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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Francisco no Chile e no Peru

Anselmo Borges 
Anselmo Borges

1 Por ocasião da visita do Papa Francisco ao Chile e ao Peru, fui confrontado, lendo José Manuel Vidal, que cita um estudo de Latinobarómetro, com estatísticas temíveis quanto à situação da Igreja na América Latina. Os números mostram uma forte queda da Igreja Católica latino-americana devido à saída para as igrejas protestantes, no contexto da religião evangélica, e, num processo acelerado de secularização, para o agnosticismo e o ateísmo, como afirmou Marta Lagos, que dirigiu o estudo.
Os países com maior número de pessoas que se declaram católicas são Paraguai (89%), México (80%), Equador (77%), Peru (74%), Colômbia (73%) e Bolívia (73%). 65% dos inquiridos nos 18 países da América Latina dizem confiar na Igreja, sendo as nações onde tem mais crédito Honduras (78%), Paraguai (77%) e Guatemala (76%). No Chile, o número baixa para 36% e, segundo Marta Lagos, a quebra deve-se sobretudo aos abusos sexuais perpetrados pelo influente padre Fernando Karadima: antes desse escândalo, a confiança dos chilenos rondava os 69%, descendo abruptamente em 2011 para 38%.
O número de latino-americanos que se declaram católicos caiu paulatinamente nas duas últimas décadas: se em 1995 os católicos representavam 80%, esta percentagem baixou para 59% em 2017. Há sete países onde a população católica já representa menos de metade da população: República Dominicana (48%), Chile (45%), Guatemala (43%), Nicarágua (40%), El Salvador (39%), Uruguai (38%) e Honduras (37%). "A esta velocidade, daqui a dez anos os países da América Latina que terão a religião católica como religião dominante serão uma minoria." A eleição de Francisco em 2013 teve um "efeito positivo" e uma prova é que 60% dos chilenos reconheceram como "positiva" a visita que acaba de fazer ao país.

sábado, 20 de janeiro de 2018

Povos indígenas - «grito lançado à consciência» do mundo»



«O Papa Francisco elogiou  no Peru a riqueza “biológica, cultural e espiritual” das comunidades amazónicas, que apresentou como um desafio à sociedade atual.
“Se, para alguns, vós sois considerados um obstáculo ou um ‘estorvo’, a verdade é que, com a vossa vida, sois um grito lançado à consciência dum estilo de vida que não consegue medir os custos do mesmo. Vós sois memória viva da missão que Deus nos confiou a todos: cuidar da Casa Comum”, disse, num encontro com milhares de representantes de povos indígenas, em Puerto Maldonado, na região amazónica do Peru, sudeste do país.
No primeiro encontro público da viagem ao território peruano, o Papa aplaudiu danças tradicionais e ouviu testemunhos de membros dos povos da Amazónia, que denunciaram abusos e exploração dos recursos naturais.»


Nota: Já estamos habituados a ouvir e a  ler, dia após dia, os alertas do Papa Francisco, que são outros tantos desafios às nossa consciências  de cristãos e de cidadãos do mundo. Por estes dias, no Chile e no Peru, não se cansou de denunciar o erro e o mal, os dramas e as perseguições, ao mesmo tempo que indica caminhos de mudança, rumo a uma sociedade mais justa e mais libertadora. O Papa Francisco é, sem dúvida, o maior profeta do nosso tempo.