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sexta-feira, 7 de agosto de 2020

NÃO TEMAIS. SOU EU. TENDE CONFIANÇA

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo XIX do Tempo Comum 



Exortação revigorante dirigida a pessoas amedrontadas. Exortação firme e determinada, num contexto de perigo iminente. Exortação clarificadora de fantasmas possíveis e identificadora de rostos perdidos na noite. 
A cena ocorre no mar de Tiberíades. Os intervenientes principais são Jesus de Nazaré e os discípulos que se deslocam numa barca e já estão longe da terra. A ocasião surge no percurso da travessia. A circunstância é a da tempestade ameaçadora. E os gestos e as palavras que se percebem são de gritaria e de pânico. E não era para menos! Mt 14, 22-33. 
“Esta narração do Evangelho, adianta o Papa Francisco, contém um simbolismo rico e faz-nos reflectir sobre a nossa fé… A invocação de Pedro, «Senhor manda-me ir ter contigo!», e o seu grito, «salva-me, Senhor» assemelham-se ao nosso desejo de sentir a proximidade do Senhor, mas também o medo e a angústia que acompanham os momentos difíceis da nossa vida e das nossas comunidades, marcadas por fragilidades internas e dificuldades externas”. 
Ter medo é humano. Demonstra-o a reacção dos discípulos que fica como metáfora plástica de tantas outras situações em que a vida ou algum bem apreciável está em perigo. Sirva de ilustração a precariedade laboral e o risco de desemprego, a incerteza face ao futuro, as catástrofes naturais, a doença prolongada e a aproximação da morte, o abandono e a solidão, a perda de sentido para a vida, o silêncio aparente de Deus, o fracasso final da existência. Há razões sérias para fazer experiências de medo. Importa assumir o facto e saber tirar os possíveis ensinamentos. 

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Assim vai o mundo do futebol

Tenho de confessar que há muito resolvi pôr de lado as questões futebolísticas que geram paixões incontroladas e movimentam escandalosas fortunas. Os clubes, pelas mãos e carteiras dos seus dirigentes, passam a vida a anunciar dificuldades, mas de repente o dinheiro surge sempre misteriosamente, com bancos a suportar tudo e a perdoar, segundo se diz, sem grandes explicações. 
Vejam só quanto vem ganhar um conhecido treinador e quanto vai o clube que o contratou pôr à sua disposição para negociar jogadores que garantam o sucesso. Se duvidam deste meu desabafo, leiam aqui.

terça-feira, 28 de julho de 2020

Outro título do PÚBLICO

«SIC põe fim a debates desportivos

Fim de programas desportivos: ex-comentadores concordam com “toxicidade” invocada pela SIC.»

Só agora é que viram isso? Mas, pelo que li, havia imensa gente que gostava das lutas tribais, em nome do desporto-rei, dizem alguns.

sexta-feira, 17 de julho de 2020

O mundo que temos


Temos andado por aqui (e por todo o mundo) incomodados com a pandemia, que mata, mete medo, leva à falência inúmeras empresas, gera desemprego, alimenta a lista dos que passam fome, deixa vazios os cofres do Estado que pode cair na bancarrota, não se cansando os órgãos da comunicação social de darem conta detalhada das dificuldades que teremos de enfrentar. De repente, tudo se volta para um treinador, Jorge de Jesus, que vem ganhar por ano uns quatro milhões de euros... num grande clube, o Benfica. O que referi antes passou  a segundo plano. O importante é a mais-valia do conhecido treinador. Dinheiro meu não será, mas permitam-me este desabafo.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

FUTEBOL – “Suspeitas de fraude e lavagem de dinheiro”

Suspeitas de fraude e lavagem de dinheiro estão a ser investigadas pelo Ministério Público e pela Autoridade Tributária no mundo dos milhões do Futebol. Segundo a revista Sábado, estão na mira dos investigadores o empresário Jorge Mendes e sua mulher, bem como os presidentes do Benfica, do Porto e, ainda do Braga, Guimarães, Marítimo, Estoril e Portimonense. Outros poderão engrossar a lista. Até prova em contrário, estão inocentes... Mas deste mundo louco e sem valores éticos e morais, o que poderemos esperar? É óbvio que há imensa gente que se rege por princípios de honestidade. 

