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sábado, 3 de abril de 2021

Francisco e o pós-pandemia 2

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias 

Continuo com o discurso de Francisco ao corpo diplomático, com perspectivas para o mundo pós-pandemia a partir das crises causadas ou postas a nu pela pandemia.

2.3. Crise migratória

A crise provocará um aumento dramático de migrantes e refugiados. Desde a Segunda Guerra Mundial que o mundo não tinha ainda assistido a "um aumento tão dramático do número de refugiados". Por isso torna-se cada vez mais urgente "erradicar as causas que obrigam a emigrar", como também se exige um esforço comum para apoiar os países de primeiro acolhimento, que se encarregam da obrigação moral de salvar vidas humanas.
Neste contexto, Francisco espera com interesse "a negociação do novo pacto da União Europeia sobre a migração e o asilo", observando que "políticas e mecanismos concretos não funcionarão sem o apoio da vontade política necessária e do compromisso de todas as partes, incluindo a sociedade civil e os próprios migrantes".

2.4. Crise política

Para Francisco, todos estes temas críticos "põem em relevo uma crise muito mais profunda, que de algum modo está na raiz das outras e cujo dramatismo veio à luz precisamente com a pandemia". É a crise política, que desde há uns tempos mina de modo violento muitas sociedades e "cujos efeitos devastadores emergiram durante a pandemia". Aumentam os conflitos políticos e a dificuldade, se não a incapacidade, para "encontrar soluções comuns e partilhadas para os problemas que afligem o nosso planeta". Manter viva a democracia é, portanto, um gigantesco desafio neste momento histórico.

domingo, 2 de junho de 2019

Bento Domingues: A Despedida Impossível

Bento Domingues

«Este Papa anda sempre a despedir-se sem nunca o conseguir. Fica com as comunidades e as pessoas que visita e, como nos Actos do Apóstolos, conta as suas experiências para semear outras formas de ser Igreja.»

1. Não estamos condenados a repetir os mesmos erros. O Concílio de Florença-Ferrara, de 1442, produziu a seguinte declaração solene: «A Santa Igreja crê, firmemente, confessa e proclama que ninguém, fora da Igreja católica – e não apenas os pagãos, mas também os judeus e os cismáticos – não podem tomar parte na vida eterna, mas irão para o fogo eterno, preparado pelo diabo e os seus anjos (Mt 25-41), a menos que antes do fim da sua vida de novo se lhe tenham unido». Temos, assim, uma instituição dedicada a meter gente no inferno. Esta Igreja estava divorciada de Jesus Cristo. Pensava que mandava em Deus. Este teria de a consultar acerca dos que merecem o céu e dos que já estão condenados.
Vejamos, no entanto, um contraste, que não é o primeiro. No voo de regresso da visita apostólica à Bulgária[1] e à Macedónia, o Papa Francisco começou por frisar o que estes países tiveram de sofrer para se conseguirem constituir como nações, mas esquecemos que o cristianismo entrou no Ocidente pela Macedónia (Act 16, 9). Em ambos os países existem comunidades cristãs, ortodoxas, católicas e muçulmanas. A percentagem ortodoxa é muito alta nos dois países, a dos muçulmanos é menor e a dos católicos é mínima na Macedónia e maior na Bulgária. O Papa ficou muito impressionado com o bom relacionamento entre os diferentes credos, entre as várias crenças. Na Macedónia impressionou-o uma frase do Presidente: «Aqui não há tolerância de religião. Há respeito». Eles respeitam-se! Num mundo onde falta o respeito pelos direitos humanos e por tantas outras coisas, inclusive o respeito pelas crianças e pelos idosos, que o espírito de um país seja o respeito, impressiona!
Passou, depois, ao elogio dos Patriarcas ortodoxos. De todos só soube dizer bem. Dão um grande testemunho. Encontrei neles irmãos e de verdade, em alguns, não quero exagerar, mas quero dizer a palavra, encontrei santos, homens de Deus. Depois existem questões de ordem histórica. Hoje, dizia-me o Presidente da Macedónia: o cisma entre o Oriente e o Ocidente começou aqui, na Macedónia. Agora, pela primeira vez, vem o Papa… para consertar o cisma? Não sei, mas somos irmãos.
Antes de se despedir dos jornalistas, não resistiu a contar duas experiências-limite que muito o impressionaram: uma com os pobres na Macedónia, no Memorial da Madre Teresa. Estavam tantos pobres, mas aquelas irmãs cuidavam deles sem paternalismo, como se fossem seus filhos. Uma capacidade de acariciar os pobres com ternura. Hoje, estamos habituados ao insulto: um político insulta outro, um vizinho faz o mesmo e até nas famílias se insultam entre si. O insulto é uma arma ao alcance da mão, assim como a calúnia e a difamação. Aquelas irmãs cuidavam de cada pessoa como se fossem Jesus. Eram uma igreja-mãe. Depois, pude participar na primeira comunhão de 245 crianças. Eram o futuro da Igreja, o futuro da Bulgária!
Este Papa anda sempre a despedir-se sem nunca o conseguir. Fica com as comunidades e as pessoas que visita e, como nos Actos do Apóstolos, conta as suas experiências para semear outras formas de ser Igreja, que não têm nada a ver com a instituição dos anátemas.

