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sábado, 13 de fevereiro de 2021

Educação para a ecologia

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias


«E quem pensa nas gerações futuras?
Impõe-se pensar e agir. É da sobrevivência da Humanidade que se trata. Como escreveu o Papa Francisco, "a educação será ineficaz e os seus esforços estéreis, se não procurar também aprofundar um novo paradigma sobre o ser humano, a vida, a sociedade e a relação com a natureza".»

O étimo das palavras pode abrir-nos portas aparentemente difíceis de abrir. Neste caso da ecologia, temos oikos, palavra grega para casa, e logos, razão, tratado: o tratado da casa, da casa de cada um, de cada família, de cada país, da casa comum da Humanidade. A ecologia está inevitavelmente ligada à economia, e lá está de novo oikos, casa e nomos, lei, governo: cada um deve governar a sua casa, as famílias também, os países têm um governo que deve governar, e hoje, sendo todos interdependentes mais do que nunca, por causa da globalização, precisamos de uma governança global para a casa de todos, a casa comum da Humanidade. Em conexão com ecologia e economia está a ética, que tem um duplo étimo: ethos, que, segundo se escreva, em grego, com épsilon ou eta, significa, respectivamente, uso, costumes, e habitação. Assim, ligando as três palavras, a questão é esta: que comportamento ter para podermos todos habitar bem na casa comum da Humanidade?

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

A terra não nos pertence

Paisagem açoriana 

“A terra não nos pertence. Esta noção fundamental é-nos lembrada pelos ecologistas. Deixando de lado todos os fenómenos espúrios, considero que esta nova atenção consagrada ao ambiente é um acontecimento capital para a história da Humanidade.”

Abbé Pierre

In Testamento

domingo, 17 de maio de 2020

CONVERSÃO ECOLÓGICA E DO DESEJO DISTORCIDO

Crónica de Bento Domingues no PÚBLICO

"Esta crise obrigou-nos a parar. Mas suspeito que este medonho susto ainda não conseguiu alterar, em profundidade, a mentalidade geral"

1. Chegam-me de vários lados, com propósitos diferentes, notícias e comentários sobre o comportamento lamentável de algumas correntes do alto e baixo clero unidas no afrontamento das medidas recomendadas pela OMS e que a DGS e os governos impõem para evitar o contágio da covid-19. Unidas também no declarado incitamento ao seu desrespeito, a nível nacional e internacional.
Essas movimentações ressurgem quando muita gente já se sente desesperada entre o apertado confinamento, o emprego perdido, a ronda da pobreza, a ameaça da morte e um futuro de pouca esperança. A agitação de algumas tendências do clero revela, no entanto, outra conhecida e renovada motivação: atacar a pastoral do Papa Francisco para que as linhas mais inovadoras do seu pontificado e do seu estilo morram e sejam enterradas com ele.
Procura-se fazer acreditar que Bergoglio é um instrumento das forças que desejam acabar com a prática religiosa, já muito enfraquecida, numa Europa laicizada. É preciso estar em sintonia com maçónicos, comunistas e ateus para proibir missas abertas ao público e impedir as grandes e tradicionais manifestações da fé católica. Este Papa, dizem os seus adversários, acaba sempre por fazer o jogo dos inimigos da Igreja, transformando-a numa banal associação filantrópica com igrejas de portas fechadas.
Para a grande maioria dos católicos, a relevância do exibicionismo desse clero, com mitra ou sem mitra, depende, em grande parte, do acolhimento que lhe é dado em certos meios de comunicação e não pela sua real representatividade.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Catarina Oliveira — Eco-Embaixadora


Tenho 17 anos e, logo após ter terminado o 11.º ano, na Escola Secundária Dr. João Carlos Celestino Gomes, Ílhavo, entrei num avião, a 17 de agosto, com as memórias de uma infância e adolescência feliz numa cidade “à beira mar plantada” guardadas na mala, e voei até à Índia. 
Hoje, estudo num lugar a que já chamo casa, o Mahindra United World College of India, onde vou passar os próximos dois anos, a crescer. É uma grande e importante viagem que começou há muito tempo… 
Chamo-me Catarina Semedo Madaíl de Oliveira e nasci a 25 de fevereiro de 2002. Nasci, cresci, estudei e convivi em Ílhavo, cidade que, com orgulho, faço questão de exibir em todos os cantos do mundo por onde vou passando. Apaixonada pelo verde da natureza, o cheiro a maresia, o som das ondas a bater nas rochas, sou feliz a trabalhar para proteger o planeta! 
Em pequena, tinha o sonho de aparecer, um dia, n’O Ambúzio, a revista do Município que todas as crianças faziam questão de ler e aprender como ser “amigo do ambiente”. Nunca chegou a acontecer, mas nada que tenha impedido a pequena Catarina, introvertida e sorridente, de continuar a trabalhar nesse objetivo. 

