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quarta-feira, 17 de maio de 2017

Varrer o passado para debaixo do tapete

Opinião de André Carneiro no PÚBLICO

Parque verde de Alcobaça

«Portugal é definitivamente um país estranho. Vivemos num território que alberga uma milenar herança de várias épocas, povos e civilizações. Estas condições poderiam fazer de nós um caso de referência internacional, mas continuamos a ser incapazes de estudar, valorizar, mostrar e orgulharmo-nos do nosso património herdado e de transmiti-lo às gerações futuras. Um país que agora é visitado por milhares de turistas, mas que continua a ter as suas memórias fechadas, abandonadas, arruinadas ou (como recentemente sucedeu com um elemento pertencente a um conjunto classificado como Património da Humanidade) vandalizadas de forma sorrateira e ignóbil.»

Por sugestão de M. Ferreira Rodrigues no Google +

Nota: Para que não aconteça entre nós... Para que saibamos valorizar o nosso património... Para acreditarmos na importância do nosso passado. 

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Aveiro: Concurso para valorizar o património

"TRABALHOS ESCOLARES"
Promovido pela Câmara Municipal de Aveiro e pela ADERAV (Associação para o Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro), está a decorrer o concurso "Trabalhos Escolares", com o objectivo de fomentar a envolvência das crianças e dos jovens nas questões da valorização do património e da história da região, através da participação em trabalhos escolares que reforcem a ligação à matriz identitária aveirense, valorizando em especial o património histórico, artístico e cultural do concelho. O concurso é dirigido aos alunos do 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, que frequentem estabelecimentos escolares no concelho de Aveiro. O regulamento e ficha de inscrição estão disponíveis na página da autarquia na Internet. O concurso está aberto a dois géneros de trabalhos: ensaio e artes plásticas.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Moliceiros ao abandono apodrecem em terra


"Três dos nove barcos moliceiros que a Câmara de Aveiro mandou construir entre 1998 e 2001 e ofereceu a diversas instituições locais estão abandonados e em terra, em adiantado estado de degradação, correndo riscos de apodrecer. Outros dois encontram-se no Cais do Bico, na Murtosa, perto das instalações da Associação dos Amigos da Ria e do Barco Moliceiro."
Leia mais no JN

sábado, 5 de abril de 2008

BICENTENÁRIO DA ABERTURA DA BARRA DE AVEIRO - 4

Mário Lino, Ana Paula Vitorino, Ribau Esteves e José Luís Cacho


Na sessão solene comemorativa do Bicentenário da Abertura da Barra, 3 de Abril, reservada a autoridades civis, políticas e religiosas, mais convidados, que teve lugar à sombra do Farol e com mar e barra à vista, o ministro Mário Lino referiu que a Barra de Aveiro é o “espelho do dinamismo regional”. E tendo em conta a sua importância, no contexto regional e nacional, garantiu o “lançamento das obras imprescindíveis para a melhoria das acessibilidades marítimas e essenciais para o aumento da competitividade do porto de Aveiro".
Adiantou que “cerca de um milhão de metros cúbicos de areias, resultante das dragagens, será empregue no reforço do cordão dunar, a Sul, nas praias da Costa Nova e da Vagueira", tendo realçado os investimentos de que o Porto de Aveiro está a ser alvo, nomeadamente a construção de novos terminais, a via de cintura portuária e a ligação ferroviária, "que estava bloqueada há mais de 20 anos".
Por sua vez, Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, em cujo território se situa a área portuária, nas suas mais variadas vertentes, “cantou” um hino à vida com qualidade, que todos almejamos, sem esquecer quantos, ao longo do tempo, deram corpo à abertura da barra e a tornaram um pólo de desenvolvimento local, regional e nacional.
Lembrou, entretanto, que o Porto de Aveiro é o mais completo do País, pois oferece todas as variantes, desde a pesca artesanal e costeira até à longínqua, passando pelos portos comercial e industrial.
Ribau Esteves aproveitou a oportunidade para salientar a importância da Marina da Barra, “que precisa de ser desencalhada”, recado que deixou ao Ministro. Considera esse empreendimento uma mais-valia que a todos beneficiará, enquanto frisou, como fundamental para o progresso da região, uma gestão integrada da Ria de Aveiro.
José Luís Cacho, presidente do Conselho de Administração da APA, enalteceu o trabalho dos funcionários e demais colaboradores do Porto de Aveiro, frisando que todos nos sentimos felizes por continuarmos a ter, no seio da sociedade civil aveirense, “novos Luís Gomes de Carvalho”. São eles, acrescentou, “todos os empresários que, a seu modo, com o seu saber, o seu arrojo e a sua vontade de vencer, vão abrindo novas barras, dragando vontades empreendedoras até cotas arrojadas, rebocando os navios-almirantes da burocracia até aos cais da eficácia”.