2. Os cristãos celebram hoje a Ascensão, a Festa de todos os equívocos. Cristo para onde foi? Abandonou-nos? Mas, por outro lado, não tinha já declarado: Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos[2]? A confusão é, por vezes, hilariante[3]. O melhor é recorrer ao livro dos Actos, o segundo volume de uma obra mais vasta. São a primeira história da Igreja, embora muito parcial. Vale a pena lembrar o seu propósito: «No meu primeiro livro, ó Teófilo, narrei as obras e os ensinamentos de Jesus, desde o princípio até ao dia em que, depois de ter dado, pelo Espírito Santo, as suas instruções aos Apóstolos que escolhera, foi arrebatado ao Céu. A eles também apareceu vivo depois da sua paixão e deu-lhes disso numerosas provas com as suas aparições, durante quarenta dias, falando-lhes também a respeito do Reino de Deus. No decurso de uma refeição que partilhava com eles, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem lá o Prometido do Pai, do qual – disse Ele – me ouvistes falar. João baptizava em água, mas, dentro de pouco tempo, vós sereis baptizados no Espírito Santo».
A seguir complica mais as coisas: «Estavam todos reunidos, quando lhe perguntaram: Senhor, é agora que vais restaurar o Reino de Israel? Respondeu-lhes: Não vos compete saber os tempos nem os momentos que o Pai fixou com a sua autoridade. Mas ides receber uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria e até aos confins do mundo».
O programa estava traçado. O reaparecimento dos mundanos sonhos de dominação política dos discípulos são, de novo e definitivamente, recusados. Parecia que as despedidas estavam feitas. Mas não. «Dito isto, elevou-se à vista deles e uma nuvem subtraiu-o a seus olhos. E como estavam com os olhos fixos no céu, para onde Jesus se afastava, surgiram de repente dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: Homens da Galileia, porque estais assim a olhar para o céu? Esse Jesus que vos foi arrebatado para o Céu virá da mesma maneira, como agora o vistes partir para o Céu»[4].


