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sábado, 4 de junho de 2022

Linguajar dos gafanhões de outros tempos

Numa das minhas passagens pelos meus blogues, 
encontrei este texto de Maria Donzília Almeida. 
Resolvi republicá-lo para não se perder com a passagem dos anos


PARA SORRIR... 

Em tempos que já lá vão, apresentaram-se duas comadres para baptizar uma criança, juntamente com a mãe, da mesma. O abade inquiriu: Então como se vai chamar a criança?
A 1.ª comadre respondeu: — Botelhana, Sr Prior! Botelhana!
A 2.ª comadre retorquiu: — Prantelhana, Sr Prior, Prantelhana!
Por fim, a mãe da criança também se pronunciou e anuiu: — Eu Cudcana.
Depois de ter ouvido as três versões, o padre ficou confuso e levou algum tempo até descobrir. Afinal, isto traduzia a maneira de falar das gentes da Gafanha, nos princípios do século passado e todas queriam dizer o mesmo.
Já naquela altura, como sempre, se aplicava à linguagem oral, a lei do menor esforço, pelo que, o povo despende a menor energia possível, para pronunciar as palavras (acto de fonação). Assim, o que as comadres queriam, realmente, dizer era o seguinte:
1.ª Comadre: — Bote-lhe Ana, Sr Prior! (botar – pôr, colocar)
2.ª Comadre — Prante-lhe Ana, Sr prior! (prantar – pôr, colocar)
Mãe — Eu cuido que Ana, Sr Prior! (cuidar – pensar, achar)

M.ª Donzília Almeida

domingo, 31 de janeiro de 2016

Visita de Estudo — Casa de Camilo

Crónica de Maria Donzília Almeida


 A vida foi verdadeiramente madrasta para Camilo

O sol acordou pálido e assim permaneceu ao longo do dia, tímido, escondido atrás de nuvens cinzentas.
Apesar das condições meteorológicas pouco risonhas, isso não demoveu o grupo da US de empreender a viagem rumo a terras minhotas.
No âmbito da disciplina de História e Jornalismo, o nosso formador organizou uma visita de estudo à Casa de Camilo, em S. Miguel de Seide. Situada em Vila nova de Famalicão, fez-me evocar o triénio que lá vivi, entre 1979 e 1982. Gratas recordações, dum período áureo da minha vida, ali, em pleno coração do Minho, que tanto me fascina, pelas características de uma paisagem ímpar. Com a exuberância da sua vegetação, onde os regatos serpenteiam pelos campos verdes, a vinha de enforcado se ergue altaneira em esteios de pedra granítica, qualquer forasteiro se sente aconchegado nesta moldura natural.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

CHÁ COM HISTÓRIAS

Escola Básica da Gafanha da Encarnação, 
Bar dos Alunos, 
14 de novembro, 
18 horas



A equipa da Biblioteca Escolar, com a colaboração dos docentes de Educação Musical e Educação Especial, convida toda a comunidade educativa a participar em mais uma edição do nosso Chá com histórias, a realizar a 14 de novembro, pelas 18 horas, no bar dos alunos da escola sede.
Contará com a declamação de poemas por parte dos alunos do Clube de Escrita e  de todos os que o queiram fazer. Haverá um apontamento musical da responsabilidade de Educação Musical.
A docente Donzília Almeida fará a apresentação do seu livro, "Crónicas de um professor". Depois será servido um chá com bolinhos.


quinta-feira, 10 de julho de 2014

"CRÓNICAS DE UM PROFESSOR"


Donzília Almeida


No próximo sábado, 12, pelas 15.30 horas, no Salão Cultural, Rua Professor Francisco Corujo, 219, Gafanha da Encarnação, vai ser lançado o mais recente livro de Maria Donzília Almeida, natural daquela ridente vila e nela residente, onde leciona a disciplina de Inglês. Não é por acaso que é conhecida por teacher.
O livro, que tem por título "Crónicas de um professor" e que ainda não li, na sua versão em papel, versa temas vivenciados com os seus alunos, nomeadamente, educacionais e pedagógicos, onde a sua visão do mundo, da alma humana, do meio escolar e familiar, tem lugar cativo. Não li o livro, mas li as crónicas, ao que julgo, todas ou quase todas, pois foram publicadas no meu blogue Pela Positiva. Não falo de cor, por isso.
De qualquer forma, lendo esta obra, relendo obviamente as crónicas, sentirei outro sabor. E depois, então, terei o maior prazer em me pronunciar sobre ela.
Cronista com sentido de oportunidade, poeta de grande sensibilidade e estudiosa da história local, Donzília Almeida terá, com a publicação desta obra, a merecida consagração do povo da sua e nossa Gafanha., e não só, pois tenho a certeza de que não vai ficar indiferente a este trabalho da nossa teacher.
O orador convidado para o lançamento do livro "Crónicas de um professor" é Domingos Cardoso, conhecido poeta e também estudioso de Ílhavo.

