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domingo, 25 de fevereiro de 2024

Apto para navegar!



Quem havia de dizer que um dia eu seria navegador? Pois é verdade. Por proposta do Carlos Duarte, recebi lições dele e do meu filho Pedro para navegar no alto mar. Adaptado ao leme, fiquei preparado para dirigir um barco bacalhoeiro, rumo à Terra Nova. Os meus professores souberam recomendar-me que não me aproximasse das praias e que me desviasse o mais possível das embarcações, sobretudo em momentos de temporais. Não me esquecerei que o mar, por vezes, é traiçoeiro.
Obrigado pela oportunidade que me deram e pelas lições que recebi.

Fernando Martins

 

sábado, 25 de novembro de 2023

DIA CHEIO - 85 ANOS DE VIDA

Hoje, 24 de novembro de 2023, completei 85 anos de vida. Foi um dia tranquilo, mas cheio, com  mensagens, telefonemas e visitas de familiares. Nas Redes Sociais, foram imensos os contactos, tornando-se muito difícil reagir a todos. 
Realmente, desde que me libertei de alguns compromissos sociais ou equiparados, voltei-me mais para os meus Blogues, Facebook e leituras, pois o não fazer nada é a pior opção dos homens e mulheres do nosso tempo. O cérebro seca mais depressa e rapidamente se cai num poço sem fundo.
Gostei, portanto, de sentir que, realmente, tenho muitos amigos. Começaram de madrugada e continuam a dar sinais da sua franca amizade. Sinto-me muito feliz
A família é, contudo, o meu maior conforto. Mas no próximo domingo haverá, se Deus quiser, um almoço, onde não faltarão palavras e gestos generosos de amor e o bolo das nossas tradições..
Um fraterno abraço para todos.

Fernando Martins

domingo, 23 de abril de 2023

COMOÇÕES

As comoções fazem parte do meu ADN. Sou assim, como sempre fui. E um dia destes, ao encontrar um amigo que não via há muito tempo, voltei a confirmar a sensibilidade do meu estado de espírito. Comovi-me.
Cruzei-me na rua com um homem que me identificou. Pedi-lhe o nome porque a expressão do seu rosto me dizia qualquer coisa. E então, recuei mais de três décadas, aos tempos da minha atividade de explicador.
Recordar é viver, mas arrasta sempre vivências que não se perderam com os anos que passaram. Um esforço de memória e boa  parte da vida torna-se presente. 
Sinto agora, com a memória enfraquecida pelos anos, vontade de recordar, com a ajuda das pessoas com quem me cruzo, o que fiz durante tempos idos. O que fiz e o que devia ter feito.

Fernando Martins

domingo, 7 de agosto de 2022

Celebramos hoje 57 anos de casados

Recomeço hoje, 7 de Agosto, dia em que celebramos 57 anos de casados. Foi na igreja matriz do Bunheiro, Murtosa, em cerimónia presidida pelo nosso comum amigo, Pe. Manuel Ribau Lopes Lé, que eu e a Lita prometemos fidelidade e amor até ao fim dos tempos. E cá estamos a recordar os bons momentos que temos vivido, mas também os menos bons que soubemos ultrapassar, sempre com os nossos filhos (Fernando, Pedro, Paulo e Aida), netos (Filipa, Ricardo e Dinis) e agora uma bisneta (Benedita), filha do Ricardo e da Inês, nos nossos pensamentos e nos nossos corações, que nos hão de perpetuar no mundo.
Aqui ficam  votos sinceros das maiores venturas para familiares e amigos.

Lita e Fernando

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Descansar também é preciso


Descansar também é preciso. Esta frase está carregada de verdade. Realmente, passei por essa análise um dia destes quando os meus olhos mo pediram. E parei a pensar nuns tempos de folga. Seria uma semana, mas não resisti. 
Cá estou de volta com a promessa de seguir alguma moderação.

