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sexta-feira, 2 de julho de 2021
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quarta-feira, 30 de junho de 2021
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domingo, 27 de junho de 2021
sábado, 26 de junho de 2021
segunda-feira, 18 de julho de 2011
GAFANHA em 1915
Na “Ilustração Portuguesa”, em 1915, 18 de outubro, António Maria Lopes
escreveu um texto muito bonito e ilustrado sobre a Gafanha. Vale a pena lê-lo e
apreciá-lo aqui.
Para despertar o interesse dos meus amigos, transcrevo três bocadinhos:
A Gafanha é uma «terra pacífica, meiga e alegre como um
beijo de mãe, caído nos lábios d’um filho, forma como que uma pequena pátria n’nesta
grande pátria nacional.»
A Gafanha «é uma povoação moderna, de tipos fortes, loiros,
requeimados pelo sol, vendendo saúde.»
«o ativo e forte gafanhão não emprega o seu tempo apenas no
amanho do veludo macio das suas areias, dando-lhes a consistência precisa para
a cultura por meio do moliço.»
sábado, 4 de setembro de 2010
Um texto de Senos da Fonseca
A realidade «Humana» concelhia
De vez em quando faz bem rever o que dissemos num outro dia qualquer, e avaliar se o que dissemos é, ainda, o ajustado ao dia de hoje.
Vem isto a propósito das comemorações do Centenário da Gafanha da Nazaré como urbe.
Já referimos, há dias, neste Blog, ter sido editado um livro comemorativo da efeméride, da autoria do Prof. Fernando Martins registando, ordenando e comentando, as datas que, segundo o critério do autor, mais significado tiveram nos cem anos de vida comunitária do mais destacado centro gafanhão.
Não se fez - essa certamente não era a intenção do autor - uma abordagem no sentido de definir e caracterizar o perfil das gentes que estiveram no centro desses acontecimentos, os demiurgos que lhe deram rosto, alma e corpo. Isto é: descreveram-se os factos e não quem os protagonizou.
Já em tempos abordámos este assunto que reputamos fulcral para conhecermos a singularidade constituída por grupos bem diferenciados no tipo, na maneira de estar, no ser e no actuar.
Relembremos o que então dissemos.
O concelho de Ílhavo depois da divisão territorial administrativa, com a anexação das Gafanhas (1835/56), passou a ser integrado por dois tipos humanos de características tão especificas como dissemelhantes. Em todo o caso, determinantes para a sua actividade e modo de estar quando, cada um deles, procurou com mão segura no leme o rumo do seu próprio destino… Determinantes, pois...
Os «ilhavos» e os «gafanhões», pouco ou nada têm de comum.
Não importa, nem interessa para aqui, o saber-se qual o tipo mais valoroso, pois cada um a seu modo e jeito, foi-o em todas as circunstâncias e de sobremaneira influente na humanização da paisagem lagunar, onde o destino os depôs lado a lado. A laguna está cheia de suor humano, exsudado no revolver de cada leira da borda, em cada tabuleiro faiscante das salinas, em cada remada com que se impulsionou o chinchorro. Todas estas afadigadas ocupações tiveram em comum, independentemente de quem as praticou, em todas as circunstâncias, serem tarefas esfalfantes.
O «Ílhavo» e o «gafanhão», dum jeito ou de outro, intervieram no meio geográfico circundante, nele deixando marcas indeléveis dessa acção.
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