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sábado, 15 de janeiro de 2022

Capelinha de São João da Barra

 

Já não entrava na Capelinha de São João da Barra há bastante tempo. Esta capelinha foi centro de culto durante muitas décadas. Somente deixou essa posição quando foi inaugurada a igreja da Sagrada Família, na década de 80 do século passado, que assumiu o lugar de culto mais adequado aos tempos próprios de uma terra que tem crescido social, balnear e demograficamente. Mas a capelinha lá está aberta aos seus devotos ou, melhor dizendo, aos devotos das imagens que estão patentes na zona frontal do altar-mor do pequeno templo.

terça-feira, 23 de junho de 2020

Romaria ao São João

Neste dia, há 13 anos, 
alinhavei as notas que republico,
pela sua oportunidade 
São João, painel cerâmico
Capela de São João na Praia da Barra

Fogueiras,  promessas, cravos, sardinha

Hoje vai ser noite de São João, um pouco por todo o lado. Cada terra com seus usos, uns persistentes e outros a caírem com o tempo, famosas são as festas em honra do precursor no Porto e em Braga, para lembrar apenas as mais famosas e cujos ecos chegam até aqui. Mas isso não quer dizer que nas Gafanhas e arredores não haja São João, que esse santo, afinal, porque é um dos três santos populares, não pode ficar esquecido.
Nos meus tempos de menino e moço, o que lá vai há muito, por esta hora era um corrupio de romeiros a caminha da Barra, onde ainda existe a capelinha em honra do santo que baptizou Cristo, para depositarem aos pés do São João os cravos das suas promessas. Das suas promessas, pois claro, pois não é verdade que o santo se encarregava na altura de pedir a Deus que limpasse a pele dos suplicantes dos cravos, ou verrugas, que inexplicavelmente lhes deformavam a derme? Vinham eles (os romeiros, claro), de toda a parte, de perto e de longe, com seus farnéis, em jeito, também, de quem quer inaugurar a época balnear.
Agora já se perdeu esse hábito de vir ao São João em romaria. Os cravos ou verrugas já saem mesmo sem promessas, com um simples e adequado unguento, e até parece que o São João passou à história. E de tal modo assim é que, aquando da criação da paróquia da Praia da Barra, denominada da Sagrada Família, ninguém se lembrou dele para padroeiro daquela terra, a que tantas e tão boas recordações me ligam. Ninguém se lembrou, não! Eu lembrei-me, mas ninguém considerou oportuna a ideia. O São João já não fazia milagres (nem nunca os fez, acrescento eu, que isso é responsabilidade exclusiva de Deus) e portanto está tudo dito.
Ainda havia as fogueiras, em plenas ruas, para queimar o que havia a mais nos quintais. Saltava-se a fogueira entre risadas, cantava-se e dançava-se à roda, até às tantas, passava-se de rua em rua, a ver qual era a maior (seria?), os rapazes decerto para ver as moças e estas à espera deles, sempre sob os olhares curiosos e atentos dos mais velhos, bebiam-se uns copitos e pouco mais.
Agora, a música é outra. Há sardinha e mais sardinha, com boroa, caldo verde e vinho, mas o São João fica esquecido. As tradições, hoje, não são o que eram. Nem têm que ser sempre cópias fiéis de antanho. Respeite-se, no entanto, algo do essencial. O importante é que o povo se divirta, saudavelmente. Com ou sem marchas, com ou sem sardinhas, porque a alegria cura muitos males.

Fernando Martins

sábado, 25 de junho de 2011

S. João na Gafanha da Encarnação


Com arquinho e balão  os marchantes desfilaram 

Maria Donzília Almeida 


Com arquinho e balão
Os marchantes desfilaram
Na vila da Encarnação
E o público encantaram!

As meninas donairosas
Com pares bem alinhados
Cheias de cor, glamourosas
Em movimentos ritmados

O tecido dos namorados
A marcha engalanava
E em passos bem ensaiados
A música muito ajudava!


DA


A vila da Encarnação deu cartas, na noite de 24 de Junho. Uma mostra de marchas populares, das freguesias vizinhas, teve lugar no largo da igreja que fora devidamente sinalizado para o evento. 
Sem ser, propriamente uma tradição destas terras, a comemoração dos santos populares, em marchas, está aqui a copiar-se o que é genuinamente português, embora de outras cidades. O mesmo não acontece com o fenómeno do carnaval, em que se fez uma importação direta do espetáculo carioca. 
Reportando-me aos meus tempos de meninice, os santos populares coincidiam com a chegada do verão e de temperaturas mais agradáveis. Nos campos, as mulheres afadigavam-se na rega do milho, que por esta altura estava com a bandeira cheia de pólen. Era altura de “arriar a bandeira” como se dizia em gíria agrícola. Pelo meio do milho alto e sobrevoando as nossas cabeças, a zumbir, apareciam sazonalmente, uns besouros de tamanhos grandes e asas estriadas, os maiores, que faziam inequivocamente o anúncio da chegada da nova estação. Desconhecendo as taxonomias de classificação zoológica, o povo com o seu enorme pragmatismo, batizou estes insetos de: S. pedros, os maiores de asas às riscas; S.joões. os mais pequenos de asas de cor uniforme. Faziam um zumbido forte, característico e pousavam, muitas vezes virando-se ao contrário; se não tivessem patinhas, eu diria que “de pernas para o ar”! 

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Marchas são-joaninas no Município de Ílhavo

Uma acção de interesse popular e turístico

A Câmara Municipal de Ílhavo vai promover a edição de 2010 das Marchas São-joaninas de Ílhavo, nos próximos dias 18, 19 e 26 de Junho, em parceria com algumas Associações Culturais do Município, nomeadamente, Associação Cultural - Grupo de Dança “Pestinhas”; Grupo de Jovens “A Tulha”; Os Amigos da Praia da Barra; Rancho Folclórico “Os Palheiros da Costa Nova”; e Associação de Pais e Amigos das Crianças da Gafanha da Encarnação.
Os três desfiles terão lugar nos seguintes dias:

18 de Junho, sexta-feira, na Gafanha da Nazaré, perto da  Junta de Freguesia;
19 de Junho, sábado, na Praia da Barra, Av. Fernão Magalhães;
26 de Junho, sábado, em Ílhavo, no Pavilhão Cap. Adriano Nordeste.

Esta iniciativa contribui para a preservação da tradição desta festa popular, bastante participada e vivida pelas gentes do Município de Ílhavo.