro lado, sendo a próxima Assembleia do Sínodo sobre a família, Francisco quer saber o que pensam os católicos sobre esse tema fundamental e decisivo, sem ocultar as questões, mesmo que difíceis e fracturantes.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Sínodo dos Bispos

Bispos portugueses felizes com o trabalho do Sínodo. D. Anacleto de Oliveira e D. António Bessa Taipa fazem um balanço do que sentiram no Sínodo, que decorreu no Vaticano, durante três semanas.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

SÍNODO DOS BISPOS LANÇA 53 PROPOSTAS

Homilias, diálogo com outras religiões, liturgia e estudo do texto bíblico entre as principais preocupações da assembleia sinodal.
As 53 propostas que a XII Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos vai apresentar a Bento XVI, no final dos trabalhos sinodais, vão ser votadas no próximo sábado, dia 25. Destinam-se a todos os católicos, que são convidados a ter em sua posse uma Bíblia. Uma palavra particular é deixada aos estudiosos do texto bíblico. Aos exegetas, é dito, que “devem ter em conta, como teólogos, que a Palavra tem uma dimensão ulterior que não pode ser esgotada com a mera pesquisa filológica, histórico-crítica, mas que exige um outro itinerário, uma outra aproximação que está no espírito de Deus, ou seja, a aproximação teológica em sentido estrito”. Num olhar mais virado para o interior, deseja-se que “os fiéis cresçam na consciência acerca da Palavra de Deus, da sua força salvífica” e também que a Igreja reforce a sua vocação missionária.
Fonte: Ecclesia

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Sínodo dos Bispos no Vaticano

De 5 a 26 de Outubro, vai decorrer no Vaticano mais um Sínodo dos Bispos, tendo por tema-base “A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”. Nesta XII Assembleia Geral Ordinária dos Bispos, participam 253 delegados, estando garantido mais tempo para intervenções livres. Portugal terá como delegados D. Anacleto de Oliveira, Bispo Auxiliar de Lisboa, e D. António Bessa Taipa, Bispo Auxiliar do Porto.