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domingo, 3 de dezembro de 2023

ETNOGRÁFICO ORGANIZA CONVÍVIO DE NATAL



Honra-me muito o convite do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré para participar no jantar-convívio da época natalícia. Ontem lá estive mais uma vez. Que me lembre, só faltei uma vez por razões de saúde. E gosto de marcar presença por rever amigos, muitos amigos, que comungam das minhas ideias, em relação à importância de um grupo que aposta em investigar, estudar e promover as tradições etnográficas da região das Gafanhas.
É verdade que acompanhei de perto a fundação do grupo desde os primeiros passos, já lá vão 40 anos,  pois foi fundada em 1 de Setembro de 1983. E tenho apreciado a preocupação em se manter em permanente atualização. 

quinta-feira, 30 de junho de 2022

XXXVII Festival Nacional de Folclore

GAFANHA DA NAZARÉ
Jardim 31 de Agosto
9 de Julho

Etnográfico da Gafanha da Nazaré (Foto de arquivo)

Com organização do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN), vai realizar-se o XXXVII Festival Nacional de Folclore no dia 9 de Julho, no Jardim 31 de Agosto, com a participação de quatro instituições convidadas: Grupo Regional da Lagoa da Palha, Palmela; Grupo Folclórico e Etnográfico de Recardães, Águeda; Rancho Folclórico de São Martinho de Mancelos, Amarante; e Rancho Folclórico de São Martinho, Castelo de Paiva.
Depois de dois anos sem festas, por imposição do confinamento decretado pelo Covid-19, o GEGN retoma a organização dos festivais, na esperança de que não haja mais interrupções por motivos semelhantes. E pede a todos os amantes da cultura popular que marquem presença na data indicada, para todos sentirmos o prazer de conviver e de estarmos unidos, depois da pandemia.
Entretanto, podemos informar que durante dois anos o GEGN conseguiu manter, no cumprimento rigoroso das regras do confinamento estabelecidas, algumas atividades, nomeadamente, ensaios de músicas. Para além disso, a direção promoveu a organização de processos e digitalização do património do Etnográfico na plataforma da Federação do Folclore Português.
No dia 9 de julho, o Festival Nacional de Folclore terá início na Casa Gafanhoa com entrega de lembranças e palavras de boas-vindas, não faltando a visita à casa-museu, que tem estado aberta ao público às quartas-feiras à tarde, mas também nos outros dia da semana, por marcação, o que acontece, frequentemente, a pedido de escolas e instituições particulares de solidariedade social.

F. M.

PROGRAMA


17:00 horas – Receção aos Grupos/Ranchos participantes, na Casa Gafanhoa – Museu
Etnográfico;
17:30 horas – Visita à Casa Gafanhoa seguida da cerimónia de boas vindas e entrega de
lembranças;
18:45 horas – Jantar na EB 2/3 da Gafanha da Nazaré;
21:30 horas – Início do Festival.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Etnográfico da Gafanha da Nazaré em festa natalícia

Ferreira da Silva, fundador do grupo, Fernando Caçoilo, presidente CMI, e José Manuel Pereira, presidente do GEGN


Participantes 

Presidente da CMI

Daniel Bastos da FFP

Bolo de aniversário

Quando todos formam uma equipa, tudo sai muito mais fácil

Cerca de uma centenas de pessoas, entre membros do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN), familiares, apoiantes e convidados, participaram, no sábado, 7 de dezembro, na Casa da Música, no habitual convívio de Natal, onde foi servido o tradicional bacalhau, tão apreciado pelas nossas gentes, nesta quadra mas não só.
O presidente do Etnográfico, José Manuel Pereira, acolheu com simpatia e amizade os que responderam ao convite da direção e a todos dirigiu palavras de boas-vindas, com votos de boas festas natalícias.
Fernando Caçoilo, presidente da Câmara de Ílhavo, referiu que, na vida das coletividades, «o mais importante é o convívio» que aproxima as pessoas, levando-as à participação empenhada. Evocou o velho edifício que deu lugar à atual Casa da Música, dizendo que, com boa vontade, «tudo isto se construiu», salientando a importância do espaço» que hoje podemos usufruir, valorizando o trabalho das duas instituições com sede neste edifício: Filarmónica Gafanhense e Grupo Etnográfico. «Aqui têm os seus pertences, ensaiam, convivem; é uma obra que nos orgulha a todos», disse.
Afirmou que, quando entra na Casa da Música, se sente satisfeito e com a «noção do dever cumprido», até porque permite «oferecer cultura à população da Gafanha da Nazaré, mas não só». 
A Federação do Folclore Português esteve representada pelo dirigente Daniel Bastos, da Murtosa, que referiu, na altura própria das saudações, que o convívio anual é o «corolário de um ano de trabalho» que não se consubstancia nas habituais atuações de terra em terra, pois não pode descurar a investigação e o estudo das nossas raízes etnográficas. «O GEGN é um grupo com uma dinâmica muito forte», o que «só é possível com a participação de todos os seus elementos», garantiu.
Daniel Bastos salientou, ainda que «a direção é o motor, mas todos têm de colaborar», concluindo: «quando todos formam uma equipa, tudo sai muito mais fácil.»

