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quarta-feira, 12 de julho de 2017

Júlio Cirino — Ilha Terceira - Rua da Sé

A Rua da Sé vai do Alto das Covas à Praça Velha. Nesta rua, de casas avarandadas e muito floridas, podemos sentir o pulsar da vida cheia de alegrias que Angra do Heroísmo nos dá. 
Partindo do Alto das Covas temos a Escola do 1.º Ciclo Infante D. Henrique e, logo a seguir, a sede do Sport Clube Lusitânia, clube criado a 24 de Junho de 1922. É a 14.ª Delegação do Sporting Clube de Portugal.
Avançando um pouco, aparece-nos, à esquerda, o Mercado Duque de Bragança e o distinto Teatro Angrense, para além de vários estabelecimentos comerciais a funcionar em casas, com traça antiga, exemplarmente conservadas. Foram estes cuidados que levaram a UNESCO a classificar Angra do Heroísmo como Património Cultural da Humanidade.
Um pouco mais adiante, à direita, vemos, altaneira, a Sé Catedral cuja “primeira pedra” foi colocada, com grande solenidade, em 1570. Porém, em 1 de Janeiro de 1980 a Sé foi violentamente sacudida por um sismo de grande magnitude que, para além de abalar toda a estrutura do edifício, transformou a torre sineira esquerda e parte do frontispício num amontoado de calhaus. Na Terceira, este terramoto causou 51 mortos e mais de 400 feridos. Por terem ficado cerca de 15.000 pessoas sem tecto, o governo, apoiado por países como o Japão, os Estados Unidos, o Canadá, a Coreia do Sul, a Alemanha, a França e o Reino Unido, mandou construir um grande bairro para os desalojados. 
Na noite de 25 de Setembro de 1983 nova catástrofe se deu: um incêndio de grandes proporções fez estragos vultuosos na Sé, destruindo os riquíssimos tectos de madeira e toda a talha dourada e os tubos dos órgãos. Depois de restaurada, foi reaberta ao culto a 3 de Novembro de 1985. 
Ladeando a Sé pela esquerda, vemos uma estátua em memória do Papa João Paulo II que por aqui passou no ano de 1991.
Em 2017 o Bispo de Angra e Açores é D. João Lavrador, natural do Corticeiro (Mira). 
Qualquer festividade mais grandiosa, e por aqui há tantas, faz-se na rua da Sé. No dia de procissão, ou do desfile, as varandas são ornamentadas por colchas riquíssimas. A Praça Velha, existente em frente aos Paços do Concelho de Angra do Heroísmo, é um local dos mais festivos. Nos meses estivais, existem lá dois palcos para a actuação alternada de duas bandas filarmónicas que tocam ao desafio. Neste local também podemos ouvir música tradicional açoriana, bons fados de Lisboa e outros espectáculos tão do agrado dos terceirenses sobre os quais falarei em altura mais apropriada. 
Apesar de na ilha Terceira haver muitas festas, a quantidade de foguetes lançada é diminuta - não mais de dois ou três foguetes de “pum”, de fraca potência, de cada vez. A festa está no coração das pessoas e, normalmente, é celebrada durante 10 dias nas igrejas ou nos “impérios” e à volta da mesa entre familiares e amigos.

Obs:  Fotos extraídas da rede social.