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terça-feira, 22 de março de 2022

Dia Mundial da Água


"Enquanto o poço não seca, não sabemos dar valor à água"

Thomas Fuller (1654-1734),
médico e orador inglês

segunda-feira, 22 de março de 2021

Dia Mundial da Água - Resolver os problemas da falta de água

Nos prédios circundantes não faltará água

Quem vive rodeado de mar e ria por todos os lados não faz a mínima ideia dos sacrifícios de imensa gente que tem de percorrer grandes distâncias para conseguir um balde de água para fazer a comida e matar a sede. Para além de mar e ria, escavando uns metros no solo logo surge água.
Neste Dia Mundial da Água, os diversos meios de comunicação social vão dizer-nos muitíssimo  sobre a necessidade de cuidarmos do ambiente, de evitarmos a poluição, de pouparmos no consumo, etc.
Os problemas da falta de água nesta nossa região nem serão assim tão graves. E a pergunta que eu faço a mim mesmo e aos meus leitores é esta: Que poderemos fazer, concretamente, no dia a dia, para o mundo resolver os dramas da falta de água e de pão em tantas regiões do nosso planeta?

sexta-feira, 22 de março de 2019

DIA MUNDIAL DA ÁGUA - PARA PENSAR E AGIR

São Miguel, Açores: a água atrai os nossos olhares
Lita e Aidinha no Luso: a sede era muita
Celebra-se hoje, 22 de março, o Dia Mundial da Água. Todo o mundo consciente sabe que a água é um bem fundamental à vida. Sem ela, tudo morre, mas nem com esta certeza somos capazes de olhar para a realidade nua e crua de que a água é um bem perecível. Falamos e escrevemos sobre a água, cantamos loas aos seus benefícios e gritamos contra os que a desperdiçam e conspurcam, mas não passamos daí. 
Este dia tem a virtude de nos alertar para a escassez deste líquido preciosos, mas logo a seguir nos descuidamos, como se a água não corresse o risco de  faltar. E no entanto, sabemos muito bem que há continentes onde se luta tenazmente para obter um cântaro de água potável. E também sabemos que a abertura de um simples poço, em zonas desertificadas, é motivo de festa para muitos. 
Por estes dias tem sido notícia a falta de água no nosso país por escassez de chuvas nas épocas próprias, insistindo-se na necessidade de a poupar. Os campos ressequidos geram pobreza e fome. O gado não tem pastagens e a poluição ajuda a empobrecer as reservas líquidas nas zonas freáticas. Com a falta de água, diz a lógica primária que os produtos alimentícios se tornam mais caros, mas a vida continua até o povo, que somos nós todos, tomar consciência de que a água é já um bem escasso. 
Sei que estou a dizer coisas banais, mas nem por isso quero deixar de assinalar este dia, na esperança de que saibamos tomar consciência da importância da água no dia a dia de todos. Aqui e no mundo inteiro.

FM

quarta-feira, 22 de março de 2017

Dia Mundial da Água — Razões para refletir

CARTA ENCÍCLICA LAUDATO SI’
DO SANTO PADRE FRANCISCO
SOBRE O CUIDADO DA CASA COMUM






29. Um problema particularmente sério é o da qualidade da água disponível para os pobres, que diariamente ceifa muitas vidas. Entre os pobres, são frequentes as doenças relacionadas com a água, incluindo as causadas por microorganismos e substâncias químicas. A diarreia e a cólera, devidas a serviços de higiene e reservas de água inadequados, constituem um factor significativo de sofrimento e mortalidade infantil. Em muitos lugares, os lençóis freáticos estão ameaçados pela poluição produzida por algumas actividades extractivas, agrícolas e industriais, sobretudo em países desprovidos de regulamentação e controles suficientes. Não pensamos apenas nas descargas provenientes das fábricas; os detergentes e produtos químicos que a população utiliza em muitas partes do mundo continuam a ser derramados em rios, lagos e mares.

30. Enquanto a qualidade da água disponível piora constantemente, em alguns lugares cresce a tendência para se privatizar este recurso escasso, tornando-se uma mercadoria sujeita às leis do mercado. Na realidade, o acesso à água potável e segura é um direito humano essencial, fundamental e universal, porque determina a sobrevivência das pessoas e, portanto, é condição para o exercício dos outros direitos humanos. Este mundo tem uma grave dívida social para com os pobres que não têm acesso à água potável, porque isto é negar-lhes o direito à vida radicado na sua dignidade inalienável. Esta dívida é parcialmente saldada com maiores contribuições económicas para prover de água limpa e saneamento as populações mais pobres. Entretanto nota-se um desperdício de água não só nos países desenvolvidos, mas também naqueles em vias de desenvolvimento que possuem grandes reservas. Isto mostra que o problema da água é, em parte, uma questão educativa e cultural, porque não há consciência da gravidade destes comportamentos num contexto de grande desigualdade.

31. Uma maior escassez de água provocará o aumento do custo dos alimentos e de vários produtos que dependem do seu uso. Alguns estudos assinalaram o risco de sofrer uma aguda escassez de água dentro de poucas décadas, se não forem tomadas medidas urgentes. Os impactos ambientais poderiam afectar milhares de milhões de pessoas, sendo previsível que o controle da água por grandes empresas mundiais se transforme numa das principais fontes de conflitos deste século.