Fernando Martins

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Festival Nacional de Folclore da Gafanha da Nazaré

Uma aposta na defesa do nosso património etnográfico 



No próximo dia 6 de julho, vai realizar-se o XXXVI Festival Nacional de Folclore da Gafanha da Nazaré, por iniciativa do Grupo Etnográfico da nossa terra. Por conta disso, a organização elaborou, à semelhança dos anos anteriores, uma brochura, onde se reflete o programa, que se estende  a partir das 17h, iniciando-se o festival, propriamente dito,  pelas  22h,  no Jardim 31 de Agosto. Participam ranchos e grupos, nomeadamente: Rancho Típico de Vila Nova de Cernache, Coimbra; Rancho Folclórico Morenitas de Alva, Castro Daire; Rancho Folclórico da Boidobra, Covilhã; As Adufeiras do Rancho Etnográfico de Idanha-a-Nova; e Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN). 
Este XXXVI Festival é o primeiro da nova direção do GEGN, que assume ser seu propósito divulgar o folclore, mostrando, «sobretudo aos menos conhecedores, parte da vida, das tradições e das vivências dos seus e nossos antepassados, cuja preservação tem constituído desde a primeira hora uma das nossas principais missões», como se lê na referida brochura. 
É justo sublinhar  que se apresenta um texto com notas sobre os diversos lugares da Gafanha da Nazaré, entre outros dados estatísticos relacionados com a vida do GEGN, mas também dos grupos convidados. 
Na parte final, os gafanhões e visitantes ficarão a saber, ainda,  que a Festa em Honra de Nossa Senhora dos Navegantes terá lugar na Forte da Barra,  14 e 15 de setembro, nela se incluindo a já famosa Procissão pela Ria.

F.M. 

quarta-feira, 12 de junho de 2019

Festival de Folclore da Gafanha da Nazaré

Do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré

Vai realizar-se XXXVI Festival de Folclore da Gafanha da Nazaré, dia 6 de julho, no Jardim 31 de Agosto, pelas 21 horas, com a participação do grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, o grupo anfitrião; Rancho Folclórico Morenitas de Alba, Castro Daire; Adufeiras do Rancho Etnográfico de Idanha, Castelo Branco; Rancho Típico de Vila Nova de Cernache, Coimbra; e Rancho Folclórico de Boidobra, Covilhã. 
A anteceder o festival, será feita a receção aos grupos convidados na Casa Gafanhoa, pelas 17h30, com sessão de boas-vindas e entrega de lembranças. O jantar oferecido aos grupos convidados terá lugar às 18h45, na Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, e o desfile ocorrerá a partir das 21h, seguindo-se o festival propriamente dito. 

