Mostrar mensagens com a etiqueta Dia da Resistência não Violenta. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Dia da Resistência não Violenta. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Dia da Resistência não Violenta - 20 de fevereiro


Um texto de Maria Donzília Almeida 



Disse Jesus:“... mas se alguém te ferir na tua face direita, oferece-lhe também a outra» S.Mateus, cap. 5: vv. 38 e 39.
Jesus não nos proibiu a defesa, mas condenou a vingança. Ao dizer-nos para oferecermos uma face em resposta à agressão na outra, defendia a ideia que não devemos retribuir o mal com o mal; que é mais glorioso para Ele ser ferido que ferir, suportar, pacientemente, uma injustiça que cometê-la; que mais vale ser enganado que enganar, ser arruinado que arruinar os outros.
Mais que uma simples efeméride, o dia 20 de Fevereiro deve relembrar, à nossa sociedade, que a luta por aquilo em que acreditamos, por aquilo que consideramos correcto, não deve ser feita, utilizando a violência. Com o recurso à força estamos simplesmente a perder a razão que eventualmente possamos ter. A luta por todas as causas deve basear-se no diálogo, em manifestações pacíficas, que demonstrem a nossa posição.
Um dos exemplos mais marcantes da História, sobre uma luta pacifica é sem dúvida Mahatma Ghandi, uma das principais personalidades a nível mundial de defesa dos Direitos Humanos, cuja vida foi dedicada à luta pela independência da Índia. Criador do principio do Satyagraha, principio da não agressão, do protesto não violento, Ghandi é uma enorme inspiração para todos aqueles que lutam por uma sociedade mais justa e pacifica. Certa vez, o líder indiano comentou: “Posso até estar disposto a morrer por uma causa, mas nunca a matar por ela!”. Quando, em certos momentos, a violência começou a manifestar-se, entre os Indianos, Gandhi praticou o jejum, por duas vezes, colocando em risco a sua própria vida, com o objetivo de sensibilizar os seus seguidores a não fazer uso da violência. O termo “não-violência” em sânscrito – “ahimsa” – tem o significado profundo de não dano, não prejuízo. Daí surge a ideia central desse conceito que nos inspira a sermos pacíficos, o que é bastante diferente de ser passivo.