Crónica de viagens
de Maria Donzília Almeida
|
Espigueiro |
|
Masseira |
|
Oficina do ouro |
|
Vilarinho das Furnas |
Ter vivido no coração do Minho, nos verdes anos, foi um privilégio. Agora, no entardecer da vida, sem o espartilho do tempo, cresceu a vontade de revisitar esses locais onde a nossa história se foi escrevendo.
As origens da Nação Portuguesa estão intimamente ligadas à região do Minho, por onde passaram Celtas, Romanos ou Árabes e foi aqui que teve origem o Condado Portucalense.
Desde cedo se fixaram ordens religiosas que trouxeram novos conhecimentos arquitetónicos, artísticos e culturais bem presentes no vasto património religioso da região.
Por aqui passaram viajantes, tais como peregrinos a caminho de Santiago de Compostela, marinheiros, ou emigrantes que partiram para o Brasil ou para a Europa.
Quem parte anseia um dia voltar. O regresso é, ainda hoje, sinónimo de festa e alegria bem presentes nas inúmeras romarias e arraiais minhotos que ocorrem ao longo do ano.
Foi este apelo de uma região tão rica em património natural e arquitetónico que nos fez escolher o Minho neste outono, em época de colheitas, em que a natureza se oferece à contemplação, como um lauto banquete em festa.
Rumámos a terras de Maria da Fonte, figura grada em Póvoa de Lanhoso, com o seu nome espalhado por vários locais, desde a restauração à hotelaria.