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sábado, 6 de fevereiro de 2016

Nazaré sem ondas

Nem sombras 
de garrettmacnamaras 
à vista


Nossa Senhora da Nazaré
Ontem, a famosa Nazaré da ondas gigantes, que Garrett-McNamara tornou mundialmente conhecida no universo do surf, estava sem ondas. Mar chão em dia de sol, sem grande frio, com alguns turistas a visitar a praia do norte. Foi ali, à vista de muitos, que McNamara bateu o record numa onda de uns trinta metros, quase metade da altura do nosso farol, o mais alto de Portugal.
Já não visitava a Nazaré há décadas. Ontem tive o privilégio de a revisitar, completamente diferente da que morava na minha memória. Igual, lá estava, porém, a ermida de Nossa Senhora da Nazaré, se calhar “mãe” da nossa padroeira. Marcas do tempo a manter viva  a lenda de D. Fuas Roupinho.

Com a minha Lita lá no cimo

Diz Ramalho Ortigão, no seu livro “As Praias de Portugal — Guia do Banhista e do Viajante”, que a capelinha foi edificada em 1370 pelo rei D. Fernando. A imagem, lembra o escritor, é «de madeira pintada, tem palmo e meio [o palmo corresponde a  22 centímetros] de altura e dizem que foi trazida de Nazaré para Mérida, onde esteve algum tempo, e de Mérida para o lugar em que actualmente se acha». Como é natural, eu não podia deixar de a visitar, até porque se diz que de alguma forma estamos ligados àquela imagem.

Nazarena em festa

A Nazaré estava a viver antecipadamente a festa do Carnaval, havendo sinais disso pelas zonas mais turísticas. Por aqui e por ali as nazarenas exibiam as sete saias. Questionei uma sobre o motivo de em dia de trabalho andar com um traje tão antigo. Veio como resposta que nas festas é uso obrigatório e da tradição apresentarem-se assim, começando nas antevésperas. E a jovem, quando lhe pedi autorização para a fotografar, de imediato procurou a pose ideal.
A visita à Nazaré foi apenas de algumas horas, mas deu para perceber que em dia de ondas gigantes, decerto anunciadas com antecedência, não faltarão visitantes curiosos para apreciar o Garrett-Mcnamara ou candidatos a heróis como ele. Nesse ponto, tivemos azar. Ficará para a próxima.

Fernando Martins