sábado, 11 de maio de 2019

GEGN vai continuar a apostar no rigor das nossas tradições

José Manuel no seu gabinete na Casa da Música

Em Dezembro, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN) elegeu, para o biénio de 2018/2020, os novos corpos sociais, ficando a presidir à direção José Manuel da Cunha Pereira, que vem dos tempos da fundação. Substitui no cargo Alfredo Ferreira da Silva que liderou o Etnográfico durante 36 anos, com mérito reconhecido. 
Como é sobejamente sabido, o Etnográfico surgiu no seio da Catequese Paroquial, tendo como data de nascimento o dia 1 de setembro de 1983 e desde essa altura o atual presidente manteve uma intervenção ativa. O gosto pela etnografia, «de que não percebia nada”, como nos garantiu, começou precisamente aí. 
O Zé Manuel, como é mais conhecido, veio para a nossa terra com 14 anos e logo se envolveu nas atividades da Igreja Católica. Daí a sua integração na Catequese, participando, com muito afinco, nas diversas ações, nomeadamente nos espetáculos. 
Não sendo um especialista em tarefas de investigação, que não é muito a sua área, assumiu ajudar no que fosse possível, colaborando em tudo o que o grupo programava e levava a efeito. Como não podia deixar de ser, começou a participar em vários festivais de folclore, “onde aprendeu muito, em especial na forma como os grupos e ranchos se apresentavam e organizavam os seus festivais”. E depois, como é natural, procurou incutir no grupo a aposta “de fazer mais e melhor”. Referia-se, concretamente, ao acolhimento, aos almoços ou jantares, aos convívios e ao conjunto de tarefas que uma festa etnográfica exige. 
O gosto acicatou-lhe o desejo de contribuir para que o GEGN respeitasse a tradição que os nossos avoengos nos legaram, quer nas músicas e cantares, quer nas danças e trajes. Contudo, frisou que o Etnográfico da nossa terra respeita os conselhos, observações e propostas dos técnicos da Federação do Folclore Português, no sentido de melhorar a qualidade da instituição. 
Sobre a renovação dos diversos setores, Zé Manuel reconheceu a importância da entrada dos jovens, porque é preciso treinar, criar interesse, passar a gostar da etnografia, raiz da cultura de qualquer povo. Os jovens vêm de famílias dos atuais membros e amigos, de músicos, cantadores e dançarinos; outros são convidados. Porém, nem todos se adaptam por falta de tempo, já que muitos estudam e trabalham. Os ensaios são da responsabilidade de José Augusto Rocha. 
Entretanto, o novo presidente da direção adiantou que o grupo pretende atrair mais visitantes à Casa Gafanhoa, que já passou a estar aberta ao público, para já, às quartas-feiras, das 14 às 17 horas, graças à disponibilidade dos seus membros. Nessa linha, as escolas vão ser convidadas a visitar a Casa Gafanhoa, num esforço de lembrar aos jovens um pouco da vida dos nossos antepassados. E referiu estar convencido de que a Câmara Municipal de Ílhavo vai colaborar em obras de melhoramentos, no respeito pela história da casa, com data dos princípios do século XX. 
Zé Manuel fez questão de lembrar que o Etnográfico vai continuar a apostar no Cantar ao Menino, no Cantar das Almas, na participação do Festival do Bacalhau e nos dois festivais que anualmente oferece às populações: o mais antigo, que tem lugar marcado no Jardim 31 de Agosto, e o da festa em honra de Nossa Senhora dos Navegantes, com a procissão pela ria, sendo o GEGN o líder da organização. 

Fernando Martins

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Cantar dos Reis apesar do frio




No respeito pela tradição, que ainda não conseguimos localizar na história da região, recebemos hoje o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, que nos honra anualmente com o Cantar dos Reis. 
Ao ouvir os cânticos que nos trouxeram, com vozes e instrumentos afinados, que bem sabemos trautear desde há muito, ficou-nos o consolo de recordar outros formas de alegria. E com eles, saltaram para o presente as mesmas melodias que grupos informais nos ofereciam em troca de umas moedas para uma festança entre os seus membros.
Quando o GEGN oficializou o Cantar dos Reis, ou Janeiras, como memória a preservar, nos seus reportórios, senti um certo alívio, pois esse gesto traduz uma garantia muito meritória, que beneficiará futuras gerações. Oxalá que o Etnográfico por cá venha muitos anos, que sempre o receberemos com gosto.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Ferreira da Silva passa o testemunho após 35 anos à frente do Etnográfico