3. Não era fácil a tarefa dos autores das narrativas a seguir ao Domingo de Páscoa.
Fui abordado, várias vezes, com esta pergunta directa: o Crucificado e o Ressuscitado são a mesma pessoa? Com esta pergunta vem outra associada: o que é que sobrevive das pessoas, quando morrem? Mantêm a sua personalidade essencial? Para onde vão? Onde vivem?
Os textos, no referente a Cristo, coincidem todos com a conclusão do extraordinário e atrevido sermão de Pedro no Pentecostes: «Saiba, portanto, toda a casa de Israel, com certeza: Deus constituiu Senhor a Cristo, a esse Jesus que vós crucificastes»[5].
Tenha-se em conta que a palavra céu, céus, ou reino dos céus significa Deus. Em Deus vivemos, nos movemos e existimos. Deus é a casa do mundo.
Perguntar onde fica o céu é confundir uma metáfora com um lugar. Cristo não se pode despedir do mundo. Pela incarnação é o Emanuel, isto é, Deus connosco. Neste sentido, Cristo é contemporâneo de todos os povos, de todos os tempos e de todos os lugares. Então que significam as suas despedidas impossíveis? É o tema da próxima crónica: o Pentecostes, a recusa de uma despedida.

Frei Bento Domingues no PÚBLICO de hoje

[1] Iremos publicar esta referência no fim do mail: Papa pede que católicos e ortodoxos caminhem juntos no serviço aos pobres
[2] Mt 28,20
[3] Jo. 16, 5-11
[4] Act 1, 1-10
[5] Act 2, 36

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Anselmo Borges — Trump, Merkel, Macron e Francisco. Sobre a Europa


1. Há uns versos famosos de Hölderlin que dizem assim: "Wo Gefahr ist, da/ Wächst das Retttende auch." Traduzidos: onde está o perigo, aí cresce também o que salva.
É verdade. A tomada de consciência do perigo leva a reunir vontades e forças para desviar e vencer as ameaças. A não ser que se seja completamente inconsciente, não se fica de braços atados, à espera de que o perigo tome conta da situação e tudo possa afundar-se.

2. Da primeira vez que o Presidente Trump chegou à Europa foi claro: que os europeus não contassem muito, para a sua defesa, com o guarda-chuva americano. Os europeus tinham de contar, antes de mais, com eles próprios e pagar a sua defesa. Aí, percebeu-se bem que das duas, uma: ou os europeus têm consciência da sua identidade, dos seus valores, do seu futuro, e estão decididos a defendê-los, porque vale a pena, ou acontece o pior: já não há essa consciência nem essa força, e o futuro deixa de existir.

3. Merkel viu claramente e foi dizendo que os europeus estão agora entregues a si mesmos e têm de defender-se a si próprios. E os mais lúcidos começaram a aprofundar a ideia de que não haverá autêntica União Europeia sem um exército europeu, com todos os custos e sacrifícios.

4. Macron chegou, com todo o seu vigor político e novos horizontes. Também ele pensa e quer que haja mais Europa, mais integração europeia, uma nova Europa. Seria uma perda irreparável para o mundo, num mundo globalizado, o desaparecimento da Europa, pois ela tem contributos essenciais a dar, como a consciência da dignidade da pessoas humana, a tolerância, o humanismo, a consciência dos direitos humanos nas suas várias gerações. O eixo Paris-Berlim tem de aprofundar-se e adquirir mais consistência, o que é fundamental para a própria Alemanha, pois esta pode ser grande na Europa, mas, sem união, torna-se pequena e insignificante num mundo globalizado.
Macron tem a seu favor ter sido também assistente universitário de um dos mais significativos filósofos do século XX, Paul Ricoeur. E certamente encontrarão eco no seu pensar as ideias do seu mestre, expressas numa entrevista de 1997, recentemente publicada pela Philosophie Magazine: "Estamos em guerra económica. É um problema muito perturbador, sobre o qual nunca tinha dito nada. É hoje o problema de toda a Europa ocidental. Onde, para sobrevivermos, devemos manter uma ética e uma política da solidariedade. O combate a travar tem duas frentes: por um lado, as nossas economias têm de permanecer competitivas; por outro, não podem perder a alma - o seu sentido da redistribuição e da justiça social. Um problema enorme, quase tão difícil de resolver como a quadratura do círculo...
Ainda não acabámos com a herança da violência e da última guerra. Nem com a dureza e a brutalidade do sistema capitalista, que deu KO ao comunismo, ficando sem rival. É hoje a única técnica de produção de riqueza, mas com um custo humano exorbitante. As desigualdades, as exclusões são insuportáveis.
Estou um pouco tentado por uma solução que se poderia dizer cínica. Pode causar-lhe espanto da minha parte, mas, enquanto este sistema não tiver produzido efeitos insuportáveis para um grande número, continuará o seu caminho, pois não tem rival... Penso que vamos conhecer na Europa Ocidental uma travessia no deserto extremamente dura. Porque já não somos capazes de pagar o preço que os mais pobres do que nós pagam. A ascensão das jovens economias asiáticas, concretamente a da China, supõe um custo que seremos incapazes de suportar. Não só não queremos isso, mas não devemos fazê-lo. Não vamos voltar aos tempos do trabalho infantil!... É por isso que eu sou tão fortemente pró-europeu; só uma economia de grande dimensão permitirá à Europa sair disto."