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Jorge de Jesus - De bestial a besta?

Tenho acompanhado as vitórias de Jorge de Jesus no Brasil, ao serviço do Flamengo, conseguidas em cerca de meio ano. Alvo de algumas críticas no início do seu contrato com o “maior clube do mundo” a nível de torcedores, venceu com mérito o que toda a gente já sabe. Um crítico, logo criticado, já pediu desculpas pelo que disse. Contra vitórias destas, logo duas de expressão futebolística ao mais alto nível, não há argumentos para rebater. 
No dealbar dos festejos, vieram logo as perguntas da praxe: — Vai continuar no Flamengo? E Jorge de Jesus, que terá muito traquejo neste mundo do futebol, adiantou que há vários fatores a ponderar. E um deles será, sem dúvida, fugir ao velho ditado, que tem demonstrado, à evidência, que de um jogo para outro, qualquer treinador, por mais condecorado que seja, pode passar de bestial a besta. 

F. M.

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Rui Pinto cometeu crimes… E agora

É público que Rui Pinto cometeu crimes punidos por leis de todos os países democráticos, admito eu. Terá, naturalmente, de cumprir penas em Portugal, esperando-se que nos tribunais ele confirme e justifique tudo o que fez. Porém, estou com dúvidas, não sobre a criminalidade do jovem, que é, ao que parece, especialista de grau elevado em matérias desta natureza, mas sim no seguimento das suas denúncias. Rui Pinto é, segundo li na comunicação social, um fora de série nestas matérias da Internet. De tal forma que nem os técnicos das polícias conseguem penetrar nos seus segredos. 
A minha dúvida, para a qual não consigo resposta, está na legitimidade de os investigadores que o mantêm preso poderem usar os registos e acusações do jovem sobre o mundo do futebol, para se averiguar a verdade, doa a quem doer. 

F. M. 

Ler mais aqui 

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Não tenho dado importância à televisão



Não tenho dado importância à televisão. Vejo apenas partes do telejornal. A televisão manieta-me, não me dando espaço para mais nada. Ouço música apenas. E tenho tempo para ler e para conversar com quem aparece. E sinto-me bem assim. Estou numa fase de terapia para ganhar tempo para outros gostos. Urge descobrir formas novas de saborear a vida. Não há tempo a perder. 
Fico espantado com as televisões que nos dão sempre mais do mesmo, com as questões das telenovelas que escravizam muita gente  e da bola, onde se discute o sexo dos anjos. É mão, não é mão, é livre, não é livre, é grande penalidade, não é grande penalidade, com comentadores especializados, capazes de ver tudo diferente de uma pessoa normal. É preciso puxar a sardinha para o seu prato. 
Pensávamos que a questão do Sporting estava regularizada, mas logo surge mais uma série de debates sobre a legitimidade de o ex-presidente concorrer. Durante quanto tempo vamos ter esta telenovela?

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Eu torci pela Croácia


Eu torci pela Croácia. Perdoem-me os franceses. É que no mundo do futebol eu coloco-me sempre ao lado dos considerados mais fracos, na esperança de que quebrem a vaidade e a arrogância dos mais poderosos. Exceção feita, está visto, quando joga Portugal.
Posicionei-me à partida na bancada da Croácia e por ali andei a sentir o palpitar dos adeptos que sabiam, à partida, ser a equipa da França mais poderosa do que a sua. Diga-se que um jogador francês lembrou que perderam o Europeu por menosprezarem a equipa lusa. E gostaria que a Croácia batesse o pé aos gauleses para ouvir a desculpa, que seria, daqui a uns anos, igual à do Europeu. 
Apesar de tudo, ganhar e perder é tudo desporto, como aprendi em pequeno e sempre assim ensinei. De qualquer modo, os meus parabéns aos Franceses e votos de que, da próxima vez, os croatas sejam mais felizes.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Notas do meu diário – O Futebol

Com as histórias do Sporting a dominarem todo o panorama noticioso de todos os quadrantes, fico perplexo com este mundo português que dá a entender que nada mais há para além do futebol. Quase tudo foi relegado para os sacos negros do esquecimento ou para planos secundaríssimos. Problemas sociais, económicos, da justiça, da cultura, de gente que sofre e que luta pela sobrevivência, desemprego, ensino, saúde e tantas outras questões deixaram de ter voz e vez. É pena. 
Entretanto, li este texto de Miguel Poiares Maduro, que anexo, para refletirmos: 

