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sábado, 9 de janeiro de 2021

Receita de Ano Novo


RECEITA DE ANO NOVO

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.


Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

"Receita de Ano Novo". 
Editora Record. 2008.


segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Natal e Ano Novo - Evocações

 

Rabanadas 

Lá se foram dois dos mais bonitos e vividos dias do ano. Natal e Ano Novo, ambos a fechar o ano, já passaram à história. Esperados ansiosamente e vividos com azáfama à medida de cada um, sempre cheios de tradições, conciliadores e festivos, desta feita suportámos inquietações. Uns respeitando as normas da pandemia e outros, mais afoitos ou irresponsáveis, pondo o pé na argola armados em espertos.
Ficaram aqueles dias  como registo de ameaças reais e possíveis, mas  logo retomámos a vida a sonhar com os horizontes arejados e saudáveis. Outros Natais e Anos Novos hão de vir para serem gozados em pleno.
Olhando para trás, a minha  memória levantou o pano do palco da nossa presença no mundo. Os brinquedos à medida das posses dos pais, os doces mais apetecidos do que os atuais, feitos a granel, ou, melhor dizendo, com outros sabores, os convívios sem televisões e a monotonia das rádios de então, sobrava tempo para as histórias, lendas e adivinhas, regadas, sobriamente, com um cálice de Vinho do Porto, mais para os adultos, que à malta juvenil até provocava tosse. 
Recordo, com que saudade, o chá de folhas de laranjeira que a minha saudosa mãe fazia, para desenjoar da doçaria da época, ainda sem bolo rei. Eram rabanadas, filhós,  bilharacos,  aletria ou arroz doce, mais uma espécie de pão de ló que não faltava nos dias de festa na então aldeia da Gafanha da Nazaré da minha meninice. 
Outros tempos, outras vidas, outros ares, outras formas de conviver há uns 80 anos. Daqui a uns tempos como será?

Fernando Martins

sábado, 2 de janeiro de 2021

2021 será melhor

Depois do rescaldo da passagem do ano sem festas, que o tempo e as circunstâncias  não estavam  para isso, já vamos no dia 2 de janeiro com a melancolia a empalidecer no horizonte conforme se recomendava. Só a vida do dia a dia nos deixará sentir o chão incerto que nos conduzirá ao futuro, apesar do otimismo que teimamos em alimentar. Atirando para o lado, por momentos, as inquietações de todo o mundo, queremos crer que o amanhã será melhor. E é nessa perspetiva que nos colocamos. 
Durante estes dias sentimos a presença possível dos familiares mais próximos que, através dos contactos  usuais, quiseram saber como estávamos e como nos sentíamos, já que a presença de todos à volta da mesa estava desta vez limitada. Outros natais e outros anos novos hão de acontecer para uma felicidade mais participada, na linha de tradições com décadas que nos irmanavam na hora de olhar o Menino e nos desejos de mais um ano de paz e de fraternidade nascer, pois temos a obrigação de o construir no dia a dia do ano 2021. 
Bom ano para todos os nossos familiares e amigos.

Lita e Fernando 

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Ano Novo, Vida Nova

Daqui a momentos, se Deus quiser, ao toque da meia-noite, saltamos para 2021. É um momento mágico que nos leva a desejar a quantos nos rodeiam um ano cheio de paz, saúde, amor, alegria e otimismo. Temos a certeza até de que todos formulamos estes votos de coração lavado, na ânsia, de facto, de vivermos um ano melhor do que o que vamos enterrar.
Não será assim em plenitude, sobretudo para os que foram atingidos pelo Covid-19 e para os que, mais pessimistas, ainda vivem receosos de serem atingidos pela pandemia que nos afeta quase há um ano.
Contudo, olhando para trás, podemos constatar que cada ano viveu coisas boas e coisas menos boas. Os homens e mulheres deste mundo parece que nem  conseguem aprender os caminhos da paz e da harmonia universais, teimando, alguns, em construir socalcos pedregosos que dificultam a marcha de quem sonha com uma sociedade de justiça e de fraternidade.
A esperança que nos deve animar permite-nos afirmar hoje, mais do que nunca, que os momentos menos bons que todos enfrentámos precisam de abrir portas à ousadia de ultrapassar o que de menos positivo nos aconteceu, porque o fundamental é assumir o esforço de lutar, pelos meios legítimos ao nosso alcance, para que toda a gente acredite que os tempos da pandemia estarão a chegar ao fim.
Com estes propósitos, desejo a todos os meus leitores e amigos um 2021 muito melhor do que 2020. E julgamos que não será difícil.

