Mostrar mensagens com a etiqueta Pardilhó. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Pardilhó. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 22 de julho de 2022

PARDILHÓ: Algumas memórias

Igreja Matriz de Pardilhó
 

Busto de Jaime Ferreira da Silva

Casa das Ferreira da Silva

Em tempo de férias para muitos trabalhadores e estudantes, vou lembrando algumas que vivi com a família, um pouco por todo o lado. Diversas vezes assentávamos arraiais em Pardilhó, terra das origens da Lita.
A Igreja Matriz, sempre bem arranjada, limpa e asseada, era frequentada com a assiduidade normal de família assumidamente católica. No largo de Pardilhó, dedicado ao sábio e prémio Nobel da Medicina, Egas Moniz, que por ali viveu na juventude com seu tio abade da paróquia, há o busto de Jaime Ferreira da Silva, médico que foi, entre outros cargos, Governador Civil de Aveiro. Defronte da igreja assinala-se a existência da casa das Ferreiras da Silva, irmãs de um Bispo e de um Monsenhor conhecidos pelos mesmos apelidos. Era passagem obrigatória para umas compras e uns dedos de conversa.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Visitar idosos é o mínimo que podemos fazer

Visita a uma amiga 
no Lar de Idosos 
da Quinta do Rezende

Capela da Quinta do Rezende
Alguma e julgo que passageira dificuldade de mobilização de pessoa amiga, que não víamos há bons anos, levou-nos a passar por Pardilhó um dia destes. Tão condicionados por outras tarefas que nem tempo houve para visitar amigos e familiares, muito menos para olhar cantos e recantos de uma terra onde passámos muitas férias alegres e felizes. Um filho, que, como os demais, também nutre por Pardilhó saudades dia a dia revigoradas, tantas são as gratas recordações que alberga na sua memória, recomendou-me que me não esquecesse de fotografar a terra simpática dos seus ancestrais maternos. Não consegui, para além de duas ou três, registadas de fugida. Prometemos voltar, se Deus quiser.
Encontrada a amiga, a conversa nunca mais se esgotava. Nem fome nem sede nos incomodaram. Recordações de juventude, a vida vivida com sonhos atingidos e por atingir, o desgaste físico inevitável e porventura nunca esperado, que os anos só passam para alguns, nunca por nós, as doenças que nos limitam, alegrias que se sobrepõem às tristezas, de tudo um pouco passou no filme real realizado pela nossa ainda capacidade de criar. Promessas de continuar com novos capítulos...
O cenário teve por pano de fundo, no palco da nossa existência, o Lar de Idosos da Quinta do Rezende, onde fomos acolhidos por um dirigente, diretora técnica e demais funcionários com a lhaneza com que decerto costumam receber os convidados e familiares ou amigos dos que ali residem. 
Como nota curiosa, a responsável do Lar conseguiu localizar-nos e avisar-nos da presença da nossa amiga na instituição, ao aperceber-se do seu desejo de nos ver, coisa que não deve ter sido fácil, de tão parcas serem as referências que, entretanto, foi repescando. Aqui ficam os nossos agradecimentos. E prometemos voltar. 
No final, e já no regresso a casa, fomos meditando na alegria que demos a uma amiga sem filhos e com parentes longe de Pardilhó, terra que foi e é sua e dos seus antepassados. Radicada em Lisboa, nesta fase da vida voltou às raízes, atitude que consideramos muito positiva. E também percebemos que os idosos têm direito à amizade, à ternura, aos cuidados a todos os níveis e inerentes à dignidade da pessoa humana. Visitá-los é o mínimo que podemos fazer.

- Posted using BlogPress from my iPad

sábado, 5 de novembro de 2011

Passagem por Pardilhó para recordar outros tempos

Monumento ao emigrante, com matriz, dedicada a S. Pedro, ao fundo

Aspeto do largo do centro de Pardilhó

Outro aspeto do largo 


De passagem por Pardilhó, a que me ligam tantos laços familiares e amigos, recordei, mais uma vez, tantas férias que lá vivi, com esposa, filhos pequenos e depois jovens. A Lita tem as suas raízes naquela simpática freguesia de gente cordata. À memória acudiram rostos, conversas e pessoas que já não estão fisicamente entre nós. Gente importante da terra e migrada em Lisboa e noutras paragens que vinha muito à terra natal. O largo de Pardilhó, com dois espaços distintos, era uma autêntica sala de visitas, onde confluíam diversas artérias dos vários cantos da freguesia. Por ali vi gente grada que em Lisboa se tornou importante e famosa, como os Ruela Ramos e Fernando Assis Pacheco, casado com uma pardilhoense. O Bispo Ferreira da Silva e seu irmão Monsenhor Ferreira da Silva também  se tornavam notados quando vinham a Pardilhó. Entre muitos outros, claro. 
O largo, com nome de Egas Moniz, esse mesmo do Prémio Nobel da Medicina, ficou  mais bonito e acolhedor com obras recentes. Egas Moniz foi educado em Pardilhó pelo seu tio, abade da paróquia de S. Pedro. Daí a ligação do sábio a esta terra.


Ver registo dessas férias  aqui