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segunda-feira, 25 de maio de 2020

Sem arte o mundo seria uma seca


Sem artistas, o mundo seria uma seca e nem sempre percebemos isso. Usufruímos do muito que eles nos dão, pelas mais diversas formas, mas raramente valorizamos os seus contributos para a beleza da vida de cada um de nós, enquanto membros de uma sociedade de culturas e de artes. 
Não direi nada de novo se afiançar que as artes estão em toda a parte: na ruas, nos edifícios e monumentos, nos livros, revistas e jornais, no cinema e no teatro, nas rádios e televisões, na pintura e na escultura, no que vestimos e calçamos, no que comemos e bebemos e em tudo o que nos envolve. 
Veio a crise, sentimos o desemprego, lamentamos os que passam fome, compreendemos que o Estado não tem mãos a medir para acudir aos mais pobres e debilitados, mas nunca pensamos, admito eu, que há artistas com carências de variadíssima ordem. E deles veio um gesto que nos deve fazer pensar. Ver aqui

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Artista da Universidade Sénior


A Gafanha da Nazaré também é terra de Artistas! Eis um trabalho feito pelo aluno da Universidade Sénior da Fundação Prior Sardo, J.Teixeira, que foi apresentado na aula de fotografia. Afinal, há tanta gente com tanto para dar à comunidade. Ficamos  à espera de mais.

Nota: gentileza de Carlos Duarte

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Os nossos artistas: Cândido Teles


«Se passa, desacanhadamente, da "Escolha de peixe" no sul da Costa Nova para o "Mercado de Cabinda"; se transfere as tintas do glauco da Ria para os amarelos gritantes da seara madura;  se da peixeira esbelta resvala para a ceifeira maciça e do pescador ágil e bailarino para o pastor imóvel na paisagem pasmada, isso não lhe obnubila a fidelidade à ambiência onde, pela primeira vez, experimentou os pincéis e a que está ligado por uma afectividade toda tocada de ternura.»

Frederico de Moura

In "Homenagem do Município de Ílhavo – C. Teles – Desenhos"

sábado, 21 de novembro de 2009

Evocação de Mestre Cândido Teles, o pintor da Ria





«A próxima palestra integrada no 3º Ciclo de Conferências sobre “Aveirenses Ilustres” que a Câmara Municipal de Aveiro leva a efeito no auditório do Museu da Cidade, das 18, 30 às 19,30 horas, do dia 26 de Novembro, presta homenagem ao Artista ilhavense Cândido Teles.
Com esta iniciativa pretende a CMA homenagear personalidades que, activamente, deram o seu contributo para o desenvolvimento sociocultural e político-económico da região, valorizar a Historiografia Local e formar pedagogicamente públicos.
Associada à palestra evocativa decorre também uma pequena mostra de objectos e literatura alusiva à individualidade evocada que estará patente durante 15 dias no espaço do Museu da Cidade.
Tem hoje, também, o Artista, um lugar de destaque no Marintimidades, porque a oradora convidada será a autora deste blog e Cândido Teles, apesar de muitos outros aspectos de relevo, identifica-se, na região, com um grande pintor da Ria, da Costa Nova, das nossas fainas marítimas e lagunares.»

Ana Maria Lopes

Ler mais em Marintimidades

domingo, 9 de novembro de 2008

Raul Brandão passou pela Gafanha

Raul Brandão foi para mim o escritor que melhor retratou a Ria de Aveiro e as gentes ribeirinhas, quando por aqui andou em 1922, para depois publicar no seu muito badalado livro “Os pescadores”. Já tenho falado deste escritor e elogiado o que escreveu. Gosto da poesia que brota da sua alma. Raul Brandão apresenta-se em "Os pescadores" como um tipo "esgalgado e seco, já ruço, que dorme nas eiras ou sonha acordado pelos caminhos". "Sou eu que gesticulo e falo sozinho, envolto na nuvem que me envolve e impregna. Que força me guia e impele até à morte?” Quando relembra o seu regresso do mar, das muitas viagens que fez, para depois descrever, com arte e poesia, o que viu e sentiu, diz que vem sempre “estonteado e cheio de luz” que o trespassa. Depois pega nos “apontamentos rápidos”, em “meia dúzia de esboços afinal, que, como certos quadradinhos, do ar livre, são melhores quando ficam por acabar”. E acrescenta com nostalgia de poeta da prosa: “Estas linhas de saudade aquecem-me e reanimam-me nos dias de Inverno friorento. Torno a ver o azul, e chega mais alto até mim o imenso eco prolongado… Basta pegar num velho búzio para perceber distintamente a grande voz do mar. Criou-se com ele e guardou-a para sempre. – Eu também nunca mais o esqueci…”
FM