Alfredo no descerramento da placa indicativa do museu
Alfredo com Daniel Bastos e esposa
Mesa da presidência
Aspeto do convívio
Museu Alfredo Ferreira da Silva
Outro aspeto do Museu 
Presépio na sede do GEGN
Depois de mais de 35 anos na liderança do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN), Alfredo Ferreira da Silva, fundador da instituição, deixa as responsabilidades inerentes ao cargo, passando o testemunho a José Manuel da Cunha Pereira e restantes membros da nova direção. Por isso mesmo, e por tudo quanto tem dado à nossa terra, no âmbito do folclore e da etnografia da nossa região, e não só, foi-lhe prestada uma justa homenagem na tradicional festa de aniversário do GEGN, num ambiente natalício, no passado sábado, 8 de dezembro, na sua sede, na Casa da Música. 
Para além de uma salva de prata, como recordação que tornará presente no seu dia a dia, o muito que fez pela instituição, oficializada em 1 de setembro de 1983, o GEGN inaugurou na sede, em sala própria, o Museu Alfredo Ferreira da Silva, que ostenta o espólio representativo da participação do Etnográfico em 310 festivais nacionais e 18 no estrangeiro, nomeadamente em Espanha, França, Israel, Canadá, Polónia, Alemanha, Brasil e Sicília, entre outros países. 
No jantar convívio, participado por uma centena de pessoas, membros do grupo e seus familiares, autoridades civis (Câmara e Junta de Freguesia), convidados e amigos da associação, o homenageado lembrou que o Etnográfico nasceu no seio da Catequese Paroquial, referindo que, a partir daí, “começou a caminhar pelas ruas da Gafanha da Nazaré”, alargando os seus horizontes por todo o país e pelo estrangeiro. 
Alfredo Ferreira da Silva evocou os novos desafios que ao longo do tempo o grupo enfrentou, no sentido de trazer até aos tempos de hoje tradições que corriam o risco de cair no saco do esquecimento, em especial o Cantar das Janeiras, o Cantar das Almas e o Cantar ao Menino, mas ainda as festas em honra de Nossa Senhora dos Navegantes, com a sua já famosa procissão pela ria, que atrai gentes de todos os cantos do país. E agradeceu ao nosso prior, Padre César, o apoio que nunca regateou ao GEGN nos momentos da realização de alguns eventos. 
Marcos Ré, em representação da CMI, sublinhou, que a terra muito deve a “este homem por tudo o que fez”, frisando que “ainda nos vai ensinar”, porque a sua presença “nos anima a todos”, sendo certo que “será sempre um elemento fundamental do GEGN”, com o seu “espírito de quem trabalha por gosto”. O exemplo deste homem “é o que de melhor podemos receber e dar aos outros”, acrescentado que “o futuro desta terra também está nas nossas tradições”. “Só teremos futuro se tivermos passado e presente por alicerces”, disse. 
Daniel Bastou, da Federação do Folclore Português, salientou a amizade que nutre pelo GEGN, “há muitos anos”, enquanto valorizou a importância de encontros como este. Disse que na FFP há bastantes grupos, “mas há muitos que são mais… e outros assim-assim… “, acrescentando que o GEGN “apostou naquilo que é mais genuíno; o que o diferencia de outros”. 
Garantiu que “ir para o palco todos os grupos o fazem”, mas o mais valioso é o que se promove de diferente, como faz o Etnográfico, nomeadamente, o Cantar das Almas e ao Menino, bem como a procissão pela Ria, na festa em Honra da Senhora dos Navegantes. “Isto é que deve ser enaltecido para memória futura”, disse. 

Fernando Martins 

Notas: O GEGN teve a gentileza de me oferecer uma jarra com dedicatória, pela atenção com que sempre o apoiei, gesto que agradeço. F. M. 

sábado, 27 de janeiro de 2018

Janeiras – E a tradição cumpriu-se...

Grupo Etnográfico (foto do meu arquivo)
Ontem,  cumpriu-se a tradição. O Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, apesar do frio, deu sinal, com um cantar próprio desta quadra. Entrou em  nossa casa com gargantas e instrumentos musicais afinados. Uma saudação amiga, sorrisos alegres, espírito aberto, simpatia franca. E os cânticos, que ocupam um lugar especial nas minhas memórias, décadas e décadas ensaiados e repetidos e  no Cortejo dos Reis apresentados, na Gafanha da Nazaré e noutras bandas, ao ritmo de partilhas etnográficas enriquecedoras, encheram o nosso ambiente familiar. 
A importância dos Grupos Etnográficos está na manutenção destas tradições, revividas para os mais idosos e ensinadas aos mais novos, se é que têm coragem de pôr de lado o teclado do telemóvel por simples momento que seja. Contudo, no grupo havia jovens, tocando e cantando, um sinal claro de que há no grupo etnográfico quem tenha sensibilidade para cativar e ensinar. E assim se passa o testemunho.

F.M.

Um dos cânticos

Deus nos dê Festas Alegres
Com Seu divino amor
A Virgem Nossa Senhora
Deu à luz o Redentor

Cantemos nossas canções
Para visitar Jesus
Vamos ver Sua lapinha
Cheia da divina luz

A Gafanha da Nazaré
É esta sedutora
Damos graças ao Menino
E à Virgem Nossa Senhora

O presépio enfeitado
Nos espera e nos seduz
Para prestar homenagem
Ao que a Virgem deu à luz

Vamos indo pastorinhos
Com toda a nossa alegria
Visitar o Deus Menino
Filho da Virgem Maria

Vamos indo piedosos
Cada qual com sua oferta
Oferecer ao Menino
Que é dia da Sua festa