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domingo, 12 de janeiro de 2014

Ainda o centenário do senhor Diamantino

Longevidade
Maria Donzília Almeida


"Viver é envelhecer, nada mais."
Simone de Beauvoir

É um dado adquirido que a partir de certa idade, a idade madura, muita gente não gosta de fazer anos, sem negar a evidência que todos gostam de continuar a viver! Dizia-me, há algum tempo, um amigo que a única forma de atingir a longevidade é... fazer anos!
A marcha do tempo é inexorável, todos o sabemos e inevitável é a correspondente erosão da saúde, com os indesejáveis efeitos do envelhecimento.
Na hierarquia das idades, ou fases etárias do ser humano, há uma que é vista de soslaio por muita gente, tanto por aqueles que já entraram nela, como por outros ainda muito distantes e cuja imaturidade lhes assegura/garante (!?) uma ambicionada eterna juventude - a terceira idade!
Quer queiramos quer não, a velocidade a que o Chronos se move é a mesma para todos os cidadãos, apenas cada um se situa no seu ponto particular do percurso.

domingo, 18 de agosto de 2013

Capitais Imperiais - Bratislava

Domingo, 18 de Agosto

Donzília Almeida numa aula de xadrez 

Logo de manhãzinha, partimos para Bratislava, capital da república da Eslováquia.
Foi-nos descrita, pormenorizadamente, a antiga história da Checoslováquia, sob o domínio comunista, a emancipação da Eslováquia em 1993, a poderosa influência dos apóstolos Cirilo e Metódio, que chegaram cá, no séc. IX, e foram dadas outras informações relativas ao país.
Após uma longa viagem de autocarro, almoçámos num restaurante local, numa artéria muito movimentada da cidade.
Pode ver-se, a olho nu, como estes países emergentes do bloco de leste apostaram fortemente no turismo, como fonte de receita bem gorda! Fazem dinheiro em tudo... até no uso dos sanitários. A higiene também rende!
De tarde, houve uma breve visita panorâmica à cidade de Bratislava, outrora capital da Hungria, na qual se destaca o maravilhoso centro, que ainda hoje testemunha a importância que teve: palácios da antiga nobreza húngara, a casa residência de Lizt, de Mozart, etc. A 40ª sinfonia, imediatamente, aflorou à mente.

domingo, 23 de junho de 2013

Dia de São João

24 de junho de 2013




Eu te rogo, S. João
Que convertas o Governo!
A vida desta nação
Para o povo é um inferno!


Quem alguma vez trabalhou na “Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade do Porto♥, já teve o privilégio de assistir a uma das maiores manifestações populares de confraternização, sob a égide dum santo da igreja católica. O S. João do Porto é a mais genuína e mobilizadora festa de verão que congrega um mar de gente e a que alguma vez assisti.
Nesta noitada, o povo irrompe na baixa, esquece as suas mágoas e engrossa a multidão que vai desaguar às Fontainhas.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Um lorde



Diabruras do Scott

Ão...ão...
No meu raciocínio de cão, acho que sou uma criatura VIP! Sim, é verdade, pois vivo num condomínio fechado, com portões altos, verdes....até parece a casa onde vivia a Menina do Mar, que a minha dona, noutros tempos lia às criancinhas da escola.
Neste espaço fechado, tenho todas as comodidades e mordomias! Só cá entra quem é autorizado, ou tem luz verde, como os portões, para invadir esta propriedade privada. 
Sou tratado como um lorde... mas não como um gentleman! Como este, era o meu antecessor de que rezam as crónicas e as saudades da minha dona que são ainda bem visíveis!

domingo, 23 de dezembro de 2012

Chegou num dia de chuva miudinha...

A prenda! 
Maria Donzília Almeida



Chegou num dia de chuva miudinha, que enche de humidade o ar e cria uma saturação tal, que tudo parece escorrer à nossa volta. É a morrinha de uso tripeiro, que nos penetra até aos ossos. Assim estava o aposento, onde a prendinha foi depositada. 
Apesar de já ter passado a idade da inocência, quase acreditaria que foi prenda do Menino Jesus, que a colocou no meu sapatinho, quatro dias antes do Natal. Apareceu, assinaladamente, no dia em que aconteceu o solstício do inverno, 21 de dezembro. 
Evoco aqui, as palavras de ST Éxupery: “Mal nos conhecemos, inaugurámos a palavra amigo!” 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

DIA DO HOLOCAUSTO — 27 de janeiro

Um texto de Maria Donzília Almeida 

Museu do Holocausto

Há homens de “estatura”... 
 e os pequenos homens! 