FM

sexta-feira, 4 de abril de 2008

BICENTENÁRIO DA ABERTURA DA BARRA DE AVEIRO - 3

A RTP transmitiu, ontem, uma reportagem sobre as comemorações da abertura da Barra de Aveiro, ocorrida em 3 de Abril de 1808.

BICENTENÁRIO DA ABERTURA DA BARRA DE AVEIRO – 2

Ana Paula Vitorino e Inês Amorim



Um livro de Inês Amorim

“PORTO DE AVEIRO: Entre a Terra e o Mar”

O primeiro acto das cerimónias comemorativas do Bicentenário da Abertura da Barra de Aveiro decorreu na antiga Capitania, em Aveiro, com o lançamento do livro de Inês Amorim, “PORTO DE AVEIRO: Entre a Terra e o Mar”. Trata-se de uma obra de luxo, pelo conteúdo e pela edição, que terá de fazer parte de qualquer estante de quantos prezam a nossa cultura, a nossa terra e as nossas gentes. Veloso Gomes, professor universitário, disse na apresentação, entre muitas outras considerações técnicas e científicas, que esta obra “é um bom livro para nos afastar das preocupações do dia-a-dia”. Mostra-nos um património riquíssimo e estimula o interesse por estes temas, sublinhou.
Recordou, com evidente oportunidade, a ideia de Luís Gomes de Carvalho (o homem e o técnico que mais contribuiu para concretizar o sonho de abrir uma barra que lavasse a nossa laguna, ao tempo, e durante muito tempo, cheia de águas podres) de que era “preciso construir um dique à moda da Europa". Já então se sonhava com o projecto de pertencermos, de direito e de cultura, de técnica e de progresso, à Europa.
A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, depois de recordar que Aveiro, Ílhavo e Gafanhas ganharam "uma fantástica Ria em sorte”, e “homens com vontade indómita a abraçar o Mar vizinho”, lembrou uma frase que ouviu – O Porto de Aveiro é fruto desse abraço entre o Sal e o Mel –, “em que o Sal simbolizará, aqui, a panóplia de entraves com que se depararam (…), e “O Mel significará enxugamento de maleitas, bem-estar, progresso, qualidade de vida…”
Ainda não li, como é compreensível, este livro de Inês Amorim, a autora que todos elogiaram pelo trabalho desenvolvido, com cuidado e rigor científico. Dele falarei, obrigatoriamente, quando bem mastigar e deglutir este trabalho que nos mostra, assim creio, os desafios que se puseram a quantos, há dois séculos e até antes, sentiram a necessidade de abrir uma barra, que desse vida de qualidade garantida, de uma vez por todas, à laguna aveirense, deixando entrar e sair navios, numa contribuição indesmentível para o progresso destas terras de Aveiro, Ílhavo e Gafanhas, sobretudo.

Fernando Martins

BICENTENÁRIO DA ABERTURA DA BARRA DE AVEIRO - 1

Antiga Capitania: Aqui se iniciaram as celebrações do dia 3 de Abril

O dia de ontem foi de muitas emoções. O ter participado nas cerimónias oficiais do BICENTENÁRIO DA ABERTURA DA BARRA DE AVEIRO, ouvindo especialistas na matéria, o administrador da APA (Administração do Porto de Aveiro), autarcas e membros do Governo, mas vendo e convivendo, também, com amigos, ligados, de alguma forma, às coisas do mar e da ria, despertaram em mim muitas emoções. No fundo, saí das comemorações, dignamente vividas por toda a gente, penso eu, cansado, mas reconfortado pelo prazer do que vi, ouvi e senti.
Para não postar aqui um texto demasiado pesado, pelo número de caracteres e pelas diversas referências sempre importantes, tenciono, durante o dia e provavelmente ao longo de vários dias, repartir, por textos mais curtos, o que me ocorrer sobre esta efeméride, de incalculável importância para toda a região e para o País. Espero, naturalmente, que venham achegas dos meus leitores. Se vierem, como espero, serão preciosos contributos para o conhecimento que todos buscamos.