Fernando Martins

sábado, 26 de dezembro de 2020

Entre o Ano Velho e o Ano Novo

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias



A passagem de ano é sempre, mesmo nesta nossa presente circunstância triste e confinada, um tempo especial: balanço do ano que passou, perspectivação do ano novo que chega.

1 Agora, percebemos melhor que é preciso programar, mas há também o imprevisível. Quem poderia prever há um ano que iria cair sobre nós, nós todos, globalmente, esta catástrofe de uma pandemia: um vírus invisível, com sofrimentos indizíveis por todo o lado, que nos traz a todos em sobressalto permanente? Tivemos de aprender por experiência dura o que não conhecíamos: palavras como covid-19, confinamento, desconfinamento, reconfinamento, "distância social", máscaras (sabíamos, mas era tudo em abstracto)... Sobretudo: que muitos, no fim do ano de 2020, já cá não estão, e foram-se sem uma despedida, como se tivessem desaparecido numa noite de breu, no meio de uma tempestade...

domingo, 6 de dezembro de 2020

NATAL E ANO NOVO COM ABERTURAS

Natal e Ano Novo com aberturas. Uma experiência para nos habituarmos a conviver com restrições durante o tempo que for preciso. Ouvi as novidades de um primeiro-ministro sorridente, mas com avisos de que é preciso comportamentos responsáveis. Se as tendências de algumas descidas se mantiverem, tudo bem. Lá mais para diante se confirmará esta decisão do Governo ou se alterará, se tal for necessário.  
Natal já não é só a celebração do nascimento de Jesus Cristo, mas foi adotado como festa da família. Crentes e não crentes revivem os convívios familiares em ambiente festivo, depois de um ano inteiro de lutas e preocupações. É a festa, na minha ótica, mais aguardada e participada do ano, enriquecida com sabores e alegrias que afugentam trabalhos e canseiras dos dias desgastante de um ano inteiro. Depois, reconfortados, voltamos à vida tantas vezes sombria. 
A pandemia alterou profundamente os nossos quotidianos e não se vislumbra um fim que nos liberte de dúvidas e preocupações, apesar do anúncio de soluções assentes na vacinação. 
Inicialmente anunciadas como demoradas, as vacinas aí estão, graças à conjugação de esforços e saberes de cientistas um pouco de todo o mundo. A urgência impunha-se. Contudo, quando se julgava que de um dia para o outro todos seriam vacinados, já se sabe que não é bem assim. E os que estão em situações de risco, pela idade e pela doença, continuarão na terrível posição de espera. Vamos aguardando sem desânimo, mas com muita esperança de que tudo se resolva o mais depressa possível.
Votos de um Natal e Ano Novo que nos ofereçam  dias melhores.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Carlos Drummond de Andrade - Receita de Ano Novo

RECEITA DE ANO NOVO

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Receita de Ano Novo, 2008. 
São Paulo: Editora Record.

NOTA: Por gentileza do amigo M. Rodrigues 


segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Um 2019 à medida de cada um



Por estranho que pareça, já nos cansámos de remeter, até à exaustão, os postais de boas festas próprios do salto para o novo ano. No quadro das minhas vivências, já atirei para o saco das memórias os tais postais ilustrados, uns com arte e outros sem graça nenhuma, para além da boa vontade de quem, ano a ano, ainda se dá ao luxo de os enviar aos amigos e familiares. Este ano, os correios não deixaram nenhum na caixa da correspondência, à porta de entrada da nossa casa. Mas se acabaram os postais, sobram os e-mails que, um dia, também hão de desaparecer de cena, de tanto se banalizarem. 
Novas formas de comunicar, novas tecnologias, novos hábitos e novos relacionamentos surgirão nas nossas vidas, com a juventude que nos rodeia a imprimir novas dinâmicas de proximidade, que o longe se torna perto. Hoje, já vi em direto as avenidas do Dubai com o laser a substituir os foguetes, que na Gafanha e arredores ainda se ouvem alguns mesmo muito fraquinhos. Deles, resta a alegria de quem tem vontade de celebrar o ano novo, partilhando emoções traduzidas em foguetório. E à falta de foguetes, haverá sirenes dos navios, tachos velhos fora de uso e outras graças mais ou menos estrondosas. Há de tudo para todos os gostos. 
Eu e a Lita estamos ao calor da fogueira que crepita na salamandra da minha tebaida. Olhos atentos ao fogo que nos iluminará os caminhos dos nossos futuros e dos futuros dos que amamos muito, em especial, filhos, noras, genro e netos. Ora eu ora a Lita, numa conjugação solidária e cúmplice, vamos atirando achas para que o lume nos aqueça o corpo, que a alma se alimenta dos olhares saudosos da nossa juventude em comum, já lá vão mais de 53 anos. O amor não tem idade e muito menos velhice. Amanhã, já no novo ano, a vida continua. E só Deus saberá até quando. 
Votos de saúde, paz, alegria, otimismo e muito amor para todos. 