domingo, 13 de outubro de 2019

Anselmo Borges - Sínodo para a Amazónia: um mini-Concílio Vaticano II


1. Começou em Roma no passado dia 6 e estará activo até ao próximo dia 27 o Sínodo para a Amazónia. Estão presentes 185 Padres sinodais, mas participam também membros da Cúria, religiosos e religiosas, auditores e auditoras, peritos, membros de outras confissões religiosas, convidados..., o que perfaz, em números redondos, 300 pessoas. 
Embora de modo expresso se dirija directamente só a uma zona determinada do planeta, ainda que extensíssima e tocando nove países (Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa), a sua temática -"Amazónia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral" - é universal e vai marcar este pontificado com um antes do Sínodo e um depois. Penso que estaremos num processo de recuperação da dinâmica do Concílio Vaticano II, um dos acontecimentos mais importantes, se não o mais importante, do século XX, para a Igreja e para o mundo. O Papa Francisco acentua que a sua missão fundamental é criar "processos" no tempo, irreversíveis, sem possibilidade de voltar atrás, a caminho de objectivos essenciais, que já vêm do Vaticano II. 

2. Destaco quatro desses pontos fundamentais, a debater no Sínodo e que influenciarão a Igreja universal. 

2. 1. Logo na terminologia. O Papa quer uma Igreja sinodal, isto é, na qual, como diz o étimo da palavra sínodo, se faça o caminho juntos. Repete constantemente: "a Igreja somos nós todos". Se é assim, o que é de todos deve ser partilhado por todos. Na véspera da abertura do Sínodo, aquando da imposição do barrete cardinalício aos novos cardeais, lembrou-lhes que não são príncipes, e pediu-lhes "lealdade" e "compaixão", também no sentido etimológico da palavra: partilhar as alegrias, as tristezas e as angústias de todos, a começar pelos "descartados", com os quais devem ser samaritanos, e que evitem ser "funcionários". Um desses novos cardeais, Cristóbal López, arcebispo de Rabat, sabe que assim deve ser, ao afirmar: "Os cristãos são todos iguais, o ser bispo ou cardeal não nos torna superiores a ninguém". Na Igreja, não pode haver duas classes: os clérigos e os leigos, pois toda a Igreja é uma Igreja de iguais, ministerial. 

domingo, 2 de dezembro de 2018

Liturgia cristã e ecologia?

Bento Domingues

«... o Papa Francisco tentou estabelecer uma ponte entre a Ecologia e a Liturgia, para que o uso das descobertas científicas, das novas tecnologias, o exercício das actividades económicas, financeiras e políticas se inscrevam no destino universal de todos os bens.»

1. Comecemos pelo mais elementar, pois custa-me ver a milenar herança cristã esquecida ou ignorada. É muito provável que a intervenção pública de Jesus de Nazaré se tenha exercido, em contexto judaico, entre os anos 28 e 33 da nossa era. Foi, porém, em Antioquia que, pela primeira vez, os seus seguidores começaram a ser chamados cristãos, isto é, discípulos de Cristo, o Messias esperado. Devido à mesma significação, foi aportuguesada tanto a palavra da tradução grega da Bíblia como a de origem hebraica. A expressão Jesus Cristoexprime a condição humana e divina do Nazareno. Por cristianismo entende-se o movimento dos seguidores de Cristo, através dos séculos, embora com uma história muito plural e cheia de tensões, desde o começo [1].

sexta-feira, 6 de julho de 2018

Papa lembra compromissos ecológicos



O Papa Francisco, apesar da sua  idade avançada, continua atento à vida (ir)responsável de todos os cidadãos, estados e instituições, denunciando o que urge fazer em defesa do planeta Terra. Hoje, no Vaticano, defendeu um maior compromisso ecológico ao nível dos governos e instituições financeiras internacionais, exigindo a todos que honrem os objetivos assumidos no Acordo de Paris, em 2015. “Todos sabemos que muito deve ser feito para concretizar este acordo. Todos os governos deveriam esforçar-se para honrar os compromissos assumidos em Paris para evitar as piores consequências da crise climática”, 
Se é verdade que Governos e instituições financeiras, entre outras, têm obrigações na área do ambiente, também é justo frisar que o mesmo tem de ser pedido a todos os cidadãos, a começar por cada um de nós. Realmente, temos de agir com empenho, antes de clamarmos contra a inoperância dos governos e das autarquias.