Fernando Martins


sábado, 1 de janeiro de 2022

Reassumi a vida pela positiva

º
Com os anos a passar em louca correria, as festas já me cansam. Sinto-as, talvez contagiado pelo fervor dos mais jovens, mas logo desligo preferindo as memórias, apesar de algumas sombras de permeio. E é nelas que me instalo com algum regalo, tantas vezes. Hoje também assim foi.
A passagem do ano, com a família presente e à distância, que os modernos meios de comunicação aproximam, dão azo à partilha de saudações na hora própria. Num já, ficámos em 2022 e consciente ou inconscientemente voltei aos projetos ou sonhos de projetos. E foi aqui que reassumi a vida pela positiva, recusando o desânimo e apostando em ânsias de trabalhos e canseiras que me hão de rejuvenescer.
O primeiro sol do ano novo deu um ar da sua graça, sem me dispensar de agasalhos, e à noitinha, o ambiente aconchegante da salamandra acesa animou-me a escrever esta nota para o meu blogue. E que contas darei aos meus seguidores daqui a um ano? Na altura falaremos.

Fernando Martins

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

O regresso do irmão pródigo

Um conto de natal - 2007


Nas vésperas da noite de consoada falta sempre qualquer coisa mais ou menos importante para a festa da família, associada, há muito, ao nascimento de Jesus. Prendas, sobretudo. Porque não se contava com a visita de um familiar, porque as destinadas ao filho mais velho ou mais novo não se coadunavam, afinal, com os seus desejos ditos em jeito de brincadeira, porque a filha precisava de algo diferente para decorar a sala.
Não cultivo muito o gosto de fazer compras, excepto de livros, mas acompanhei uma familiar pelas lojas mais na moda ou mais agressivas na publicidade aos seus produtos. Essa minha pouca apetência pelas compras não foi fruto de uma qualquer catequese mal alinhavada, que leva à conta de puro consumismo tudo o que diz respeito a dar lembranças em datas marcantes das nossas vidas, mas, sim, a uma inexplicável falta de habilidade. As prendas, no fundo, e em especial as de Natal e Páscoa, são normalmente sinais dos nossos afectos e do nosso amor para quantos nos rodeiam. Por isso, até foi com satisfação que acompanhei, também com a minha opinião, as últimas aquisições para a noite de consoada.

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

A minha gratidão

Uns minutos depois do bater da meia noite, já no dia 24 de novembro, envolvido por uma temperatura muito agradável, alimentada pela fogueira acesa da salamandra da minha sala biblioteca, a Lita cantarolou a velha mas sempre jovem cantiga “Parabéns a você”. À semelhança dos outros anos, não perdeu tempo. Faz isto há mais de 56 anos, tantos quantos levamos de casados. Sorri e agradeci.
Uma vida longa é uma prenda que tenho a obrigação de cultivar com esmero, mas também é uma bênção de Deus e de quantos me envolvem há tantos anos com carinhos sem conta, familiares e amigos.
É muito difícil responder pessoalmente a quem teve a gentileza de me felicitar. Aceitem, por favor, esta forma de testemunhar  a minha gratidão. 
Um abraço para todos com votos de saúde e otimismo.

Fernando Martins

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Assim foi o nosso Agosto de outras eras

Chaves - Ponte romana


Lita comigo em Chaves
O mês de Agosto aí está na sua reta final. Faltam algumas horas e já pressinto a tristeza de muitos com o adeus a este mês, com tudo o que ele proporcionou de bom. As férias naturais dos portugueses estão de partida, deixando-os livres para o romance da vida. Agosto é mês de férias desde que me conheço. Escolares, as primeiras, em várias fazes da minha vida, seguindo-se as outras, de trabalhos e canseiras. Por fim, as definitivas. Aquelas que nos segredam sem ninguém ouvir: Descansa que trabalhaste bastante.
Bastante? Tanto quanto o necessário, mas garanto que não estou nada arrependido. Se voltasse atrás, talvez percorresse os mesmos caminhos, risonhos, uns, para esquecer, outros. E agora, quando acordo e salto da cama, relógio no pulso sem dele precisar, entro na azáfama de dar corda à roda do dia, que parar é morrer, dizem, decerto com razão. Depois, meses e meses a pensar nas próximas férias, minhas e dos demais, que por contágio mexem comigo.
Tantos Agostos de férias partilhadas, quais saltimbancos com a família. Em campismo, mas não só. Casa às costas, carro sobrecarregado, filhos felizes pela mudança de hábitos, novas amizades, serras calcorreadas, que o mar ficava à nossa disposição quando regressássemos. Novas terras e gentes, amigos que se faziam para a ocasião, que logo perdíamos de vista. Outros permanecem leais. Assim foi o nosso Agosto de outras eras. Agora, recordamos apenas e já nos sentimos muito felizes por isso.