5. Embora não veja claro sobre o como, há muito que penso não ver futuro para a Europa sem estruturas políticas federativas. Daí ter-me dado especial contentamento a entrevista que o Papa Francisco deu na semana passada ao jornal italiano La Repubblica, no contexto da cimeira do G20 em Hamburgo. Francisco disse a Eugenio Scalfari estar muito preocupado com a reunião do G20: "Temo que haja alianças muito perigosas entre potências que têm uma visão distorcida do mundo: América e Rússia, China e Coreia do Norte, Rússia e Assad na guerra da Síria." Qual é o perigo destas alianças? "O perigo diz respeito à imigração. O problema principal e crescente no mundo de hoje é o dos pobres, dos débeis, dos excluídos, dos quais os emigrantes fazem parte. Por outro lado, há países onde a maioria dos pobres não provém das correntes migratórias, mas das calamidades sociais daquele país; noutros países, porém, há poucos pobres locais, mas temem a invasão dos imigrantes. Eis a razão por que o G20 me preocupa."
À pergunta sobre se a mobilidade dos povos está em aumento, pobres ou não pobres, respondeu: "Não haja ilusões: os povos pobres são atraídos pelos continentes e países ricos. Sobretudo pela Europa." É também por esta razão que se deve concluir que "a Europa deve assumir o mais rapidamente possível uma estrutura federal, sendo as leis e os comportamentos políticos subsequentes decididos pelo governo federal e pelo Parlamento federal e não pelos países singulares confederados?", perguntou Scalfari. E Francisco, que já várias vezes levantou a questão, até quando falou no Parlamento europeu: "É verdade que sim." Foi muito aplaudido e recebeu mesmo ovações por essa afirmação no sentido do federalismo. "É verdade. Mas, infelizmente, isso significa bem pouco. Fá-lo-ão, se se derem conta de uma verdade: ou a Europa se torna uma comunidade federal ou não contará nada no mundo."