Lita e Fernando

domingo, 31 de dezembro de 2017

NA AURORA DE UM NOVO ANO


No balanço próprio do final de 2017, prestes a passar à história, olhamos para 2018 com esperanças ciclicamente repetidas. O novo ano, no íntimo das nossas perspetivas, vai ser muito melhor. 
Propositadamente, regressei a 2004 para reler o que havia escrito no último dia do ano. Tinha criado, nesse mês e ano, o meu blogue Pela Positiva. E manifestei, então, o desejo de que todos devíamos assumir a nossa quota-parte nas responsabilidades de mudar o mundo para melhor. O mundo não estaria, obviamente, muito bem.
Em 2010 já se falava em crise e por isso sugeri que se avançasse, com o otimismo possível e necessário, para um novo ano de lutas, no sentido de conquistarmos o tempo perdido. De mangas arregaçadas, de olhar firme em novos horizontes e de coragem para ultrapassar obstáculos, é nosso dever caminhar em frente, na certeza de dias melhores, disse na altura.
Daqui a uma horas, como é tradição por estas bandas, haverá foguetes, sirenes dos barcos nos portos aqui à porta a assinalarem a sua presença. E outras barulheiras de gente bem disposta animarão a noite. Para alguns, não faltará o espumante, a alegria a rodos, as passas, o otimismo, tudo para afugentar o ano velho de triste memória para muitos, mas também para receber com esperança o ano novo. Outros ficarão calados, porventura esquecidos, imersos em recordações felizes, abertos a sonhos sempre possíveis. É, no fundo, uma forma de receber quem chega e nos bate à porta: O NOVO ANO. Oxalá 2018 não se esqueça do modo gentil como o acolhemos. E daqui a um ano, falaremos disso, se Deus quiser.

Fernando Martins

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Ano novo, vida velha?

Crónica de Vítor Amorim


Quase sem darmos por isso, eis que o ano de 2017 já passou a fazer parte do nosso dia-a-dia, sem que a esta alteração cronológica corresponda um mundo com mais esperança, paz e amor, enquanto valores universais e fundamentos do bem comum de toda a humanidade.
O aprofundamento, a valorização e a dignificação destes princípios universais não passam pelas folhas dos calendários, mas pelos valores, vontade e consciência dos homens - de todos os homens –, enquanto corresponsáveis pelo bem-estar das sociedades e de toda a criação.
Nestes últimos tempos, não nos têm faltado palavras de “boas festas”, de um ano novo próspero e feliz, com boas saídas e melhores entradas, para além de muito amor, saúde e dinheiro. Se a felicidade de cada um de nós dependesse apenas destes desejos, por mais amáveis e sentidos que eles sejam, teríamos as portas do mundo abertas de par em par para podermos ser mais otimistas e confiantes.
No entanto, todos estes votos de “boas festas” e de bom ano, que ecoaram um pouco por todo o mundo, parece não se traduzirem em mudanças de atitude e de comportamento na vida e no quotidiano de cada um. Quase sempre, o entusiasmo inicial “de novo ano, vida nova” vai dando lugar ao desânimo e à descrença, bem à maneira de uma história trágica, cujo desfecho se afigura predeterminado e frustrante: ganham sempre os mesmos! Voltam, então, as velhas rotinas e os lamentos anestesiantes.

domingo, 1 de janeiro de 2017

Ano Novo Vida Nova


Parar?, amarrar as barcas aos cais, tempo livre, fechar portas e janelas, trancar tudo a sete chaves, escancarar o coração, respirar outros ares, marcar novos rumos, lavar a cara, deixar correr, olhar o mundo, vestir os blogues com roupa nova, manter a mesma roupa, estamos em hora de poupar, tempo é dinheiro, hábitos criados, é preciso inovar, gosto pela mudança, mudar é necessário, novos desafios, como e onde, a estagnação mete medo, cores leves, tonalidades diferentes, procura de inspiração, a vida é mais suor que outra coisa, parar é morrer, descobrir colaboradores, manter os que estão comigo, respeitar os leitores, continuar!!!
Bom ano para todos.

