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segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Jorge Cardoso - Um artista da nossa terra


Os artistas são sempre motivo de admiração porque são criadores. Do nada nasce uma peça com vida própria. A arte pura não se copia e brota espontaneamente das mãos e da sensibilidade dos artistas. Não é artista quem quer, mas quem nasce com dons que nos transcendem. O  artista põe  mãos à obra e isola-se do mundo que o cerca para se alimentar da imaginação e partir daí à procura de algo nunca visto. Os habilidosos limitam-se a copiar e a enganar, por vezes, quem olha para os seus trabalhos. 
Jorge Cardoso é um criador. As suas peças, miniaturas pacientemente elaboradas, nascem das suas mãos como cogumelos, nunca iguais. Não sei se com rapidez se vagarosamente. São milhares, nem sabe quantas, mas todas têm pormenores que indiciam paciência, meticulosidade, rigor, paixão. 
Encontrei-o no sábado à entrada do Continente, em Aveiro. Uns minutos de conversa, apenas uns minutos, porque os curiosos e eventuais compradores exigiam a sua atenção. O Jorge vende as suas peças porque vive delas. E para isso percorre feiras e exposições. Em diversos certames tem sido premiado. Ainda bem que é reconhecido o seu labor e valor. 
Os meus parabéns ao Jorge Cardoso. 

Fernando Martins

sábado, 25 de julho de 2015

O artesão Jorge Cardoso continua a criar

Na garrafinha está o presépio

Hoje foi dia de curto passeio para descontrair. Obras em casa provocam sempre um natural desgaste. E ainda não terminaram. Mais uns dias e tudo ficará operacional. 
De passagem pelo Continente, em Aveiro, encontrei o Jorge Cardoso numa feira de fim de semana com artesanato por tema. Este conterrâneo, que conheço há bons tempos, lá estava a atender clientes e curiosos. O seu artesanato é original. Acho que todo o artesanato tem o seu quê de original. 
Desta feita apreciei, com mais cuidado, os seus trabalhos feitos com grãos de arroz. Uns dentro de garrafas minúsculas e outros em belíssimas composições que só o rigor, o cuidado e a arte de manusear produtos tão pequenos explicam. 
Dele ouvi que, para além de manter vivas as suas criações que de início o apaixonaram, com base na utilização de amendoins devidamente tratados para não se deteriorarem, a sua arte não pode estacionar no tempo. Há continuamente desafios que o animam a prosseguir. E ainda nos disse que estará no Festival do Bacalhau em dois espaços: a banca com as suas produções ditas normais e uma oficina para construção de papagaios. Mas disso falaremos na altura, porque há inovações, garantiu-nos o Jorge.

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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Maria João Cravo e Jorge Cardoso apostam no artesanato

Escritos, conversas e reportagens à volta do Festival do Bacalhau, que decorreu entre 14 e 18 de agosto, no Jardim Oudinot, deram prioridade ao “fiel amigo” e a pratos das muitas maneiras de o confecionar, bem como aos petiscos dos chamados derivados, nomeadamente, bolinhos, pataniscas, feijoada de samos, línguas e carinhas fritas. Também se falou muito dos concertos que bateram recordes de assistências e de outras festas associadas. Pouco, a meu ver, dos artesãos que se apresentaram em bom número, cada um com as suas artes e ofícios, onde predominam, em diversos casos, o ineditismo e o espírito criativo.
Na impossibilidade de nos referirmos a todos, que todos bem o mereciam, optámos aleatoriamente por dois jovens entusiastas e profissionalizados. São eles Maria João Cravo e Jorge Cardoso.

Texto e fotos de Fernando Martins

Ambos começaram de forma espontânea e muito cedo. A Maria João sempre gostou de trabalhos artesanais e um dia, em férias, apeteceu-lhe fazer um colar. Foi à retrosaria e comprou o que julgou preciso. «Gostei tanto que repeti e resolvi mostrar… a partir daí, as coisas foram crescendo.» Do colar saltou para artes com tecido e corda. Posteriormente, entusiasmou-se pela cerâmica, tendo recebido formação na ACAV — Associação Arte e Cultura de Aveiro. «Mais a sério, dedico-me à bijutaria desde 2005», disse.
O Jorge iniciou esta atividade, que virou prazer, há 15 anos, por brincadeira, com a arte de marinharia, «para oferecer aos familiares e amigos, na expetativa de poupar dinheiro nas prendas de natal». E nunca mais parou. Dos nós passou ao restauro, às miniaturas e aos trabalhos com conchas, fixando-se, presentemente, entre outras artes, na “Amendoimlândia”
«Desde que tive contacto com o artesanato, fui-me apaixonando, e hoje não é só um sustento mas também um grande vício», sintetiza.