Como o jogo mais bonito ficou tão feio 

“a violência é apenas a manifestação mais extrema de uma doença profunda que ocupa o “corpo” do futebol há bastante tempo. Os sintomas têm-se multiplicado. Campeonatos do mundo atribuídos através de votos comprados; jogos viciados através da compra de jogadores ou árbitros; doping organizado e, nalguns casos, promovido por Estados; evasão fiscal; lavagem de dinheiro; e até funcionários judiciais corrompidos por agentes desportivos. Estes são alguns exemplos de processos judiciais que envolvem atualmente o futebol. Dos EUA à França, passando por Portugal, organismos de investigação criminal e magistrados têm tornado público uma pequena parcela do lado sujo daquele que durante tantos anos pensámos ser o jogo mais bonito. Mas a expressão criminal é apenas o estado mais avançado da doença ética e moral que domina a cultura do futebol”. 

sábado, 6 de junho de 2015

A grande evasão

Crónica de Vasco Pulido Valente

"O futebol, a obsessão com a cozinha e os concertos de música popular são três maneiras de resistir à realidade doméstica e ao desespero a que ela nos reduziu"




terça-feira, 17 de junho de 2014

O BRASIL DA COPA E DA DESIGUALDADE

Entrevista a Francisco José Viegas na RR

"A MAIS PEQUENA FAÍSCA PODE INCENDIAR"
 O BRASIL DA COPA E DA DESIGUALDADE





«Um pobre que passa horas nos transportes públicos para chegar ao emprego choca-se ao ver estádios dotados de ar condicionado, defende Francisco José Viegas. O Brasil é "um país cada vez mais informado".»




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quinta-feira, 12 de junho de 2014

UM MÊS DE FUTEBOL

Durante um mês, não se falará de outra coisa. O Campeonato do Mundo de Futebol vai encher-nos os dias, de manhã à noite. E se durante o sono acordarmos, a primeira coisa que ouviremos será do género: O melhor jogador do mundo dormiu bem,  que dormir mal não será para um jogador como este. 
É claro que para quem não vai na onde de exageros com fasquias altas, porventura ao jeito de se tentar descobrir alento para as dificuldades do dia a dia, terá de encontrar outros motivos de interesse para sobreviver nesta vaga futebolística que só dá substância, isto é, bom dinheiro, a quem souber dar uns pontapés na bola que há mais de 100 anos alguém previu que iria dar a volta à cabeça de tanta gente. 
Não tenho nada contra o desporto, antes pelo contrário, mas acho que a moderação e a humildade ficariam melhor no mundo em que vivemos. E se olharmos para o Brasil, o país da paixão pelo chamado desporto rei, mas também das favelas e das casas com grades de ferro para evitar os assaltos, com fomes, pobrezas extremas e misérias,  talvez pudéssemos concluir que, afinal, há milhões de reais para estádios e outras infraestruturas, mas não há para matar a fome, para a educação e para a saúde de imensos brasileiros, que não se cansam de protestar nas ruas com sinais de desespero. Tenho para mim que, passada a euforia, haverá estádios que vão ficar às moscas ou subaproveitados, tal como aconteceu em Portugal. Vivemos mesmo num mundo injusto, cego e de vaidades desmedidas.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

MANIFESTAÇÕES NO BRASIL CONTRA O MUNDIAL DE FUTEBOL

No Brasil, o maior símbolo do futebol, não falta quem se manifeste contra o Mundial. E razões não faltam para condenar as astronómicas despesas, quando não há dinheiro para pão, habitações dignas, saúde e misérias. Lembro-me que em Portugal aconteceu o mesmo, com a construção de estádios que depois de dois ou três jogos ficaram às moscas.