Fernando Martins

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Ano Novo



Hoje fico por casa. Para já, o silêncio impera. Só lá para a hora do jantar é que teremos a presença de alguns filhos e netos com a natural conversa mais ou menos animada até ao momento exato de brindarmos ao novo ano, na esperança de que será muito melhor do que um 2015 para esquecer.
Nunca receei o silêncio e muito menos a solidão. Porque pensar, refletir e tomar decisões, na intimidade de nós próprios, são atos muito pessoais. Partilhados só depois.
Espero um 2016 muito melhor que o ano prestes a passar à história, com momentos bons, mas com outros menos agradáveis. A magia do ano novo é de sempre. Na minha já longa vida sempre senti isso. Mais notoriamente na passagem do milénio. Nessa altura, não faltaram os milenaristas com os seus presságios catastróficos do fim do mundo, tantas vezes pregado, porém nunca realizado. A não ser para os que partem deste mundo.
Contudo, não faltaram os que anunciaram a hipótese de os computadores bloquearem ou desconfigurarem. E esperámos mais ou menos ceticamente que algo poderia acontecer. Nada aconteceu. Mais uns minutos depois das 12 badaladas e tudo, afinal, se comportou bem. Não houve fim do mundo e os computadores continuaram a portar-se como habitualmente, indiferentes ao pessimismo de muitos. E logo mais, na altura de brindarmos ao ano novo, com ou sem espumante,  ficaremos apenas com a esperança de que o mundo continuará a rolar, que homens e mulheres saberão contornar os obstáculos para todos  então construirmos uma sociedade mais fraterna.
Bom ano para todos. 

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Um Ano Novo Muito Melhor



Um ano novo melhor do que o defunto 2014 é o meu desejo para todos quantos me rodeiam, incluindo amigos de perto e de longe com quem comungo amizades. Melhor que 2014, pois claro.
Cada ano que começa é sempre uma surpresa que nos envolve na vida como a lotaria, para quem joga. Os jogadores apostam, quantas vezes teimosamente, mas poucos  acertam. Começamos 2015 na esperança de que a vida nos sorria com paz e fraternidade, alegrias e saúde, mas raramente nos acontece em plenitude o que sonhamos. Urge, pois, aceitar o que a roda da vida nos dá no dia a dia, na certeza de que as adversidades darão lugar ao bem-estar, porque o desânimo não pode fazer parte dos nossos vocabulários.
Com estes propósitos, formulo votos de que todos nos estimulemos uns aos outros na luta contra eventuais pessimismos que nos possam atacar na caminhada rumo a futuros mais risonhos.
Bom Ano para todos.

Fernando Martins

    

sábado, 28 de dezembro de 2013

Bom Ano Novo!


Pequenos pensamentos para 2014
Anselmo Borges

«Envelhecemos, mas, por mim, não tenho inveja da juventude. Pelo contrário, agora, à distância, o que quero é que os jovens vivam intensamente cada tempo. Na dignidade livre e na liberdade com dignidade. O que deveria ser norma para todos. Que vivam com atenção e intensidade, pois tudo passa muito rápido.»

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Votos de Bom Ano do Google


Faço meus os votos do Google, na preparação para a chegado do novo ano, anunciado há muito como um ano para esquecer. Apetece-me dizer para longe vá o agoiro, porque a esperança não pode morrer. Importa, isso sim, lutar com garra para que tal não aconteça. Com garra, mas também com o sentido do discernimento e da ousadia, necessários na hora das dificuldades. E se for mesmo  mau, ao menos que se vislumbrem sinais de vitória à custa da nossa vontade de levantarmos Portugal do atoleiro em que o meteram. Que no mínimo saibamos aprender a lição de que não se pode gastar mais do que se tem.
Já agora, que ainda saibamos olhar e ajudar quem nada tem, neste século de tantos progressos científicos e tecnológicos. 

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Crise?