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domingo, 6 de novembro de 2016

A Invenção da Natureza

“A Invenção da Natureza 
— As aventuras de Alexander Von Humboldt, 
o herói esquecido da ciência”



“A Invenção da Natureza — As aventuras de Alexander Von Humboldt, o herói esquecido da ciência” é um trabalho de Andrea Wulf, autora de vários livros distinguidos pela crítica, li na badana desta sua obra. Entre outras tarefas, «foi escritora em residência da British Livrary em 2013 e bolseira do International Center for Jefferson Studies em Monticello». Com estas credenciais, a autora oferece-nos um livro sobre um herói esquecido que dedicou a sua vida à ciência nas múltiplas vertentes da época em que viveu (1769-1859).
Reconheço que, ao passar por uma qualquer livraria, jamais daria atenção a este volumoso livro de 545 páginas, olhando apenas para o nome do biografado, que desconhecia em absoluto. Contudo, tive a sorte de o receber como oferta pela renovação da minha assinatura anual da revista LER, que muito aprecio e coleciono. 
Pelo que li, Alexander Von Humboldt foi, realmente, uma personagem 
extraordinária para o seu e nosso tempo pelo que visitou, um pouco por todo o mundo, e pelo que estudou, divulgou e influenciou sobre a natureza, numa época muitíssimo longe das altas tecnologias e dos diversos meios de comunicação social.
Diz a autora: «Nunca antes alguém chegara tão alto e nunca ninguém respirara um ar tão rarefeito. Enquanto estava de pé no topo do mundo, olhando lá em baixo as cordilheiras enrugadas, Humboldt começou a ver o mundo de forma diferente. Viu a terra como um grande organismo vivo, em que tudo estava ligado, concebendo uma ousada nova visão da natureza, que continua a influenciar a forma como compreendemos o mundo atual.»
Sublinha Andrea Wulf que Alexander Von Humboldt era descrito pelos seus contemporâneos como «o homem mais famoso do mundo a seguir a Napoleão, mas também «feroz crítico do colonialismo», apoiando as «revoluções da América Latina». E embora admirasse os Estados Unidos, «devido aos seus conceitos de liberdade e igualdade», nunca deixou de criticar «o seu fracasso para abolir a escravatura». 
Na contracapa, citam-se algumas referências, de que destaco:

«Os ecologistas de hoje, afirma Andrea Wulf, devem tudo a Humboldt. Face ao desafio tremendo de compreender as consequências globais das alterações climáticas, a abordagem interdisciplinar deste cientista é hoje mais relevante do que nunca» (The Economist)

«A um certo nível, este livro é uma exuberante história de aventuras […] Mas é também uma fascinante história de ideias.» (Sarah Darwins, Financial Times)

«Uma biografia espantosa. […] Humboldt pode ter sido esquecido, mas as suas ideias nunca estiveram tão vivas. […] No nosso tempo as suas teorias são como profecias. Mais importante ainda, explicam o caminho a seguir. É impossível ler a Invenção da Natureza sem contrair a “febre de Humboldt”. Wulf torna-nos fãs deste homem. […] A investigação que presidiu a este livro não desagradaria ao próprio Humboldt.» (New York Review of Books)

Então, se puderem, leiam este livro. Está bem escrito, bem traduzido e com ilustrações a condizer.

Fernando Martins 

domingo, 10 de janeiro de 2016

Ecologia — Tenho orgulho nos meus conterrâneos!

Crónica de Maria Donzília Almeida


A primeira vez que ouvi falar no tema, remonta à década de 60 do século passado, nos meus estudos de Zoologia. Era objeto de estudo o coelho e a dada altura a professora referiu as adaptações ecológicas do mamífero. Ninguém na altura conhecia o termo e eu gostei de imediato…foi quase um amor à primeira vista.
Ecologia é um ramo da Biologia que estuda as relações entre os seres vivos e o meio ambiente onde vivem, bem como a influência que cada um exerce sobre o outro.
A palavra Ökologie deriva da junção dos termos gregos oikos, que significa “casa” e logos, que significa “estudo”. Foi criada pelo cientista alemão Ernst Häckel e se a princípio foi um termo científico de uso restrito, entrou na linguagem comum nos anos 1960, com os movimentos de caráter ambientalista. Era eu uma teenager.
O conceito de Ecologia Humana designa o estudo científico das relações entre os homens e o meio ambiente, incluindo as condições naturais, as interações e os aspetos económicos, psicológicos, sociais e culturais.

sábado, 20 de junho de 2015

CUIDAR DA MÃE TERRA

Crónica de Anselmo Borges 


«Faz falta voltar a sentir 
que precisamos uns dos outros, 
que somos responsáveis 
pelos outros e pelo mundo»


Naquele 13 de Março de 2013, ao ouvir o nome que o cardeal Bergoglio escolhera para si como Papa - Francisco -, fiquei convencido de que, mais tarde ou mais cedo, apareceria uma intervenção forte sobre a ecologia. Ela aí está, na encíclica "Laudato si", palavras iniciais do Cântico das Criaturas, de São Francisco de Assis: "Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã, a mãe Terra, que nos sustenta e governa."

