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sexta-feira, 13 de abril de 2018

O DIABO E OS EXORCISMOS

Anselmo Borges no DN

 
1 Fico a saber através de Jesús Bastante que, segundo a Associação Internacional de Exorcistas, há um "auge" das possessões demoníacas, centenas de milhares em todo o mundo, embora o próprio Vaticano tenha advertido que desses "endemoninhados" só uns 2% a 3% o eram realmente. São poucos os padres que se sentem com vocação para exorcistas; aliás, para "expulsar o demónio", têm de ter uma autorização especial do bispo. Em face da escassez de exorcistas, "a Santa Sé está a organizar cursos para treinar mais sacerdotes". "Por estranho que possa parecer, a preocupação com o demónio aumentou nas fileiras católicas, e o próprio Papa Francisco fala frequentemente das influências de Satanás, como mostra a maldade no mundo, o auge das guerras e do ódio", tendo inclusive "recomendado aos sacerdotes que recorram aos serviços de um exorcista caso sintam alguma actividade demoníaca contrária. No entanto, pediu precaução na situação de determinar se uma pessoa sofre influências demoníacas ou transtornos mentais". Um facto: instado por um padre que lhe apresentou alguém alegadamente possuído - "Santidade, esta pessoa precisa da sua bênção. Viram-no dez exorcistas, fizeram-lhe mais de 30 exorcismos e os demónios que leva dentro não querem sair" -, Francisco saudou esse homem, que lhe beijou o anel e caiu em transe, mas o Papa não se deixou impressionar e continuou com a sua oração. Depois, "o Vaticano desmentiu que Francisco tivesse realizado um exorcismo, embora tenha rezado junto dessa pessoa". Na exortação "Gaudete et exsultate", desta semana, diz que o diabo é "um ser pessoal" e "não um mito, um símbolo ou uma ideia".

sábado, 8 de junho de 2013

O diabo


Anselmo Borges


O diabo, possessões demoníacas e exorcismos

«O diabo não pode, pois, ser apresentado como uma espécie de concorrente de Deus. E não tem sentido continuar a pensar e a pregar que ele se mete nas pessoas, para tomar conta delas através das possessões diabólicas. Não há possessos demoníacos. Apenas há doenças e doentes de muitas espécies e com múltiplas origens e com imenso sofrimento, a que é preciso pôr fim, na medida do possível e, pelo menos, aliviar. Os rituais de exorcismos não têm justificação.
Se Jesus não pregou satanás, mas Deus, então a fé do cristão dirige-se a Deus e não ao diabo, o que inclui na prática a urgência de expulsar da vida pessoal e pública tudo o que é demoníaco e diabólico.»

Anselmo Borges