Li na RR

Ainda faltam uns diazinhos para o ano 2013 começar. E pelo que tenho ouvido, um pouco por cada canto, já se fala em planos para passar o ano em festa. Li também que muitos portugueses vão passar o ano em casa. A crise a isso obriga. Mas há coisas que me deixam confuso e intrigado. 
Eu sei que a crise afetou já centenas de milhares de famílias, que não podem mesmo viver a quadra que atravessamos com festas, em casa ou fora dela. Sem empregos, não haverá hipótese de se poder sonhar com festanças. Mas a verdade é que, apesar de tudo isso, não falta quem teime em folgar, porque a alegria também é precisa. Folgar com mais modéstia, faz parte do esquema. 
Mas afinal o que é que me intriga? A RR informa que, apesar de tudo, não falta quem possa frequentar hotéis de luxo, em ambiente de férias festivas, com folguedos pagos decerto  a bom dinheiro. 
Li ainda que a doçaria esgota nas pastelarias finas, que acepipes não chegam para as encomendas e até ouvi jovens desempregados que programam saídas para entrar no Ano Novo em grande, e coisas assim. Sem dinheiro, mas alguém pagará. A crise não mete medo a certa gente, que avança para a festa a qualquer preço. Eu sei que a vida não pode fechar-se em casa. Mas também sei que é importante uma certa contenção nos gastos. Porque é no poupar que está o ganho. Cá para nós, que fomos educados na poupança, vamos ficar por casa, no ambiente familiar acolhedor e com os filhos e netos que quiserem  e puderem fazer-nos  companhia. 
Bom ano de 2013 para todos. 

FM

sábado, 31 de dezembro de 2011

Poesia para este dia: Carlos Drummond de Andrade

Receita de ano novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
  
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

NOTA: Enviado pela ADASA (Associação dos Antigos Alunos do Seminário de Aveiro)

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Festa de Reis e Ano Novo na UA

Reitoria da UA


8 janeiro, no Auditório da Reitoria UA

Idosos da Região Aveirense vão partilhar o ANO NOVO em diálogo de gerações. Esta iniciativa vai estar integrada, desta feita, no Ano Europeu das Atividades de Voluntariado, que aposta na Cidadania Ativa.
A organização é do Voluntariado Vida Mais, havendo a colaboração da Provedoria do Estudante da Universidade de Aveiro e o apoio da Reitoria da UA e de SAS-UA.

Programa:

13.30h: Acolhimento no Grande Auditório Reitoria UA
13.45h: Saudações de abertura
14.00h: Momento musical e Auto de Natal apresentado pelas Instituições
14.30h: Fados e Guitarradas
14.50h: Tuna e Cantares do Alva (Albergaria-a-Velha)
15.20h: Rancho Folclórico de Ouca (Vagos)
15.50h: Tuna Universitária de Aveiro
16.20h: Encerramento

Associaram-se instituições de Albergaria-a-Velha, Avanca, Aveiro, Boa Hora, Bunheiro, Calvão, Cacia, Canelas, Costa do Valado, Fermentelos, Ílhavo, Murtosa, Gafanha da Nazaré, Oliveira do Bairro, Ouca, Pardilhó, Santo António de Vagos, Santa Catarina, São Bernardo, Soza, Troviscal, Vagos, Vale de Cambra e Eixo.

domingo, 31 de dezembro de 2006

Ano Novo - Vida Nova - 2007


Logo mais, se Deus quiser, ao toque da meia-noite, saltamos para 2007. É um momento mágico que nos leva a desejar a quantos nos rodeiam um ano cheio de paz, saúde, amor e alegria. Tenho a certeza até de que todos formulamos estes votos de coração lavado, na ânsia, de facto, de vivermos um ano melhor do que o anterior. 
Olhando para trás, podemos constatar que cada ano tem coisas boas e coisas más. Os homens e mulheres deste mundo parece que nem todos conseguem aprender os caminhos da paz e da harmonia universais, teimando, alguns, em construir socalcos pedregosos que dificultam a marcha de quem sonha com uma sociedade de justiça e de fraternidade. 
Claro que não importa hoje lamuriar o que de menos bom nos aconteceu, porque o importante é assumir o esforço de lutar, pelos meios legítimos ao nosso alcance, para que toda a gente respire os ares do bem, do bom e do belo, com Deus sempre nos nossos horizontes. 
Com estes propósitos desejo a todos os meus leitores e amigos um 2007 muito melhor do que 2006. 

Fernando Martins