É o nosso Deus Menino
O Rei dos pobrezinhos
Oferecer-lhe ofertas
Dos humildes pastorinhos

domingo, 9 de julho de 2017

Danças e cantares no festival da Gafanha da Nazaré






Aspeto da assistência 

Acácio Nunes e Miguel Almeida, conselheiros da FFP
«Qualquer turista que venha à cidade de Aveiro dá a sua voltinha de moliceiro e depois vem para o município de Ílhavo, em especial para as praias da Barra e Costa Nova, para apreciar o Farol mais alto de Portugal e as Casinhas às Riscas», afirmou o presidente da Câmara, Fernando Caçoilo, na abertura do XXXIV Festival de Folclore da Gafanha da Nazaré, que se realizou no sábado, 8 de julho, na “Casa Gafanhoa”, habitação de lavrador rico dos anos 20 do século passado. A atuação dos grupos aconteceu no Jardim 31 de Agosto, com desfile por volta das 21 horas, tendo por cenário a “Casa Gafanhoa”. 
A organização do Festival pertenceu, como desde a primeira hora, ao Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, cujo presidente, Alfredo Ferreira da Silva, saudou os grupos convidados, oferecendo-lhes lembranças e votos de boa estada entre nós. 
José António Arvins, secretário da Junta de Freguesia, manifestou o desejo de que os visitantes se sintam bem na nossa terra. «Desfrutem de cada momento que vão passar entre nós, e mais logo, quando regressarem às vossas terras, levem convosco boas recordações da Gafanha da Nazaré.» Ainda felicitou o GEGN «pela sua já longa história e pela forma cuidada e fiel com que tem preservado os usos e costumes, promovendo-os e divulgando-os». 
O XXXIV Festival de Folclore contou com a participação, para além do grupo anfitrião, dos ranchos de Santa Maria da Touguinha, Vila do Conde; Folclórico de Cabeça Veada, Porto de Mós; “Os Camponeses” de Malpique, Constância; e Folclórico Rosas do Lena, da Batalha. Atuaram a partir das 22 horas  no tablado montado no Jardim 31 de Agosto para agrado dos que apreciam as tradições etnográficas de terras diversas, sobressaindo os trajes, danças e cantares apresentados por Miguel Almeida, conselheiro da Federação do Folclore Português (FFP), instituição que congrega mais de 300 grupos e ranchos. 
Na Casa Gafanhoa, o autarca ilhavense frisou a importância destes festivais que nos permitem conhecer outros usos e costumes do nosso país, desde o litoral até ao interior, mas não deixou de lembrar que o município de Ílhavo é hoje mais marítimo, com «gente que se habituou no passado à pesca do bacalhau, que teve uma importância vital». «Nesta terra, em que os homens iam para a pesca do bacalhau, as mulheres ficavam a tratar dos filhos e das terras, transformando o areal em terra de cultivo». Presentemente, sublinhou Fernando Caçoilo, «semear e plantar é coisa do passado», apresentando-se a Gafanha da Nazaré muito mais urbanizada. 
Dirigindo-se mais aos visitantes, adiantou que o GEGN «tem sido uma referência na área das nossas tradições», apesar de ser uma freguesia muito recente, com pouco mais de 100 anos».
Miguel Almeida, que apresenta o Festival de Folclore da Gafanha da Nazaré há mais de 30 anos, disse que os grupos e ranchos filiados na FFP «não têm outros remédio senão responder às exigências da federação», adiantando que «está em curso uma “vigilância” por parte dos conselheiros, os quais avaliam os grupos filiados constantemente, de forma pedagógica». Quando há desvios, os referidos conselheiros «vão chamando a atenção, no sentido de se proceder às correções devidas, porque é preciso primar pela qualidade». Contudo, afiançou que tem havido sempre diálogo até se atingir o consenso. E sobre o surgimento de novos grupos, confirmou que têm aparecido alguns, mas reconhece que «manter os que existem já é um ato heroico». 

Fernando Martins

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

A tradição continua: Cantar dos Reis de porta em porta



Até o meu neto Dinis teve o privilégio de ouvir os nossos cânticos

Como recomenda a tradição, na passada sexta-feira, 13, recebemos o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré que veio cantar as Janeiras, entre nós designadas por Cantar dos Reis. De facto, os cânticos com que nos brindaram tinham a marca dos nossos ancestrais e a beleza das melodias natalícias. Não haverá gafanhão que as não tenha nos ouvidos, apesar de entoadas apenas nesta quadra. Melodias simples e  belas, também por isso capazes de ficarem gravadas na memória de quem as ouve.
A visita do Cantar dos Reis é sempre um saudável encontro para rever amigos, depois os seus filhos e netos. E é curioso que, para nosso espanto, precisamos mesmo de ser elucidados. E diz a Lurditas, com oportunidade: — Olhe que esta, a do bombo, é a minha filha. 
A conversa não podia durar muito. O tempo urgia e outras casas esperavam o grupo que anda neste mundo das tradições, há uns 30 anos, a Cantar os Reis, que o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré faz questão de nos oferecer. 
Muito obrigado pela visita. E para o ano, se Deus quiser, cá estaremos.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Associações: Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré

