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sábado, 22 de abril de 2017

A coragem de Fernando Pessoa



Posso ter defeitos, viver ansioso
e ficar irritado algumas vezes
mas não esqueço de que minha vida
é a maior empresa do mundo,
e posso evitar que ela vá à falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
apesar de todos os desafios, incompreensões
e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas
e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si,
mas ser capaz de encontrar um oásis
no recôndito da sua alma.

É agradecer a Deus a cada manhã
pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo
dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um “não”.
É ter segurança para receber
uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo…

domingo, 10 de abril de 2016

Nós, os homens, somos assim...

Tempo muito triste
O tempo está assim, de mal a pior. Mas afinal que fazemos nós de mal para a primavera nos fugir como enguias acabadas de apanhar? Dizem que são abusos de produtos poluentes, gases dos motores, indústrias às carradas que não respeitam as leis ambientais, lixeiras a céu aberto, destruição de florestas, poluição das águas do mar e dos rios, desperdícios de produtos sem conta, peso e medida... Etc. Pois é. Nós, os homens, somos assim... E depois gritamos por uma primavera anunciadora de um verão quentinho. Bom domingo para todos, apesar de tudo!

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

CARAMULO: MONTES, VALES, PEDRAS, PAISAGENS

TENDO JAIME DE MAGALHÃES LIMA
COMO CICERONE HÁ UM SÉCULO


Caramulinho

Caramulinho - Pedra com arte

S. João do Monte: Igreja Matriz, Casa e Espigueiro

Por montes e vales, hoje segui rotas de Jaime de Magalhães Lima com data de 14 de setembro de 1914. Não a pé e de mochila às costas, com "um cesto de provisões que nos renove as forças e a gula, lá por uma qualquer quebrada tranquila onde paramos para uma curta sesta, enquanto não chega o tranquilo descanso da pousada da noite", mas de carro sem GPS, ao jeito de quem quer apreciar a natureza sem pressas nem baias.


Restos de Casa

E transcrevo um pouco da bonita e sentida prosa daquele ilustre aveirense:

"Durante o dia, em uma caminhada de umas nove horas bem contadas, explorámos a serra. Subindo ao cimo do Caramulo pelo Cadraço ainda no pendor oriental da montanha, descemos pelo lado do poente seguindo por Almofala e Dornas até S . João do Monte. De lá subimos novamente a Paredes por Espírito Santo de Arca e Varziela que apenas tocamos muito de perto, sem entrarmos no povoado. Ao fim, quando ao cair da tarde nos acolhemos de novo no repouso da nossa esmerada e linda pousada de Paredes, contávamos as riquezas que havíamos colhido, os muitos e salutares ensinamentos que os montes nos segredavam, os esplendores com que os seus caprichos e fulgores nos haviam alegrado os olhos, o vigor com que nos retemperavam o corpo nos esforços que lhe exigiam; e entretanto narrando com entusiasmo as proezas, e entre o desvanecimento das riquezas que conquistávamos e íamos cultivar, acrescentar e meditar com a nossa lembrança e reflexão, sentimos a vitória da desactivada e boa natureza que em breves horas tínhamos de deixar. Começavam as saudades; nem o cansaço e a mortificação de uma jornada penosa e prolongada por córregos escabrosos impediam a antecipação das mágoas do afastamento que se aproximava."


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