Impossível fazer aqui uma síntese minimamente adequada da sua riqueza. Trata-se de um texto poderoso, argumentado, contundente, também com belas passagens poéticas, articulando a ecologia do meio ambiente e a ecologia humana, um marco histórico para o futuro do planeta, que se impõe debater e meditar. Não é por acaso que aparece nesta data, antes da viagem aos Estados Unidos e no contexto da preparação de um novo tratado sobre o clima numa conferência das Nações Unidas, em Dezembro próximo, em Paris. Por isso, já começaram as críticas por parte, nomeadamente, de grandes poderes relacionados com a energia e a banca. O líder republicano Jeb Bush, possível candidato à presidência dos Estados Unidos, por exemplo, que se converteu ao catolicismo há 25 anos, arremeteu contra Francisco: "Não deixarei que os meus bispos, os meus cardeais ou o meu Papa me ditem a política económica"; a religião deveria ocupar-se mais de "tornar as pessoas melhores e menos de questões que têm que ver com aspectos políticos". Francisco, porém, pensa ser seu dever dirigir-se a crentes e a não crentes, "a cada pessoa que habita este planeta", para a defesa da "casa comum" ameaçada, tanto mais quanto as alterações climáticas afectam sobretudo os mais vulneráveis, estão em causa a paz e as gerações futuras, e o Deus criador entregou a Terra ao cuidado responsável de todos.

sábado, 23 de maio de 2015

Ecologia e religião

Crónica de Anselmo Borges 
no DN


 É preciso cuidar da natureza, 
porque é criação, 
dom e presente de Deus


1. Era Fernando Pessoa que perguntava: O mistério? E respondia: Olha para o lado e ele está lá. Sim, digo eu, está lá, ao lado, fora, dentro, em toda a parte. Ele mora, antes de mais, nesta pergunta infinita, inconstruível: porque há algo e não nada?
Há 13 700 milhões de anos foi o Big Bang. A Terra pode ter aparecido há uns 5000 milhões de anos e a vida há uns 3500 milhões. Há uns 7 milhões de anos, deu-se a separação do tronco comum, que se ramificou, de tal modo que temos, de um lado, os chimpanzés, gorilas... e, do outro, num processo que passa pelo Homo habilis e o sapiens, estamos nós, o Homo sapiens sapiens — acrescento sempre: e demens demens (sapiente sapiente e demente demente) —, há uns 150 mil anos.

sábado, 16 de maio de 2015

Mãe Terra e "ecomanidade"

Crónica de Anselmo Borges 
no DN

Anselmo Borges



1- No passado dia 27 de Abril, Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas, inaugurou no Vaticano uma conferência sobre o meio ambiente, já no contexto da apresentação da nova encíclica papal sobre este tema, a publicar em fins de Maio, princípios de Junho. E Ban Ki-moon elogiou o Papa Francisco, que assumiu a liderança na luta pela preservação da natureza. Há hoje, disse perante líderes religiosos de várias confissões e assessores do Papa, grande consenso tanto entre líderes religiosos como entre cientistas no reconhecimento das alterações climáticas, que exigem por parte da humanidade um novo comportamento para "proteger o nosso meio ambiente: um urgente imperativo moral e nossos dever sagrado".
O secretário-geral da ONU acabou por repetir as advertências de Francisco: "Quanto às alterações climáticas, há um imperativo ético claro, definitivo e iniludível para actuar." "Para que as pessoas aprendam a respeitar a criação como um presente de Deus". Também neste domínio, Francisco quer seguir o exemplo do seu homónimo, Francisco de Assis, patrono dos animais e da natureza, que olhou para os seres da criação como irmãos, e espera que a sua encíclica contribua para que a humanidade toda tome mais consciência do seu dever de proteger a Mãe Terra, nomeadamente através das conversações sobre as alterações climáticas, em Paris, em Dezembro próximo.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Os homens não têm a felicidade nos lábios...