Uma das primeiras exibições
Com o cenário da Casa Gafanhoa
Um dos casais fundadores (Isabel e Acácio)
Pronto para entrar no desfile
O cantar das almas
O fundador
Neste mês de setembro, em que se realiza mais uma Festa em Honra da Nossa Senhora dos Navegantes, que se realiza nos dias 17 e 18 (sábado e domingo), no Forte da Barra/Gafanha da Nazaré, dedicamos a rubrica “Associações” ao Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré. 
O Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré foi fundado no dia 1 de setembro de 1983 com o propósito de defender os usos e costumes dos que habitavam as Gafanhas desde o séc. XVII, conforme rezam algumas crónicas de escritores e estudiosos que à região dedicaram e continuam a dedicar algumas páginas de reconhecido interesse. A escritura pública dos estatutos aconteceu em 11 de julho de 1986, no Cartório Notarial de Ílhavo. É sócio efetivo da Federação do Folclore Português e inscrito no INATEL. 
O Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré iniciou as suas atuações em 1985, tendo realizado nesse mesmo ano o seu primeiro Festival de Folclore. Para além da participação em festivais quer no país, quer no estrangeiro, o Grupo tem realizado diversas Exposições e Colóquios subordinados aos diversos temas etnofolclóricos. 
É, desde fevereiro de 1995, Associação de Utilidade Publica, tendo-lhe sido atribuída pela Câmara Municipal de Ílhavo a Medalha do Concelho em Vermeil”, no âmbito das Comemorações do Feriado Municipal 2008. 

Principais Atividades 

» Festivais de Folclore da Gafanha da Nazaré e da Praia da Barra e procissão na Ria em Honra da Nossa Senhora dos Navegantes; 
» Atuações pelo Pais e estrangeiro; 
» Recolha de trajes, danças, letras sem autores; 
» Exposição do espólio recolhido na Casa Gafanhoa-Museu Municipal.

Apartado 96
3834-908 Gafanha da Nazaré

Presidente da Direção

Alfredo Ferreira da Silva


 Fonte: Agenda "Viver em..." da CMI

Fotos do meu arquivo

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Festival Nacional de Folclore da Gafanha da Nazaré

Espaço da "Casa Gafanhoa" vai ser melhorado e ampliado 

Ferreira da Silva na abertura do festival
Ana Abrantes com o GEGN
Ana do Grupo Etnográfico, Miguel Almeida e Ana Abrantes

Paulo Costa com o grupo Cantarinhas de Triana
Fernando Martins com o grupo de Pevidém
Vasco Lagarto com os Camponeses de Vale das Mós
Carlos Rocha com o Rancho de Parada de Gonta
Realizou-se no sábado, 2 de julho, no Jardim 31 de Agosto, o XXXIII Festival Nacional de Folclore, com organização do Grupo Etnográfico da nossa terra, não faltando a habitual presença do público, sobretudo do que se revê com gosto nestas manifestações que trazem até ao presente vivências, usos e costumes dos nossos antepassados.
Na abertura do Festival, na Casa Gafanhoa, o vereador da Cultura, Paulo Costa, em representação da Câmara Municipal de Ílhavo, afirmou, referindo-se à Casa Gafanhoa, que a Gafanha da Nazaré tem «a caraterística ligação à terra e ao mar», sublinhando que somos hoje a Capital do Bacalhau, estando nesta terra «o maior património nacional relacionado com a pesca e transformação do fiel amigo».
Referiu que foi com muito gosto que há uns anos atrás foi membro do grupo, desempenhando o papel de jornaleiro, «andando com o malho às costas». Disse que «não fazemos nenhum favor aos grupos etnográficos», sendo certo «que são eles que muito nos dão a nós». E garantiu que o GEGN é para a CMI «um parceiro de excelência, tendo a autarquia trabalhado com ele desde a sua fundação». 
Paulo Costa informou que a Casa Gafanhoa vai sofrer obras «a médio prazo», para que o museu se apresente «com mais qualidade» para receber o espólio que o GEGN tem conseguido juntar. «O espaço vai ser melhorado e ampliado, com novas condições», disse. Ao desejar as boas-vindas aos grupos convidados, manifestou o desejo de que fiquem com vontade de voltar ao nosso concelho, que muito tem para oferecer.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Folclore na Gafanha da Nazaré

