Antes de dizermos adeus a S.
Petersburgo, ainda demos um passeio de barco, pelos românticos canais do rio
Neva, donde pudemos ter outra perspetiva da monumentalidade desta urbe. Aqui,
associei esta Veneza Russa, como lhe chamaram, à nossa Veneza Portuguesa onde
os passeios de moliceiro estão a dar cartas e a rentabilizar a nossa ria de
Aveiro.
Ainda visitámos o Palácio
Nicolaevsky, onde assistimos a um espetáculo de folclore. Aí, sim, foi exibido
o melhor do ballet russo, na performance de grandes artistas: o colorido da
indumentária, a flexibilidade e contorcionismo de jovens bailarinos,
arrebataram os espetadores.
Além do Peterhof, nos
arredores de São Petersburgo, encontra-se uma série de residências palacianas
que foram utilizadas pela nobreza czarista durante o período do Império Russo
em que São Petersburgo foi capital. Dentre eles, destaca-se o chamado Palácio
de Catarina situado na cidade de Pushkin, ao Sul de São Petersburgo, cujo nome
é dedicado à esposa de Pedro o Grande, Catarina I.
Aquela cidade foi conhecida
durante a maior parte do período imperial pelo nome de Tsarskoye Selo (Царское
Село), que significa “aldeia dos czares” em russo.
Durante o período soviético,
a cidade mudou o nome para Pushkin, o principal poeta russo que, juntamente com
Lemonosov, é considerado um dos pais da língua russa moderna. Apesar de ser
moscovita, Pushkin passou grande parte de sua vida na cidade de São Petersburgo,
onde faleceu, vítima do duelo com o nobre francês Georges d’Anthès, que havia
cortejado a sua esposa. Longe vão os tempos em que a honra era um valor a
defender, com unhas e dentes...aqui, com espada.