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sábado, 9 de julho de 2016

As dez heresias do catolicismo atual (3)

Crónica de Anselmo Borges 


Concluo a apresentação das dez heresias do catolicismo actual, segundo J. I. González Faus. 
7. "Apresentar a Igreja como objecto de fé". Que se entende por Igreja? É decisivo responder adequadamente a esta pergunta, para afastar o perigo em que caiu o Papa Pio IX, que se negava a renunciar aos Estados Pontifícios, alegando que "aqueles territórios não eram seus, mas de Cristo". A Igreja não é Deus, é comunidade de comunidades formadas por homens e mulheres que acreditam em Jesus e no Deus que Jesus revelou. Homens e mulheres que acreditam no Deus de Jesus formam a Igreja e é em Igreja que acreditam em Deus. Temos, pois, um erro quando "a Igreja se apresenta como objecto de fé, equiparando-se ao Deus trino e esquecendo que só em Deus, e em mais ninguém, é possível crer, no sentido pleno da palavra". Percebe-se também que a autoridade na Igreja só como serviço se pode compreender.
8. "A divinização do Papa". "Confessamos que o Papa romano tem poder para mudar a Escritura e aumentá-la ou diminuí-la de acordo com a sua vontade. Confessamos que o santíssimo Papa deve ser honrado por todos com a honra devida a Deus e com a genuflexão maior devida a Cristo." Estas "palavras incríveis" provêm da profissão de fé que os jesuítas propunham aos protestantes húngaros para passarem à Igreja Católica nos finais do século XVII. O Papa Bento XVI, quando era professor, denunciou esta profissão como "monstruosa", reconhecendo depois que o magistério nunca a condenou.

sábado, 2 de julho de 2016

As dez heresias do catolicismo actual (2)

Crónica de Anselmo Borges 



Continuo, com J.I. González Faus, a apresentar as dezheresias do catolicismo actual. 4. "Desfiguração da Ceia do Senhor." Imaginemos uma conversa entre um cristão piedoso de hoje e um cristão do século I. Aquele dirá que o centro da sua vida cristã é a "adoração eucarística" e este só lentamente entenderá que se está a referir à "fracção do pão" e também que a Missa quer dizer "a Ceia do Senhor". O que se passou?
Os primeiros cristãos celebravam a Eucaristia em casas particulares, com todos à volta da mesma mesa; ali, pela primeira vez na história, escravos e senhores sentaram-se uns ao lado dos outros. De acordo com o Novo Testamento, "nem sequer era o presbítero que presidia à celebração, embora pouco a pouco se tenha imposto que o presidente da Eucaristia fosse aquele que presidia à comunidade, talvez para aprender que devia exercer a autoridade não impositivamente, mas igualitariamente, e procurando o máximo de comunhão possível".