XXXIII Festival Nacional de Folclore 
da Gafanha da Nazaré

Cozinha da Casa Gafanhoa (foto de arquivo)

 Vai realizar-se, no próximo dia 2 de julho, o XXXIII Festival Nacional de Folclore da Gafanha da Nazaré, no Jardim 31 de Agosto, às 21h30, por iniciativa do Grupo Etnográfico da nossa terra, esperando-se a adesão de todos os amantes das tradições etnográficas.
Para além do grupo anfitrião, participam o Grupo Folclórico de Parada de Gonta — Tondela, Viseu; a Associação Folclórica Cantarinhas da Triana — Rio Tinto; o Rancho Folclórico e Etnográfico "Os Camponeses de Vale das Mós" — Abrantes; e o Grupo Regional Folclórico e Agrícola de Pevidém — Guimarães. Do programa consta a receção aos grupos convidados, uma visita à Casa Gafanhoa com cerimónia de abertura e entrega de lembranças, jantar na Escola Preparatória da Gafanha da Nazaré para convidados e autoridades, desfile às 21h, seguindo-se o festival.

sábado, 9 de abril de 2016

Gastronomia: “Prato à Casa Gafanhoa”

Bom apetite


Ingredientes:

1 posta de bacalhau 
4 batatas 
120g de feijão verde 
1 cebola 
2 dentes de alho 
Vinho Branco 
Pimento verde 
Pimento vermelho 
Louro 
Azeite 
Polpa de tomate

Preparação:

Passe a posta de bacalhau previamente demolhada pela farinha, frite em azeite e retire. 
Aproveite a fritura e coloque a cebola às rodelas, o alho picado, os pimentos às tiras, o louro, a polpa de tomate e, por fim, o vinho branco. 
Regue a posta de bacalhau com o molho e leve ao forno a gratinar. Sirva com batata cozida e feijão verde. 
Decore a gosto.

Receita gentilmente cedida pelo Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, Associação participante no Concurso Gastronómico do Festival do Bacalhau 2015.

Fonte: Agenda "Viver em..." da CMI


segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Cantares dos Reis na igreja da Gafanha da Nazaré

Só conhecendo o passado 
se pode preparar o futuro


Com organização do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN), realizou-se na matriz da nossa terra, no dia 30 de janeiro, pelas 21h15, um espetáculo com temas do Natal e Reis. Participaram, para além do grupo anfitrião, o Rancho Folclórico de Santa Maria do Olival, Gaia, e o Grupo Folclórico de Passos, Silgueiros.
Perante uma assistência interessada, os grupos exibiram os seus cantares ao Menino, próprios da época, em que se enquadram as melodias dos Reis, apresentadas de porta em porta pelas freguesias que cultivam esta tradição.
O GEGN, depois das palavras de boas-vindas do presidente, Alfredo Ferreira da Silva, dirigidas aos grupos convidados, brindou a assistência com cânticos dos Pastores e Reis Magos que vieram adorar o Deus-Menino, ali presente, simbolicamente, no presépio erguido na igreja matriz.

domingo, 13 de dezembro de 2015

32.º aniversário do Etnográfico da Gafanha da Nazaré

Presidente da Câmara de Ílhavo anuncia: 

Festa do Marisco na Costa Nova | agosto
Grandes Veleiros |7 a 9 de agosto 
Festival do Bacalhau |17 a 21 de agosto 
Casa da Música | primeiro trimestre de 2017

Carlos Silva, Ferreira da Silva e Helena Sardo 
Num restaurante da nossa terra, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN) celebrou, no sábado, 12,  o seu 32.º aniversário, em espírito natalício,  com dezenas de convivas, entre dirigentes, entidades oficiais, representante da Federação do Folclore Português, membros e colaboradores, sem faltarem os amigos, alguns desde a primeira hora. 
Alfredo Ferreira da Silva, fundador e dirigente do grupo, depois de saudar as entidades presentes, elogiou a generosidade Adelino Vieira, mais conhecido por Adelino Palão, mestre do barco “Jesus nas Oliveiras”, que todos os anos se prontifica para transportar o andor de Nossa Senhora dos Navegantes na já célebre procissão pela Ria de Aveiro. 
Aquele dirigente teve ainda uma palavra de agradecimento à Junta de Freguesia, representada pelo seu presidente, Carlos Rocha, pela disponibilidade com que colabora com a instituição, dizendo que «nem só dar dinheiro é ajudar o grupo». «Muito importante é pôr à nossa  disposição os trabalhadores e os equipamentos para tarefas ligadas aos festivais», disse. 
Dirigindo-se ao representante da Federação, António Amador, manifestou o desejo de que o GEGN continue a merecer o apoio do conselho técnico da federação, corrigindo o que for de corrigir e mantendo as melhores relações. Adiantou que, se este ano foi de muito trabalho, o próximo exigirá muito mais dedicação de todos. 