domingo, 12 de agosto de 2007

Centenário de Miguel Torga

UM ESCRITOR SEMPRE VIVO
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Se fosse vivo, Miguel Torga faria hoje 100 anos. Na tranquilidade deste domingo, os seus admiradores podem muito bem dedicar-lhe alguns momentos, com a leitura de um ou outro texto, quiçá de um poema tão simples quanto inspirado. Mostram, assim, que o poeta permanece vivo nos que o admiram.
Homem de temperamento difícil, tão agreste como as penedias do seu Marão, tinha na alma a simplicidade de uma criança e uma ternura ímpar que reflectia em muito do que escrevia, quer em prosa quer em verso.
Não gostava de dar entrevistas nem autógrafos, não gostava de festas sociais nem de grandes convívios, mas gostava de calcorrear as serras do seu Reino Maravilhoso que tanto retratava na sua extensa e diversificada obra.
Coimbra vai abrir hoje a casa em que viveu, durante 40 anos, na cidade dos doutores, nos Olivais, revelando, com ela, algumas facetas da sua riquíssima sensibilidade.
Penso que no futuro e a partir de hoje todos teremos que meter nas nossas agendas este destino, talvez para descobrirmos um pouco mais a alma deste escritor multifacetado.
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Um poema de Miguel Torga
:
UM POEMA
:
Um poema, poeta!
É o que a vida te pede.
A fome diligente
Colhe
E recolhe
Os frutos e a semente
Doutros frutos.
Junta à fecundidade
Da natureza
Os frutos da beleza...
Versos grados e doces
Na festa do pomar!
Versos, como se fosses
Mais um ramo, a vergar.

sábado, 9 de junho de 2007

JACINTA



A MELHOR ARTISTA JOVEM
DE JAZZ DA EUROPA
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É sempre com muita satisfação que leio notícias e comentários que enaltecem o mérito de pessoas que conheço e admiro. Hoje deu-se o caso de ler que a cantora Jacinta, artista de jazz de larga projecção, foi escolhida por 20 editores europeus da revista Selecções Reader's Digeste como a "melhor artista jovem de jazz" da Europa. Jacinta, de 36 anos, é a única presença portuguesa entre as 27 categorias escolhidas, como "a melhor festa" ou "a melhor arte de rua".
Aqui ficam os meus parabéns para a minha amiga e conterrânea Jacinta, com votos de que continue a progredir na sua carreira profissional e artística.

terça-feira, 5 de junho de 2007

MANOEL DE OLIVEIRA



Cinema: o meu amigo Manoel



Entre os meus amigos conta-se Manoel de Oliveira, um cineasta a que ninguém fica indiferente. Conhecido por muitos como autor de obras extensas e difíceis de acompanhar é, sobretudo, um realizador multifacetado, que tem percorrido os mais diversos géneros, trabalhado narrativas em diferentes ritmos e revelando sempre uma enorme competência cinematográfica.
Começou com "Doura Faina Fluvial", em 1930, seguindo-se diversas curtas metragens até 1942, data da sua primeira longa bem famosa, "Aniki Bobó". Nos vinte anos seguintes apenas um par de curtas metragens, uma das quais, "O Pão", em duas versões. A partir de 1962 a sua carreira intensifica-se progressivamente, até criar o espantoso ritmo de um filme por ano, que desde os anos 80 caracteriza a sua carreira.
Para além do drama "Vale Abraão" - como vários outros dos seus filmes tomando por base Agustina Bessa Luís e um dos seus trabalhos mais cotados - passou pela comédia, como "A Caixa", a reconstituição histórica e o romance e, também, por apontamentos até certo ponto autobiográficos como "Viagem ao Princípio do Mundo" e "Porto da Minha Infância", este último com uma vertente humorística muito considerável e em que retoma o trabalho de actor, que preencheu o início da sua carreira e "meio papel" em "A Divina Comédia", substituindo Ruy Furtado que morreu antes do filme terminado deixando muitas sequências em aberto.
A desconfiança do público português levou muito tempo a ser dissolvida. "Aniki-Bobó" vinha de uma época distante e filmes excelentes, como "Francisca" ou "O Sapato de Cetim" não eram de leitura fácil para a generalidade do público. Primeiro em França, depois em outros países (incluindo os Estados Unidos) o génio criador de Oliveira começou a ser reconhecido e divulgado, o que tornou inevitável o despertar mais forte do público português, sobretudo o mais cinéfilo. O nível de divulgação foi aumentando, sem nunca atingir a dimensão merecida. Mas mesmo para quem põe reservas ao autor e ao seu estilo Manoel de Oliveira é hoje unanimemente considerado o melhor cineasta português e, acrescente-se, o mais produtivo.

Francisco Perestrello
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Manoel de Oliveira recebe o Prémio de Cultura Padre Manuel Antunes de 2007