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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Evocando o Padre Miguel Lencastre

Faz hoje dois anos 
que partiu para o seio de Deus

Padre Miguel (Foto do meu arquivo)

É sempre com alguma emoção que evoco o Padre Miguel Lencastre, um amigo desde que o conheci e com quem colaborei enquanto coadjutor e depois pároco da Gafanha da Nazaré, ao todo 11 anos. Depois disso, sempre que vinha por estes lados, fazia questão de me visitar, o que muito me honrava.
O Padre Miguel foi-me apresentado uns tempos antes de vir para a Gafanha da Nazaré. Foi no Café Central, frente à igreja matriz da nossa terra, onde estava a tomar café com o Padre Domingos Rebelo dos Santos, nosso prior de então. Nessa altura, adiantou o Padre Domingos, estava a ser equacionada a hipótese de o Padre Miguel vir para a nossa paróquia como coadjutor. E foi dizendo que ele pertencia ao Movimento de Schoenstatt e que teria optado pela Gafanha da Nazaré, por ser um ponto central do nosso país, bem útil para difundir a mensagem schoenstattiana.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Padre Miguel faleceu há um ano

Padre Miguel (Foto do meu arquivo)

Faz hoje, 13 de janeiro, um ano que recebi a notícia do falecimento do nosso Padre Miguel Lencastre no Brasil, onde desejou ficar sepultado. Recordo-o agora por imperativo de saudade do seu exemplo de presbítero e amigo de tantas momentos de trabalhos eclesiais e outros.
Há pessoas que nos marcam indelevelmente pela sua postura e  serviço aos outros, através de gestos de caridade e bondade. Com ele, veio também, em grande medida, a espiritualidade de Schoenstatt, movimento que assentou raízes profundas entre nós. 
De espírito aberto, generoso e simples, com todos soube dialogar, independentemente das convicções religiosas, políticas, culturais e sociais de cada um. E na Gafanha da Nazaré, onde foi coadjutor e pároco, fez obra que a história da nossa terra não poderá olvidar.
Paz à sua alma.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O Miguel Lencastre (Padre)

Um texto de José António da Piedade Laranjeira,
no Correio do Vouga de hoje

Padre António Maria, Fernando Martins, Daniel Rodrigues e Padre Miguel Lencastre


O "Correio do Vouga" de hoje (22 de janeiro) dava, para mim, a inesperada notícia: "Faleceu no Brasil, aos 84 anos, o padre... Miguel Lencastre". Notícia que me apanhou em falta para com o Miguel, o que, mais uma vez, veio pôr em evidência o "não guardes para amanhã o que podes fazer hoje". Foi uma triste notícia que me pôs a recordar os tempos em que nos conhecemos e partilhámos, com mais noventa e oito colegas, uma antiga cavalariça transformada em caserna, ali na Escola Prática de Artilharia, sita na então vila de Vendas Novas, no Alentejo.
Éramos soldados-cadetes a frequentar o curso para oficiais milicianos e por lá passamos, em conjunto, as agruras, para quem não é da região, do clima do alentejo (calor de desmaiar e frio de rachar), e vencendo as dificuldades próprias do curso lá saímos com o posto de Aspirante a Oficial Miliciano.
Mas o Miguel não era fácil de se submeter às rígidas normas militares e era um dos mais irreverentes, encontrando saídas inesperadas para algumas situações que ofereciam riscos se fossem detetadas. Era um gosto vê-lo a planear as suas "manobras táticas" e foi um gozo quando, na récita que organizamos para a festa de encerramento do curso, ele e mais uns tantos se apresentaram como as "mais delicadas e elegantes bailarinas de um ballet russo contratado para aquela récita".
Em tempo, como estudante de Coimbra de capa e batina, viveu uma situação engraçada aqui em Albergaria-a-Velha, pois, pedindo com um outro colega boleia na Estrada Nacional n.°1, na proximidade da Branca e sob chuva intensa, foram atendidos por um automobilista que perante a situação os levou para a Casa Alameda, onde jantaram e dormiram. No dia seguinte, manifestaram interesse em agradecer ao senhor que tudo tinha pago e que devia ser um viajante de alguma empresa e ficaram estupefactos quando souberam que o benemérito era o médico Dr. Flausino Correia, a quem foram agradecer e convidar para participar no "Centenário da República" a que pertenciam.
Passados dias, tendo o Dr. Flausino Correia perguntado se poderia levar mais dois antigos académicos e um leitão assado e qual o traje para a cerimónia, veio a resposta: "Pode trazer os académicos com traje de passeio mas o leitão pode vir nu". (Não posso garantir mas esta resposta teve, de certo, dedo do Miguel.)
Entretanto, num dia de agosto, participando na missa que tinha lugar ao ar livre, na Praia da Barra, o padre que presidia deixou-me surpreso porque não me era estranho, mas a sua pronúncia de brasileiro levantava-me dúvidas, eliminadas quando, após a bênção, desceu do altar e veio-me abraçar. Tinha reencontrado o Miguel e logo ali o convidei para vir a Albergaria passar um serão connosco. Assim se verificou e fizemos-lhe a surpresa de também convidar o Dr. Flausino Correia e esposa e ali ficamos a conhecer outras facetas do percurso do Padre Miguel que usava o relógio de pulso voltado para baixo porque, como dizia... "é um símbolo da alteração da minha vida pois rodou 180 graus".
Do pouco que vivi ligado ao Miguel o que mais me impressionou foi o ter encontrado em Lisboa um nosso camarada de armas e este, à mesa do café, com um ar de muita preocupação, me ter dito: "Sabes como sou amigo do Miguel e ontem estive com ele e perante o que me confidenciou já decidi: vou entrar em contacto com a família e dizer-lhes que o Miguel não está bom da cabeça".
Perante a minha exclamação de surpresa e respectiva pergunta do porquê de tal decisão, a resposta veio seca: "Oh pá, ele quer ser padre... o Miguel!"
Quis ser... e foi.
Insondáveis e inesperados são os caminhos do Senhor.
Adeus, amigo. Descansa em Paz.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Padre Miguel, um prior próximo e dialogante