Em prol de uma ecologia 
da pessoa humana
António Marcelino






“Os homens não têm a felicidade nos lábios, 
nem a verdade nas suas entranhas,
 porque a felicidade é filha das lágrimas 
e a verdade é gerada pela dor”
Kabril Gibran

«Atento, desde há muitos anos, a este problema, nunca vi os movimentos de ecologistas preocupados com o que se faz em relação ao aborto e com a destruição das mulheres, protagonistas de primeira importância, humana e social, na procriação. Os raciocínios correntes são redutores e parece interessar mais a eficácia, o imediato sem esforço, que o respeito pela natureza humana e suas leis, em ordem à vida procurada e defendida. Dirão que a ciência tem, também, a sua palavra. Pois que a diga, ao serviço da vida, não da sua destruição. A educação sexual promovida e programada, que se dá a crianças e adolescentes nas escolas, onde leva ou pode levar esta gente indefesa?»

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

"Fechar as televisões e ir para o café falar"


"Os europeus estão preparados para um movimento ecológico"


Os olhos dos europeus abriram-se: a Terra é finita e a tecnologia não nos salvará. Há economistas a rejeitar o crescimento económico. O jornalista francês Hervé Kempf escreveu um livro onde vai mais longe e pede o fim do capitalismo em alternativa ao caos. Para salvar a democracia é preciso "fechar as televisões e ir para o café falar".
A ideia terá as suas vantagens, mas tenho para mim que a televisão terá mais força. Leiam mais aqui



domingo, 22 de agosto de 2010

A Terra terá consumido já todos os recursos calculados para um ano


«Ontem, sábado, 21 de agosto, os habitantes da Terra terão esgotado todos os recursos que o planeta lhes proporciona no período de um ano, passando a viver dos créditos relativos ao próximo ano, segundo cálculos efetuados pela ONG Global Footprint Network (GFN).
De acordo com o estudo, “foram necessários 9 meses para esgotar o total do exercício, em termos ecológicos.
A GFN calcula periodicamente o dia em que vão se esgotar os recursos naturais que o planeta é capaz de fornecer por um período de um ano, consumidos pela humanidade, aí incluídos o fornecimento de água doce e matérias-primas, entre elas as alimentares.
A reportagem é do UOL Notícias.»

Ler mais aqui

terça-feira, 22 de abril de 2008

DIA MUNDIAL DA TERRA


A consciência ecológica foi uma das maiores conquistas da humanidade. E se foi Francisco de Assis, porventura, o precursor do amor ao planeta terra, com todos as suas componentes, não há dúvida de que foi o século XX, a meu ver, o século que tomou plena consciência do respeito que todos devemos à natureza. Natureza que herdámos dos nossos antepassados e que temos de legar aos vindouros, ainda mais enriquecida do que a recebemos.
É com esse objectivo que se celebra hoje o DIA MUNDIAL DA TERRA. E se é verdade que no mundo não faltará quem lhe dedique grandes projectos e acções convincentes, também é certo que todos poderemos, no dia-a-dia, fazer algo, por mais simples que seja, que contribua para o culto e preservação da natureza. O jardim natureza precisa de ser cuidado com o nosso amor e regado com o nosso suor. Fundamentalmente, para que continue viçoso e asseado, proporcionando-nos horas de paz e de prazer espiritual de que tanto precisamos.

FM

NÃO HÁ SEGUNDA SEM PREGUIÇA

É claro que não li estas revistas

Quando era miúdo aprendi um ditado que dizia o segunte: "Não há sábado sem sol, domingo sem missa e segunda sem preguiça." Não sei se isto bate certo semana após semana, mas é natural que sim. Nestes dias, de frio e chuva, penso que o ditado se pôde aplicar em pleno. Houve um sol tímido no sábado, missa ao domingo e na segunda lá veio a preguiça. Pelo menos no que me diz respeito. É certo que a preguiça foi reflexo do muito que tive de ler e de escrever ao fim-de-semana. Sacos e mais sacos de jornais, com leituras para todos os gostos. Até à exaustão. É verdade que muita coisa que os jornais e revistas trouxeram, como habitualmente trazem, foi direitinho para o caixote do lixo. Deve acontecer o mesmo em muitas casas. E já pensaram, os meus amigos, no prejuízo ecológico que isto representa, tudo em nome da publicidade, a tal técnica que tem por princípio fundamental levar-nos ao consumo e a comprarmos o que por vezes nem precisamos? Pois é. Daí o cansaço que se apoderou de mim, levando-me ontem a descansar. Mas hoje, terça, já cá estou com vontade de continuar no mundo, para sentir o palpitar do tempo, as melodias das artes que me envolvem, as poesias que tantos cantam para que a vida seja mais bela. Boa semana.
FM