Anselmo Borges no Diário de Notícias

sábado, 13 de maio de 2017

Papa Francisco: Não queiramos ser esperança abortada



Não é muito frequente estar com os olhos e o coração fixos no ecrã da televisão tanto tempo. Desta vez, pus de lado tudo para saborear a presença entre nós do Papa Francisco, que veio do outro lado do mundo para ser Bispo de Roma e, portanto, pastor universal dos católicos. 
Vi-o vestido de branco, sem adereços dourados, sorriso franco, postura afável, sensível a gestos de aproximação à sua passagem, beijando crianças e doentes, carinhoso nas atitudes, falando e ouvindo com naturalidade. Silencioso no momento próprio junto da imagem de Nossa Senhora… de pé, com centenas de milhares de peregrinos em silêncio absoluto também. Gesto raro em multidões ansiosas. Velas ao alto iluminam sentimentos porventura de vida nova para muitos. Há papas inspiradores como Francisco; há símbolos que estimulam corações adormecidos. E o Papa Francisco, 80 anos de vida cheia, retira-se para descanso. 
Disse o Papa Francisco em Fátima: «A Virgem Mãe não veio aqui, para que a víssemos; para isso, teremos a eternidade inteira, naturalmente, se formos para o Céu. Mas Ela, antevendo e advertindo-nos para o risco do Inferno onde leva a vida sem Deus e profanando Deus nas suas criaturas, veio lembrar-nos a Luz de Deus que nos habita e cobre.» E noutra passagem da sua homilia da Eucaristia da canonização dos dois pastorinhos, Francisco e Jacinta, que sempre disseram terem visto e ouvido a Mãe de Deus, lembrou que «a vida só pode sobreviver graças à generosidade de outra vida». «Não queiramos — adiantou o Papa — ser uma esperança abortada».
Citando João Paulo II, salientou: «Sob a proteção de Maria, sejamos, no mundo, sentinelas da madrugada que sabem contemplar o verdadeiro rosto de Jesus Salvador, aquele que brilha na Páscoa, e descobrir novamente o rosto jovem e belo da Igreja, que brilha quando é missionária, acolhedora, livre, fiel, pobre de meios e rica no amor.» 
Assisti, via televisão, quase a tudo. Em Fátima seria garantidamente diferente. 

Fernando Martins

Nota: Foto da Ecclesia

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Pastorinhos vão ser canonizados em Fátima no dia 13 de maio


«O Papa Francisco anunciou hoje no Vaticano que vai presidir à canonização de Francisco e Jacinta Marto em Fátima, no dia 13 de maio, anunciou o Santuário português, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
Os dois pastorinhos de Fátima tornam-se assim nos mais jovens santos não-mártires da história da Igreja Católica.
A decisão sobre o local e data da canonização foi tomada hoje num Consistório Público, reunião formal de cardeais, realizada no Palácio Apostólico do Vaticano.»

Ler mais aqui 

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Papa Francisco



Seguidores ou simples admiradores?



«O Papa dá-nos também um exemplo eloquente de que não veio para destruir o que está feito e responde às urgências do Reino, nem para passar por cima de quem o fez ou promoveu, sejam os papas seus antecessores ou outros, como se com ele é que tudo, finalmente, estará bem. Já disse, de muitos modos, que, acima da sua pessoa, está o Senhor, o único a quem a Igreja tudo deve. O único a merecer aplausos, dentro ou fora dos templos. O único ao qual os crentes são chamados a seguir e a ser fiéis.»

D. António Marcelino

quarta-feira, 26 de junho de 2013

"FRANCISCO"




"Quando um homem chamado Jorge se apresentou ao mundo como "Francisco", muitíssima gente pareceu esperançada com aquela escolha onomástica. Um milénio antes, um homem chamado Giovanni tinha-se chamado "Francesco", talvez por amor às coisas francesas. E a sua mensagem ainda ecoa entre crentes e não-crentes, de tal modo que há três meses parecia que éramos todos franciscanos."

Pedro Mexia, no EXPRESSO


Pode ler aqui

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quarta-feira, 13 de março de 2013

Já temos Papa: Francisco


Papa Francisco I



Já temos Papa. O Cardeal Jorge Mario Bergoglio, o eleito no Conclave, adotou o nome de Francisco e veio da Argentina, o «fim do mundo». Não era dos cardeais badalados nos últimos dias  para a cadeira de Pedro nem é dos mais novos.  Vai para Bispo de Roma e passa a ser o chefe da maior e mais antiga instituição do mundo, precisamente na idade em que os bispos residenciais são levados a pedir a resignação. Mas é o novo Papa para um mundo em convulsão, com a Igreja Católica a necessitar urgentemente de reformas que têm de promover mais transparência da Cúria Romana e mais dignidade dos seus clérigos e leigos.