Lurdes Matias, Padre César e Carlos Rocha

António Amador afirmou que «não vê razão nenhuma para que as relações não sejam boas», até porque o GEGN tem um elemento seu, Acácio Nunes,  no conselho da federação. «Não íamos ter no conselho técnico um elemento de um grupo que não tivesse valor», frisou. Referiu que «a gente do folclore não sabe fazer outra coisa se não trabalhar por amor à camisola».
O presidente da autarquia da Gafanha da Nazaré, Carlos Rocha, sublinhou que é obrigação da junta «estar ao lado das associações», na medida das suas possibilidades, garantindo que «a sua missão é servir».
O pároco da nossa terra, Padre César, que se apresentou como «um cantor por natureza», confessou que aprecia «com muita intensidade e muito carinho» o trabalho que o Grupo Etnográfico está a fazer, prometendo que nunca lhe negará o seu apoio e o da Igreja, «naquilo que ela puder prestar».

Fernando Caçoilo
Fernando Caçoilo, presidente da Câmara Municipal de Ílhavo (CMI), dirigiu palavras de parabéns ao GEGN, enquanto aproveitou a ocasião para informar que o Festival do Bacalhau terá lugar no Jardim Oudinot, 17 a 21 de agosto. Será um período «particularmente complicado», porque haverá também o Festival do Marisco, na Costa Nova, e a visita dos Grandes Veleiros ao nosso porto, 7 a 9 de referido mês, «o que implica uma operação logística complicada e difícil, sendo necessário conciliar todas estas ações que mobilizam muita agente». 
Referindo-se à Casa da Música, o autarca ilhavense garantiu que esse espaço tem «mexido na atividade de todos nós», salientando que o concurso de reconstrução e adaptação já foi aprovado na CMI. Trata-se de uma obra de mais de 650 mil euros, esperando, contudo, que os construtores deem um valor mais baixo, para que «no primeiro trimestre de 2017 possamos fazer lá uma grande festa».

Fernando Martins

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Etnográfico e Filarmónica vão ter sede própria

Promessa antiga 
vai agora ser cumprida

Uma sede para o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN) e para a Filarmónica Gafanhense (FG) vai ser uma realidade. A garantia vem da Câmara Municipal de Ílhavo que «deliberou aprovar a minuta de Acordo de Permuta a estabelecer com a Cooperativa de Consumo Gafanhense (CCG)», de forma a libertar um prédio urbano existente  na Rua da Cooperativa Humanitária para facultar «o seu uso gratuito ao GEGN e à FG, mediante protocolo a estabelecer». Isto significa que aquelas instituições vão concretizar um sonho há muito aguardado, depois das necessárias obras de adaptação e beneficiação.
O Acordo de Permuta consiste na cedência à CCG de «um prédio urbano, situado na mesma rua, composto por uma casa de rés do chão, destinada a habitação, com sala comum, cozinha, quarto de banho, lavabo, dois quartos, sala de costura e hall».



segunda-feira, 13 de julho de 2015

XXXII Festival de Folclore na Gafanha da Nazaré

O Etnográfico dá-nos garantias 
de podermos preservar 
a nossa identidade


José Augusto Rocha foi intérprete junto do grupo francês

No sábado, 4 de julho, realizou-se o XXXII Festival de Folclore da Gafanha da Nazaré, este ano enriquecido pela participação do Grouype Folklorique “Terre Baugeoise”, uma comunidade do oeste da França, situada no departamento de Maine-et-Loire. Os outros grupos, para além do anfitrião, Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN), foram o Grupo Folclórico de Santa Maria de Moure (Barcelos), Rancho Regional de S. Salvador de Folgosa (Maia) e o Grupo Folclórico de Danças e Cantares “O Cantaréu” (Vila Real), que atuaram, à noite, no jardim 31 de Agosto, animando quantos apreciam as tradições dos antepassados de cada região representada.