Recordando o Padre Miguel 





Natural de Paços de Ferreira, onde nasceu em 12 de junho de 1929, foi o último dos dez filhos. Entrou na Universidade de Lisboa em 1949 para estudar engenharia, mas no ano seguinte transferiu-se para Coimbra, instalando-se da República “Os Kágados”, onde fez inúmeros amigos. Depois volta a Lisboa, faz a tropa e vive intensamente a vida. 
Porém, o seu futuro já estava traçado nos livros de Deus. Em 1959 matricula-se em economia na Universidade de Lausanne, Suíça, e nesse mesmo ano descobre a sua vocação religiosa. A partir daí, assume a espiritualidade mariana e em 15 de outubro de 1966 é ordenado presbítero, ingressando logo no Instituto dos Padres de Schoenstatt.
Ligado ao Padre Domingos por afinidades schoenstattianas, vem para a Gafanha da Nazaré como coadjutor, entre 13 de junho de 1970 e 30 de setembro de 1972. Em abril de 1973 passa a Prior da nossa terra, missão que desempenhou com entusiasmo até outubro de 1982. 
Para além dos trabalhos pastorais que desenvolveu entre nós, os quais, directa ou indirectamente, não deixarão de ser referidos, embora sucintamente, quando se fala da nossa terra, importa salientar que o Padre Miguel convidou, para trabalhar com ele na nossa paróquia, outros padres de Schoenstatt, todos eles impregnados duma vivência mariana muito forte.
Foi um Prior próximo e dialogante, sempre ansioso por levar à prática iniciativas de desenvolvimento comunitário e humano, abertas a todas as idades. Teve uma relação cativante com a juventude e com os idosos, que visitava frequentemente. 
Outra faceta em que se distinguiu foi na convivência com pessoas pouco ou nada ligadas à Igreja e delas, muitas vezes, conseguiu colaborações que à comunidade diziam respeito.
Paralelamente, implementou, de forma intensa, a implantação de Schoenstatt entre nós.
Faleceu em 13 de janeiro, pelas 17.30 horas, no Recife, Brasil, 20.30,  em Portugal. 

Fernando Martins

Padre Miguel Lencastre partiu para o Pai


Da esquerda para a direita: Padre António Maria, Fernando Martins,
Daniel Rodrigues e Padre Miguel

Recebi, há momentos, a triste notícia do falecimento do nosso bom amigo e antigo Prior da Gafanha da Nazaré, Padre Miguel Lencastre. Eram 17h30 horas no Recife, 20h30 em Portugal. Embora esperada há uns tempos, a sua partida para o Pai, que o acolheu com ternura no seu seio maternal, causou-nos dor, compreensível pela amizade que nos unia, sobretudo desde que veio trabalhar para a nossa terra, onde estimulou e contribuiu de forma exemplar para a instauração do Movimento de Schoenstatt na Diocese de Aveiro e um pouco por todo o país.
O Padre Miguel Lencastre era, por natureza, uma pessoa aberta aos outros, independentemente das cores políticas, sociais e religiosas de cada um. Bom conversador e bom amigo, tinha sempre no seu espírito o sentido da aliança com Jesus Cristo e Nossa Senhora, mas também com as famílias e entre as pessoas. 
Que Deus o receba na sua glória.
Darei mais notícias quando puder.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Padre Miguel Lencastre não está bem de saúde

Miguel Lencastre



Chegou-me a notícia de que o nosso Padre Miguel Lencastre se encontra internado para exames médicos. Esperamos que não seja nada de grave e que recupere o mais depressa possível, para voltar às suas tarefas quotidianas, ligadas à construção de um mundo mais cristão e, por isso, mais fraterno. Temos a esperança de que será assim, ou não fosse ele uma pessoa de grande coragem e capaz de ultrapassar todas as dificuldades. Votos de rápida recuperação.

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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Padre Miguel Lencastre


Uma visita rápida e inesperada

Padre Miguel

Ontem, recebi a visita rápida e inesperada do Padre Miguel Lencastre, de passagem pela Gafanha da Nazaré e sempre envolvido em projetos que o animam e nos animam. Veio para um abraço, como sublinhou, e para um dedo de conversa sempre agradável. Falou de viagens, peregrinações e encontros, onde a qualidade de padre de Schoenstatt casa bem com a sua visão histórica, eclesial e espiritual de Portugal e do mundo, em profunda maré de transformações que necessitam da mão de Deus para endireitar os caminhos que homens e mulheres do nosso tempo têm de trilhar.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Amigos de coração...



Ora aqui estão uns amigos de coração. Da esquerda para a direita: Padre António Maria Borges, eu próprio, Daniel Rodrigues e Padre Miguel Lencastre. Há uns bons anos. O Daniel veio à Gafanha da Nazaré para fazer uma reportagem. Eu acompanhei-o para lhe dar umas dicas. O Padre Miguel recebeu-nos na cozinha da Residência Paroquial para nos servir, ao seu jeito, um chá. E depois conversámos. Não me recordo da pessoa que disparou a máquina fotográfica, mas talvez tenha sido o João, empregado do Comércio do Porto, na delegação de Aveiro...
O Daniel já nos deixou, mas a sua memória permanece viva em Aveiro e sua região. Os restantes, como estão jovens nesta foto.