Ver notícia aqui


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segunda-feira, 4 de março de 2013

Paté com Lata

Confesso que muitas das vezes já não suporto os debates televisivos sobre política e futebol. São sempre os mesmos a comentar e a debater tais assuntos, numa repetição até à exaustão. Dizem a mesma coisa, têm os mesmos tiques e, pior do que isso, não sabem inovar. Mas sei que há muita gente que delira! Não sei se ganham muito ou pouco pelo que dizem, mas sei que já era tempo de darem o lugar a outros, a não ser que não haja quem os substitua. Noto, também, que rádios e TV passam a vida a entrevistar o mesmo  pessoal do mundo das artes, promovendo os seus produtos, garantindo-nos que todos ficarão para a história. É por isso que eu acho que o melhor, se calhar, é um bom Paté com Lata, feito na hora. 

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Somos um mundo de super-homens!





PROIBIDO PERDER!
António Marcelino

Fiquei a pensar que a profissão menos estável, neste momento em que tudo é instável e mais ainda o trabalho profissional, parece ser a de treinador de futebol. Nos clubes ricos perde-se à noite e, na manhã seguinte, o treinador está despedido.
Não se pode perder nunca e em nada. Somos um mundo de super-homens. Perder deixou de ser motivo de reflexão, de procura de causas e de novos caminhos, de normal compreensão da dimensão humana e do ritmo normal de aperfeiçoamento que até a natureza nos ensina com a queda da folha e o desabrochar, a seu tempo, de novos rebentos.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A crise chegou ao Futebol. Até com a bola gostamos de brincar

Uma equipa de bons rapazes foi capaz de empatar um grupo de pseudo-estrelas.

A crise chegou ao Futebol dos craques bem pagos. Os mesmos jogadores, o mesmo treinador, o nosso ambiente. Tudo certo. Mais ainda:: o nosso espírito de deixar para a última hora, de adiar as decisões, do improviso, do desenrascanço, de se brincar com coisas sérias. É uma tristeza! No futebol e não só! Venham daí os sociólogos dizer porquê.

Ler aqui

quinta-feira, 5 de julho de 2012

DEL BOSQUE VISTO POR BAGÃO FÉLIX

LI NA ANTENA 1

Vicente del Bosque


"O comentador do Conselho Superior da Antena 1 analisou a personalidade de Vicente del Bosque, selecionador da vitoriosa seleção espanhola, elogiando a personalidade anti mundo, anti sociedade atual do treinador, em que todos querem sangue, onde crescem aldrabões e abutres. Para Bagão Félix, Vicente del Bosque não segue a corrente dos mercados da imagem, tem um ar aldeão e patusco, é um treinador anti espampanante, é sereno quando tudo sugere vociferação, é racional quando é tempo de emoções, prudente quando se pedem soluções frenéticas, não grita, não gesticula, é simples, não fala com palavras bacocas, é um excelente gestor de relações e sensibilidades. Aceita a contingência do fracasso como um homem e a alegria do sucesso como um senhor. É um vencedor sem espalhafatos. Salienta o ex ministro da Finanças e do Trabalho social democrata, Del Bosque é sem dúvida uma boa lição para o reino do futebol, mas também para as vidas pública e económica que são verdadeiras selvas humanas de pessoas sem qualidade, sem competência e sem ética."



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quarta-feira, 13 de junho de 2012

A alegria do futebol

Por José Tolentino Mendonça



Em raros momentos simbólicos se sentem os países assim em uníssono, revendo-se completamente no esforço e no génio de uns poucos


“Às vezes o futebol é uma alegria que dói”. Sábado à noite não houve português que não sentisse na carne esta verdade que o escritor Eduardo Galeano assinou, mas esse é apenas um dos sentidos possíveis que a frase tem. O futebol ganhou, de facto, a função representativa que, em outros períodos da história, pertenceu, por exemplo, também ao teatro ou às artes, conseguindo, no estilhaçado panorama das nossas sociedades, convergências que se diriam improváveis. Tornou-se habitual o encontro de despedida da equipa com o presidente da República, numa espécie de investidura civil: eles são os nossos, eles somos nós. Em raros momentos simbólicos se sentem os países assim em uníssono, revendo-se completamente no esforço e no génio de uns poucos, galvanizados pelo seu sucesso ou solidários nas suas derrotas. Mas seria injusto reduzir a festa do futebol à matemática imediata dos resultados. Ele é “uma alegria que dói” por que é uma alegria verdadeira.