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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Mais de seis milhões!

Um texto de Helena Sacadura Cabral



«Foram mais de seis milhões de fiéis que assistiram, em Manila, à missa papal de Francisco. Mais de metade da população de Portugal. Confesso que me impressionou a capacidade de mobilização do actual Papa e me comoveram as palavras da criança que vivia nas ruas até a Igreja a ter recolhido, apelando a que cuidassem daquelas que não tinham tido a sua sorte.»

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sábado, 13 de setembro de 2014

SOLIDARIEDADE E BANHOS GELADOS

"Fui educada em duas normas básicas: o trabalho deve ser pago e a solidariedade não se apregoa. Infelizmente parece que a tendência actual não é esta.
Todos nos pedem para que colaboremos gratuitamente em organizações que levam dinheiro pelo seu trabalho. No princípio da minha vida profissional era muito ingénua, aceitava e depois descobria que alguém tinha "recebido" por me ter conseguido levar aqui ou acolá. E, claro, os convites choviam.
Até que compreendi. A partir do momento em que fui confrontada com esse comportamento, tomei uma decisão que não mais abandonei. Trabalho "pro bono" em tudo o que seja estritamente solidário. O resto, ou é pago ao meu preço, ou não vou.
De nenhum deles faço alarde. Nem do que dou, nem do que me pagam. Mas em qualquer dos casos exijo reciprocidade. Ou seja, quando não cobro, peço declaração de que nada recebi. Quando cobro, passo o recibo verde respectivo. Assim evito dúvidas se terei ou não sido remunerada.
Vem este intróito a propósito dos banhos de água gelada em prol da esclerose lateral amiotrófica, para os quais alguém tentou aliciar-me. Apoiar uma causa, trabalhar por ela, contribuir materialmente, tudo me parece defensável. E pratico, sem alarde.
Fazer disso um movimento colectivo, no qual cada um se presta ao ridículo público e alardeia a sua contribuição, já não é a minha praia, como agora se diz. Além de tudo, tenho sérias dúvidas de que tal comportamento seja o mais dignificante para a instituição em causa.
O que eu dou ou não, é um problema meu. Prestar-me, na minha idade, ao ridículo, já não é só causa minha. E se nunca escondi os anos que tenho, também nunca me servi deles em benefício próprio. Porque juizinho e sentido do rídiculo, nunca são demais..."

HSC

Ver em Fio de Prumo


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