Fernando Matins

quinta-feira, 3 de abril de 2008

BARRA DE AVEIRO: DIA DE ANIVERSÁRIO




A Barra de Aveiro vive hoje um dia diferente. Dois séculos de vida não podem ficar esquecidos. Como já neste espaço referi, teremos um dia de festa, com um conjunto de iniciativas dignas de louvor. Sem pretender repetir o que já divulguei, permitam-me que sublinhe a edição e lançamento de um livro, "Porto de Aveiro: Entre a Terra e o Mar”, de Inês Amorim, que mostrará a génese e o desenvolvimento do Porto de Aveiro, ao longo destes dois séculos. No entanto, penso que todos, neste dia histórico, podemos e devemos homenagear a Barra de Aveiro, visitando-a e apreciando-a, como ela merece. Em jeito de agradecimento ao que ela representou, e representa, para toda a região. Contudo, os gafanhões, os que lhe estão mais próximos, têm acrescidas razões para olharem a sua Barra, chamada Barra de Aveiro.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Abertura da Barra: 3 de Abril de 1808

Molhe Norte - 1934

A homenagem a Luís Gomes de Carvalho

Tenho por hábito dizer que a sociedade é injusta. Que é uma entidade sem alma, porque esquece, facilmente, os seus maiores. Assim foi, penso eu, com Luís Gomes de Carvalho, que abriu a Barra de Aveiro, há dois séculos, seguindo os planos iniciais do Engenheiro Oudinot, seu sogro. Chegou a ser, inclusive, perseguido e difamado pela obra que realizou, unicamente por razões políticas. Naquele tempo, como hoje, quem não era da “cor” estava sujeito a estas coisas. Luís Gomes de Carvalho foi, na opinião de alguns, um precursor do liberalismo. E todos sabemos como absolutistas e liberais se digladiavam, com ódios de morte.
Houve um poeta, porém, que não se esqueceu de Luís Gomes de Carvalho. Foi ele António Feliciano de Castilho, o poeta cego, romântico, que chegou a viver em Castanheira do Vouga, onde escreveu muitos poemas. Ali se terá inspirado para escrever “O Presbitério da Montanha”.


Arduas fadigas, derramadas somas
Ao Vouga nunca destruir poderão
A barreira que entrada ao mar tolhia;
Em teus dias, Senhor, um génio grande,
(O preceito fôi Teu, e Tua a glória)
As cadeias quebrou que o Ria atávão
………………………..
………………………..
O nome de Oudinot, que o sábio plano
Deo qual déste também, qual desempenhas
Engenhoso Carvalho em nossos dias;
Mas teu grande sabêr a mais se avança.

António Feliciano de Castilho


In “A faustíssima exaltação de S. M. F. o Senhor D. João VI ao trono”
Transcrito por Silvério Rocha e Cunha, Capitão do Porto de Aveiro, na Conferência realizada em 5 de Maio de 1923, na sede da Associação dos Engenheiros Civis Portugueses

NOTA: No excerto do poema, respeitei a ortografia da época. A foto é da "Exposição Histórico-Documental do Porto de Aveiro: Um imperativo Histórico"

domingo, 30 de março de 2008

Região de Aveiro: Costa Marinha







Há mil anos, como seria a zona costeira a que estamos ligados? Bem diferente, naturalmente. Haverá, com certeza, quem não faça uma simples ideia do que isto era, por aqui, à volta da Gafanha da Nazaré. Vejam, então, com olhos bem abertos, como era. Talvez, então, possam acreditar que toda esta região lagunar, afinal, se foi oferta da Natureza, também nasceu e cresceu graças à tenacidade de muita gente. E ainda poderei acrescentar que este rincão se deve, empregando palavras de Churchill, ao sangue, suor e lágrimas por aqui derramados.
Nota: Mapas publicados no Boletim Cultural da Gafanha da Nazaré, n.º 2, integrados em trabalho de Monsenhor João Gaspar sobre Formação da Ria e Povoamento da Região de Aveiro.

terça-feira, 11 de março de 2008

Monarquia ou República?