Fernando Martins

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Hoje acordei assim...

Hoje acordei assim. O frio que tanto temo, o olhar distante e pensativo, a recordação da Nazaré e a roupa que me apeteceu vestir, exceto o boné de que não necessitei, tudo isto vi e senti nesta imagem. Encontrei a foto quando buscava outras e logo dei um pulo até à praia das ondas gigantes que o surfista Garrett McNamara venceu, projetando bem longe aquela ridente e atraente terra, originária, segundo a lenda, da imagem da nossa padroeira. 
Lenda ou naco de história, a verdade é que nutro por aqueles ares, o sítio e o mar,  um certo carinho. Mas deixando o frio de lado, que me tolhe as saídas de casa e me obriga a manter a lareira acesa, fixo-me nesta recordação ao lado de outras, de andanças pelo país, na esperança de que venha a chuva e se vá o frio para junto de quem gosta de patinar na neve da nossa Serra da Estrela, que só visitei uma vez na vida.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

24 de novembro — Um dia diferente




Como todos os meus amigos sabem, ontem, 24 de novembro, celebrei, com a alegria de estar vivo, 78 anos de vida plena. Plena, com a mulher que amo e com filhos e netos que são o nosso enlevo. Não houve festa conjunta porque se tornou difícil reunir toda a gente. Mas a festa, a festa de vida, marcou indelevelmente a união de todos. Não faltou o carinho generoso e a ternura com que me envolveram, o sorriso que os contactos proporcionaram e a certeza de que um dia destes estaremos todos à roda da mesa e dos tachos, que o gosto está sempre apurado.
Graças às novas tecnologias, que no dia do meu nascimento eram, garantidamente, impensáveis, houve risadas, votos de parabéns, de saúde, de longa vida e esperança no futuro, tanto dos meus filhos e netos como dos meus amigos. A Lita, essa faz parte do meu ser, desde o dia em que nos tornámos num só pelo sacramento do matrimónio. Por isso, o que me era dirigido saltava de imediato para o seu coração.
E os meus amigos? Os muitos amigos que fui descobrindo ao longo da minha existência? Os cúmplices de brincadeiras, de partilha de saberes, de alegrias comuns, de desafios estimulantes? Esses inundaram as redes sociais a que estou ligado. Não consegui responder a todos? É claro que seria impossível. Aqui fica, porém, o meu agradecimento a todos. E até lhes perdoo os excessos de elogios com que me brindaram. Aos amigos perdoa-se tudo.

Fernando Martins

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Voltar à liça é o que eu quero



Os meus leitores e amigos devem notar que de vez em quando até parece que ando longe do mundo. Eu próprio reconheço isso, mas nem sempre tenho coragem de assumir um certo cansaço que me exige parar um pouco. Penso que não estou a chocar qualquer incómodo de saúde, mas tão-só a acusar o peso dos anos, embora haja muitíssima gente mais velha do que eu com genica para correr na vida. 
Nesta minha tebaida virtual, que são os meus blogues, costumo usufruir o prazer de partilhar opiniões e retalhos de vida, dando ainda guarida ao que gosto de ler e de ver. Daí que, dia após dia de alguma sonolência, o bichinho de saltar para o mundo começa a picar-me na consciência, ao mesmo tempo que me desperta para voltar à caminhada. Faço planos, busco ideias inovadoras, apelo à coragem para não me acomodar num sofá, assumo, enfim, que parar é morrer. É isso. E se prego essa verdade, aqui ou noutras circunstâncias e lugares, então tenho de ser coerente comigo mesmo, voltando à liça. É o que quero fazer. 

Fernando Martins


terça-feira, 25 de novembro de 2014

Ainda o meu aniversário



A propósito da celebração do meu 76.º aniversário, recebi dezenas de mensagens pelo Facebook, por e-mail, por telefone e pessoalmente. Tantas que, realmente, se torna muito difícil responder a tamanhas provas de amizade e generosidade de familiares e amigos das mais diversas idades e quadrantes geográficos. 
Quando se prega e escreve que o nosso mundo está a abandonar a rota dos valores que constituem a essência da nossa civilização, é pertinente frisar que a amizade, a gratidão, a ternura, a franqueza, o sentido de proximidade e sinceridade, bem como a alegria da partilha de sentimentos e emoções, permanecem intocáveis, manifestando-se na hora própria. Foi isso que senti por estes dias. Li e ouvi palavras que me tocaram profundamente. Com todas elas saí muito mais rico. 
Um abraço amigo para todos.

