Mostrar mensagens com a etiqueta Irão. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Irão. Mostrar todas as mensagens

domingo, 12 de janeiro de 2020

Conflito entre os EUA e o Irão?

Crónica de Bento Domingues no PÚBLICO


«Apesar das dificuldades da mediação desejada, não é algo que esteja fora da melhor tradição vaticana.»


1. O sistema eleitoral dos EUA deu o poder a Donald Trump, mas não é esse sistema que lhe dá um poder absoluto. Entretanto, ele já manifestou que a sua vontade de manipulação e de arbitrariedade não tem limites. Vale tudo para atingir os seus perversos objectivos e sem qualquer respeito pela lei internacional. Depois do assassínio de Qassem Soleimani, ameaça bombardear o Património da Humanidade no Irão.
Há quem diga que D. Trump, em vez de neutralizar os objectivos e os métodos do terrorismo, tornou-se ele próprio um terrorista, com a agravante de dispor de recursos da maior potência mundial que se tornou responsável pela desordem incontrolável do Médio Oriente.
Parece que não existem apenas líderes burocratas e carismáticos. Existem também os asnáticos e os satânicos. Da ganância e da vontade de dominação do outro nascem todas as formas de diferenciar e potenciar a violência. As pulsões do desejo de provocar e dominar o outro deveriam ser dominadas pela cultura do reconhecimento mútuo. Fora deste horizonte, não se vê limite à escalada da violência. Dizem todos que não querem a guerra, mas fazem-na.
Da Grécia herdamos a beleza e a filosofia, de Roma herdamos o direito e do Cristianismo essencial recebemos a convicção de que o ser humano não tem preço. É valor incalculável. Como escreveu Teixeira de Pascoaes, “basta a miséria de um desgraçado, para que todos nós sejamos miseráveis”. Não esperemos que o próximo se torne bom para lhe fazer bem, como diz o Papa Francisco.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

CARTA DE DESPEDIDA DA IRANIANA QUE FOI ENFORCADA

O triste mundo em que vivemos 

Li no OBSERVADOR



Reyhaneh Jabbari foi enforcada no Irão por ter matado o homem que a teria violado. De nada valeram os apelos de clemência, ignorados pelas autoridades. Deixou uma carta comovente à sua mãe.

Minha mãe bondosa, querida Sholeh, mais querida para mim que a minha própria vida, eu não quero apodrecer debaixo do solo. Não quero que os meus olhos e o meu jovem coração se transformem em pó. Implora para que, assim que eu seja enforcada, o meu coração, rins, olhos, ossos e tudo o que possa ser transplantado, possa ser retirado do meu corpo e dado a alguém em necessidade, como uma doação.

Textos e foto do Observador