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terça-feira, 26 de maio de 2020

UM SONETO DE CAMÕES PARA VARIAR


Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

Luís de Camões

sábado, 11 de novembro de 2017

Camões — Amor é fogo que arde sem se ver





Amor é um fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente; 
é um contentamento descontente, 
é dor que desatina sem doer. 

É um não querer mais que bem querer; 
é um andar solitário entre a gente; 
é nunca contentar-se de contente; 
é um cuidar que se ganha em se perder. 

É querer estar preso por vontade; 
é servir a quem vence, o vencedor; 
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor 
nos corações humanos amizade, 
se tão contrário a si é o mesmo Amor? 

Luís de Camões

NOTA: A coleção de livros de bolso que o EXPRESSO está a oferecer dá-me a oportunidade de regressar a alguns clássicos, que não esqueço mas nem sempre releio, porque outras obras mais recentes me desafiam. Hoje é a vez de voltar a Camões com a satisfação de sempre. Na Contracapa há  um texto de Manuel Alegre retirado da apresentação desta obra, que tem por título "O livro mais actual da poesia portuguesa". 
Boas leituras.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Dia de Portugal

10 de junho de 2013




Dia de Portugal, de Camões 
e das Comunidades Portuguesas

«O Farol da Barra alimentou a minha crença, num halo de saudosismo e romantismo trôpego, e ainda hoje o mito do sebastianismo com regresso do Desejado se mantém num povo triste, amante do fado e predestinado ao fatalismo.»

Maria Donzília Almeida

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

“Camões e a Química – A Química em Camões”


Um livro de Armando Tavares da Silva



“Camões e a Química – A Química em Camões” é um livro de Armando Tavares da Silva, professor catedrático da Universidade de Coimbra na situação de aposentado. Trata-se de uma edição patrocinada pela CIRES — Companhia Industrial de Resinas Sintéticas, que veio a lume no âmbito das comemorações dos 50 anos de atividade daquela empresa. 
A obra de Camões, épica e lírica, tem sido suficientemente estudada e divulgada, decerto à medida da sua grandeza e qualidade, mas também do lugar de destaque que o “príncipe dos poetas portugueses” ocupa na história de literatura universal. 
Armando Tavares da Silva, com o seu gosto pelos temas históricos e com os seus elevados conhecimentos da Química, seria, como foi, a pessoa indicada para se debruçar sobre esta vertente da cultura na obra de Camões. Penso que não muitos estudiosos poderiam enveredar por aqui, olhando para a obra camoniana na mira de descobrir os seus conhecimentos nesta matéria não muito literária. 
Li o livro de Prof. Tavares da Silva com curiosidade, não obstante a minha posição de leigo nestes temas do âmbito da ciência ao mais alto grau. Confesso que, ao ler Os Lusíadas ou a lírica de Camões, nunca me passou pela cabeça catar palavras, frases ou expressões que denotassem os saberes do nosso maior poeta na área da Química. Daí um dos méritos deste trabalho do autor de “Camões e a Química – A Química em Camões”. 
O livro foi editado em excelente papel, capas cartonadas, e apresenta-se com boas ilustrações. 
Felicito o autor pelo trabalho que elaborou, sendo uma preciosa achega para um Camões não muito bem conhecido. 

FM 

Na contracapa pode ler-se, em jeito de desafio aos leitores: 

«Sendo Camões um homem do Renascimento, ávido de novas experiências e de conhecimento, até que ponto e em que medida as novas ideias e teorias no domínio da química — e dos materiais e substâncias, suas propriedades e aplicações — chegaram ao conhecimento de Camões e terão influenciado o seu pensamento e atitudes?» 



quinta-feira, 9 de junho de 2011

Túmulo nos Jerónimos não conterá as ossadas de Camões



«O túmulo referente a Luís de Camões existente no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, tem grande probabilidade de não conter os restos mortais do poeta, afirmou um especialista em estudos camonianos.»


Ler no DN

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Um livro de Armando Tavares da Silva

Ilustração do convite

"Camões e a Química A Química em Camões"

No âmbito das comemorações do 50.º aniversário da CIRES, vai ser lançado, no próximo dia 17, pelas 15 horas, no auditório da Biblioteca Municipal de Estarreja, um livro de Armando Tavares da Silva, professor catedrático aposentado da Universidade de Coimbra, intitulado  "Camões e a Química — A Química em Camões". No mesmo auditório, decorre uma exposição fotográfica retrospectiva dos 50 anos daquela empresa.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Ruas da Gafanha da Nazaré: Rua Luís de Camões


Luís de Camões

Rua Luís de Camões

Homenagem ao Príncipe dos Poetas Portugueses

A Rua Luís de Camões é mais conhecida pela rua da escola da Cale da Vila. Estende-se desde a rua D. Manuel Trindade Salgueiro até à rua João XXIII. Trata-se de uma via com grande movimentação de pessoas e veículos, e a ela estão ligadas outras que sustentam o acesso ao casario intenso que se tem construído naquela zona da Gafanha da Nazaré.
Sendo indiscutível que a Chave foi o ponto de partida para a Gafanha da Nazaré dos nossos dias, a verdade é que a Cale da Vila se tornou no primeiro pólo de desenvolvimento da nossa terra, situando-se ali as principias indústrias e comércio ligados ao mar.
Depois destas curtíssimas notas, viremo-nos agora para o “patrono” desta rua, o mais cantado poeta português, ou não tivesse ele a dita de estar associado ao Dia de Portugal e das Comunidades Portuguesas. Com justiça, em nossa opinião, embora haja quem o queira destronar do lugar cimeiro dos poetas lusos.