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segunda-feira, 27 de março de 2017

Uma discussão brava sobre a cegueira

Crónica de Frei Bento Domingues 


«Andam por aí algumas pessoas e movimentos 
a dizer que este Papa, por querer alterar preceitos desumanos, 
coloridos de falsa religião, é herético»

1. Já fui solicitado, várias vezes, para acompanhar peregrinações à Terra Santa. Nunca me foi possível e nunca fiquei com muita pena. Não me desagradaria ter os olhos povoados com esses lugares. Até teria algumas vantagens para ler os Evangelhos e conhecer a geografia das viagens missionárias de S. Paulo. Não tenho nada contra o chamado ”turismo religioso” e os seus negócios. Negócio é negócio e pode dar trabalho honesto a muita gente.
Confesso que a minha branda alergia resulta da própria leitura dos atrevidos textos do Novo Testamento acerca do culto, dos seus tempos e lugares sacralizados. 
No passado Domingo, S. João não deixou escapar absolutamente nada [1]. Desvalorizou, de forma radical, a importância dos templos: o de Jerusalém, dos judeus, e o de Garizim, dos samaritanos. A água do poço do patriarca Jacob não tem mais virtudes do que qualquer outra água. A razão teológica que Jesus apresenta não deixa margem para qualquer deriva: “Está a chegar a hora – e é agora – em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade. São estes adoradores que o Pai procura. Deus é espírito. Os que o adoram têm de o adorar em espírito e verdade”.