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domingo, 19 de junho de 2016

Apóstola dos apóstolos

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO


1. Uma senhora inglesa confessava a uma amiga teóloga: Quando vou à Igreja sinto que tenho de deixar lá fora o meu cérebro. Não é caso único.
Em vários documentos do Vaticano II, nomeadamente na Constituição sobre a Igreja [1], a participação na Eucaristia é fonte e cume de toda a vida cristã. No documento da V Conferência do episcopado latino-americano [2], afirma-se que “todas as comunidades e grupos eclesiais darão fruto na medida em que a eucaristia for o centro da sua vida e a Palavra de Deus for o farol de seu caminho e da sua actuação na única Igreja de Cristo [3]”.
Por falta de presbíteros, só no Brasil, 70% dos católicos estão privados da Eucaristia. Mas se na América Latina, a situação é difícil, que dizer de África? Na Europa, a situação é caricata. Os padres são cada vez menos e correm de um lado para o outro, não só aos Domingos, mas também nos dias de semana, dados os constantes pedidos de Missas. Decidiu-se, no pontificado de João Paulo II, que as mulheres, por não serem homens, não podem ser chamadas ao presbiterado. Por outro lado, confessa-se que não existe nenhuma objecção à ordenação de homens casados, mas o resultado é igual ao das mulheres: a seara é grande, mas os feitores recusam ao Senhor da messe a hipótese de chamar e diversificar mais operários.
Por razões de teologia incompetente, de miopia pastoral, de confiança cega em grupos e movimentos pseudo-salvadores, a situação eclesial agrava-se de dia para dia.

sábado, 30 de abril de 2016

O Espírito de Deus toma decisões connosco

Reflexão semanal
de Georgino Rocha


Georgino Rocha

«O amor a Jesus concretiza-se 
em atitudes e gestos de serviço 
e misericórdia»


Jesus está a despedir-se dos seus apóstolos. Diz-lhes as confidências que guarda para a hora derradeira. João, o evangelista da narração, faz deste momento uma bela construção literária e teológica em que vão surgindo perguntas dos amigos preocupados e curiosos. Após Simão, Tomé e Filipe, surge Judas não o Iscariotes com a sua: “Senhor, porque vais manifestar-Te a nós e não ao mundo?” A resposta de Jesus está centrada no amor de quem guarda a sua palavra, na promessa do Espírito que recorda e ensina, no dom da paz que liberta e serena a perturbação do coração.