Fernando Martins

segunda-feira, 19 de maio de 2014

MEMÓRIAS SOLTAS

Os habituais amigos e visitantes dos meus blogues têm agora mais um espaço em que procurarei partilhar recordações, vivências, estórias e pessoas. Sem pretensões, mas como humildade, tentarei escrever textos simples, ao meu jeito. Admito que possa tornar-se um espaço acolhedor e fraterno. Chama-se Memórias Soltas.  

sábado, 1 de março de 2014

Ainda o Centenário da Gafanha da Nazaré

Ao visitar hoje o site do Correio do Vouga, que se apresenta renovado e mais aberto ao mundo do ciberespaço, tive o privilégio de me reencontrar com textos de minha lavra que se me tinham varrido da memória. Foi um prazer lê-los e será com muito gosto que os partilharei com os meus leitores. Começo com uma entrevista que dei ao diretor adjunto daquele semanário diocesano sobre o centenário da Gafanha da Nazaré, como paróquia e freguesia.


Foi à sombra da Igreja que surgiram 
as principais instituições 
da Gafanha da Nazaré

O meu retrato, julgo que de 2010


A Gafanha da Nazaré, paróquia e freguesia, tem vindo a celebrar os 100 anos de existência. D. Manuel II assinou o decreto no dia 23 de Junho de 1910 (provavelmente, o último de criação de uma freguesia na monarquia), enquanto o Bispo de Coimbra criou canonicamente a paróquia no dia 31 de Agosto de 1910. Para assinalar o centenário, entre outras iniciativas, publicou-se o livro “Gafanha da Nazaré, 100 anos de vida”, da autoria de Fernando Martins, antigo professor do ensino básico, diácono, director do “Correio do Vouga” entre 1992 e 2004, profundo conhecedor da terra que o viu nascer. Entrevista conduzida por Jorge Pires Ferreira.


CORREIO DO VOUGA – Escreveu este livro (apresentado publicamente no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, no dia 7 de Agosto) num tempo recorde. Tal deve-se, também, ao facto de há muito investigar e escrever sobre a Gafanha da Nazaré…
FERNANDO MARTINS – A paróquia fez-me o desafio no final de 2009: um livro para celebrar o centenário. Aceitei a missão, embora pensasse que não seria tarefa para uma pessoa só. Fiquei encarregado de arranjar uma equipa, mas depois resolvi assumir integralmente a tarefa da escrita. Na minha óptica, teria menos trabalho, evitando reuniões e revisões do trabalho de outros, até porque, de facto já tinha alguma coisa escrita e tenho as minhas próprias ideias. A verdade é esta: a paróquia tem 100 anos e eu vivi quase três quartos desse período. Março, Abril e Maio foram os meses mais intensos de investigação e escrita.

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domingo, 24 de novembro de 2013

24 de novembro, dia especial



Hoje foi um dia especial para mim, com quase toda a família a viver comigo o meu 75.º aniversário. Um filho ausente, a lecionar nos Açores, sentou-se ao nosso lado com a ajuda do telemóvel. Bonita idade, sim senhor, para celebrar. Chamam-lhe data redonda, o que corresponde, neste caso, a três quartos de século. Não sei se atingirei o século, mas vou apostar nisso, com a ajuda de Deus, da família e dos amigos. Para já, vou a caminho com a esperança a acompanhar-me.
Conta-se que um dia, na antiguidade, um grupo de alunos (que seriam diferentes do que estamos a imaginar) terá perguntado a um velho mestre (de uns 80 anos) se não tinha pena de estar a chegar ao fim da vida. A resposta, que foi resposta de mestre para levar os alunos a pensar, terá sido mais ou menos assim: «Não tenho pena, não!, porque eu já vivi estes anos todos; os meus amigos é que devem andar angustiados porque não sabem se chegarão à minha idade.» Pois é… 
Boas festas de aniversário para todos os meus amigos.