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domingo, 22 de março de 2015

Dia Mundial da Água


"Enquanto o poço não seca, não sabemos dar valor à água"

Thomas  Fuller (1654-1734), médico e orador inglês

sábado, 22 de março de 2014

sábado, 1 de outubro de 2005

Dia Mundial da Água

Texto da Comissão Diocesana Justiça e Paz de Aveiro



A Água para a Vida

“Não é culpa minha se o corpo humano não pode resistir três dias sem beber. Não me sabia assim tão prisioneiro das fontes. Não suspeitava uma tão curta autonomia. Uma pessoa acredita que o Homem pode ir sempre em frente. Uma pessoa pensa que o Homem é livre... e não vê a corda que o amarra ao poço, que o amarra, como um cordão umbilical, ao ventre da Terra. Se dá um passo mais, morre.”


in Terres des Hommes,
Antoine de Saint-Exupéry

A água... A água, esse bem precioso que nos foi dado/emprestado por Deus como um recurso natural deste Planeta Azul, está, tal como outros bens, a ser utilizado irresponsavelmente pela civilização ocidental. Apesar de 70% da superfície do Planeta Azul ser água, apenas 2,5% desta é doce e menos de 1% está, de facto, disponível. Porém, esta seria suficiente para a vida humana, se não insistíssemos no seu consumo desenfreado — não fosse esta a considerada sociedade de consumo! — e num desenvolvimento não sustentado.
As actividades agrícolas e industriais são as que mais consomem, mas o uso residencial não deve ser esquecido. Cada cidadão europeu gasta, em média, entre 110 a 250 litros de água por dia. No terceiro mundo, esse consumo não ultrapassa os 10 litros por dia. Actualmente, 223 milhões de pessoas de 26 países vivem sem água potável, 400 milhões de pessoas consomem água a um ritmo superior à renovação do recurso e 3,5 milhões de pessoas (sobretudo crianças) deverão morrer, em África e Ásia, com doenças associadas à água. Retratam estes números um Planeta em equilíbrio ou reflectem as assimetrias que todos nós já conhecemos?
No ano 2025, dois terços da população mundial viverá em países com grandes problemas de água, se não mudarem as políticas em relação ao seu consumo e, cada vez mais, se referem potenciais conflitos pelo ouro azul, a água. A União Europeia, como um todo, não apresenta problemas de falta de água, mas alguns estados-membros, incluindo Portugal, revelam algumas fragilidades. A seca prolongada que temos vindo a sofrer ilustra claramente a situação do nosso país, face à necessidade de melhor gerir o recurso água.
Em 15 de Setembro de 2005, todo o território continuava em situação de seca, com intensidade de moderada a extrema, verificando-se o desagravamento da intensidade da seca em parte das regiões do Norte e Centro. Estas regiões estão numa situação de seca de moderada (7%) a severa (34%). No restante território, mantinha-se a situação de seca extrema (59%). As previsões de alteração climática indicam uma diminuição da precipitação em Portugal, nomeadamente no período do Verão. Já pensámos nas consequências da diminuição da precipitação e no que poderemos fazer? Com certeza que sim! Mas, passámos à prática? Provavelmente em Aveiro, apesar da intrusão salina crescente que coloca em risco os nossos aquíferos, nem por isso.
Não tivemos, tal como no sotavento algarvio, racionamento e mesmo escassez de água, pelo que continuamos a falar da seca com um ar preocupado, mas com os mesmos hábitos de consumo. Achamos sempre, numa atitude tão cómoda, que a nossa acção individual não vai alterar nada. Pois bem, é do somatório de várias acções individuais que resulta a mudança, e não devemos, não podemos!, ficar à espera, passivamente, que os outros, o Governo, a Câmara Municipal, o Instituto da Água ou o Instituto do Ambiente, ajam.
São os pequenos gestos que fazem a diferença:
- Se uma torneira estiver a pingar, feche-a bem; se estiver avariada, mande consertá-la logo. Poupará cerca de 25 litros de água por dia;
- Num banho de imersão gasta cerca de 180 litros de água; num duche gasta 60 litros, se demorar apenas 5 minutos;
- Enquanto escova os dentes ou se barbeia, feche a torneira; assim poupará 10, 20 ou mesmo 30 litros de água;
- Em cada descarga de autoclismo gasta 6 a 10 litros de água; utilize-o só quando for necessário;
- Use as máquinas de lavar loiça e roupa só com a carga máxima;
- Há plantas que necessitam de pouca água; evite regá-las sem necessidade; se possível, reutilize água da lavagem de fruta ou legumes; regue de manhã cedo ou à noite;
- Seja cuidadoso com a rega do seu jardim. Há que mudar de atitude e de hábitos; e isso custa. Talvez precisemos, para nos ajudar, de relembrar a água como símbolo purificador e regenerador. Talvez assim, mais conscientes, consigamos interiorizar a importância deste bem comum e sejamos mais responsáveis na sua utilização.
O Dia Mundial da Água — que ocorre a 1 de Outubro próximo — é um bom dia para (re)começar esta mudança e assumir esta responsabilidade.