No “Prós e Contras” de ontem, na RTP, debateu-se um tema interessante: “Rei ou Presidente?”, ou, melhor dizendo, “Monarquia ou República?”
Para muitos portugueses, este seria um tema sem importância. Para outros, tem sempre importância, ou não devesse Portugal muito aos nossos reis, alguns dos quais foram personalidades de visão global e de futuro.
O debate decorreu com elevação e houve intervenientes que procuraram sublinhar as virtudes da Monarquia e da República. Gente culta e com capacidade para captar simpatias para as suas causas.
Não importa estar agora, a meu ver, a puxar a brasa para esta ou para aquela sardinha. Mas uma coisa quero dizer: a República, em Portugal, assenta nos assassínios do Rei D. Carlos e de seu filho Luís Filipe e numa minoria republicana. Nunca foi referendada pelos portugueses, como seria legítimo aceitar numa democracia. Não o tendo sido logo a seguir, o que considero compreensível, acho que, anos depois, seria bonito proceder-se, por forma referendária, à legitimação do regime.
Pedem-se referendos para isto e para aquilo, no regime em que vivemos, mas, sobre esta questão, o que há, na Constituição da República Portuguesa, é o absurdo de se fechar a porta a qualquer via para alterar o sistema vigente. Ora, eu penso que uma constituição não pode ser redutora. E porque assenta na democracia, tem de ter em conta a liberdade de o povo escolher o que considere ser o melhor, no sentido de construir o seu futuro, para desenvolver uma sociedade mais solidária e respeitadora da nossa identidade cultural e social.
Se me perguntarem se vale a pena levantar a questão e discutir a República, respondo que, por uma questão de liberdade democrática e por princípio intelectual, só excluo caminhos antidemocráticos, totalitários, fascizantes, xenófobos e racistas. Embora não acredite que haja, nas presentes circunstâncias, qualquer hipótese de restaurar a Monarquia, entendo que o povo português deve ter sempre à mão o direito de discutir e de escolher o que quiser, dentro de uma democracia representativa. Ora, para isso, a Constituição da República Portuguesa tem de lhe dar esse direito.

FM

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Açores: Ilha do Faial

Vulcão dos Capelinhos

Vulcão dos Capelinhos: casa soterrada


Vulcão dos Capelinhos
Um espectáculo raro para quem chega. Imagens que se fixam, para sempre, na retina de quem as vê e as contempla. A força da natureza com toda a pujança de um vulcão sempre à espera de se mostrar.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Açores: Pico e Faial

Pico: Monumento ao baleeiro



Faial: Vulcão dos Capelinhos


Açores: Pico e Faial


Mais desafios para férias, nas ilhas atlânticas dos Açores. Como deve ser interessante andar por lá com os olhos bem abertos, para ver o mar de todos os lados e a terra com cheiros e paisagens, que se hão-de tornar inesquecíveis a quem puder senti-los com o corpo e com a alma!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Imagens dos Açores

Ilha do Pico: Na serra mais alta de Portugal

Ilha do Pico: Lava solidificada



Diz-se, com razão, que os Açores nos oferecem paisagens deslumbrantes. A natureza, virgem em muitos recantos das suas ilhas, mostra-nos horizontes agrestes duma beleza inesquecível, para quem tem a dita de os olhar de perto. O meu filho João Paulo, professor por aquelas bandas, visitou este fim-de-semana as ilhas do Pico e do Faial, com algumas colegas, e do que todos viram enviaram-me fotografias para as partilhar com o mundo. Por qui as vou publicando durante alguns dias, para que alimentemos o desejo de visitar os Açores.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Imagens da Ria


SOLIDÃO NO CANAL DE MIRA
Ontem, o Canal de Mira, junto à Vagueira, vivia uma certa solidão. Pouca gente olhava para ele ou parava para o apreciar, como era justo. O dia estava luminoso, e algumas nuvens, bem visíveis, emprestavam-lhe um encanto raro. Um barquito, tímido e quieto, parecia desolado, tão votado ao esquecimento se encontrava. Olhei para ele com vontade de dar uma voltinha pela laguna, tão serenamente ela me convidava. Não fui, nem autorização tinha para isso, mas não resisti a fixá-la, assim bonita, para que todos vejam, se é que ainda não sabiam, que a Ria de Aveiro é mesmo linda, diferente e amiga, em qualquer canto, de Ovar a Mira.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Ria de Aveiro é candidata às Sete Maravilhas Naturais do Mundo