O Holocausto foi a maior mácula da história alemã, atribuída ao ditador Adolf Hitler. É, aliás, associado a esta personagem sinistra, o tom demagógico, tenebroso, sustentado pela característica gutural da língua alemã, verbalizado no vocativo: “Deutsche Frauen und Herren...”. Com todos os rr bem vincados... na boca do ditador... era o melhor isco para inflamar o sentimento patriótico da raça ariana! Constatei isso, quando estudei a língua alemã. 
A palavra Holocausto tem origens remotas, em sacrifícios e rituais religiosos da Antiguidade, em que plantas, animais e seres humanos, eram oferecidos às divindades e queimados durante o ritual. Passou a significar cremação dos corpos. 
Após a Segunda Guerra Mundial o termo Holocausto foi utilizado, para referir o extermínio de milhões de pessoas que faziam parte de grupos politicamente indesejados pelo regime nazi: judeus, comunistas, homossexuais, ciganos, eslavos, deficientes, prisioneiros de guerra soviéticos, membros da elite intelectual polaca, russa e de outros países do Leste Europeu. Incluía também ativistas políticos, testemunhas de Jeová, sacerdotes católicos, membros mórmons e sindicalistas, pacientes psiquiátricos e criminosos de delito comum. Todos esses grupos pereceram, lado a lado, nos campos de concentração. 

A ideologia nazi nasceu num contexto de crise económica, social e moral da Alemanha, ainda a assimilar as humilhações do Tratado de Versalhes. Aparece, assim, a ideia de um Estado Autoritário e Totalitário, de partido único, National Soziallismus com uma vontade nacionalista de expansão territorial. Contudo, a conceção racista foi prevalecente na ideia de que os alemães eram descendentes dos Arianos, uma raça superior às demais raças. Deste princípio absurdo, nasceu o sentimento anti-semita de ódio aos judeus, propalado por Adolfo Hitler no seu livro “Mein Kampf”.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Aventuras de um boxer

Um texto de Maria Donzília Almeida

Antes de... 

Antes de a dona o ter posto fora de casa, 
ele dormia a sesta na espreguiçadeira 
e a noite num sofá! Era um lorde!

Depois... foi dormir para a estufinha das plantas, 
onde a dona colocou a alcofinha, mas ele prefere dormir nas bicas! 
Coisas de cão orgulhoso!



Enjeitado

Por alguns sou rejeitado.

Pela m’nha dona preterido. 
Mas qual será o meu fado...
Um cão que já foi tão querido! 

Ão, ão... p’ra todos, um ano bom! (com sotaque tripeiro). Há muito que não dou um ar da minha graça, mas agora é que estou, sem graça nenhuma! Ando mesmo acabrunhado, a pensar nesta vida de cão, que passei a ter de há uns dias para cá. Antes, tinha uma vida de lorde e todos os cães vadios, que deambulavam pela rua, me invejavam! Antes, dormia na torre do castelo, sossegadinho da vida, confortável, quentinho e com um edredon de penas a aconchegar-me! Agora durmo na estufa das plantas, a coberto da geada, sim, mas bem junto da caruma e dos vasos arrumados a um canto. Ando triste! Quase ia parar às masmorras... alagadas de água no inverno, como o forte de Peniche! Não chegou a tanto, a crueldade desta amiga de Pen----

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Parabéns, Donzília!



Hoje, 12 de dezembro, a minha colaboradora e amiga, Maria Donzília Almeida, celebra o seu aniversário. Boa ocasião para sentir mais de perto as muitas amizades que soube construir ao longo da vida. 
Permitam-me os meus amigos e outros assíduos colaboradores que dedique à Dnzília este curto espaço, por diversas razões, de que destaco as seguintes: a sua prestimosa atenção ao que a rodeia e de que faz eco no meu blogue; as suas preocupações pedagógicas e didáticas, com base, mas não só, nas suas vivências, enquanto professora de inglês na Gafanha da Encarnação; o seu permanente interesse por causas nobres, o que muito a enobrece; o seu apego às suas raízes e às suas tradições, alicerçadas num povo de rija têmpera; o seu gosto pela cultura, nas quais se incluem as artes, de que fala com imensa alegria; a sua paixão pela natureza e em especial pelos seres vivos para quem olha, ao estilo de São Francisco, como irmãos e irmãs; o seu prazer pelas viagens, com apetência pelo conhecimento, nunca saciado... Entre outros gostos, paixões e saberes, de que sobressaem a poesia, a história e a convivência fraterna, onde desabrocham amizades sem conta.

sábado, 3 de setembro de 2011

S. Tomé: bom exemplo da Donzília Almeida















Há muito que Maria Donzília, docente na Escola Básica 2.º e 3.º Ciclos da Gafanha da Encarnação, com o dom da escrita e da partilha, colabora neste meu blogue, com a regularidade possível. Professora dedicada à escola e aos seus alunos, neste meu espaço tem mostrado as suas preocupações e emoções, sobre os caminhos desejáveis das pedagogias.
Quando soube que iria a S. Tomé, logo a desafiei a partilha com os nossos leitores algo dessa viagem. Foi o que fez. Aqui e agora quero agradecer-lhe a sua disponibilidade, na certeza de que as lições, porque de lições realmente se tratou, hão de continuar, na próxima oportunidade.