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terça-feira, 15 de maio de 2012

Dia Internacional das Famílias - 15 de maio


Por Maria Donzília Almeida

Família de D. Duarte Pio

“Onde há galos, não cantam galinhas!”

Era esta a ideologia dominante, na sociedade portuguesa, até ao 3.º quartel do século passado. Vivia-se numa sociedade patriarcal, em que o homem, como único angariador do sustento da família, era o detentor da autoridade. Num meio, predominantemente rural, em que o nível de literacia era baixo e a informação chegava a passo de caracol, era comum, a mulher acatar, até de bom grado esta supremacia masculina! O “galo” impunha o seu domínio e ninguém ousava, sequer contestá-lo. Parece que aqui, nas Gafanhas, num sentido vanguardista de elevação da mulher, este domínio não era assim tão literal, já que o homem nomeara a esposa de sua “patroa”! Era ela a gestora doméstica, a quem ele entregava, religiosamente, a”féria” do seu mês de trabalho.
 Na família semi-numerosa, onde cresci, as “frangas”, debaixo da asa protetora da mãe-galinha, eram em número suficiente para urdir, na surdina, a sua contestação e, aos poucos, iam saindo das cascas! Lembro-me, ainda que uma das conquistas desta “maçonaria” foi a idade de 18 anos, como permissão oficial do início do namoro! Comparado com os tempos de hoje, em que os putos quase começam a namorar de cueiros, é um atraso de vida, mas havia alguma maturidade, nesse passo que se dava na juventude.