A Ria de Aveiro é candidata às Sete Maravilhas Naturais do Mundo. A iniciativa da candidatura partiu da Região de Turismo Rota da Luz. Para já, a nossa Ria é a terceira candidata portuguesa, ao lado do Vale do Douro e das ilhas Selvagens.
À partida, a candidatura trará inúmeros benefícios, venha a ganhar ou não o concurso. A promoção da laguna aveirense atinge, directa ou indirectamente, parâmetros globais. Importa, por isso, que todos os que apreciam a Ria de Aveiro se empenhem em torná-la mais conhecida e mais apetecida. De mãos dadas, podemos contribuir para que a Ria seja um desafio turístico e fonte de riqueza para todos. As suas potencialidades são enormes e todos os seus recantos devem ser bem aproveitados. A meta será difícil de alcançar, mas todos teremos a obrigação de lhe oferecer o nosso esforço, rumo à vitória. O ponto de partida está lançado. Agora, é preciso falar da Ria de Aveiro, com todos os seus encantos.

FM

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

CRUZEIROS DA GAFANHA



A propósito dos Cruzeiros da Gafanha, o Padre João Vieira Rezende diz, na sua Monografia da Gafanha, que o primeiro Cruzeiro de que há memória “deveria ter existido em 1584, ‘perto da ermida de Nossa Senhora das Areias’ em S. Jacinto”, segundo reza um alvará régio, com data de 20 de Maio daquele ano. E acrescenta, talvez para espanto de alguns, que considera S. Jacinto, “por muitos motivos, pertencente à região da Gafanha”, porque “era-o realmente antes da abertura da Barra em 1808”.
O autor refere depois que “o segundo Cruzeiro foi construído na Gafanha da Nazaré em data que ignoramos. Foi posterior à data da construção da demolida capela de Nossa Senhora da Nazaré e distava dela uns 550 metros para o sudeste. Ficava junto ao caminho (hoje estrada) que ligava Ílhavo com a dita capela. Inaugurada a nova igreja paroquial em 1912, foi mudado para o sítio que hoje ocupa, a 350 metros do local da demolida capela e a 750 da nova igreja matriz. É muito simples, de granito e com os seus três degraus mede 3 m.”
Desde sempre recordo que as procissões das festas da paróquia da Gafanha da Nazaré passavam, e continuam a passar, pelo Cruzeiro, habitualmente enfeitado nesses dias.
Ontem passei por lá e disso dou nota aqui com uma fotografia.
Em 1994, segundo regista uma inscrição inserta na pequena rotunda que foi implantada no cruzamento de várias vias, o Cruzeiro foi mudado, mais uma vez. A inscrição diz assim: “Vila G. Nazaré 1994”
Aproveito para dizer que os cruzeiros são, obviamente, símbolos cristãos, evocativos de datas marcantes. Nada têm a ver, como algumas pessoas pensam, com Pelourinhos. Os Pelourinhos eram símbolos do poder e da justiça. Neles eram acorrentados e expostos os condenados, que sofriam castigos severos, sendo nomeadamente açoitados. Os Pelourinhos não serviam, como algumas pessoas também admitem, para enforcar ninguém. As Forcas eram construídas, para esse efeito, normalmente, fora dos povoados.
Quando passar pelos outros cruzeiros, deles darei notícia neste meu espaço.

FM

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Dia Mundial Sem Carros

Casa de Ílhavo. Foto da HERA

À DESCOBERTA
DE PEQUENOS E GRANDES TESOUROS
:
Amanhã, sábado, 22 de Setembro, Dia Mundial Sem Carros, será inaugurado mais um percurso realizado no âmbito da parceria CMI-HERA-GEMA. Trata-se do percurso urbano "Cidade de Ílhavo". Um agradável passeio de cerca de seis quilómetros (duas horas de passeio), que será efectuado com o acompanhamento de um guia da HERA, pelas ruas da Cidade, à descoberta dos grandes e pequenos tesouros históricos, artísticos e naturais. O local de encontro será a Rua Direita, em Ílhavo, pelas 16h30.

Para mais informações: http://www.heraonline.org/